terça-feira, 15 de junho de 2021

I SAGRADA FAMÍLIA, por arturjotaef 1.1. O PAI BIOLÓGICO DE JESUS


 


Figura 1: Representação renascentista de Herodes o Grande entrando a cavalo no II Templo, construído por ele, para sentenciar à morte por degolação os seus inimigos ou os seus próprios filhos e familiares.

Deutronómio: 2 Nenhum bastardo entrará na assembleia do Senhor; nem ainda a sua décima geração entrará na assembleia do Senhor.

Os mitos são ideias luminosas que ofuscam mistérios insondáveis e as lendas, contos infantis sobre verdades tornadas inócuas pelo delírio imaginativo que os adultos, por variados motivos pragmáticos, decidiram esquecer.

R. Shimeaon ben 'Azzai said: I found a genealogical roll in Jerusalem wherein was recorded, "Such-an-one is a bastard of an adulteress."

6. Los ancianos de los judíos replicaron a Jesús: ¿Qué es lo que decimos? Primero, que has nacido de la fornicación; segundo, que el lugar de tu nacimiento fue Bethlehem y que, por causa tuya, fueron degollados todos los niños de tu edad; y tercero, que tu padre y tu madre huyeron contigo a Egipto, porque no tenían confianza en el pueblo -- Acta Pilati.

Por haver quem tenha suspeitado que a história do nascimento de Jesus e de S. João Batista andaria mal contada é que os teólogos da Igreja unificada chegaram a propor (coisa no mínimo fantástica já que a ousadia não costuma fazer parte deste corpo de pensadores) que estes seriam meios-irmãos!

O Unificationismo tem uma visão estranha e sem igual de Isabel considerando esta e Maria como estando na posição respectivamente uma como irmã mais velha e outra como irmã mais nova, tentando restabelecer o paralelismo da situação das esposas de Jacob, Lea e Raquel. [1]-- ·  New World Encyclopedia.

Ora, pasme-se, até onde podem chegar os delírios dos crentes quando enfrentam absurdos tomados como dogmas de fé: esta relação íntima e fraterna iria ao ponto de ambas terem engravidado de velho sumo-sacerdote Zacarias.

Rev. Moon seems to be getting bolder lately. In a speech he gave to Unification Church members August 1, 1993 (with Unification Church members responding), Sun Myung Moon proclaimed:

"Who was Jesus' father? Christians say that Jesus was born to a virgin. Without man is it possible to conceive? [Impossible.] Who is Jesus' father? [Zechariah.] Who taught that? [You did.] Several times in six months I said that. Who is Jesus' father? Zechariah." (Sun Myung Moon, "Declaration of Return to the Home Country," speech given August 1, 1993 at Tarrytown, New York, translated by Sang Kil Han, from the Unification Church member magazine Today's World, October 1993, p.9.).

(...) Todos estes eventos históricos levam até à irmã mais nova de João Batista estar na posição de se tornar a esposa de Jesus. Com Jesus destinado à posição de primogénito, a irmã mais nova de João Batista teria-se tornado a esposa de Jesus e toda a história seria restaurada. ... Assim, Jesus e a irmã de João Batista tinham o mesmo pai, mas mães diferentes. ...João Batista sabia muito bem que Jesus Cristo era um filho ilegítimo. Quando João Batista recebeu a revelação de que Jesus era o filho amado de Deus, ele não podia aceitar que uma pessoa ilegítima era o Messias. Nestas circunstâncias, era inaceitável que Jesus se casasse com a irmã mais nova de João Batista. Embora tivessem mães diferentes eram ambos filhos de Zacarias. Como poderiam as pessoas aceitar uma relação tão incestuosa? (Sun Myung Moon, "Uma Nova Dimensão está a começar", discurso proferido 07 de fevereiro de 1995 numa conferência de líderes da Igreja da Unificação em Washington, DC, e gravado na revista membro da Igreja da Unificação, Mundo de Hoje, Abril de 1995, pp. 11-12.) [2].

Fazer afirmações destas não é tanto uma heresia no mundo comum dos cristãos como sobretudo uma infantilidade gratuita que apenas soma dúvidas no plano da crença às já bastantes até mesmo no plano natural das coisas! A tese de que o velho Zacarias poderia ter sido o verdadeiro pai de Jesus quando ele próprio ficou mudo, sabe-se lá se de raiva se de espanto, quando soube que a esposa, até então considerada como sujeita à ignomínia da infertilidade, tinha engravidado por intervenção angélica, só pode ser superada no plano natural das coisas aceitando que ambas as primas ou irmãs teriam sido engravidadas ou no recato da vida monástica essénica ou nas dependências do templo reservadas aos sacerdotes importantes, com a ajuda do mesmo alcoviteiro, um sacerdote do templo disfarçado de arcanjo Gabriel! Que este em vez de um milagre tivesse feito dois na mesma família já é reincidência contumaz na tentação do Divino Espírito Santo. Como S. José faria, com Zacarias, parte do grupo estatístico dos 40% de homens estéreis em idade fértil, ou por serem impotentes por estado ou por idade, seria este mesmo Arcanjo Gabriel o alcoviteiro do pai de S. João Batista? Assim, o mistério residiria apenas em saber como é que este arcanjo essénico se meteu nesta história escabrosa!

Obviamente que para se chegar até aqui teremos que aceitar que também os saduceus, os primeiros detractores de Jesus, andariam mal informados por que não saberiam da missa a metade! Daí, os saduceus terem inventado uma aventura de Maria, a mãe de Jesus, com alguém que teria que ser ainda mais odioso aos olhos da opinião pública judaica do que era a afronta dum candidato sadoquista ao sumo sacerdócio messiânico…como parece ter sido o caso de Jesus Cristo! Propalar o boato de que Jesus era filho dum soldado romano era o pior estigma que se poderia por no currículo messiânico de Jesus porque além de o tornar num candidato ilegítimo o transformava num traidor ao serviço dos romanos! Obviamente que não temos elementos históricos que provem que Maria fosse uma galdéria qualquer até porque nem teria encontrado em S. José o apoio que a lenda cristã lhe atribui enquanto foi vivo nem a complacência que possivelmente terá tido deste velho estéril para continuar a ter filhos bastardos dum tal Alfeu. Ou seja, a mancha prostituição que os judeus encontram na mãe de Jesus deve ter tido origem em intrigas palacianas passadas de ouvido em ouvido e, por isso, muito mal contadas.

Como as pessoas dizem: "Ela, que era descendente de príncipes e governantes, prostituiu-se com carpinteiros"[3].


Herodes I ou Herodes o Grande, era o segundo filho de Antípater II com a sua esposa Cipros. A sua breve aparição na Bíblia relata-o como uma pessoa de carácter inescrupoloso, ardiloso, suspeito, imoral, cruel e assassino. Os relatos sobre ele existentes na história confirmam estes traços de personalidade. Era contudo um excelente diplomata e era oportunista, qualidades destacadas também no seu pai. Além disso, mostrou uma ótima capacidade de organização militar, e segundo Josefo tinha grande força física, e era perito em manejar cavalos e em usar dardo e arco (The Jewish War, I , 429 e 430 [xii]). A sua qualidade mais preemente era a sua habilidade como construtor (que redundou na reconstrução do II templo de Jerusalém).

Figura 2: Representação barroca de Herodes o Grande.

Esta passagem do Talmude é quase tão reveladora quanto o Evangelho de Bartolomeu se admitirmos que de facto as virgens do templo de Herodes seriam filhas de reis e de sumo-sacerdotes e que a referência aos carpinteiros resulta dum erro de tradução do nome de Alfeu que cometeram também os canónicos cristãos. Mas nem sempre as referências talmúdicas, tal como muitas passagens bíblicas obscuras, andam bem avisadas.

Também está escrito: "Miriam, a cabeleireira fez sexo com muitos homens"[4].

É quase seguro que a cabeleireira Miriam seria Maria Madalena que até os talmudistas terão confundido com a mãe de Jesus. No entanto, Maria Madalena não seria tão leviana como a pintaram os seus detractores machistas da própria igreja primitiva! Terá tido mais do que um marido e isso seria grave na conservadora e patriarcal sociedade da época mas, dai a prostituta vão muitos grandes passos! Enfim, quando faltam bases históricas cada um pinta os retratos conforme as simpatias que tem dos personagens e até o historiador conceituado Flávio Josefo carrega demais nas tintas a respeito de personagens que não eram da sua simpatia...nem dos romanos, seus protectores!

 

Ver: VIRGEM MARIA (***) & MADALENA (***)

 

Sabemos que Herodes procurou desesperadamente legitimar o trono por via hereditária feminina. Jesus pode ter feito o mesmo não pela via de S. José, seu pai putativo como explicitamente se refere nos canónicos, mas de sua mãe pelo que teremos que indagar nas fontes apócrifas algo a respeito do nascimento da Virgem Maria. De facto, a verdade pode ter sido menos estranha, se ousarmos o inimaginável que Santa Ana seria, afinal, Mariana I, esposa infiel de Herodes. Para isso temos que primeiro consultar Josefo e tentar saber o que se passou com as duas Marianas, esposas de Herodes. De facto, a maior parte do que conhecemos sobre a vida de Herodes é-nos narrada pelo historiador judeu Flávio Josefo, que nos diz ser este filho do idumeu Antípatro e de Cipros (da Nabateia). Por isso, a legitimidade de seu reinado era contestada pelos judeus…exactamente como foi contestado o messianismo de Jesus. Mas, Herodes destronou os reis da dinastia hasmónea que tinham governado Israel mais de um século, precisamente a mesma dinastia de João Hircano que impôs o judaísmo na Idumeia anexando-a ao reino de Judá. Essa dinastia tinha contado com o apoio dos saduceus. Por isso, Herodes era mal visto entre os saduceus por constituir uma espécie de vingança póstuma dos nabateus.

