domingo, 21 de abril de 2013

DIONÍSIO BASSAREU, o deus do bacelo e dos “rabos-de-palha”, por arturjotaef.

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Figura 1: Bacantes com os bássaros de pele de raposa.

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Figura 2: Dionísio Bassareu.

Ba'ssareus (Bassareus), um sobrenome de Dionysus (Hor. Carm. i. 18. 11; Macrob. Sábado. i. 18), o qual, de acordo com as explicações dos gregos, deriva de bassara ou bassaris, o roupão longo que o deus e as Ménades usavam na Tracia, razão porque as Maenades são chamados frequentemente bassarae ou bassarides. O nome deste artigo de vestuário parece estar relacionado com o bassaros, uma espécie de raposa (Hesych. s. v. bassarai), provavelmente porque foi feito originalmente de pele de raposa. Outros derivam o nome Bassareus de uma palavra hebréia de acordo com a qual seu significado seria igual ao grego protrugês, que quer dizer, «bacelo». [1]

«Bacelo» s. m. vara cortada da videira para plantar; • videira brava para enxertar; • vinha nova.

Pro-tru-gaios, on, ([trugê = colheita] ) epith. of Dionysus. = O que preside à vindima, Ach.Tat.2.2, Ael.VH3.41; pág. de theoi Poll.1.24.) 2. Pro-tru-gaia, ta, festival de Dioniso e de Poseidon, Hsch.

Pro-rsa Post-verta by Micha F. Lindemans = The Roman double-goddess who was called upon by women in labor. She guarded over the position of the child in the womb (forwards or backwards). Some sources mention her as another aspect of Carmenta.

Obviamente que as conotações do nome de Bassareus com as vestes sacerdotais das ménades são demasiado circunstanciais para serem de levar a sério! De resto, como eram um exclusivo dos sacerdotes de Dionísio podem ter derivado o seu nome não da raposa mas do deus que teria na raposa um dos animais de transporte. Pode até ser verídico que as sacerdotisas do deus báquico da Trácia se vestissem com peles de raposa, pois nada iria contra o que se sabe deste deus, que foi em quase todo o lado vítima dum crime de caça duma Virgem Deusa Mãe, cruel e ciumenta e por outro que a pele de um predador foi sempre um símbolo xamânico desde o paleolítico!

En la mitología griega, la zorra teumesia (en griego Αλωπεξ Τευμησιος, A-lôpex Teumêsios) es un criatura fantástica relacionada con el ciclo tebano (aparece en un fragmento de los Epígonos). Los autores antiguos no informan sobre sus orígenes, lo que hacen dudosas las indicaciones de parentesco dadas ocasionalmente (Tifón o Gea, como muchos otros monstruos). Destinada a no poder ser cazada jamás, fue enviada por los dioses (Dioniso según Pausanias) para aterrorizar a los tebanos de la época del primer reinado de Creonte (el motivo de esta venganza no está claro). Su papel parece pues muy similar al de la Esfinge – Wikipédia.

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Figura 3: Menade e Sátiro vestidos com os bássaros de raposa na dança dos coribantes nas festas de Zeus menino, Doinísio.

In pre-Christian Times the fox was seen as a symbol of gods, like for example, as a symbol of the god of vegetation or as a symbol of forest- and mountain-spirits. This changed in Christian Times, from where on the fox was seen as a demonic creature.

The fox is a very famous figure in fables and usually is described as greedy, dishonest and tricky. At the same time of all the helpful animals in fairy tales the fox is said to be the most helpful one. Most fables tell about how the fox tricks other animals to get food, but no legends or fairy tales have been found telling about the fox attacking humans. -- The Role of Fox, Lynx and Wolf in Mythology[2]

Claro que o cristianísimo S. Clemente já pouco saberia dos mistérios canibais de Dionísio e ainda menos que a raposa teria sido um animal de estimação da Deusa Mãe, de carne intragável mas de pele tão preciosa para a vaidade feminina tanto outrora quanto ainda hoje! No entanto, é mais provável que tenha sido a raposa a receber o nome do epíteto do deus, do que o inverso. Os gregos, seguramente pela influência do intelectualismo helenístico, de Bassareus só terão ficado com a conotação com a caça à raposa e terão perdido a sua relação mais significante com fertilidade agrícola que, afinal, andou relacionada também com a raposa, seguramente por causa de Dionísio. Por outro lado, o famoso “rabo-de-raposa” dos alunos pouco diligentes seria a causa do equívoco do nome já que este seria uma figura de retórica morfológica dos “rabos-de-palha” que seriam utilizados com as raposas para incendiar as searas em tempo de guerra e de “terra queimada”!

Clement notes "Are they not sesame cakes, cakes with many marvels, and a serpent, the mystic sign of Dionysos Bassareus?"

Os romanos da época clássica também já não saberiam que as deusas Pro-rsa & Post-verta eram as duas formas de Carmenta ou Proserpina, subterrânea no Inverno mas anualmente ressuscitada na Primavera. De qualquer modo, se existem provas de que o hebreu guardou da cultura fenícia péri-Egeia a lembrança conotativa com o “vinho novo” a verdade é que estas passaram sub-reptícias para o português.

