Figura 1: Deusas tripla de antigo templo da Gália: “avó, mãe e neta”![1]
The concept of the Great Goddess as The Triple Goddess, young woman (Maiden), birth-giving matron (Mother), and an old woman (Crone), dates from the earliest ages of mankind. (These attributes were also ascribed to the three phases of the moon; the Maiden, which corresponds to the new moon; the Mother, which corresponds to the full moon; and the Crone, which is the waning moon. These aspects have been used for centuries by many civilizations.) This concept was embraced by many different mythologies from many different parts of the world. The Romans had the Fortunae (Concordia / Salus / Pax).
Ver: FORTUNA (***)
Diana Tri | formis ó Diana Tri | via.
Norns < Naurn(as) < Anarun(as) < *An-Ur-An-ish, lit. «filha de Urano»:
Urdu < Ura-tu < Haura-tu < *Kertu > Urash < *Urkiki
Verdandi < Wert-Antu < *Kertu-Antu > *Kartu-Antu.
Skuld (> Isolda ) < Ishkul(e)th < (Esolete) < Iscur-at => Ashtaret.
Independentemente da ideia que se possa fazer das *tridivas e o que se possa ter das deusas que teciam o destino a verdade é que o nome de uma das nornas escandinavas é muito próximo do termo «urdir» (< Lat. *ordire ???) e do termo Turc. urdu, arraial, conjunto de tendas de tela de linho urdido???
Diana, with two other deities she made up a trinity: Egeria the water nymph (her servant and assistant midwife), and Virbius (the woodland god).
Figura 2: Deae Bibracte. O hiper-realismo dos rostos celtas é fascinante e a divisão de funções de cada uma das tridivas é única sugerindo um conjunto de deusas do parto, desde logo porque uma delas carrega uma criança outra porque estará a ler num pergaminho o destino do recém-nascido e a teceria que propicia os alimentos tendo na mão possivelmente um pão e uma caneca de vinho!
Os Gregos tinham vários trios e tríades femininas: Eríneas, Gorgonas, Graças, Graeae, Hárpias, Horae, Moirae, Sereias ou Sirenes, etc. do mesmo modo que tinham as tríades, ninfas, nereidas, etc.
MOIRAS
As moiras eram três irmãs que determinavam os destinos humanos, especialmente a duração da vida de uma pessoa e seu quinhão de atribulações e sofrimentos. (...) As moiras eram filhas de Nix. Moira, no singular, era inicialmente o destino. Na Ilíada, representava uma lei que pairava sobre deuses e homens, pois nem Zeus estava autorizado a transgredi-la sem interferir na harmonia cósmica. (...).
Junto de Ilítia, Artemisa e Hecate, Cloto actuava como deusa dos nascimentos e parto.
Láquesis actuava junto com Tiche, Pluto, Moros, etc. qualificando o quinhão de atribuições que se ganhava em vida.
Atropo junto de Tánatos, Queres e Mors determinava o fim da vida.
Figura 3: Diana Triformis. The druids had Diana Triformis. The goddess triad represents three distinct phases of a womyn's life which correspond with the three phases of the moon (waxing, full and waning)... The Vikings had the Norns (Urdu / Verdandi / Skuld). |
Destas, as Moiras eram tidas como as deusas que teciam as malhas do destino.
Branwen by Amy M. Durante = The Celtic goddess of love and beauty. Also of Manx and Wales. (…) She is one of the three "matriarchs of Britain", along with (probably) Rhiannon and Arianrhod.
Branwen < Wran-Wen, lit. “Vénus Urânia” = Afrodite Urânia
ó V(e)r-an Ven(us).
Rhiannon, lit. “a Sr.ª Reha do céu” = Rhia-(nin)-on < Nin Reki-anu
> Lat. Regina. ó Rea / Hera.
Arianrhod ó Ariadne ó Atena.
Figura 4: representação em anel micénico das três Moiras!
Moira < Mawira < Ma-ker + An > Macarena, a virgem mãe do doloroso e trágico destino do Toureiro.
Os gregos atribuíam às Moiras o desenrolar do destino, que eram na suméria os me que Enki deixou que sua filha Istar lhe roubasse!
Desta relação com arcaicos mitos sumérios ficou o nome da deusa Ananke.
Figura 5: Tridivas minóicas no culto da colheita da papoila dormideira.[2] | Figura 6: Tridivas minóicas possivelmente no culto colheita do mel. |
Ananke (= Ana Enki) Mother of the Fates (< Facta < Kakika, lit. filhas de Enki/Kako = Moirae). Also mother of Adrasteia (daughter of Jupiter and distributor of rewards and punishments). Goddess of unalterable necessity.