Herodes o Grande, numa tentativa para obter a legitimidade judaica que lhe faltava por raça e sangue, casou-se com Mariana, uma hasmoniana filha do sumo sacerdote do Templo e deposto rei de Israel. Ainda assim, vivia temeroso de uma revolta popular, razão pela qual teria construído, como refúgio, a fortaleza de Massada. Em contrapartida, ele pôde contar com o apoio da facção moderada dos fariseus, conduzida por Hilel. Contou também com o apoio dos judeus da diáspora, naquela época já em número considerável. Porém, a relação com os essénios era mais complicada. Por um lado, os essénios detestavam os ramanos e não aprovavam que Herodes governasse em nome destes. Por outro lado, Herodes o Grande era um amigo íntimo de Menahem, o essénio que teria previsto que ele viria a ser rei, e por causa deste respeitava os essénios com quem tinha boas relações.

1947 Découverte des "manuscrits de la Mer Morte" à Qumran (Sokoka) dans 11 grottes par un bédouin qui cherchait une cachette pour des marchandises de contrebande. Ces manuscrits contemporains de l'époque de Jésus de Nazareth de la Bible (de 250 av JC à 68 après JC, bien après la supposée mort du Christ) ont été écrits par des membres de la communauté des Qumraniens/Esséniens. Ils traitent de religion, de justice, des psaumes, de récits de guerre. La plupart de ces manuscrits sont entreposés par les catholiques au musée biblique à Jérusalem (aujourd'hui musée Rockfeller). Dans les exemplaires transmis aux historiens, on trouve des passages de l'Ancien Testament. Aucune trace des Évangiles, aucune mention des apôtres, de Jésus ou de sa résurrection ! Rien ! L'Église a été très longue à montrer les manuscrits. 54 ans après la découverte des manuscrits, l'intégralité, en 39 volumes a été publiée: certains manuscrits sont gênants: ils montrent que l'histoire de JC a été inspirée, entre autre du messie Ménahem, rejeté par les pharisiens, et mis à mort par les romains en -4 AV JC puis aurait été considéré comme ressuscité par ses disciples.

Source: "L'Autre Messie", Israël Knohl Directeur du département biblique à l'Université hébraïque de Jérusalem: (Albin Michel). "Il met notamment en évidence, pour la première fois, des correspondances extrêmement troublantes entre la biographie de Jésus et celle du leader messianique qui l'a précédé d'une génération : Ménahem l'Essénien" et pour cause...

Neste contexto vai ser mais fácil entender que alguns equívocos anti herodianos, herdados pela tradição católica, são afinal influências tardias do pensamento saduceu que veio a prevalecer, por intermédio de Flávio Josefo, no judaísmo helenizado.

Herodes era um rei de tipo oriental com um grande harém patriarcal de que se registaram pelo menos dez esposas principais que lhe deram 14 filhos, mas a maioria dos bastardos seria sobretudo de esposas ilegítimas. A história das virgens do templo pode andar mal contada e serem apenas virgens deste grande harém de Herodes. Sendo assim, o tal Alfeu / Clopas (se Clopas não for mera abreviatura de Cleópatra de Jerusalém, uma das esposas de Herodes e logo legítima tia de Jesus) nunca teria existido e seria apenas uma forma de Maria Madalena encobrir a verdade que esta Maria era nem mais nem menos que Elfis, uma das concubinas de Herodes tratada nos evangelhos como criadas deste e que os restantes evangelistas confundiram como sendo esposa de Alfeu. Ora, neste caso, Alfeu é que seria o esposo de Elfis que depois de viúvo teria casado com Miriam II.

Na verdade, Jesus seguia as tradições da família que teria com Herodes relações proveitosas ainda que tensas e obscuras!

Lucas 8: 1 E aconteceu, depois disso, que andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do Reino de Deus; e os doze iam com ele, 2 e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; 3 e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com suas fazendas.

Perguntar-se-á então, por qual razão então os cristãos se viraram Jesus contra Herodes? Porque não entenderam nada da trama obscura em que se desenvolveu o messianismo de Jesus. Jesus era filho de Herodes o Grande e logo um óptimo candidato messiânico essénio com o intento de restaurar o sacerdócio sadoquista que os Asmodeus tinham usurpado.

Lucas 2: 48 Quando o viram, ficaram maravilhados, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que procedeste assim para connosco? Eis que teu pai e eu ansiosos te procurávamos. 49 Respondeu-lhes ele: Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devia estar na casa de meu Pai? 50 Eles, porém, não entenderam as palavras que lhes dissera.

Eles não entenderam porque os evangelistas nunca o entenderiam! A casa do pai de Jesus era o segundo templo que Herodes, o Grande, mandara reconstruir e que Jesus, por esta altura já teria aprendido que tinha sido o seu pai, pela coscuvilhe familiar, sobretudo da parte de Maria Salomé!

 

HERODES O GRANDE, PAIS DE JESUS


Figura 3: Representação tradicional do busto de Herodes.

Assim retomamos o estranho mistério do nascimento de Jesus referido no evangelho de Bartolomeu, descrito no início deste capítulo sobre o pai biológico de Jesus. Por outro lado começamos a entender as lendas talmúdicas que fazem de Jesus um bastardo filho dum soldado romano Pandeira.

Os primeiros Cristãos estavam também cientes do nome "ben Pandeira" para Jesus. O filósofo pagão Celso, que foi famoso pelos seus argumentos contra o Cristianismo, reivindicou em 178 d.C. que tinha ouvido a um Judeu que a mãe de Jesus, Maria, se tinha divorciado do seu marido, um carpinteiro, depois de se ter provado que ela era uma adúltera. Ela vagueou em vergonha e em segredo deu à Luz Jesus. O seu verdadeiro pai era um soldado chamado Pantheras. De acordo com o escritor Cristão Epifânio (c. 315 – 403 d.C.), o apologista Cristão Orígenes (c. 185 – 254 d.C) tinha afirmado que "Panther" era o apelido de Jacob, o pai de José, o padrasto de Jesus. É de notar que a afirmação de Orígenes não é baseada em nenhuma informação histórica. É puramente uma conjectura cujo objectivo era explicar a história de Pantheras de Celso. (…) Como (…) o nome Pandeira se assemelhava com o nome Pantheras encontrado entre os soldados Romanos, assumiu-se que Pandeira tinha sido um soldado Romano estacionado em Israel. Isto certamente explica a história mencionada por Celso. -- [5]

Afinal a alcunha de Jesus Ben Panther pode ter tido uma origem bem mais cáustica e realista. O segredo bem guardado de Herodes teria transpirado para os meios saduceus e anti-herodianos e nem os zelotas aceitariam com muito bons olhos esta revelação que pode ter sido uma das razões que teriam levado os zelotas a proporem que Jesus se entregasse para salvaguarda de Barrabás que teria adquirido melhores garantias de pureza de raça por ser filho de Maria Madalena, filha duma linhagem pura de saduceus.

La tesis que señala a Yeshúa como hijo de Antípater, primogénito de Herodes, es original del erudito y escritor inglés Robert Graves (1895-1985), que la desarrolla en forma de novela en su libro "King Jesus" (1946).

(…) Parece más fácil buscar la explicación en otros extranjeros que se encontraban en Judea en esos momentos: los idumeos. De hecho, Ha - Panter o Apanter no resulta muy diferente del nombre del primogénito de Herodes, el idumeo Antipater. -- Diatessaron de Shim’on.

Ben | Panta Hero-th(es) = filho do todo-poderoso Herodes

> Panthere-(tes) > Ha-Panter < Apanter < A(nti)pater < Antipatros.

Jesus Ben Herothes, depois de abreviado, por malícia com o nome dum general romano de que se falaria muito na altura, teria acabado Pandeira.

«King Jesus» é um romance de ficção histórica escrito pelo inglês Robert Graves, publicado em 1946, onde se afirma que que Jesus de Nazaré era um profeta judeu e taumaturgo, neto por linhagem paterna de Herodes I, o Grande, e descendente, por sua mãe, da dinastia de David. Maria havia contratado um casamento secreto com Antípater, filho de Herodes, apresentado como um homem de ideais nobres mas que queria segurar sua pretensão ao trono perante os judeus casando com uma herdeira por linha matrilinear direta, Maria filha  de Ana e Joaquim. No entanto, Herodes manda executá-lo por considerações místicas e Maria, grávida, foge. José, um rico artesão e viúvo, encarrega-se de protegê-la casando com ela. Diante dos eventos que levaram ao Massacre dos Inocentes e que mais não era do que a senha de Herodes contra os próprios filhos, José e Maria com o menino Jesus fogem para o Egipto até a morte de Herodes.

No entanto a tese mais plausível seria a de que, como Herodes era filho do idumeu Antípatro e de Cipros (da Nabateia), seria por isso chamado pelo judeus de Herodes ben Antipatro e portanto a equação que justifica o nome de Jesus seria por Antipater, por sinal nome do filho primogénito de herodes.

