VIRGEN DE GUADALUPE
Figura 1: Guadalupe. [1] No caso desta representação naife o pendor ameríndio salienta ainda mais o carácter arcaico deste mito! Ora, não deixa de ser interessante, desde já, a coincidência de esta Virgem Mãe de Guadalupe não ser mais do que a Sr.ª da Aurora transportada pela “cobra canoa” do quarto minguante sustentada por um angélico Erote. Só acreditam em meras coincidências aqueles a quem não convierem as ilações de associações significantes. Claro que neste caso o postulado duma associação significante deste género obriga-nos a admitir que a língua náhualtl esteve relacionada com as línguas ibéricas muito antes da descoberta das Américas. Tal só seria possível precisamente a nível duma proto-linguagem relativa aos arcaicos tempos do início da mitologia. |
La maravillosa visita de la Virgen de Guadalupe ocurrió el martes 12 de diciembre de 1531, apenas diez años después de la conquista de México. (...)
Durante cuatro días la Virgen se había comunicado con Juan Diego hablándole en su propia lengua, el náhualtl. Al identificarse, María usó la palabra "coatlallope"; un sustantivo compuesto formado por "coatl" (= serpiente), la preposición "a" y "llope", aplastar; es decir, se definió como "la que aplasta la serpiente". Otros reconstruyen el nombre como "Tlecuauhtlapcupeuh" que significa: "La que precede de la región de la luz como el Aguila de fuego". De todas formas el vocablo náhualtl sonó a los oídos de los frailes españoles como el extremeño "Guadalupe" relacionando el prodigio del Tepeyac con la muy querida advocación que los conquistadores conocían y veneraban en la Basílica construida por Alfonso XI en 1340.[2]
Por outro lado nada obsta a que o náhualtl não tenha sido a língua dos Atlantes e que estes tenham sido os Andaluses.
Náhualtl (< altl-náhu < atl-anthu < *At-Ur-Antu)
Anda-luz-(ish), lit. «filhos das Antas do sol» > Anta-Lux > Anat-Luki, lit. filhos «de Anat, a deusa da morte e da lua»
=> At-lu-ki-an = At-lu-an-ki < At-l(u)-an-thi < Atlant-(es).
Dito de outro modo, nada obsta a que a história se possa repetir e que o México tenha sido descoberto por duas vezes por povos do mesmo extremo ocidental da Europa, quanto mais não fora por mera lógica de oportuna proximidade geográfica.
Figura 2: Nuestra Señora dejó una imagen que es un reflejo de Ella misma impresa milagrosamente en la tilma (manta) de Juan Diego. Esta tilma se ha conservado intacta por gracia de Dios a través de los siglos y la imagen ha sido el motivo de peregrinación por millones de personas que han acudido a recibir consuelo, protección y ayuda de nuestra madre celestial.
Voltando ao mito mexicano de Guadalupe não deixa de ser estranho que dez anos depois da conquista do México já existisse misticismo católico suficiente entre os nativos para que o fenómeno das aparições da virgem, aparentemente tão típico do catolicismo romano, se começasse a manifestar em terra da Nova Espanha. É manifesto que a mística das aparições da Virgem não pode ser considerado um exclusivo do catolicismo. |
Pelo contrário, foi este que teve que se adaptara à força dum processo de misticismo popular que seria tão impossível quanto inoportuno eliminar.
Como se pode concluir, sem necessidade de grandes estudos estatísticos, a Virgem aparece quase sempre a crianças e adolescentes o que nos leva a pressupor que se trata dum fenómeno de psicossociologia relacionado com as mesmas realidades relativas à maturidade humana que as sociedades arcaicas manejavam com «ritos de passagem». O secretismo destes ritos manteve-se na tradição iniciática até aos tempos modernos da maçonaria! Ora, a principal razão pela qual estes ritos foram sempre secretos residiu precisamente no facto de se tratarem de processos socializantes na base do pressuposto da diferença sexual, sobretudo com o início do patriarcado! Sendo assim, os ritos de passagem terão aparecido numa longa fase de transição do matriarcado e da fase da caça para a fase agro-pastoril do patriarcado com a aprendizagem empírica dos processos de reprodução aquando das primeiras tentativas de domesticar animais.