O culto das Tridivas é inegavelmente de origem minóica como o atestam vários selos monóicos e micénicos. A cultura grega tem várias divindades menores ternárias: As Horas, as Grogonias, as Sirenes, as Harpias, as Erínias, as Greias, as Queres, etc.
Originalmente existia uma multidão de Moiras, mas já em Hisíodo contamos apenas três:
Clotho, a “tecelã” do fio da vida< Kortu < *Kartu, a parteira cretense,
Lachesis, a “controladora” do comprimento do fio < Rash, lit. “filha de Ra” < Ra-Isis <=> Hera-Isis, e;
Atropos, a “Inevitável”que “tira o movimento” da roda da fortuna e que corta o fio da vida > A-trophos, lit. “a Fome que retira os “alimento da vida” eterna.
ó *A-phro-Thos ó Afrodite Epis-tropha, a que aleita e “dá o alimento da vida”.
Até mesmo Zeus, o deus supremo, devia estar sujeito às decisões das Moiras, o que demonstra o carácter fatídico dos gregos, em sua obediência ao destino e aos oráculos, sendo totalmente sujeitos à predestinação.
Elas eram muitas vezes descritas somo sendo coxas, como se para indicar a marcha lenta e claudicante do destino. Os romanos identificavam-nas com as Parcas, antigas divindades do nascimento, que também eram três, mas tinham nomes muito mais arcaicos:
Parca < Pharka < *Kartu
=> Ka + Phaurka < Kikura > A-phro-ta
ó Atropos > A-trophos, lit. «A Fome que é de parcos recursos e alimentos => *Phro-to-ki-an > Protogina > Protogonia.
Nona < Nauna < Navna < *Navena < Nawina < Enki-Ana > En-Wiana
> Ina-Nav > Inanua > Inania > Inana.
Decima < Deca (< Dikê ???) + | Hima < *Kima.
Na Lusitânia deve ter permanecido a tradição helénica de origem cretense porque as «moiras» são ainda o nome comum de todos os locais encantados por forças trágicas do destino, geralmente locais em ruínas ou monumentos antigos de origem quase sempre romana mas que, por conotação com a ocupação árabe pós visigótica, a miopia de mestres-escola confunde com referências à mourama.
Notar que toda esta tradição de deusas tecedeiras das peias destino decorre do mito do roubo das tábuas da lei (os mes) cometido por Inana/Istar a Enki/Hefesto, equivalente do roubo cometido por Isis contra Rã.
Ver: HERA (***) & HARPIAS (***) & MORTE (***)
There have been some attempts to establish a trinity of Latvian deities of destiny - Laima, Karta and Dekla - but this is more due to the existence of such in Greek and Roman mythologies, than according the actual material given in the texts as there are no texts mentioning all of them together.
Karta = The goddess of fate and destiny, similar to Laima and Dekla. Much less mentioned in the song texts (just 17 texts in Latvju Dainas), still used to build the "three fates" concept. May be of local origin, known mostly in just some western districts of Latvia.
Karta = *Kartu.
Iberic. Lama < Laima < *Urmia, esposa de Hermes?
St.ª Tecla < Thecla < Dekla < Kikura > Dek®a > Deca > Décima.
The Maiden aspect represents enchantment, inception, expansion, the female principle, the promise of new beginnings, youth, excitement, and a carefree erotic aura. She is innocent in some ways, but also a seductress who recognizes the power of her sexuality. Maiden goddesses include: Anatha, Brigid, Nimue, Kore, Persephone, Gerd, Caer, Blodeuwedd. Her traditional color is white.
The Mother is ripeness, fertility, fulfillment, stability, and power. Mother is ripe, full-breasted, at the peak of her womanly powers. She is the one who tenderly rocks the baby, but she is also the lioness who hunts to feed her offspring and will fight to the death to protect them. Mother goddesses include: Aa, Ambika, Anahita, Asherah, Ceres, Coatlicue, Danu, Demeter, Hathor, Ishtar, Isis, Lakshmi, Luonnotar, Nintu, Sheng-Mu. Her traditional color is red.
The Crone is wisdom, retrenchment, repose, and compassion. She is old age, experience, accumulated wisdom and death. She is the gateway to Death, and the guide to Rebirth. Crone goddesses include: Annis, Baba Yaga, Cailleach, Greine, Hel, Maman Brigitte, Oya, Sedna, Skuld, Takotsi, Toci. Her color is black.