Antípatro (46ντίπατρος; c 46 a. C. - 4 a. C.) era o filho primogénito de Herodes I, o Grande, e sua primeira esposa, Doris. Quando Herodes se divorciou dela e se casou com Mariamna I, ele expulsou Antípatro da corte, para depois chamá-lo novamente para se opor aos filhos de Mariamna, Alejandro e Aristóbulo. Antípatro conseguiu levantar a suspeita de seu pai sobre as atividades de seus irmãos e foi enviado a Roma para pedir o favor de Augusto. Herodes se reconciliou com Alexandre e Aristóbulo, mas Antipater continuou intrigando até conseguir que o rei os matasse em 6 a.C. C., declarando-o seu único herdeiro. Antipater então conspirou com seu tio Feroras contra a própria vida de Herodes.

A morte de Feroras e a queixa da viúva de que ele havia sido envenenado descobriram a trama, mas Antipater estava em Roma e não sabia o que estava acontecendo na Judéia. Quando ele voltou, foi preso por Publius Quintilius Varus, o governador romano da Síria, e condenado à morte. Augusto teve que aprovar a sentença e, para evitar que ela fosse executada, recomendou que o prisioneiro fosse exilado, mas Antípatro foi assassinado na prisão cinco dias antes da morte de Herodes em 4 a. C.

De resto, as intrigas ocultas podem ter cruzado esta informação com a possibilidade de Jesus, ou Apolónio de Tiana (com cuja vida, estranhamente parecida à de Jesus, os primeiros cristãos e anticristão se terão confrontado) terem estudado em Theira ou Tiatira, perto de Éfeso…e de Sídon, onde estava estacionado o general Tiberius Julius Abdes Pantera, o que seria demasiado rebuscado. Enfim, são muitas as voltas que a intriga política dá quando a história é incipiente para registar os factos que objectivamente acontecem, quando é possível e politicamente correcto assinala-los!

Na verdade, para difamar Jesus bastaria faze-lo filho do Grande Herodes já que este foi sempre considerado bastardo pelos judeus!

MISHNAH. [104b] If one writes on his flesh, he is culpable; He who scratches a mark on his flesh. He who scratches a mark on his flesh, [etc.] It was taught, R. Eliezar said to the sages: But did not Ben Stada bring forth witchcraft from Egypt by means of scratches [in the form of charms] upon his flesh? He was a fool, answered they, proof cannot be adduced from fools. [Was he then the son of Stada: surely he was the son of Pandira? - Said R. Hisda: The husband was Stada, the paramour was Pandira. But the husband was Pappos b. Judah? - his mother was Stada. But his mother was Miriam the hairdresser? - It is as we said in Pumbeditha: This is one has been unfaithful to (lit., 'turned away from'- satath da) her husband.] (Shabbath 104b)

R. Papa said: When the Mishnah states a MESITH IS A HEDYOT, it is only in respect of hiding witnesses. For it has been taught: And for all others for whom the Torah decrees death, witnesses are not hidden, excepting for this one. How is it done? - A light is lit in an inner chamber, the witnesses are hidden in an outer one [which is in darkness], so that they can see and hear him, but he cannot see them. Then the person he wishes to seduce says to him, "Tell me privately what thou hast proposed to me"; and he does so. Then he remonstrates; "But how shall we forsake our God in Heaven, and serve idols?" If he retracts, it is well. But if he answers: "It is our duty and seemly for us," the witnesses who were listening outside bring him to Beth din, and have him stoned. ["And thus they did to Ben Stada in Lydda, and they hung him on the even of Passover." Ben Stada was Ben Pandira. R. Hisda said: The husband was Stada, the paramour Pandira. But as not the husband Pappos b. Judah? - His mother's name was Stada. But his mother was Miriam, a dresser of woman's hair? - As they say in Pumpbaditha, This woman has turned away (satath da) from her husband, (i.e. committed adultery).] (Morey, p. 6).


Jesus' real father? According to one widespread early Jewish story, Jesus was the illegitimate son of a Roman soldier called Pantera or Panthera. The name is an unusual one, and was thought to be an invention until this first-century tombstone came to light in Bingerbnick, Germany. The inscription reads: 'Tiberius Julius Abdes Pantera of Sidon, aged 62, a soldier of 40 years' service, of the ist cohort of archers, lies here.' Bad Kreuznach Museum, W. Germany Even Origen writes that his opponent, Celsus, in circa A.D. 178, said that he heard from a Jew that 'Miriam' had become pregnant by 'Pantheras,' a Roman soldier; was divorced by her husband, and bore Jesus in secret. – JESUS IN THE RABBINIC TRADITIONS, Sam Shamoun.

Figura 4: Tiberius Pantera's tombstone in Bad Kreuznach.

Mas como por esta época ainda reinava o principio de que pelo Grande Herodes ou te “calas ou te fodes”…os judeus preferiram difamar Jesus com uma relação de Miriam com um soldado romano, que bem poderia ser um qualquer Tiberius Julius Abdes Pantera, sobretudo se nascido ali bem perto na cidade fenícia de Sidónia, quiçá amigo do grande rei…Porque uma coisa parece certa: o julgamento de Jesus por Pilatos parece pressupor que existiria um consenso a nível das altas esferas judaicas de que Jesus teria imunidades romanas que obviamente poderiam advir de Herodes, a quem os romanos haviam concedido a plena cidadania romana colocando-o a nível da corte imperial.

The land between Tire, Bayindir and Halkapinar, to the south of Belevi, belonged to Ephesos in antiquity. Moreover, there were important ancient settlements within this land. An important road linking Sardes and Ephesos passed through Bogaziçi, near Belevi. This road passed through Theira (Tire) at the foot of the Mesogis (Cevizli Dag), running towards the northeast via Büyük Kale. Uzgur is near this ancient road and to the southeast of the ancient settlement (between Büyük Kale and Küçük Kale, villages) called Boneiton katoikia. The villages near Uzgur, Büyük Kale, Küçük Kale, Alayli, Üzümler, Halkapinar, Darmara (ancient Almura) and Hisarlik contain ancient settlements and cemeteries. In antiquity, Tire was on an important road between Ephesos and Sardes. Its name indicates that it was once one of the capital cities of Lydia. The word Thyrai comes from "tyra" or "tira" in the ancient Lydian language, meaning "city" or "castle". Later, this name changed to Thyre, Theira, Tira, Thyra, and Thyatira. In the end, it became Tire. -- Bìnnur Gürler.

Thyatire est l'une des sept églises primitives d'Asie Mineure citée dans l'Apocalypse de saint Jean.

It is possible that, to gain adherents, the Herodian party may have been in the habit of representing that the establishment of a Herodian Dynasty would be favourable to the realization of the theocracy; and this in turn may account for Tertullian's (De praescr.) allegation that the Herodians regarded Herod himself as the Messiah. The sect was called by the Rabbis Boethusians as being friendly to the family of Boethus, whose daughter Mariamne was one of Herod the Great's wives.

Postulando que Jesus fosse neto de Herodes, o Grande, passa a entender-se melhor, por um lado a sua rejeição como candidato messiânico por parte da ortodoxia judaica e por outro lado as relações de amor / ódio entre Jesus e Herodes Antipas, tão tensas e ao mesmo tempo tão cautelosas, por alguma subtil e adequada razão.

Lucas 9: 7 E o tetrarca Herodes ouvia tudo o que se passava e estava em dúvida, porque diziam alguns que João ressuscitara dos mortos, 8 e outros, que Elias tinha aparecido, e outros, que um profeta dos antigos havia ressuscitado. 9 E disse Herodes: A João mandei eu degolar; quem é, pois, este de quem ouço dizer tais coisas? E procurava vê-lo.

Lucas 13: 31 Naquela mesma hora chegaram alguns fariseus que lhe disseram: Sai, e retira-te daqui, porque Herodes quer matar-te. 32 Respondeu-lhes Jesus: Ide e dizei a essa raposa: Eis que vou expulsando demónios e fazendo curas, hoje e amanhã, e no terceiro dia serei consumado. 33 Importa, contudo, caminhar hoje, amanhã, e no dia seguinte; porque não convém que morra um profeta fora de Jerusalém.

57 Quando iam pelo caminho, disse-lhe um homem: Seguir-te-ei para onde quer que fores. 58 Respondeu-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.

Lucas 23: 8 E Herodes, quando viu a Jesus, alegrou-se muito, porque havia muito que desejava vê-lo, por ter ouvido dele muitas coisas; e esperava que lhe veria fazer algum sinal. 9 E interrogava-o com muitas palavras, mas ele nada lhe respondia.

Seria a curiosidade de Herodes tão hipócrita e tão falsa como transparece na resposta antipática e politicamente impróprio dum mestre da ética, que vira a ser sublimado até ao estatuto de divino deus do amor e da misericórdia?

No entanto a origem do epíteto talmúdico de Jesus ben Panteras pode ter uma origem bem mais simples: seria uma corruptela do nome do avô biológico por parte da mãe Mariana II, Simon Cantheras, o que reforçaria a alcunha judaica de Jesus mas não justificaria a sua origem porque não implicaria a carga negativa que a alcunha judaica de Jesus tinha.