Na verdade, se a estruturação hierarquizada da socialização dos primatas se baseia numa diferenciação artificialmente induzida sobre pontos de supostas fragilidades naturais da malha social estas começam por serem obviamente de natureza sexual. No princípio eram os homens e as mulheres.
As crianças, mesmo que do sexo masculino, eram tidas como semelhantes a mulheres sobretudo porque a porção do matriarcado que obviamente não podia, nem ninguém desejava de ânimo leve, alterar impunham a sua convivência com as mulheres até à puberdade. Duma forma reducionista os ritos de passagem pretendiam fazer passar as crianças do sexo feminino da sua condição de seres entre as mulheres para guerreiros destinados a morrer! A manta deste índio seria já era uma arcaica deusa mãe ameríndia usada em «ritos de passagem»? Ora, uma tão dramática transição psicossocial teria que ocorrer num ambiente sentido como tal razão pela qual toda a encenação era pouca. Uma das condições elementares necessárias para que tal acontecesse com sucesso (e que as sociedades primitivas descobriram de forma intuitiva) foi que estes «ritos de passagem» ocorressem como tabus ou seja, como coisas sagradas vedadas ao sexo oposto, ou seja, absolutamente secretas sob pena de morte de denegação da mais evidente das verdade como eram primeiro o da óbvia natureza sexual destes ritos e segundo o da função eminentemente militar destes processos de socialização.
Os ritos de passagem pretendiam formar homens que numa sociedade primitiva não poderiam ser senão guerreiros dispostos a combater a própria mãe se necessário fosse como o demonstram o mito de Marduque contra Tiamat. Destinados a iniciar os jovens nas crenças míticas dos guerreiros mais velhos este poderiam envolver processos que incluíam a iniciação às «poções mágicas» como drogas do vigor e da coragem e que poderiam e deviam incluir visões místicas que pusessem à prova por antecipação neófito e candidato a guerreiro! A este respeito os ameríndios eram de tal forma fanáticos na busca individual duma visão que chegavam a orientar toda a sua vida para isso e a incluir nos «ritos de passagem» o uso de drogas alucinógenas. Aliás esta tradição arcaica atravessou transversalmente toda a cultura antiga como o provam o soma védico e o haxixe dos citas! Estes «ritos de passagem» misturando a aprendizagem dos mitos da tribo com a iniciação aos mistérios da sexualidade acabariam por ser fortemente erotizados. Ora, uma destas visões misticamente sexualizadas terá sido a veio a acontecer ao índio Juan Diego e de forma tão expressiva que se diz que Maria a si mesma se chamou "Coatlallope" definindo-se como sendo "La que aplasta la serpiente"! Sem ser necessário ser especialista na língua espanhola verifica-se que entre o termo aplastar e aplacar não há muita divergência étmica nem semântica.
Aplastar: 1. (verbo transitivo, pronominal). Reducir el espesor de una cosa mediante golpes o presión. 2. (figurado, -a, figuradamente, verbo transitivo). Derrotar, vencer completamente. 3. (familiar, verbo transitivo). Abrumar, abatir, confundir. Fam. Aplastador, -a, aplastamiento, aplastante. Sin. 1. Estrujar, despachurrar. 3. Avergonzar, humillar. Ant. 3. Exaltar.
Aplacar: I. Del lat. placare. 1. (verbo transitivo, pronominal). Sosegar, mitigar [a. la ira]. Fam. Aplacable, aplacador, -a, aplacamiento, implacable. Sin. Calmar, moderar, amansar, suavizar. Ant. Irritar, excitar.