Goddesses who embody the triple aspect within themselves include: Brigid (Ireland/Celtic), Carmenta or Carmentis (Roman), Hekate or Hecate (Greek/Anatolia), Helice (Greek), Kali (India), the Morrigan (Ireland/Celtic).
India:The Primal Goddess, Maha Devi, in India was divided into three goddesses personified as Creator, Preserver and Destroyer (Saraswati, Laksmi and Kali). The three aspects of the Primal Goddess were represented by three kinds of priestesses: Yogini (nubile virgins), Matri (mothers), and Dakini (women elders).
Ireland: The Morrigan; Celtic Goddess of Destruction/Creation. The Irish triple goddess: Anu (Ana, Nemain), the fertility maiden; Badb, the mother, producer of life; and Macha, the death-crone, symbolized as a carrion-eating raven.
Greece: Kore, Demeter & Persephone (or Hekate) created from the original Cretan Rhea (< *Urkia).
A principal razão estruturante do conceito das Tridivas deve remontar ao tempo arcaico das primeiras estruturações do pensamento humano. Neste caso, o mitema estruturante era o do paradigma da fertilidade sagrada, mitologia glosada de múltiplas forma e em variados mitos arcaicos e que mais não faziam do que expressar a importância da descoberta, pela sociedade primitiva, dos mistérios da sexualidade animal relacionados com a fertilidade agrícola e abundância de caça. Transpondo este mitema para a vida da mulher teríamos então que a realidade da fisiologia sexual da mulher a coloca em três fase de fertilidade: A da infertilidade virginal da mulher antes da menarca, a fertilidade da mulher que deixou de ser virgem e a infertilidade da mulher que atingiu a menopausa! Esta realidade da vida da mulher, que hoje é perfeitamente identificável numa consulta de ginecologia, era, tal como foi durante milénios de história humana uma realidade oculta em mistérios femininos e, por isso mesmo terreno fértil para a criação de mitos e ritos de que o conceito das Tridivas terá sido um dos paradigmas mais interessantes e frequentes na cultura mítica.
HECATE
Figura 7: Hecate. In particular, Hekate may have been one name for the daughter figure of the Mother-Daughter-Son triads that may have been widespread throughout the eastern Mediterranean world, examples being Kybele-Hekate-Hermes and Leto-Artemis-Apollo. However, I feel that there is insufficient evidence to confine Her homeland to Karia, the region favoured by modern scholars such as Nilsson, Kraus and Burkert. Furthermore, so much cultural exchange occurred throughout antiquity between the lands about the Aegean Sea that to focus too much upon the question of Her homeland obscures just how at home Hekate was in Greece. The Triple Goddess, often linked to the cycles of the moon, is one of the most recurrent themes in matriarchal mythology. She is the complete female figure. "Her three major aspects have been designated Virgin, Mother, and Crone, or, alternatively, Creator, Preserver, and Destroyer" (Crone 21). |
(...) Maiden goddesses include Diana, Persephone, Kore, Bleudowedd, Artemis, Ariadne, Hestia, Athena, Dictynna, Aphrodite, Minerva, and Venus... Hecate, Greek goddess of the crossroads and Terrible Mother extraordinaire, remains one of the most popular triple goddesses.
Mas, podemos estar também em presença de uma típica situação de especialização mítica de carácter funcional por evolução da complexidade cultural das sociedades antigas de que o conceito das deusas triplas foi um dos compromissos possíveis.
Hehet = Diosa primordial del espacio infinito, que tenía forma de mujer con cabeza de serpiente. Pareja de Heh en la Ogdóada de Hermópolis.
Hekat = Diosa con cabeza de rana que, a partir del Reino Medio, tenía funciones de ayuda en el parto y benéficas en general; preside los nacimientos como comadrona. Representaba la fecundidad y asistía cada mañana al nacimiento del sol renovado. Fue esta característica la que la llevó a ser una de las diosas de las embarazadas. Se la hizo complemento femenino de Jnum en Antinópolis, y era la que daba el soplo de vida al recién nacido, colocándole ante la nariz el anj, por lo que lleva el título de "La que hace respirar"; por asociación, en el aspecto funerario era la que ayudaba a los difuntos en su renacimiento.