[34] See Satran, above. In Schwartz’s opinion (above, n. 33), Elyoenai was the brother of Joseph Caiaphas, and they had yet another brother, Simon Cantheras, who also served as high priest, and it is mentioned that he was a member of the important Boethus family, many members of which served as high priests. The three brothers were the offspring of two high priestly families, the family of Boethus on their mother’s side and the family of Cantheras on their father’s side. Thus the House of Qayapha was related to the two main high priestly families, the house of Hanan and the house of Boethus, and this in turn is testimony of the nobility of the family in its own right. But in Satran’s opinion Simon Cantheras, or in any case the family of Boethus, had no family relations with Elyoenai or the house of Qayapha. See Satran, 249 (= 269), and n. 88.[6]

Qualquer cristão que respondesse assim teria que confessar-se por falta de caridade! Assim, é impossível não ver nesta atitude senão a profunda antipatia que Jesus demonstrou noutros contextos pela própria família. Como, neste caso, a resposta de Jesus revela um anarquismo gratuito que lhe poderia ter custado a cabeça (por bem menos Herodes Antipas tinha deixado cortar a cabeça de João Batista!) somos tentados a pensar que não estamos apenas perante um zelotismo insensato mas diante de um dos muitos gestos espontâneos captados pelo espírito observador e atento de Marcos que nos revelam um Jesus tão humano que chegava a ser mesquinho e despeitado!

Por su parte, desde bien antiguo circula la historia de Yeshua ben Pandera, actualizada en nuestro siglo por Houston Stewart Chamberlain, hijo de un general inglés y yerno de Richard Wagner, que en su libro "Los fundamentos del siglo XIX" se basa en supuestas pruebas y fuentes históricas para suponer que Yeshua era de origen ario, es decir, romano.

Las narraciones al respecto se originan en los siglos I - II, apareciendo incluso en el Talmud, donde aparece bajo el nombre de ben Pandera o ben Ha - Pantera, y se menciona a "Pandera el querido".

También se dice que "en Pumbedita (¿?) se la llamaba S'tath da, es decir, que "fue infiel a su esposo" (Sabbat 104 C; Sanhedrin 67 a).

La hipótesis central de Yeshúa como heredero, aunque pueda parecer audaz, encaja perfectamente y aclara una serie de puntos importantes: las constantes visitas de los enviados del señor a Miryam, la unión con el señor mismo, el nacimiento en lugar oculto, las visitas de magos, el censo (es hecho ciudadano romano), el interés de Herodes por eliminar al niño, su carácter arrogante y, en ocasiones, colérico, sus juegos de rey durante su infancia, su constante referencia al reino de su padre, a la realeza; su paulatino autoconvencimiento sobre la profecía mesiánica, su entrada en Jerusalén, la reunión con los emisaros a las puertas (transfiguración), el ser prendido por los judíos que le envían a Pilatos 210 (que no se ocuparan de él directamente, lo que sí harán después con Ya'akov, sólo sería justificable si fuera un ciudadano romano), su diálogo ("Eres tú el rey de los Judíos" "Es como tu dices" "No encuentro culpa en este hombre"), su envío a Herodes Antipas, la alegría de éste al verle apresado, la amistad posterior de éste con Pilatos, etc., su ejecución bajo el título de Rey de los Judíos, su grito de "Padre, por qué me abandonaste". 210 Su justificación ("no nos es permitido condenarle a muerte") sólo se explica si fuera romano; años después el Sanedrín condena y ejecuta por lapidación a Ya'akov. -- Diatessaron de Shim’on.

Ora, para Jesus deixar estalar o verniz diante de emissários de Herodes é porque estava suficientemente à vontade para o fazer, ou seja, porque havia uma secreta cumplicidade entre ambos os personagens dentro de limites que ambos conheceriam bem!


Figura 5: O jovem Herodes e pai de Pandera o Querido!

Se Herodes Antipas pensasse que Jesus era um perigo real de certo não teria demorado supostamente três anos a encontrar-se com ele! E porque haveriam os canónicos de referirem que Herodes Antipas, quando viu Jesus no julgamento, se alegrou muito, porque havia muito que desejava vê-lo? Saberia Herodes que Jesus era secretamente seu irmão (ou no mínimo parente na mesma linha sucessória) por quem teria até uma certa simpatia na razão inversa da antipatia de Jesus? Enfim, o que impediria um rei, que pouco ligava a querelas religiosas, desejar conhecer com a melhor das intenções um irmão bastardo…sabendo-o já condenado à morte? No entanto, a inversa já não será tão verdadeira se fosse o acaso de Jesus ser apenas bastardo na aparência e por mero infortúnio! Pois, que havia ele de dizer dum irmão a quem deveria odiar com a mais infinita das invejas mas que apenas desprezava por nada entender do “reino de Deus” para quem o pai de ambos mandara construir o segundo templo!

Obviamente que Jesus não estava a referir-se a Herodes o Grande pelo qual, quiçá, Jesus teria muito mais respeito...afinal seria possivelmente seu avô!

Salome is the daughter of Herod the Great (Herod I) and his wife Elpis. She should not be confused with Salome, whose mother was Herodias, and who played a role in the death of John the Baptist.

Acusado falsamente como suspeito de bastardia pela facção reinante dos herodianos e saduceus, Jesus terá sabido toda a amarga verdade pela boca da própria mãe ou pela intriguista Maria de Salomé sua tia ou parente, dependendo a qual das Salomés os textos canónicos e apócrifos se referem.


Figura 6: Maquete do 2º templo restaurado por Herodes o Grande.

De resto, Jesus teve entre os seus seguidores pessoas da corte de Herodes coisa que pensada à distância de milénios pode parecer perfeitamente normal e prova do poder divino de Jesus em converter as almas desviadas. A verdade é que, recolocadas as coisas no paralelo do que ocorre com os movimentos políticos actuais e ocorriam ainda há bem pouco entre casas reinantes depostas ou bastardos potencialmente reinantes e reportadas à violência com que se desenrolariam os diferendos de autoridade na época de Jesus, o facto de ter agentes infiltrados na casa de Herodes, o rei da Galileia onde Jesus vivia, só pode provar que seria alguém próximo da família reinante e, por isso, diplomaticamente tolerado enquanto não ultrapassasse os limites tácitos da actuação política da época.

Among the followers of Jesus and members of the early Christian movement mentioned in the New Testament are Joanna, the wife of one of Antipas' stewards, and Manaen, a "foster-brother" or "companion" of Antipas (both translations are possible for the Greek σύντροφος).

Importa referir que Manaen, companheiro de Herodes, pode ter sido o mesmo, ou filho legítimo deste, que Josefo coloca à frente de um dos responsáveis da primeira Guerra da Judeia. O certo é que Jesus se viu subitamente tentado pelo poder, que por direito oculto lhe pertencia, mas que lhe era negado por claras razões de estado.

Manaém ou Manahen foi um mestre da Igreja de Antioquia e o irmão colaço de Herodes Antipas.

Pouco se sabe da vida do Manaém. Ele é dito ser um daqueles que, sob a influência do Espírito Santo, impuseram as mãos sobre Saulo e Barnabé e enviaram os dois apóstolos no primeiro dia de viagens missionárias de Paulo. Uma vez que Lucas era de Antioquia, não é improvável que Manaém fosse um dos "profetas e doutores" da Igreja de Antioquia e uma das "testemunhas oculares e ministros da palavra", que entregou a Lucas os detalhes que esse escritor sagrado tem a respeito de Antipas e outros membros da família herodiana (Lucas 3:1, 19, 20; 8:3; 9:7-9; 13:31, 32; 23:8-12 , Atos 12). Ele pode ter-se tornado um discípulo de Jesus com "Joana, mulher de Cuza, administrador de Herodes".

Por isso mesmo Jesus procurou sempre evitar ser aclamado rei. No entanto, se correu o risco de o ser é porque muito boa gente sabia que teria fortíssimos direitos e obrigações para tanto. De resto, é quase certo que as muitas mulheres que serviam Jesus seriam do sequito de algumas das viúvas do grande rei, abandonadas ou colocadas à distância pelos sucessores legítimos, por estratégias de poder.

Lucas, 8: 1 E aconteceu, depois disso, que andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do Reino de Deus; e os doze iam com ele, 2 e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demónios; 3 e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Susana, e muitas outras que o serviam com suas fazendas.

 

Ver: AS TRÊS-MARIAS NA VIDA DO “DEUS MENINO” (***)

 

Por outros contextos poderemos supor que estas viúvas seriam pelo menos Maria de Clopas (uma das esposas de Herodes, Cleópatra de Jerusalém mãe de Filipe e Salomé) e Maria (mãe) de Salomé, filha de Elpis, uma das esposas de Herodes e cujo nome pode ter dado origem a confusões fonéticas vindo a aparecer no evangelho de João como esposa de Alfeu.

La interpretación católica tradicional considera que María de Cleofás no es Salomé, sino la madre de Santiago y de José citada en Mt 27:56. También es posible identificar a María de Cleofás con Salomé, lo que la convertiría en tía de Jesús, pero no encaja con la identificación de Salomé como madre de los hijos de Zebedeo. Los evangelios no califican nunca a Salomé de discípula, por lo que los principales escritores cristianos no le dan este título, sino el de "seguidora" de Jesús.

Obviamente que só ingénuos e rústicos cristãos poderiam imaginar que a mulher do procurador de Herodes pudesse andar a providenciar o sustento de Jesus só porque tinha sido curada por ele! Se Jesus fosse mesmo um mero filho dum carpinteiro de aldeia que Herodes procurava matar, Joana teria sido acusada de alta traição logo depois da prisão de João Batista e sido a primeira mulher mártir do cristianismo!