Tendo ambos os termos variantes na língua lusitana, verificamos que só «aplastar» tem semântica diferente nas duas línguas ibéricas pois que em português não é termo comum e significa • v. int. (Náut.) desfraldar as velas; • v. tr. e int. (Bras.) cansar. Porém, utilizam ambos o étimo pla- de «pla-ca e de pla-no» só que, em «aplastar» teria havido uma via erudita arcaica derivada do grego que segui depois a via popular para dar em português «plástico, emplastro, etc» enquanto «aplacar» deriva para ambas as língua directamente do latim, seguramente por via erudita renascentista. O interessante é que em espanhol antigo aplastar tenha tido o significado de «exaltar» oposto do actual e quase semelhante ao significado «excitar» que tinha o antigo aplacar!
Ant. aplastar = «exaltar» = «excitar» = Ant. aplacar!
Como se poderia inferir os romanos ainda conservavam uma versão desta deusa de estranhos poderes para aplacar as cobras e as fúrias e incúrias masculinas!
Viriplaca (< Viri + | Placa, < Phuraka, < *Kaphura | a deusa das cobras que apalacava os homens!) The Roman goddess to whom spouses made offering when they had domestic problems. "Pleasingly Strong" Goddess of domestic peace; families reconciled at the temple on the Palatine.
Na forma genitiva daria Viriplacae, lit. a que tornaria os homens agradáveis? => depois, placere? A verdade é que Viriplaca < Kyrphuraca > Herculaca, a forte e agradável esposa que conseguia «dominar» de Hércules < *Kurkur-ish, a deusa da aurora cujas mamas eram o duplo monte que alimentava o «sol nascente»!
Quer isto também dizer que no espanhol antigo existia, ainda ligada a estes termos, uma semântica comum, seguramente justificada por uma etimologia arcaica comum, que só pode ter estado relacionada com o mesmo étimo e que vira a dar o latino placere relativo a conceitos prazenteiros próprios das deusas do amor! Ora, o certo é que a estranha razão pela qual o étimo pla- esteve deste modo relacionado com as deusas do prazer tanto pode resultar do facto de estas deusas serem também senhoras do «campo e do chão (< planum) sagrado» como do facto de no culto das cobras tipicamente cretense fazer parte o poder da Virgem Mãe para esmagar a cabeça da cobra com o calcanhar.
3:15 inimicitias ponam inter te et mulierem et semen tuum et semen illius ipsa conteret caput tuum et tu insidiaberis calcaneo eius -- Vulgata, Genesis.
Uma «domadora de serpentes» ou é uma prostituta endeusada ou uma santa que liberta os jovens do sofrimento dos desejos! De qualquer modo estamos no domínio do culto mítico da deusa mãe das serpentes dos cretenses.
TLAZOLTEOTL
Tlazolteotl < Tlazol- < Tala-shaul < Tara-Shol, lit. «o montanha do sol» < *Kara-kaur => Aurora | teotl (< teo-tel = «Altíssima deidade»).
Sendo assim, o índio Juan Diego foi vítima dum delírio de adolescentes e, das duas, uma (ou ambas!): ou o jovem confundiu a meia lua, aos pés da espanhola Virgem de Guadalupe, com uma cobra, à luz da sua formação mítica azteca, ou foi a piedade dos padres espanhóis que traduziram o delírio do jovem o nome de "Coatlallope", à luz da vulgata católica, de tal modo que "La que aplasta la serpiente" (com o bíblico calcanhar) seria nem mais nem menos do que o nome que parecia soar como Guadalupe (< Kuathal-lope > Coatlallope)!
De facto, a semântica da serpente terá estado desde sempre implícita no nome da virgem de Guadalupe.
Se ainda hoje guoya é serpente em basco ficamos com a suspeita de que um termo arcaico terá estado na origem do nome da cobra basca bem como dos deuses ibéricos que deram origem aos topónimos em gua-.
«Lagóia» < Vasc. guoya, s. f. serpente.
> Guat > Aleman. Got > Engl. God.
Vasc. Guoya < Guoja[3] < *Guausha > Guatha > Guada-(lupe).