In his study, Von Rudolph found that the limited record indicates that in early times Hekate was a secondary figure who could serve one or more specific functions, none of which were unique to Her. These can be categorized under the ancient titles Propylaia, literally "the one before the gate; "Propolos, "the attendant who leads;" Phosphoros, "the light bringer;"Kourotrophos, "child's nurse;"and Chthonia, which translates simply as "of the Earth," but implies Goddess of the Earth. According to Von Rudolph, there is no doubt that by 400 BCE the image existed of female followers of Hekate working magic, alone at night in remote places. And, while they were intended as evil figures, there is also evidence throughout antiquity that shows public displays of devotion to Hekate, often for the common good of the community. -—
Figura 8: Representação de Hecate no papel de Artemisa de quem seria afinal mera variante. Enquanto Hecate Propileia seria esposa de Hermes Propileu, uma forma remanescente de mui arcaicos ritos funerários da idade megalítica. Foneticamente Hecate teria tido no Egipto as forma Hehet < Heket. |
Quer dizer que, além de suspeita de crueldade, Hécate apreciava particularmente o sacrifício de cães. Sendo este animal o melhor amigo do homem é possível estarmos perante um indício de sucedâneos de arcaicos “sacrifícios humanos” de que o mito de Acteão seria uma degenerada reminiscência! Notar que o cão era considerado um animal curandeiro porque sarava as próprias feridas lambendo-se e por isso era o companheiro de Gula, a deusa suméria dos bruxos e curandeiros (é difícil de saber se já seriam alguns também médicos!).
Para reforçar a relação que se propõe entre Artemisa e antigos sacrifícios humanos não deixa de ser suspeito o facto de Acteão ter sido transformado no veado que veio a ser morto e devorado pela sua própria matilha de cães de caça!
O «veado» solar era particularmente adorado na Anatólia mas não sabemos de forma segura com que nome. Suspeitamos que tenha vindo a ser o *Alef- (ian) da primeira letra do alfabeto fenício, então assim chamado em sua homenagem, tal seria a sua importância no panteão anatólico de que derivou a cultura que serviu de base à elaboração da ordem alfabética.
«Veado» < Lat. venatu (> nascido de Vénus?) < *Wen-etu > Phian-et
«Alce» < Gr. Alkê < Halket < Kar-wet < Kur-kito
> Alwi- > Alfi + Anu > *Al-Phian > *Alef-i-an.
Ora, não deixa de ser sugestiva a analogia fonética do nome de Telepinus com *Alfian.
Figura 9: Na obra “élite des monuments céramographiques: matériaux pour l'histoire des religions et des moeurs de l'antiquité” Charles Lenormant & Jean Joseph Antoine Marie de Witte é apresentado este desenho de vaso grego como referente a Deméter (Cerres) e Core. No entanto, a dupla tocha costuma ser apanágio de Hecate o que levanta a suspeita de que a última destas duas deusas ser Hecate como mera variante da rainha da noite que foi Ereshkigal. Neste caso, podemos postular que Tiamat, Istar e Hereshkigal, ou Gaia, Ceres e Prosérpina teriam sido o trio primitivo de deusas dos cereais e do neolítico.
> Delfim ó Serafim ó Querubim
Tele-pinos | > Thel > Kere | -phin- < Win- | Karkian
> Harcinus > «Alcino» > *Alefi-an.
Logo, é etimologicamente elevada a suspeita de Artemis (< Kar-ki-Meash, lit. princesa *Kertu >) ter sido paredro de *Alfi-an.
Assim se compreende o gosto de Artemisa / Diana pelas caçadas ao veado!
Por sua vez, Vénus terá sido um dos nomes desta Deusa Mãe da Anatólia.
Ver: CANIBAL (***) & ACTEÃO (***)
Senão por propósitos estruturais profundos pelo menos por mera coincidência de ordenação empírica do panteão helénico, relativa aos cultos femininos, os aspectos arcaicos da deusa mãe terão sido partilhados pelo trio das deusas helénicas mais importantes, Hera, Afrodite e Atena/Artemisa.
O conceito de «sopro divino» como pneuma vital deve ter sido uma das primeiras aproximações ao conceito de respiração enquanto função vital básica. Este conceito aparece, como seria de esperar, com conceitos relativos ao fumo das fogueiras da deusa mãe telúrica, ou seja, com gazes asfixiantes dos cumes vulcânicos. Assim, não será de espantar que o termo médico mais conhecido para a doença da «falta de ar» seja «asma», nome que por sua vez andou associado ao mais arcaico nome da filha deusa mãe, *Ashma, a filha de *Kima, a mãe do «fumo e deusa da Fama», seguramente também Mãe de Fátima!