O segundo irmão de Jesus, Herodes, o tetrarca, embora seguindo a tradição das boas relações com os essénicos por desprezo para com os fariseus terá preferido aliar-se aos saduceus herodianos. No entanto nunca terá deixado de ver nos sobreviventes de Herodes, o grande, perigosos adversários sobretudo quando começavam a aparecer como candidatos messiânicos. O primeiro a sofrer foi João Batista tal e qual como rezam os textos canónicos.

Marcos 6:17-29 (Mt 14:3-12) 17 Porquanto o próprio Herodes mandara prender a João, e encerrá-lo maniatado no cárcere, por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe; porque ele se havia casado com ela. 18 Pois João dizia a Herodes: Não te é lícito ter a mulher de teu irmão. 19 Por isso Herodias lhe guardava rancor e queria matá-lo, mas não podia; 20 porque Herodes temia a João, sabendo que era varão justo e santo, e o guardava em segurança; e, ao ouvi-lo, ficava muito perplexo, contudo de boa mente o escutava. 21 Chegado, porém, um dia oportuno quando Herodes no seu aniversário natalício ofereceu um banquete aos grandes da sua corte, aos tribunos militares e aos principais da Galiléia, 22 entrou a filha da mesma Herodias e, dançando, agradou a Herodes e aos convivas. Então o rei disse à jovem: Pede-me o que quiseres, e eu to darei. 23 E jurou-lhe, dizendo: Tudo o que me pedires te darei, ainda que seja metade do meu reino. 24 Tendo ela saído, perguntou a sua mãe: Que pedirei? Ela respondeu: A cabeça de João, o Batista. 25 E tornando logo com pressa à presença do rei, pediu, dizendo: Quero que imediatamente me dês num prato a cabeça de João, o Batista. 26 Ora, entristeceu-se muito o rei; todavia, por causa dos seus juramentos e por causa dos que estavam à mesa, não lha quis negar. 27 O rei, pois, enviou logo um soldado da sua guarda com ordem de trazer a cabeça de João. Então ele foi e o degolou no cárcere, 28 e trouxe a cabeça num prato e a deu à jovem, e a jovem a deu à sua mãe. 29 Quando os seus discípulos ouviram isso, vieram, tomaram o seu corpo e o puseram num sepulcro.

Herodíade ou Herodias (? - falecida depois de 39) foi uma neta de Herodes, o Grande e irmã de Herodes Agripa I, rei da Judeia. Herodíade era filha de Berenice e de Aristóbulo IV (filho de Herodes). Teve como primeiro marido o seu meio-tio por parte de pai Herodes Filipe, com o qual teve uma filha, Salomé. Contudo, Herodíade separou-se deste marido para casar com outro meio-tio, Herodes Antipas; este para poder casar com Herodíade, teve que se divorciar da sua primeira esposa, Fasaelia, filha do rei nabateu Aretas IV. A união foi condenada por João Baptista e gerou animosidade entre o povo, que acusou o casal de incesto.

Herodias, literalmente a (concubina) de Herodes nunca se terá dado pelo seu nome que seria vulgar como Maria. Porque é que Herodias não seria a mãe da Salomé evangélica? Por ser esta, também conhecida Maria (mãe) de Salomé, parente de Jesus e então seria inaceitável relacionar Jesus como aceitando favores da mulher que pedira a cabeça de João Baptista a Herodes?

La interpretación católica tradicional considera que María de Cleofás no es Salomé, sino la madre de Santiago y de José citada en Mt 27:56. También es posible identificar a María de Cleofás con Salomé, lo que la convertiría en tía de Jesús, pero no encaja con la identificación de Salomé como madre de los hijos de Zebedeo. Los evangelios no califican nunca a Salomé de discípula, por lo que los principales escritores cristianos no le dan este título, sino el de "seguidora" de Jesús.

Não sendo Salomé discípula de Jesus lá teria os seus motivos palacianos para ajudar Jesus. No entanto seria improvável que tal ocorresse se Jesus não partilhasse, duma forma muito particular, das cumplicidades familiares da família reinante ou da alta aristocracia da Galileia.

Diz Robert Eisenman's JAMES na sua obra O IRMÃO DE JESUS: A sua hipótese de trabalho é que as confusões, as alterações e ofuscações resultam do interesse em encobrir a importância e, portanto, a identidade dos desposini, os Herdeiros de Jesus, que aparentemente funcionaram pelo menos para o cristianismo palestino como um califado dinástico similar ao de Alid na sucessão do Islão xiita ou a sucessão dos irmãos Hasmoneanos. É um lugar comum que os textos do evangelho que tratam a mãe, os irmãos e as irmãs de Jesus, seja severamente (Marcos e João) ou delicadamente (Lucas, cf., o Evangelho segundo os hebreus) são funções de polémica eclesiástica sobre suas reivindicações de liderança em oposição a Pedro e aos Doze (análogo aos Companheiros do Profeta no Islã sunita) ou a pessoas de fora como Paul.[7]

No entanto, a causa profunda destas ofuscações podem ser bem mais intrigantes e muito mais anteriores ao clericalismo cristão porque decorrem já do dia-a-dia de Jesus que no Evangelho de Marcos impunham um secretismo constante que dificilmente poderia ser resultado da paranóia juvenil deste evangelista ressuscitado por Jesus à revelia das leis judaicas.

A arrogância com que Jesus tratava os fariseus só seria possível se Jesus tivesse as costas quentes e só seria condenado à morte como rei dos Judeus se de facto o pudesse ser por um qualquer motivo razoável nunca inteiramente explicado. Josefo, que parecia conhecer bem a família de Herodes não referiu nada sobre este assunto porque não conheceria o mistério do nascimento de Jesus. Os discípulos não o sabiam porque, de outro modo, se o soubessem “teriam deitado fogo ao mundo”, como alguns terão tentado quando o souberam na primeira guerra da Judeia!

Possivelmente o grande e hediondo pecado de Jesus, cuja congeminação o fez ir para o deserto onde foi tentado pelo demónio messiânico da conquista do poder, pode ter sido o de, em troca sabe se lá de quais e quantos favores, ter dito a sua tia, Herodiades, mãe de Salomé, que Judas o galileu, procurado por Herodes, andava na clandestinidade disfarçado de pacato e beatífico João Batista No Vale do Jordão na região da Pereia. De seguida arquitectou com Herodias o plano para o decapitar (sinal de que, enquanto filho de Herodes, tinha imunidades romanas) porque enquanto estivesse preso e na proximidade de Herodes o projecto messiânico de Jesus ficaria também suspenso e adiado!

Na verdade, a revolta de Judas ben Ezequias aproveitou o pretexto do senso para tentar a tomada do poder pelos nacionalistas judeus que nessa altura andava em leilão.

Hérode meurt. A sa mort, trois délégations prennent le chemin de Rome. La première est celle d’Archélaos qui vient demander d’être nommé roi de Judée, en accord avec le testament de son père. Une autre délégation est celle des frères d’hérode qui réclament leur lot. Une troisième est celle de Juifs qui demandent à être administrés par Rome directement plutôt que par une famille comme celle d’Hérode. Finalement, Auguste décide de partager le royaume d’Hérode en trois tétrarchie: Hérode Archélaos (qui reçoit la Judée), Hérode Antipas (la Galilée) et Hérode Philippe (Le Golan et une partie de la Transjordanie). Judas, fils du « brigand » Ezéchias qu’Hérode avait fait exécuter, prend la tête d’une révolte armée en Galilée après s’être emparé des armes du Palais royal de Tsippori. A Sepphoris de Galilée, Judas, fils de cet Ezéchias qui jadis avait infesté le pays à la tête d'une troupe de brigands et que le roi Hérode avait capturé, réunit une multitude considérable, saccagea les arsenaux royaux, et, après avoir armé ses compagnons, attaqua ceux qui lui disputaient le pouvoir.

Havia Judas, filho do chefe dos bandidos Ezequias, que havia sido um homem de grande poder. Este Judas reuniu um grande número de homens desesperados em Séforis, na Galiléia, e ali atacou o palácio real. Tendo tomado todas as armas que estavam armazenadas lá, ele armou todos os seus homens e fugiu com todas as propriedades. que foram apreendidos lá. Ele se tornou um objecto de terror para todos os homens, saqueando aqueles que encontrava em seu desejo por grandes bens e em sua ambição por posição real (zhlwsei basileiou timhs), um prémio que ele esperava obter não pela prática da virtude, mas por maus-tratos excessivos. de outros (Antiquities 17: 271-272). Havia também Simão, escravo do rei Herodes, mas um homem apessoado, que se destacava em tamanho e força corporal, e esperava-se que fosse mais longe. Exaltado pelas condições instáveis das circunstâncias, ele foi corajoso o suficiente para colocar o diadema (diadhma) em sua cabeça e, tendo reunido um corpo de homens, ele também foi proclamado rei (basileus) por eles em sua loucura. Depois de queimar o palácio real em Jericó, ele saqueou e levou as coisas que haviam sido apreendidas lá. Ele também incendiou muitas outras residências reais em muitas partes do país e as destruiu completamente, depois de permitir que seus companheiros rebeldes levassem como espólio o que já havia sido deixado por eles. (Antiguidades 17: 273-75). E assim a Judéia estava cheia de bandidos. Qualquer um pode tornar-se rei (basileus) como chefe de um bando de rebeldes que entraram em conflito e, em seguida, pressionaria a destruição da comunidade, causando problemas a poucos romanos e depois apenas em menor grau, mas trazendo o maior massacre em seu próprio povo. (Antiguidades 17: 285) [8].

