Figura 1: S. Pedro de Gão Vasco em Viseu[1].
This ‘Rock’
terminology reflected in Peter’s name and the imagery related to it were
actually in use contemporaneously in Palestine
in both the literature at Qumran and in what were probably the documents of the
Jerusalem Church. In the latter, a version of it
was applied to James, as well probably as to his successor, a man identified in
the tradition as Jesus’ – and therefore James’ - first ‘cousin’, Simeon bar
Cleophas. Simeon’s father, Cleophas - depending on the degree of confusion - is
usually seen as the brother or brother-in-law of Joseph. This name resonates in
interesting ways with the version of Simon Peter’s name ‘Cephas’ encountered in
Galatians, 1Corinthians, and the Gospel of John. Acts 15:14, at the famous ‘Jerusalem Council’ actually refers to Peter as ‘Simeon’ -
at a time when Peter had already supposedly fled Palestine on pain of death. We shall see that
Simeon bar Cleophas is very likely the second brother of Jesus, Simon, as
presented in Gospel Apostle lists, Christianity in Palestine developing in
something of the manner of an Islamic Caliphate (and a Shi‘ite one at that),
that is, one centred on the family of Jesus[2].
Figura 2: Paulo
VI numa visita papal à Terra Santa sentado num trono com a cruz invertida nas
costas.
É confrangedor ver, mesmo que metaforicamente, a história a repetir-se
onde novos mártires da fé na Verdade absoluta são trucidados pelos adoradores
de antigas verdades. S. Estêvão, o primeiro mártir cristão morreu apedrejado e
cheio de razão e verdade! Assim que os cristãos tiveram o poder nas mãos
passaram a fazer o mesmo que lhes tinham feito antes aos pagãos e aos seus
próprios hereges. Há que notar que etimologicamente a heresia era apenas uma
opinião o que quer dizer que os primeiros a condenarem alguém por delito de
opinião foram os cristãos entre si! Os extremos tocam-se e os opostos são
ângulos iguais no lado oposto da barricada. A verdade humana essa...está sempre
algures a meia distância e sempre muito longe da certeza absoluta.
De qualquer modo, a tendência para aceitar que uma história mal contada
é fictícia não deve ser aceite como a melhor maneira de resolver os mistérios
tecido pela boa fé dos fazedores de histórias edificantes como são todos
os ideólogos ao serviço das suas boas causas.
Negar a historicidade dos evangelhos por andarem mal contados e
conterem óbvias interpolações tão piedosas quão tendenciosas não deve ser
motivo para um racionalismo pirrónico que use a lógica dos advogados do diabo
descredibilizando as testemunhas indesejáveis apanhando-as nas malhas das
contradições que o império tece à manta de retalhos com que a fé se recobre e
compadece. A verdade científica é relativa. As certezas da história podem estar
ocultas debaixo da ganga dos relatos documentais deteriorados pela lenda e pelo
mito a que o tempo e a irracionalidade humana os sujeitaram!
Na verdade, a questão da historicidade de Jesus não pode ser colocada
em termos de tudo ou nada. Obviamente que apenas o que pretendem defender ou
rejeitar a verdade dogmática dos canónicos colocariam a questão nesses termos,
a saber, que não se pode usar os apócrifos como fonte de verdade para
contrariar os canónicos e depois usa-los também como arma de arremesso contra a
crendice cristã ou como argumento da facilidade com que os cristão desde o
início a sua história fabricaram evangelhos e inventaram lendas e mitos a
respeito de Jesus. Na ausência de fontes históricas fidedignas e autênticas a
descoberta da verdade sobre Jesus eivada de correcções piedosos de todos os
tempos e de remendos e mutilações ao sabor das conveniências das correntes
heréticas dos primeiros tempos a descoberta da verdade histórica a respeito de
Jesus só pode ser alcançada por um criticismo criterioso tal que permita
restaurar o mosaico perdido da face de Jesus recolocando cada caco no local
devido.
Por outro lado, pensar que factos muito antigos e mal documentados serão,
só por si, de historicidade controversa e que, em particular, a polémica
crucificação e ressurreição de Jesus esteja acima de qualquer suspeita de
incorrecção técnica é de facto dogmatismo pastoral de “má-fé” e não é nem
sabedoria nem saber de ciência feita! O erro principal da argumentação
apostólica tradicional é o de esta utilizar a ciência e a lógica apenas
enquanto esta se presta a entorses oportunas que justifiquem os dogmas que
professa esquecendo a probidade intelectual e o amor `a verdade que impõe a
obrigação de levar a racionalidade até às últimas consequências e o uso
rigoroso de toda a ciência experimental disponível.