Ver: *KIMA (***) / ASHMA (***) & DEUSES DA SAÚDE III (***)
En Abydos lleva el título de "Señora del doble país"; fue clasificada entre los dioses osiriacos como una de las que ayudó a la resurrección de Osiris, y se la considera hija de Ra y esposa de Shu, aunque también se la venera junto a Jnum y Mesjenet. Fue adorada en los mammisis de los templos tardíos. En Kom Ombo aparece como compañera de Sobek-Ra. Se identificó con Nut y Hathor. Se le adoró en Hermópolis, en Hibiu, aquí como forma de Isis, en Abydos, Antinópolis y Kus.
O esforço teórico dos sacerdotes egípcios para evitarem confrontos e confusões teológicas entre os deuses do seu riquíssimo panteão levaram-nos a resultados teóricos de identificação entre as diversas deidades idênticos aos que viram a existir entre o panteão grego e romano. Como estes se deram em divindades do mesmo mundo cultural que eram as longas margens do Nilo podemos aproveitar para reforçar certas suspeitas que encontramos noutros panteões duma identidade geral dos panteões antigo, confirmando deste modo a teoria duma origem comum de todos eles!
Sendo Hekat esposa de Chu podemos concluir que foi idêntica a Juno/Hera. Como foi também identificada com Nut e Hator confirma-se a suspeita anterior de que Hera, Afrodite e Atena/Artemisa foram inicialmente a mesma entidade mítica, ficando em parte explicado o mistério do julgamento de Paris resultante precisamente do fato de as alterações artificiais e desastradas introduzidas pelo rei hitita Tudália IV terem provocado diferenças na identidade e importância mítica e na respectiva posição protocolar, neste grupo de deidades atem então indistintas e equipotentes!
O facto de ter sido esposa de Xenum, o deus primordial idêntico a Enki, podemos finalmente compreender o significado etimológico do nome desta deusa!
Na verdade, tanto esta como as que se identificam com ela são deusas da segunda geração, variantes de Korê, a filha de Deméter, como eram inequivocamente Perséfone e Atena. Então, Hekat ó Hekate < Kaki-at, lit. «filha de Kako/Kaka os deuses latinos do fogo primordial»!
Se houvesse dúvidas sobre a relação semântica entre Hekat ó Hecate ficariam esbatidas dando conta do conceito mágico-religioso egípcio heka, e o respectivo deus Heca, seguramente o esposo na mesma linha de pensamento da semântico mítica, de Hekat ó Hekate.
El término heka se empleaba para definir los textos o pronunciamientos mágicos que se inscribían en los amuletos y representaba el poder de la magia. Como dios asociado a los poderes mágicos y sortilegios es la personificación de la magia divina que produce la vida, el poder mágico del sol y el poder de la palabra. Sus sacerdotes eran médicos-magos y tenían escuelas sacerdotales en Heliópolis, Menfis y Esna. También era un dios de la fertilidad de los campos. En los Textos de los Sarcófagos aparece como dios primordial. Forma parte de la comitiva de la barca solar y es uno de los encargados de luchar contra Apofis. Es el "Gran ka de Ra". Adopta la forma de un dios niño y es hijo de Menhit; en Esna es hijo de Jnum y Nebtu (como forma favorable de Menhit). También aparece como hombre levando un estandarte con una rana sobre la cabeza y sujetando dos serpientes con sus manos y un anj; o en forma de rana o de serpiente. Originario de Heliópolis, fue venerado en todo el Delta y en Esna, en el Alto Egipto. Según Ph. Derchain era un dios asociado a la Luna, cuerpo al que personificaba en la Tierra. Los griegos le dieron el nombre de Hike.
Menhit < Menkit < Min-*Kiat, lit. « Min(/Enki), filho da Sr.ª Ki»
Heca era assim filho de Enki e logo um deus da 2ª geração masculina como Dionísio, e por isso mesmo perfeitamente bem colocado para casar com Hacate, que seria assim variante de Ariadne/Atena. Agora se entende porque razão Ariadne era filha de Minos como Heca, e porque razão faz parte do grupo fonético de deusas da bruxaria que incluem Arachne (< Ara kina) e Aradia.
Aradia: Italian (Tuscany) Witch Goddess, surviving there into this century. Daughter of Diana and Diana's brother Lucifer (i.e. of the Moon and Sun), she came to Earth to teach the witches her mother's magic
Heh < Heka < Keka > «Quico»!
< Hehy < Hehu < Cacu(s) > Waku > Baco.
Ø *Pot < *Phiat ó Phiash > Wesh > Bes!