A questão a seguir é como acertar as datas dos acontecimentos para os poder encaixar nas malhas da história conhecida. Para fontes fidedignas temos apenas Josefo!

Assim, por altura da maioridade reconstruída de Jesus teriam acontecidos os episódios de Judas de Galilea.

Judas el Galileo, también llamado Judas de Galilea, o Judas de Gamala, fue un dirigente político-religioso judío que ofreció resistencia armada al censo que con propósitos fiscales había sido decretado en la provincia romana de Judea por el legado romano en Siria, Quirino, en el año 6dC, poco después de que Judea, a la muerte de Arquelao, pasase a ser administrada directamente por Roma. Su revuelta fue duramente reprimida por los romanos. Estos acontecimientos son relatados por Flavio Josefo en La guerra de los judíos (Libro II, Capítulo 8); y en las Antigüedades judías (Libro XVIII). Judas es mencionado también por Gamaliel, miembro del Sanedrín, en un discurso puesto en su boca por el autor de Hechos de los Apóstoles (Hch 5, 37). Gamaliel lo utiliza como ejemplo de messías fallido. En las Antiguedades judías, Josefo afirma que Judas fundó, junto al fariseo Zadoq, el movimiento de los zelotes, que él considera la cuarta secta del judaísmo del siglo I (junto con saduceos, fariseos y esenios). Josefo culpa a los zelotes de la Gran Revuelta Judía y de la destrucción del Segundo Templo. Los zelotes predicaban que solo Dios era el verdadero gobernante de Israel, y se negaban a pagar impuestos a los romanos. Judas dirigió un asalto a la guarnición romana en Séforis, entonces la capital de Galilea. Josefo no menciona la muerte de Judas, pero informa de que sus hijos Tiago y Simón fueron ejecutados por el procurador Alejandro hacia el año 46, varios años después de la afirmación de Gamaliel.

Ora bem, a seita fundada por este Judas da Galileia era já um embrião do cristianismo nascente do que permaneceu na heresia dos Ebionitas e no que seria o cristianismo dos mártires até à questão dos relapsos depois das grandes perseguições de Diocleciano.

6. La quatrième secte philosophique eut pour fondateur ce Judas le Galiléen. Ses sectateurs s'accordent en général avec la doctrine des Pharisiens, mais ils ont un invincible amour de la liberté, car ils jugent que Dieu est le seul chef et le seul maître. Les genres de mort les plus extraordinaires, les supplices de leurs parents et amis les laissent indifférents, pourvu qu'ils n'aient à appeler aucun homme du nom de maître. Comme bien des gens ont été témoins de la fermeté inébranlable avec laquelle ils subissent tous ces maux, je n'en dis pas davantage, car je crains, non pas que l'on doute de ce que j'ai dit à leur sujet, mais au contraire que mes paroles ne donnent une idée trop faible du mépris avec lequel ils acceptent et supportent la douleur.

Este Judas era considerado filho de Esequias um estranho chefe de salteadores que foi executado por Herodes no ano 45 a.C. Assim, esta seita não teria sido criada por Judas porque já viria do tempo de Esequias seu pai. Na verdade, Ezequias era seguramente alguém importante, possivelmente descendente da família de Hircano, logo um candidato ao trono real conquistado pelos Macabeus.

Hérode capture un partisan juif, Ezéchias, et le fait exécuter sommairement avec ses hommes. Les parents d’Ezéchias déposèrent une plainte auprès du Sanhédrin, expliquant qu’il était inacceptable que leur fils n’ait même pas eu un procès. Dénué de pouvoir politique, le Sanhédrin avait encore un pouvoir en matière civile, pénale et religieuse. Le Sanhédrin convoqua alors Hérode pour qu’il se justifie de l’acte commis. Il devait venir en habit noir, en signe de repentance. Au lieu de quoi, il vint armé, entouré de soldats. Hérode affirma qu’il avait l’appui de Rome. L’assemblée du Sanhédrin était apeurée et seul son chef, Shmeaya éleva la voix pour expliquer à ses collègues que manquer de courage pour juger cet homme aujourd’hui serait lui permettre de nous juger demain. La parole fut alors donnée à Hyrcan, grand-prêtre, donc dirigeant de la séance, qui s’empressa d’ajourner la séance, apeuré par Hérode. Outré, Hérode allait commettre un massacre contre le Sanhédrin, mais son père et son frère l’en empêchèrent.

Sendo assim, Judas o Galileu teria à volta de 45 anos, no mínimo, quando se revoltou contra os impostos, ou seja, o dobro da idade que poderia ter João Batista. Seria Ezequias o mesmo que Zacarias que em vez de se deixar morrer entre o templo e o altar, como as lendas cristãs imaginaram, tenha decidido ir para junto dos essénicos reclamar o sumo sacerdócio que lhe terá sido roubado por Herodes? Flábio Josefo também pode ter-se enganado a respeito de onde Ezequias / Zacarias foi apanhado e morto ou seja, este personagem pode ter escapado a Herodes na Judeia e ter sido perseguido por esbirros de Herodes até Jerusalém tendo sido acabado por ser apanhado no templo! Também é possível que Herodes soubesse da existência dum filho de Zacarias e terá aproveitado para matar dois coelhos com uma só cajadada!

XXIII Herodes prosseguia na busca de João e enviou seus emissários a Zacarias para que lhe dissessem: - Aonde escondeste teu filho? Ele respondeu desta maneira: - Eu me ocupo do serviço de Deus e me encontro sempre no templo. Não sei onde está meu filho. Os emissários informaram a Herodes tudo o que se passara e ele encolerizou-se muito, dizendo consigo mesmo:- Deve ser seu filho que vai reinar em Israel. Enviou, então, um outro recado, dizendo-lhe: - Diga-nos a verdade sobre onde está teu filho, porque do contrário bem sabes que teu sangue está sob minhas mãos. Zacarias respondeu: - Serei mártir do Senhor, se te atreveres a derramar meu sangue, porque minha alma será recolhida pelo Senhor, ao ser segada uma vida inocente no vestíbulo do santuário. Ao romper da aurora, foi assassinado Zacarias, sem que os filhos de Israel se dessem conta desse crime. XXIV Os sacerdotes se reuniram à hora da saudação, mas Zacarias não saiu a seu encontro, como de costume, para abençoá-los. Puseram-se a esperá-lo para saudá-lo na oração e para glorificar o Altíssimo. Ante sua demora, começaram a ter medo. Tomando ânimo, um deles entrou, viu ao lado do altar sangue coagulado e ouviu uma voz que dizia: - Zacarias foi morto e não se limpará o seu sangue até que chegue o vingador. Ao ouvir a voz, encheu-se de temor e saiu para informar os sacerdotes que, tomando coragem, entraram e testemunharam o ocorrido. Então, os frisos do templo rangeram e eles rasgaram suas vestes de alto a baixo. Não encontraram o corpo, somente a poça de sangue coagulado. -- A Infância de Cristo Segundo Tiago.

Aliás, as fontes apócrifas confirmam que não se consegue evitar a suspeita de que corpo de Zacarias nunca foi encontrado, sendo assim impossível saber ao certo onde é que ele morreu.

Outra versão, de origem gnóstica, foi-nos conservada por Epifano (Heresias, 26, 12), quem tinha encontrado em um manuscrito gnóstico intitulado Genna Marias. Segundo esta tradição, enquanto Zacarias estava quimando o incenso, segundo o rito vespertino, sozinho, no santuário, teve uma visão repentina, a de um homem com cabeça de asno. Saiu imediatamente, enlouquecido, e quis dizer à multidão o que era em realidade a entidade adorada no Templo. Não pôde fazê-lo: ficou mudo de pânico e de horror. Depois, quando teve recuperada a fala e pôde dizê-lo, a multidão, indignada ante aquilo que considerava uma blasfêmia, matou Zacarias. -- JESUS OU O SEGREDO MORTAL DOS TEMPLÁRIOS, Robert Ambelain.

Na verdade nesses tempos fazer figura de corno ou de asno seria a mesmíssima coisa no entanto não deixa de ser estranha a alusão à má fama que os judeus tinham entre os gentios de adorarem uma cabeça de burro.

“Nada os atormentava tanto como a falta de água e, próximos da morte, já tinham caído por toda parte na planície, quando uma tropa de asnos selvagens, de volta do pasto, se retirou para o lado de uma rocha sombreada por um pequeno bosque. Moisés os seguiu e, pela erva que cobria o solo, adivinhou e abriu abundantes veios de água. Foi um alívio, e depois de seis dias de marcha ininterrupta, no sétimo tomaram terras, das quais expulsaram os habitantes e nelas construíram uma cidade e consagraram um templo. Procurando assim assegurar-se para sempre o domínio sobre esta nação, Moisés lhe deu ritos novos, em contraste total com os de outros homens. Lá é profano tudo o que para nós é sagrado; em contrapartida, entre eles é permitido tudo o que para nós é abominação. Erigiram num santuário, para lhe prestarem honra, a efígie de um animal que os guiara e os livrara da sede, mostrando-lhes que se tinham extraviado” -- TÁCITO, Histórias, V, 3-4.

“Creio, portanto, que se os judeus sentissem repugnância pelo porco, matá-lo-iam... Ora, é proibido a eles tanto matá-lo como comê-lo. Parece lógico que venerem o porco, que lhes ensinou o processo da semeadura e da aração, como honram o asno, que descobriu a água da fonte...” PLUTARCO, Conversações à mesa.