Lat. colobra < colubra < Kaluphera, a que transporta Kaledos, o sol
ó Ka(l)uphura. > Kauwra > «cobra»!
Mas, como outra variante peninsular do nome de Gua era Gau podemos agora inferir uma via derivativa mais putativa para o nome da «cobra» lusitana.
*Guausha º Gau-ash < Gau- | at º phera <= Kura | < Ka-Kura.
*Gau-weró Kauwra > «cobra».
O facto de o nome desta divindade reptilínea ter sido dado aos principais rios do sul da península ibérica corrobora a tese de que os rios serpenteantes eram emanações do deus da «águas doces» que foi Enki.
Porém, a conotação sexual da situação era por demais pressentida pelo que logo alguém se apressou a propor que...
"otros reconstruyen el nombre como "Tlecuauhtlapcupeuh" que significa: "La que precede de la región de la luz como el Aguila de fuego"
...ou seja, a Aurora!
Figura 3: Tlazolteotl "Diosa de la basura o inmundicias", diosa de la fertilidad humana, la gran parturienta, diosa del amor y deidad ctónica asociada a la luna. En esta deidad, más que en ninguna otra, convergen casi todos los atributos propios de la Gran Madre-Tierra, de tal manera que en el Códice Borgia, podemos rastrear iconográficamente imágenes que nos llevan a concepciones telúricas muy antiguas; antecedentes directos de las Diosas-Madres. Esto implica que Tlalzolteotl en un principio fue concebida como Madre-Tierra en capacidad infinita e inagotable de dar fruto, como capa telúrica, profundidad ctoniana, de que nace todo.[4] |
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Mas tal reconstrução afasta-nos de tal modo de Coatlallope que já não saberíamos em quem acreditar! No entanto, com tais intenções, não se estaria senão a reforçar a suspeita de que a N.ª Sr.ª de Guadalupe do México foi a primeira reconversão dum mito ameríndio num mito cristão. E esse mito seria quase que seguramente uma variante da polimorfa deusa Tlazolteotl.
Teotl-Tlazol > Teotl | > Ceotl > Coatl | + Tlazol | > latzol > ollash > aullaphes > allope |.
Aliás, existe mais possibilidade fonética de Guadalupe ter derivado, por esta via, do nome de Tlazolteotl/Teotl-Tlazol do que ter derivado directamente de "Tlecuauhtlapcupeuh", nome este que, então, não seria senão uma expressão litúrgica referida a Tlazolteotl, na sua qualidade de deusa da aurora!
LUPE
A respeito de Lupe podemos ter quase a certeza de estarmos perante a irmã gémea dos deuses lunares, Apolo Lucaios e Anpu, bem como da loba
Na verdade,
Apolo = Apolon <= Anpu-lu => *An-Lupu.
Sendo assim, a Virgem de Guadalupe teria sido a «deusa da cobra lunar» dos Ibéricos na sua mais recente variante de deusa dos «lobos brancos» que uivam à «lua».
«Lua» < Luua < Luwa < Lupe < Ruphi < *Urki.
Guadallupe < Kaukarruphe < *Sakar-Ruki => Aurora & Europa,
Ou seja, as terras ocidentais do enterramento do sol-posto, tão choradas e lacrimosas como eram nas festas andaluzes da Virgem de Macarena!