Ver: AFRODITE (***)
Huitaca (also Chia): Moon Goddess to the ancient Chibacha Native Americans, who lived in what now is Columbia. Huitaca was depicted as an owl. Representing the spirit of joy and pleasure, she was constantly at odds with the male Bochica, who stood for hard work, and a solemn approach to daily living. In some legends, Huitaca was the wife of Bochica, whom she had trid to ruin by destroying his believers by unleashing a great flood. He took vengance on her by hurling her into the sky, and turning her into the moon.
Hekt = "Great Magician", midwife at the sun's birth, frog-headed goddess. Also Heket, Hiquit. Heka (Hike) = Personificação da magia no Egipto.
> Hecate.
Kiki-et > Hiquit > Heket > Hekt
Huit-aca < Kiki-et-aca
Boch-ica < Waush-(aca) < *Kiash > Wiash => Bes.
Ora, senão foi de propósito acontece que o núcleo semântico comum destes nomes é Kur. afinal o nome que Enki assumiu, enquanto deus dos exércitos e dos infernos sumérios. Como são e exércitos que desde sempre fundamentam e sustentam o poder supremo natural seria que fosse de Kauran que derivassem os nomes das «filhas» da Mãe Divina casadas com este deus dos exércitos, em exercício de funções nos subterrâneos sumérios do Kur onde o sol passava o lado obscuro, tremendo e mortífero das suas noites!
Como saber qual o nome original desta três deusas mães?
Deitando mão aos mais genéricos dos termos relativos a qualidades posicionais.
Prima < Phur-*hima < *Kur-Kima ó Tiam-at, mãe e esposa de Anu.
Secunda < Ki-kuntha < Kiki-Antu, lit. «Antu, filha e esposa de Anu».
> Fecunda º Afrodite.
Tercia < Terisha (> Teresa) < Iscur(a) > Istar, filha de Enki/Kur e neta da Deusa Mãe primordial.
Ou então, referidos como grandezas «Maior & Menor»!
A Deusa Mãe «Maior» seria a mais antiga e a mais nova a «Menor».
Pois bem:
«Maior» < lat. Major < Makyur < Ma-Ki-Ur > Ma-Ki-Ur +Ka = «Majorka», Lit. a deusa mãe «das montanhas da Terra» => «Melhor» < Meli-ur =>? «Maria».
=> Makur + an > Makurana > Macarena!
«Minor» < lat. Minor < Min-ur + Ka = Minurka< Ma-An-Urka, Lit. a deusa mãe «das montanhas » do céu, a «Lua» => «Minorca» => Minerwa!
Como Minerva foi a mesma que Atena podemos aceitar esta hipótese como válida porque de facto:
Atena tinha o epíteto litúrgico de «Deusa mãe do céu»!
Atena foi denominada pelos atenienses como a «jovem virgem» Koré, logo filha da deusa mãe, Deméter.
Aliás ainda,
Ma-Ki-Ur + Ka > *Kima-Ker-a > Thimaater > Deméter.
Por outro lado esta hipótese deixa a suspeita de que os primitivos talvez soubessem que a lua era montanhosa e seria um planeta como a terra, considerada já então como um disco plano, tal como era vista dos cumes das sagradas montanhas! De facto, para além de os cumes montanhosos estarem mais perto do céu e dos deuses, é também no alto dos montes que se apreende a gradeia e rotundidades da terra. Como as aparências comuns faziam o senso comum pré-científico era então óbvio que a o disco lunar era mais pequeno do que a terra. Aliás, o disco solar, se bem que calorosamente mais agressivo do que o da lua, era apesar de tudo menor o que estava de acordo com a estética feminina dominante na época que exaltava as rotundidades lipídicas e graciosas das fêmeas grávidas. De resto, a gordura corporal seria comum na época, particularmente nos climas sub-árticos porque era ela que, adquirida nos finais do Verão, permitia a maior sobrevivência durante as carestias e os rigores gelados do Inverno! Por alguma razão as Korês, foram as Horas e estas as estações do ano filha da deusa mãe do céu!
Turan (< Kurana) is usually portrayed as a young woman with wings on her back. The pigeon and black swan are her symbolic animals and she is accompanied by the Lasas. Her Roman equivalent is Venus.
Taraka > Tarawa > Tawarish < Taweret > Taurt.
Na verdade, Kora, literalmente sinónimo de «feminino de Kauro, o macho» ou seja, = «moça»[3], era Prosérpina, a que foi raptada para ser esposa á força de Hades e rainha dos infernos, filha da Deusa Mãe, Deméter, também conhecida entre os romanos como Ceres.