«Vassoura» < • (< ??? Lat. *versoria calc. em versus de verrere > «varrer»), s. f. utensílio feito de ramos, giestas, piaçaba, etc., para varrer o lixo dos pavimentos.

«Vassoura»? ó bassoura < bassaura < Bassar-u(l)a ó Grec. Bassar-ulu > bassalelu > Lat. bacellu, pequeno bastão > «bacelo»!

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Figura 4: capote de palha de pastor do Gerês.

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Figura 5: Shaka Zulu vestido como seu traje guerreiro de finas fibras vegetais.

Em boa verdade as longas vestes de Dionísio e de suas sacerdotisas seriam bassaris como reminiscência dos tempos em que o homem primitivo se vestiria no inverno com raízes, folhas secas fibrosas de ou meras parras de videira de que a parra de figueira bíblica seria o remanescente simbólico e o capote de palha o fóssil vivo que na época grega seria ainda comum na Europa central tal como foi entre os pastores serranos portugueses de alguns anos atrás. As figuras 1 & 2 parecem sugerir semelhanças entre europeus e indígenas sul-africanos, que soaram seguramente como impertinentes entre ouvidos racista indo-europeus mas são inevitáveis não apenas por razões morfológicas como etimológicas. O primitivismo do traje guerreiro zulu parece um fóssil vivo dum guerreiro cretense emplumado sem qualquer relação com o capote de pastor do Gerez no entanto parece que o povo que habitou a zona do nordeste transmontano no tempo das conquistas romanas tinha o nome de zoelas.

Os zoelas (em latim, zoelae) eram um povo pré-romano da Galécia de localização pouco precisa porque se os testemunhos epigráficos a situam entre Zamora e Trás-os-Montes, configurando um dos populi de maior extensão territorial conhecidos da península Ibérica, outras fontes situam-nos especificamente entre o rio Douro e o Sabor. Os Zoelas foram mencionados por Plínio o Velho em relação ao linho que estes produziam e que, por ser considerado utilíssimo para redes de caça seria grosseiro fazendo pensar no que deixou tradição nas colchas de linhos de Guimarães.

Da mesma Hispânia e há pouco tempo veio à Itália o linho dos Zoelas, utilíssimo para as redes de caça; a civitas Zoela é uma da Galécia e está próxima ao Oceano. — Plínio o Velho.

Há quem identifique a civitas Zoela com Castro de Avelãs, que por ficar distante do mar e da Galiza põe em causa a veracidade de Plínio o Velho. Mas relativamente a memórias do passado muitas são as lacunas e erros. No entanto a singularidades mirandesas nos falares e costumes e sobretudo pelas festas dos rapazes e pelos trajes dos pauliteiros de Miranda, que nos reportam para as danças dos curibantes cretenses, somos quase obrigados a suspeitar que, se os zoelas são de origem desconhecida, não se sabendo se eram autóctones ou celtas, é porque eram de facto de origem cretense. Ora suspeita-se que a estranha civilização zulu tenha origem cretense tanto mais que o estranho Grande Zimbabwe.

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Figura 6: Muralha do Grande Zimbabwe.

Conhecidas como o lugar do "Povo do Sol", as grandes ruínas Zimbabwe, têm sido há muito atribuídas a uma civilização perdida, que, de acordo com High Sanusi - Credo Mutwa, era remanescente de uma sofisticada civilização de navegantes. Tendo durado milhares de anos, a Grande Zimbabwe foi o império Mona-matapa o mais estável da África, cuja riqueza em ouro é lendária.

As origens da dinastia governante remontam à primeira metade do século XV.  De acordo com a tradição oral, o primeiro "mwene" foi príncipe guerreiro de um reino Shona ao sul, chamado Nyatsimba Mutota, enviado para encontrar novas fontes de sal, ao norte.

De acordo com o que se sabe só as datas do império Mona-matapa não coincidem com uma origem minóica. Mas já o mesmo acontece em relação com a mais que provável origem minóica da civilização dos maias. Assim sendo alguma explicação terá que ser encontrada para este desfasamento nas datas. Por um lado deverão ter que ser recalculadas de forma a ficarem mais próximas do segundo milénio antes de Cristo. Por outro terá que se confirmar arqueologicamente que estas civilizações se auto digeriam e reproduziam em módulos monótonos e repetitivos conseguido manter durante milénios o mesmo aspecto arcaico que no caso maia foi sujeito ainda assim a alguma inovações na qualidade técnica e estilística que não podemos excluir serem originadas por novas chegadas de emigrantes forçados como se suspeita ter sido o caso lendário de alguns bispos ibéricos que terão fugido para o ultramar com os seus séquitos na época da conquista da Espanha pelos árabes.