A origem desdes preconceitos xenófofos dos gentios deve derivar do facto de o asno ser o animal simbólico do comércio semita porque levava as mercadorias dos nómadas por todos o lado. Além do mais, o asno é o animal que simboliza o Deus egípcio Set de origem semita e aspecto negro de Saturno, variante síria do Moloque caldeu e ambos devoradores de crianças. É a essa divindade identificada pelos gregos com Tífon, o inimigo titânico dos Deuses, que os judeus renderam culto e quiseram impor ao mundo com o seu ateísmo selectivo e formalista.

“Ápio atreveu-se, portanto, a dizer, sob sua afirmativa, que os judeus tinham em seu tesouro sagrado uma cabeça de burro, toda de ouro e de grande valor, que eles adoravam e que foi encontrada quando Antíoco saqueou o templo. Respondo, antes de tudo, que mesmo quando essa acusação fosse tão verdadeira quanto falsa, não lhe competiria, sendo egípcio, como ele é, censurar-nos, porque um burro não é mais desprezível do que um bode, um crocodilo ou outro animal que os egípcios colocam no número dos seus deuses.” -- FLÁVIO JOSEFO, “Contra Ápio”, II, 4.

321. Por fim, aqueles tiranos, cansados de derramar tanto sangue, fingiram querer observar alguma forma de justiça e tendo determinado matar Zacarias, filho de Baruque, porque, além de sua ilustre origem, sua virtude, sua autoridade, seu amor pelos homens de bem e seu ódio pelos maus, tornavamno temível a eles mesmos e suas grandes riquezas eram um grande incentivo para sua ambição. Escolheram setenta dos mais notáveis dentre o povo que constituíram aparentemente juizes, mas sem lhes dar, na verdade, poder algum. Perante eles, acusaram-no de ter querido entregar a cidade aos romanos e ter tratado a esse respeito com Vespasiano. Não se encontrando prova alguma, nem pelo menos a mínima probabilidade desse pretenso crime, não deixaram de afirmar que era verdadeiro e queriam que o testemunho que eles davam fosse suficiente para condenar o acusado. Zacarias facilmente compreendeu que aquele julgamento era uma hipocrisia que iria terminar com sua prisão e depois com sua morte. Mas, embora não visse esperança alguma de salvação, nada diminuiu da firmeza de sua coragem. Começou por censurar com desprezo os seus acusadores e o expediente tão vergonhoso de que se serviam para ocultar a verdade, com tão visíveis calúnias. Destruiu depois em poucas palavras os crimes de que o acusavam e os fez recair sobre eles mesmos; disse-lhes como e qual fora, desde o princípio até então, a concatenação de crimes, que se sucedendo, uns aos outros, haviam produzido aquele amontoado de tudo o que a injustiça, o furor e a impiedade podem cometer de mais horrível, e terminou deplorando aquele estado, mais infeliz do que se poderia imaginar, a que sua pátria se encontrava reduzida. Palavras tão generosas acenderam tal raiva no coração dos zelotes, que nada lhes pôde impedir de matar Zacarias, naquele mesmo instante, embora quisessem dar àquele julgamento uma aparência de justiça, até o fim, e ver se aqueles que eles haviam escolhido para juizes, teriam bastante coragem para não temer fazê-lo, numa circunstância em que eles não podiam agir sem correr risco da própria vida. Assim permitiram a esses setenta juizes que se pronunciassem e não havendo um só deles que não preferisse se expor à morte do que ao remorso de ter condenado um homem de bem, pela maior de todas as injustiças, todos a uma voz declararam-no inocente. Ao ouvirem tal sentença os zelotes soltaram um grito de furor. Sua raiva não pôde tolerar que aqueles juizes não houvessem compreendido, que o poder que lhes haviam dado era imaginário, e do qual não queriam que eles fizessem uso algum; dois dos mais ousados daqueles homens atiraram-se sobre Zacarias e o mataram no meio do Templo, insultando-o ainda, depois de morto, dizendo com a mais cruel de todas as zombarias: "Recebe esta absolvição que nós te damos e que é muito mais garantida que a outra". Lançaram em seguida seu corpo numa vala comum que estava abaixo do Templo. Os setenta juizes foram expulsos indignamente a golpes de espada para fora do Templo, não porque um sentimento de humanidade os havia isentado de manchar as mãos no sangue daqueles homens, mas para que se tendo espalhado por toda a cidade fossem como outras tantas testemunhas, cuja deposição já não poderia permitir a ninguém duvidar de que a capital de um reino outrora florescente, não estava reduzida à escravidão.

Na verdade, se a história cristã anda desfasada em cerca de um quarto de século (e tudo aponta para que assim seja pois de outro modo seria incompreensível o rápido sucesso que o cristianismo teve no tempo de Paulo) que fizeram Jesus e João Batista durante esta insurreição nazorena?

Como Herodes não os terá conseguido matar a todos e como algumas das viúvas lhe terão sido infiéis nem será preciso procurar nos filhos das muitas concubinas ocasionais a explicação para o número de candidatos messiânicos que se vieram a suceder nos 150 anos que se seguiram à sua morte.

IX 1-3. Répression d’une révolte à Jérusalem. Sabinus à Jérusalem. — 4. Antipas dispute le trône à Archélaüs. — 5-7. Discours d’Antipater et de Nicolas de Damas devant l’empereur qui réserve sa décision. Quant aux jeunes filles séduites et aux femmes déshonorées, ils ne voulaient pas dénombrer combien il y en avait eu, victimes de sa débauche et de son inhumanité ; celles, en effet, qui ont souffert de ces attentats considèrent qu’obtenir le silence sur leur déshonneur est chose aussi précieuse que d’y échapper. Si grandes étaient les injustices dont Hérode les avait abreuvés qu’aucune bête féroce n’aurait pu en faire autant si on l’avait douée du pouvoir de commander aux hommes. [310] -- ANTIQUITES JUDAÏQUES LIVRE XVII

Afinal, também Herodes, o edumeu, tinha sido considerado Messias por ter reconstruído o templo e sido se ter legitimado casando com Judias!

The elder prince Phillip, whose mother Mariamne II / Cleopatra ("Elizabeth") of Jerusalem was of the priestly line of Aaron, was being groomed for the office of High Priest at the Jerusalem temple rebuilt by his father Herod. (Elizabeth is a New Testament form of Elisheba, the name of Aaron's wife.) In fact, he would have received mentoring by the current High Priest, Simon son of Boethus, his own grandfather. The father of John is described in the Gospel of Luke as an old priest of the order of Abijah and named Zecharias, a Greek form of Zechariah/Issachar. (Inclusion of the name Abijah was probably also deliberate and significant as this was the kingly epithet of Elijah.) This old man also had the duty of entering the naos, that is, the "Holy of Holies," of the Jerusalem temple. Traditionally, the High Priest alone entered the Holy of Holies in the temple and only once a year. At the time Phillip II (John) was conceived, Phillip I was reportedly in Rome. Therefore, the priest of Luke's account was likely not Phillip but his grandfather Simon, who may have had no sons through his actual priestly wife. He did have one or more daughters. His daughter Mariamne II, although barren for a long time due to the impotence of her husband Herod the Great, was not strictly speaking childless either. She was the mother of Phillip I. Certainly it can be said that the old priest and his daughter Mariamne II (Elizabeth) were together childless! And it would have been the elderly Simon who was dumbstruck over the "holy birth" arranged by Herod the Great to give him a second grandson by the same name and through the same daughter Mariamne II. The first Phillip would have been no less amazed. Although still a teenager, he was expected to claim the younger Phillip (John) sired by Antipater as his own son in order to fulfill the earlier precedent of Issachar gaining an heir by his own mother.

El año 13 aC, los hijos de Mariamne I, Aristóbulo y Alexander, regresan a Jerusalén después de pasar un período de educación en la casa del emperador en Roma (20 a 13 aC). Su juventud y energía (deben tener en torno a 17 - 18 años) les hacen populares entre el pueblo, aunque también comienzan a dar muestras del turbulento carácter de su padre.

Hacia mayo del año 746 (8 aC) Miryam ha cumplido ya trece años. Es una niña cumplidora aunque quizás algo simple. Apenas ha sido educada en algo más que tejer la púrpura, y probablemente no sabe leer. Ha tenido poco contacto con el mundo exterior, pues ha vivido siempre en el templo; sólo ocasionalmente sale del recinto a buscar agua del pozo.

El primogénito del rey, Antípater, que ha permanecido hasta entonces apartado de la corte, observa el carácter inconstante de Aristóbulo y Alexander, y ve en ello la oportunidad de volver al favor del monarca. Con la complicidad de su tía Salomé, alimenta rumores de deslealtad y a pesar de las dudas del rey, que los perdona varias veces, consigue finalmente que éste los acuse de alta traición, condenándolos a muerte (7 aC). Son ejecutados cuando apenas han cumplido los 24 -25 años.

A partir de entonces, Antípater actúa como co-regente, dado el empeoramiento paulatino de salud de Herodes. Sin embargo, la antipatía del pueblo hacia el primogénito es muy notoria.