Ver: LUPERCALIAS (***)
Figura 4: -- LA VIRGEN DE LA CARIDAD DEL COBRE, SIMBOLO DE CUBANÍA. Outra virgem crioula suspeita das mesmas relações pagãs com deusas mães ancestrais da lua e das cobras é Nª. Sr.ª da Caridade del Cobre, em Cuba. Los indios habían sido atraídos al culto mariano por factores arraigados en sus propias cosmogonias y rnitologias. Y el color de "membrillo cocido", cobrizo o carnimoreno de la imagen de El Cobrc, bicn pudo ser de raza india y no africana, un emblema más del culto agrario. James G. Frazer en La Rama Dorada apunta el papel tan importante que desempeña la luna como ser suprerno creador. Ortiz lo especifica para la cosmogonia aruaca, donde se estimaba más la luna quc el sol. En los indios mexicanos, la luna es una deidad especial entre las mujeres. Don Fernando anotaba cómo los tupis de Brasil consideraban a Nuestra Madre la Luna, productora de la yuca y de los vegetales. En la Guayana inglesa, la luna era un dios que caminaba de noche y se identificaba con el árbol creador, surgía del Arbol de donde provenían todas las criaturas. |
A la luna, duenã de las aguas y originária de ellas, se le atribuían virtudes fertilizantes que ayudavam al crecimiento y la vida; por eso su relación con las conchas marinas utilizadas para sus ritos y vestidos - 'Siempre en su interior se oye el rumor del mar', y es emblema universal de femineidad por su semejanza con loss perfiles vulvares. La luna creciente es símbolo de magia curativa y los cuernos fueron signos de fertilidad, fecundidad, buena suerte. -- LA VIRGEN DE LA CARIDAD DEL COBRE, SIMBOLO DE CUBANÍA, Olga Portuondo Zúñiga.
Esta árvore criadora era seguramente a mítica «árvore da vida» que os artistas de selos sumérios tanto apreciavam, quase sempre na companhia de cabras monteses. No caso da Nª. Sr.ª da Caridade del Cobre a relação caprina aparece a Seus pés subliminar nos cornos invertidos do crescente lunar como que a salientar que a passagem seguinte, bem conhecida, do Génesis, a Ela, a sempiterna Virgem Mãe, se referia enquanto mulher e domadora de cobras!
Aliás, o ser Virgem da Caridade é já suspeita de ser a Lua Branca e mãe do sol (< Kar) e o ser do cobre reforça a suspeita de que os antigos sabiam que existia uma relação metafórica agropecuária entre o nome do «cobre verde» e as «verdes cobras»!
Jurupin < | Zuru | < Kali-Pan. lit. «a cobra de Kali» ?
ð Kerubim(???), o anjo que transporta a arca do deus sol
ð Telepinus, o deus solar de morte e ressurreição dos hititas?
Tarnbién tenía que ver con Jurupin (Alto Amazonas), la serpiente que causaba enfermedades. Era abogada, protectora de las mujeres, diosa de las parturientas, que perseguía y violaba a las mujcres, y regulaba los desarreglos femeninos. La luna, en muchns lugares del mundo, es símbolo de la culebra, porque renueva su piel para ser más hermosa; esta, corno la luna, es un emblerna acuático, de agua dulce, con senfido agrario-scxual y fálico. Ortiz observaba la relación de la mujcr con la agricultura aborigen de la coa, signo primitivo faliforme, que reproducia el acto sexual. Consideraba que los juegos de pelota de los indocubanos debían ser ritos lunares, corno lo eran para otros indoarnericanos. Cuando llegan los españoles, ya los indios del Darién tenían en el cielo una virgen diosa muy bella, con su hijito, ése es el caso de los mexicanos con Tonantzin. Nuestra Progenitura, o tarnbién Toci, Nuestra Madre. -- LA VIRGEN DE LA CARIDAD DEL COBRE, SIMBOLO DE CUBANÍA, Olga Portuondo Zúñiga.
Tonantzin < Taun-Antish-An < Tani(t)-Antu-An, lit. “a cobra fêmea (= Tanit) da Deusa Mãe (= Antu) do céu = crescente lunar”!
[1] Relief panel. Wood, natural pigments, piñon sap varnish. 24x18 ". From Altar Anima Hispanica 1998. Private Collection.
[2] Esta página es obra de Las Siervas de los Corazones Traspasados de Jesús y María. Copyright © 1999 SCTJM
[3] Guoja > Guauja > «Gaija»!
[4] LAS DIOSAS EN LOS CÓDICES DEL GRUPO BORGIA: ARQUETIPOS DE LAS MUJERES DEL POSTCLÁSICO, por María de los Ángeles Ojeda Díaz
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