A expressão de Bernardim Ribeiro, «menina e moça», faz reportar-nos à semântica de «moça» < mocha < Macha, deusa celta da juventude guerreira equivalente de Diana/Artemisa. Ora, a origem étmica de «macha» < macla < macra, lit. a «grande e forte» < Ma Kaura, lit. «a mãe do kouro».
Ceres ou Cora eram afinal o mesmo nome da Deusa Mãe e filha dos jovens milicianos, os kauroi, que quando se dedicavam ao consolo do repouso dos guerreiros tinham na Etrúria o nome de Ati (< Anat. aka)-Turan, a deusa mãe turina das «putas» que acompanhavam os exércitos!
O deus dos infernos era Vulcano e quem estava casado à força com ele era Afrodite que assim deverá ser considerada como filha da Deusa Mãe tal como Innana e todas as filhas muito amada de Enki. De facto, a forma grega deste nome era Perséfone.
Persefone < Pher Kiphean < An Phre Kike > Apfodite.
Horae < Hera < Kur(a) > Kora > Ker > Ceres
Ø Tur An > Agro Tora ( = Artemisa).
Ver: AS HORAS (***)
Do mesmo modo Artemis, seguramente também uma das Gorgónias, era chamada de Pótnia Teron. Ora um dos nomes que se mantêm no politeísmo hindu é o da deusa Tara tal como na Etrúria era o de Turan, seguramente uma forma da divina vaca turina Hator.
Some have attempted to separate the Hindu Tara from the Tibetan Tara, but there is little doubt that She is the same Devi. This is shown in a reference to Tara in the Hindu Tantrarajatantra, where Her mantra is given as Om Tare Tuttare Ture Svaha -- identical to the Tibetan version. Here Tara takes her form as Kurukulla < *Kur-ki-kul-la.
Na Índia, país que, como o Egipto antigo, consegue ser um dos que, pelo seu espírito conservador, consegue manifestar maior riqueza espiritual, podemos encontrar não apenas reminiscências de todos os deuses antigos como múltiplas variações e derivações desses nomes.
Figura 10: As três herdeiras da Deusa Mãe no «julgamento de Páris»: Hera, com o ceptro e o leão na mão, herda a soberania suprema. Atena, com o capacete de jovem guerreira, herda a sua bravura e astúcia leonina e Afrodite, com a coroa de louros da vitória e com o fruto do amor na mão, herda as primícias da paz. Estas três irmãs clássicas correspondentes às deusas mais comuns da cultura grega eram na verdade manifestações da trifuncionalidade da mesma arcaica Deusa Mãe *Na-kur-kika, ainda mais arcaica do que Inana/Ishtar, e de que Afrodite/Anfitrite são foneticamente a mais próxima.
Hera Afrodite, esposa do deus pai celeste e Sr.ª do Trono da Aurora guardado por leões!
Atena Anfitrite, esposa dos poderosos deuses marítimos e senhora da guerra!
Vénus Afrodite, a Deusa Mãe Geratriz por excelência!
Em qualquer dos casos o conceito das deusas triplas permite pressupor que Hera/Anfitrite/Afrodite & Artemisa/Atena & Coré/Perséfone formariam um trio de jovens irmãs o que pode ter correspondido a uma sub-especialização funcional do grande trio mítico da condição lunar feminina.
Também na Arábia existia uma trindade feminina do destino:
Menat = Goddess of fate and time, one of a trinity with Al-Lat and Al-Uzza, or a phase of a life that is the aged woman . Also Manat. Mecca
Manat <= Hator/Afrodite.
(Al)-Lat + An ó Latona <= Ra-(tean) < Ura-Kian = Kiur(an) => Hera.
(Al)-Uzza + An ó Ushan < Kiki-Ana > At-An > Atena.
Ver: MACHAS (***)
Uma das representações mais kitch e mais bem acabadas deste clássico trio de esfíngicas tecedeiras da sabedoria feminina coroa o «altar da paz» mandado erguer pelo imperador Octávio C. Augusto como apoteose final do fim do helenismo e, de certo modo, como grito de cisne do gnosticismo sibilino arcaico que o culto Mariano iria substituir de forma apaixonadamente sofrida na «Mater Dolorosas», frígida na sua imaculada concepção do «filho de Deus», tacitamente serena, obediente e calada diante do triunfo apocalíptico do «filho do Homem»!