Al cumplir los catorce años de edad (antes de cumplir los quince) todas las vírgenes al servicio del templo debían dejarlo y desposarse con un varón elegido por los sacerdotes. Miryam, por tanto, debe abandonar el templo antes de abril del año 748 (6 aC). Sin embargo, desde hace un tiempo comentan que recibe todos los días, después de la hora de nona, a servidores del señor que la alimentan y a los que trata con gran afecto. Las vírgenes, compañeras de Miryam, comienzan a murmurar.

Los emisarios, que acceden al recinto interior por el pasadizo, anuncian un día a Myriam un día la llegada del señor, en persona, para cubrirla. Y así sucede, sin que ella apenas entienda nada de lo que sucede, a inicios de marzo del año 748 (6 aC), poco antes de que Miryam cumpla los quince años. Al llegar el día de su salida, acusada por sus compañeras, se descubre que la virgen Miryam ya no lo es. No se sabe, sin embargo, que está además embarazada.

Los servidores del señor comunican a Klofas, sacerdote y padre de Miryam, la posibilidad de que ésta pueda estar embarazada de un futuro heredero real, por lo que es encargado de custodiarla hasta saber si nace de ella un varón. Klofas, con ya 35 años cumplidos, y cuya carrera por entonces sugiere que pueda aspirar en el futuro al puesto de sumo sacerdote, no puede hacerse cargo personalmente de la joven. Con el fin de no levantar sospechas, decide asignarla a un viudo, procedimiento habitual en estos casos. No pudiendo entregarla directamente al candidato que ha propuesto al emisario, su tranquilo hermano mayor Yoseff, antiguo sacerdote del templo, se ve obligado a pasar por la prueba de las varas a todos los viudos de Nasrath.

El señor, informado de que el nacido es un varón, encarga entonces a su servidor traer a Miryam a Jerusalén, una vez cumplidos los días de la purificación, ya a inicios de 749 (5 aC), aprovechando además que ésta debe realizar entonces la ofrenda de dos pichones en el templo, preceptiva para cada primogénito.

A continuación, Miryam y su hijo son ocultados en Jerusalén, en casa de sus padres Hannah y Klofas, donde permanece oculta cerca de un año. Allí recibe la visita de magos y oráculos, ricamente vestidos, que predicen un brillante futuro para el niño. Es también debidamente incluido en el censo, otorgándosele la ciudadanía romana. Probablemente entonces se le da un nuevo nombre. Miryam, que no entiende gran cosa de todo ello, es informada únicamente de que el padre del niño es un gran señor, y que su hijo heredará algún día su reino.

Herodes el Grande, mientras tanto, daba muestras cada vez mayores de incapacidad para gobernar. Viendo además la simpatía creciente de Herodes por los hijos de Aristóbulo (Agrippa y Herodías, de unos seis - siete años de edad), decide imprudentemente, a mediados de enero del año 750 (4 aC), conspirar para reemplazar al rey, pero éste, harto de los manejos de su primogénito, y aún con poder suficiente sobre su guardia, ordena su ejecución, nombrando único heredero a Antipas, que por entonces tiene 17 años. Antípater muere cuando apenas ha cumplido los 22 años de edad.

A continuación, un miembro de la familia real (Herodes mismo o alguno de sus hijos, Antipas o Arquelao) envía a la guardia a la búsqueda del niño. Sospecha entonces que el niño debe haber sido concebido por una de las vírgenes al servicio del templo, a las que visitaban con frecuencia.

Por entonces, el rey se encontraba enemistado los sacerdotes, ya que ese mismo año ha decidido colocar un estandarte con la forma del águila imperial dentro del recinto del templo para agradar a los ocupantes romanos.

Es enviado entonces al templo al jefe de la guardia, que accediendo por el pasadizo, encuentra a los sacerdotes que se encuentran de servicio esos días y les pregunta si saben de alguna de las vírgenes que haya tenido recientemente un hijo. Alguien acusa a Zekaryah, pues se dice que fue en su casa es donde se manifestó por vez primera el embarazo de Miryam. Pero el sacerdote dice desconocer dónde se encuentra el niño, por lo que es inmediatamente ejecutado en el Santo de los Santos.

El servidor del señor que custodiaba a Miryam, que ha asistido a la escena de palacio, alerta a la joven. Esa misma noche Miryam, Yosef y Yeshua, acompañados de Ya'akov el menor y el emisario, parten hacia el sur huyendo de la guardia, llegando a Matarieh, en Egipto, entre febrero y junio del año 750 (4 aC).

El rey Herodes el Grande muere finalmente en los últimos días de marzo del año 750 (4 aC), poco tiempo después de que Miryam haya llegado a su destino.

(…) La hipótesis central de Yeshúa como heredero, aunque pueda parecer audaz, encaja perfectamente y aclara una serie de puntos importantes:

las constantes visitas de los enviados del señor a Miryam, la unión con el señor mismo, el nacimiento en lugar oculto, las visitas de magos, el censo (es hecho ciudadano romano), el interés de Herodes por eliminar al niño, su carácter arrogante y, en ocasiones, colérico, sus juegos de rey durante su infancia, su constante referencia al reino de su padre, a la realeza; su paulatino autoconvencimiento sobre la profecía mesiánica, su entrada en Jerusalén, la reunión con los emisaros a las puertas (transfiguración), el ser prendido por los judíos que le envían a Pilatos210 (que no se ocuparan de él directamente, lo que sí harán después con Ya'akov, sólo sería justificable si fuera un ciudadano romano), su diálogo ("Eres tú el rey de los Judíos" "Es como tu dices" "No encuentro culpa en este hombre"), su envío a Herodes Antipas, la alegría de éste al verle apresado, la amistad posterior de éste con Pilatos, etc., su ejecución bajo el título de Rey de los Judíos, su grito de "Padre, por qué me abandonaste". -- Diatessaron de Shim’on.

210Su justificación ("no nos es permitido condenarle a muerte") sólo se explica si fuera romano; años después el Sanedrín condena y ejecuta por lapidación a Ya'akov. -- Diatessaron de Shim’on.



[1] Unificationism has a unique take on Elizabeth, seeing Elizabeth and Mary as standing in the position of elder sister and younger sister, attempting to restore the situation of Jacob's wives, Leah and Rachel.

[2] All these historical events led up to John the Baptist's younger sister being in the position to become Jesus' wife. With Jesus destined to be in the elder son's position, John the Baptist's younger sister would have become Jesus' wife and all of history would have been restored. ...Thus Jesus and John the Baptist's sister had the same father but different mothers. ...John the Baptist knew very well that Jesus Christ was an illegitimate child. When John the Baptist received the revelation that Jesus was God's beloved son, he could not accept that an illegitimate person was the Messiah. Under these circumstances, for Jesus to marry John the Baptist's younger sister was unacceptable. Although they had different mothers, they were both children of Zechariah. How could people accept such an incestuous relationship? (Sun Myung Moon, "A New Dimension Is Beginning," speech given February 7, 1995 at a Unification Church Leaders' Conference in Washington, D.C., and recorded in the Unification Church member magazine Today's World, April 1995, pp. 11-12.)

[3] Talmude de Sanhedrin 106ª.

[4] Talmude Shabbath 104b.

[5] A MAIOR INVENÇÃO DA INDÚSTRIA DA FÉ, http://webpointclub.com

[6] The History of the Resettlement of Two High Priestly Families in the Second Temple Period, Ben-Zion Rosenfeld.

[7] His working hypothesis is that the confusions, alterations, and obfuscations stem from an interest in covering over the importance, and therefore the identity, of the desposyni, the Heirs of Jesus, who had apparently functioned at least for Palestinian Christianity as a dynastic Caliphate similar to the Alid succession of Shi'ite Islam or the succession of Hasmonean brothers. It is a commonplace that the gospel texts treating Jesus' mother, brothers and sisters either severely (Mark and John) or delicately (Luke, cf., the Gospel according to the Hebrews) are functions of ecclesiastical polemics over their leadership claims as opposed to Peter and the Twelve (analogous to the Companions of the Prophet in Sunni Islam) or to outsiders like Paul. -- Robert Eisenman's JAMES THE BROTHER OF JESUS: A Higher-Critical Evaluation.

[8] Then there was Judas, the son of the brigand chief Ezekias, who had been a man of great power. This Judas got together a large number of desperate men at Sepphoris in Galilee and there made an assault on the royal palace, and having seized all the arms that were stored there, he armed every single one of his men and made off with all the property that had been seized there. He became an object of terror to all men by plundering those he came across in his desire for great possessions and his ambition for royal rank (zhlwsei basileiou timhs) a prize that he expected to obtain not through the practice of virtue but through excessive ill treatment of others (Antiquities 17:271-272). There was also Simon, a slave of King Herod, but a handsome man, who took pre-eminence by size and bodily strength, and was expected to go farther. Elated by the unsettled conditions of affairs, he was bold enough to place the diadem (diadhma) on his head, and having got together a body of men, he was himself also proclaimed king (basileus) by them in their madness. After burning the royal palace in Jericho, he plundered and carried off the things that had been seized there. He also set fire to many other royal residences in many parts of the country and utterly destroyed them after permitting his fellow rebels to take as booty what ever had been left by them. (Antiquities 17:273-75). And so Judea was filled with brigandage. Any one might make himself king (basileus) as the head of a band of rebels who fell in with, and then would press on to the destruction of the community, causing trouble to few Romans and then only to a smaller degree but bringing the greatest slaughter upon their own people. (Antiquities 17:285). The Jewish Revolt against Rome: Interdisciplinary Perspectives edited by Mladen Popović.

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