Sobe o ponto de vista etimológico o nome monapata tem o prefixo mono- que ressoa a minóico bem como sobretudo o genérico do primeiro príncipe a governar este império, o "mwene" que é quase Menés, o nome do primeiro faraó lendário do Egipto. Por último, Zoela e Zulu são nomes próximos de tribos que poderia ter sido a mesma na altura da conquista romana já que muitos galegos poderão ter fugido com os seus barcos para terras africanas que já conheceriam desde os tempos da talassocracia minóica. Por fim, Zu, a ave das tempestades como Garuda e a águia de Zeus, era uma variante de Enki, possivelmente a seu animal totémico de transporte de que derivou o conceito da ave do Espirito Santo e a raiz Chu dos deuses “manda chuva” jupiterianos bem como o mesmo nome tipicamente ibérico na forma Gua.

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Figura 7: Culto a Dionísio Dendrites ou Dionísio Dasílio, nas Lenais.

Obviamente que enquanto deus menino Zu seria também Tamuz visto ser também Nin-Girsu, senhor de Gir-Zu / Garuda.

Garuda < Gaurda < Ker-tu ó Gir-Zu.

Gu / Gua seria Tamuz e o deus menino, Dionísio!

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Figura 8: Dioníso Denditres.

Os antigos gregos faziam sacrifícios a "Dionísio das Árvores". Muitas vezes, a sua imagem era meramente um poste erecto, sem braços, mas enrolado num manto, com uma mascara barbada para representar o rosto, e com arbustos projectando-se da cabeça ou do corpo, para indicar o carácter arbustivo do deus. Ele era o patrono das árvores cultivadas e ele eram-lhe endereçadas preces para que fizesse as árvores crescerem. Era especialmente venerado por fruticultores, que faziam uma imagem dele nos seus pomares.

Dendri′Tes (Dendri-tês), the god of the tree, a surname of Dionysus, which has the same import as Dasyllius, the giver of foliage. (Plut. Sympos. 5; Paus. i. 43. § 5.)

De Dioniso Dasyllius terá derivado o nome «Darcílio» que não seria mais do que um “espantalho” ou um “homem de palha”, razão pela qual estes termos acabaram por adequirir também a conotação de “pessoa frouxa, cobarde e efeminada”.

On May 14th and 15th, the Vestals threw straw figures from the oldest Roman bridge, the pons sublicius, into the Tiber (Bell, S., 73).

Os vestidos carnavalescos antigos eram saiotes de palha, costume que deve ter sido comum em épocas muito arcaicas ao ponto de ter sido encontrado na África equatorial de forma ritual e sem qualquer justificação protectora.

Figura 8: Herma ou Dioniso? Vase Catalog Number: Harvard 1960.321 and 1958.19.

A bearded man in a himation stands in front of the herm, his head turned back to look at the man wedging the clay, but with both arms raised to the face of the herm; possibly he is one of the owners or potters, asking the god to protect his fragile pots throughout their manufacture. The bearded herm may represent Hermes, or possibly Dionysos, as some of the vines that wander through the background of both scenes seem to originate from it.

Em conclusão, o bássaro seria o fato de palha de Dionísio Bassareu tal como o conceito dos homens de palha seriam a sobrevivência dos sacrifícios humanos de estrangeiros para propiciarem boas colheitas.

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Este arcaico saiote de palha iria permanecer até aos tempos modernos em todos os locais onde chegou a cultura minóica como traje festivo e carnavalesco preferido nas “festas dos rapazes” e “ritos de passagem”.

Dionísio era adorado como falo, tal como o Hermes Ictifálico, que na qualidade de marco que delimita as propriedades, era adorado entre os latinos como Terminus! Este deus dos «ex-tremas» acabaria também como deus das «termas» por ser um deus das águas subterrâneas como Enki.

O pau (e os rebentos da) vassoura bem como o pau de «bacelo» não eram senão o próprio Dionísio que era espetado na terra para renascer na primavera. A conotação fálica inevitável apenas comprova a correlação intuitiva que sempre existiu entre a fertilidade agrícola, fecundidade pecuária e sexualidade humana. O que pode ser descoberto como resultado dos equívocos míticos é que Hermes e Dionísio teriam sido variantes do mesmo mito. Dionísio foi sempre o “deus menino”, ou seja a criança grande que nunca quis crescer enquanto Hermes nasceu já homem feito e cresceu de pressa em sabedoria e esperteza!

Mas um deus mais estranho do Egipto que pode ser a relação do nome de Bassareu pode ter sido Bês.

 

Ver: BÊS (***)



[1] BA′SSAREUS (Bassareus), a surname of Dionysus (Hor. Carm. i. 18. 11; Macrob. Sat. i. 18), which, according to the explanations of the Greeks, is derived from bassara or bassaris, the long robe which the god himself and the Maenads used to wear in Thrace, and whence the Maenads themselves are often called bassarae or bassarides. The name of this garment again seems to be connected with, or rather the same as, bassaris, a fox (Hesych. s. v. bassarai), probably because it was originally made of fox-skins. Others derive the name Bassareus from a Hebrew word, according to which its meaning would be the same as the Greek protrugês, that is, the precursor of the vintage.

[2] Wolf Song of Alaska, P.O. Box 671670, Chugiak, Alaska 99567-1670.

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