Figura 11: Vénus, Gaia & Proserpina ou a mãe as filha e os netos ou ainda: a segunda geração de filhos? As crianças que são o dom feminino por excelência, tanto poderiam ser de Gaia como de Vénus, visto que, em qualquer dos casos, seriam sempre filhas de sua mãe! Em boa verdade, a Esfinge não faz mais do que ser a depositária do mistério do poder feminino enquanto garantia da sucessão das gerações. Ara Pacis Augustae.
Thy two sisters (Isis and Nephthys) are given to thee for thy delight. Thou hast created that which is in Kher-aha, and that which is Anu. Every god feareth thee, for thou art exceedingly great and terrible; thou [avengest] every god on the man who curseth him, and thou shootest arrows at him. Thou livest according to thy will. Thou art Uatchet, the Lady of Flame, evil befalleth those who set themselves up against thee." -- 240 BC THE PAPYRUS OF ANI (THE EGYPTIAN BOOK OF THE DEAD) Translated by E.A. Wallis Budge
AS TRÊS-MARIAS
The Virgin Mary alone does not represent a triple goddess figure. However, both the non-canonical Gospel of Mary and the Gospel of John, the proverbial black sheep of the canonical gospels, place three women named Mary at the foot of Jesus's cross: "As if they were one version of the ancient female trinity. There was a Virgin Mother, a Dearly Beloved (Magdalene), and a third, more shadowy Mary," known only as the wife of Clopas (Crone 24-5, Reuther 38).
Ver: AS TRÊS-MARIAS NA VIDA DO “DEUS MENINO” (***)
TRAYÎVIDYÂ
Figura 12: Nesta representação fantasiada e ocultista de Hecate além dos símbolos habituais desta Deusa Mãe do Fogo telúrico, da faca usada por Taveret para cortar o cordão umbilical e o fio da vida, aparecem as duas cobras de Deméter e a coroa citadina de Cibel, aspectos que não deixam margem para dúvidas sobre o carácter de Virgem Mãe primordial desta deusa lunar da bruxaria. Esta representação de Hecate sugere que o seu culto terá tido ligações com o de Kali. |
Do ancestral cretense de ambas terá surgido o formalismo dos deuses de braços múltiplos tipicamente hindu e seria assim uma arcaica deusa do fogo (Heca-te, lit. deusa Keka ou Caca, esposa de Caco) e lunar de que a tri-divindade corresponderia às três fases da lua, simbólicas das três fases da vida e do destino dos homens (em que não há duas sem três) e das trindades divinas.
Shivaharkaray or Karavipur = Devi's three eyes fell here and the idols are Devi as Mahishmardini (Durga the destroyer of Mahishashur) and Shiva as Krodhish (the one who can be angry). It is near Karachi in Pakistan, by rail the nearest station is Parkai.
Figura 13: Hindu Trayîvidyâ, a deusa do triplo conhecimento ou as três faces de Kali Three faces of the goddess Devi, a.k.a Parvati. She appears here as Sati, who jumped onto her husband's funeral pyre, Kali, the face of death and destruction, and Durga, the beautiful but impenetrable consort of Shiva. The Triple Goddess: Lalita (Tripurasundari) has three aspects as virgin (Bala), mother (Tripurasundari) and crone (Tripura Bhairavi) and is the waxing Moon as Kali is the waning Moon. She represents love and sexuality while Kali represents death. Read the Bhavana Upanishad and the ritual application of the words. |
Lalita means "She who Plays". She dwells on a paradise island in a sea of nectar. Her yantra is the famous Shri Yantra, which has nine mandalas. See her daily puja .Or view her 15 Nityas. Tripura = Devi's right foot fell here and the idols are Devi as Tripurasundari and Shiva as Tripuresh. Devi is grantor of all wishes or Sarvavishta pradyani.
Lalita < (En)lil-at > Lilith
Belona <= Bela < Bala < Warha < Warka < Kurki > *Wirki > Virgo.
Tripura-| Sundari < *Shynthari óCentaura ó Aka Turan.
Tripura-| Bhairavi < Bakairawi < Kakaur-awi, lit. «avó Kaphura»!
[1] Foto manipulada cibeneticamente.
[2] Manipulação cibernética de selos extraídos do “Corpus of the Minoan and Mycenaean Seals”.
[3] O termo luso de «menina e moça» faz reportar a semântica de «moça» < mocha < Macha, deusa celta da joventude guerreira equivalente de Diana/Artemisa.
Macha < Macla < Macra, lit. a «grande e forte» < Ma Kaura, lit. «a mãe animal».
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