Em rigor, a falta de provas documentais que os ateus alegam para
afirmar que “Cristo nunca existiu” baseiam-se no facto de considerarem que os
textos sagrados, por demasiado míticos em ornamentos retóricos e parciais em
termos de isenção crítica, não seriam credíveis como provas documentais. Ora,
os próprios textos cristãos, canónicos e apócrifos, depois de despidos de toda a
retórica miraculosa, exigem a historicidade de Jesus precisamente porque a sua
análise desapaixonada, feita com espírito humanista de detective policial e de
juiz de instrução, lúcido e honesto, nos revelam um corpo coerente de factos
com o mesmo grau de veracidade de um qualquer testemunho sensacionalista feito
em estilo de jornalismo engagê. A saga do comboio expresso que levaria
Lenine para a Rússia com a conivência dos alemães nas vésperas da revolução de
Outubro de 1917 não é menos verdadeira por ter sido descrita por camaradas do
herói e depois manipulada pela retórica grandiloquente do cinema americano. São
incontáveis os episódios ao longo da história humana que, por terem sido
vividos de forma intensamente dramática foram mistificados nos mais variados
contextos religiosos, ideológicos e políticos sem que por isso tivesse sido
menos verídica a sua razão de ser histórica. Obviamente que toda a história tem
uma função social fundadora, herdada da mitologia, de natureza normativa, moral
ou doutrinário, pois de outro modo seria um mera literatura diletante, tão pura
quanto a arte pela arte! No entanto, nada impede que ela seja tratada
artisticamente sem contudo perder o quanto qualquer uma boa história tem que
ter de veracidade e rigor.
Paul Veyne, no seu livro ”Acreditaram Os Gregos Nos Seus Mitos?”
afirma: «O mais verdadeiro nas lendas é precisamente o maravilhoso;
é nele que se traduz a alma nacional. Com razão ou sem ela os antigos e
modernos acreditaram na historicidade da guerra de Tróia, mas por motivos
opostos: nós acreditamos nela por causa do seu maravilhoso; eles acreditaram
apesar disso mesmo!
Sem ter que partilhar de toda a vanidade deste tipo de postura
intelectual, que tem quase tanto de irracional quanto a sua contrária, aceitemos
que, pelo menos, a grandiloquência retórica acompanha a magnitude da crença e,
esta, o impacto social dos eventos guardados de forma lendária na memória dos
povos e dos grupos sociais que lhe servem de suporte. A lenda é um evento
histórico distorcido pela retórica social que apenas garante a magnitude do seu
impacto na emoção dos povos. Ora, sabemos o quanto a emoção é parcial e o
quanto esta depende de padrões de referência cultural, de modas, de níveis de
desenvolvimento de comportamento moral, que variam como as civilizações, de
tempo e de lugar. A lenda não nos garante nada sobre a fidedignidade dos
relatos concretos e os mitos nada nos relatam de particularmente vivido! Pelo
contrário, a imparcialidade dos povos e, sobretudo, das culturas, não se revela
maior dos que a dos indivíduos que costuma variar na proporção inversa dos seus
compromissos e do montante, em ganhos e poder, de legitimidade envolvida.
Mutatis mutandis e
substituindo o maravilhoso pelo miraculoso que permite a canonização dos
santos, poder-se-ia dizer o mesmo sobre a historicidade de Jesus. Porém,
dando de barato o fraco papel que os milagres têm nos dias de hoje, dois mil
anos de religião em nome de Jesus Cristo poderá não ser coisa tão maravilhosa
quanto isso para um investigador laico mas, ao lado da efemeridade da maioria
dos empreendimentos humanos, não deixa de ser uma façanha hercúlea. Que tenha
havido, algures num recanto da Judeia e pouco tempo antes do início da
decadência do império romano, um homem com um nome igual ou parecido com o de
Jesus, quiçá mero epíteto de um salvador esperado, com um história tão
plausível quanta a descrita pelos evangelhos cristãos, e que tenha, ao que
parece, renunciado a uma, tão vulgar quanto impossível (logo tão utópica quanto
mítica e política) tentativa de reconquista política do trono messiânico de
Israel em substituição da conquista do coração do império romano por intermédio
de uma cultura religiosa suficientemente versátil e que tem sabido conter tanto
de conservador quanto de inovador e que perdura há dois mil anos, é façanha
digna de um indivíduo de mérito excepcional. Tal como o milagre grego está para
a cultura ocidental também o milagre cristão está para o humanismo ocidental
encubado no seio fértil da Terra-Mãe da medievalidade cristã.
Obviamente que Paulo, um judeu helenista, teve em tudo isto mais
importância que o próprio Cristo, que nunca deixou de ser uma nacionalista
judeu candidato ao trono messiânico por legitimidade bastarda! Mas isso já é
outra história!
Uma destas histórias interessantes que vale a pena investigar é
precisamente a do primado de Pedro, outra descarada manipulação, mas agora
intencional e de importantes consequências no futuro da cristandade,
encontrá-la no seguimento do mesmo episódio em Mateus. Quem decidia da
cátedra papal, sedeada na capital do império, eram bispos que além de zelosos
das suas vitórias sobre o paganismo eram romanos e suficientemente ambiciosos
para usarem de todos os meios para verem o suposto legado de Pedro, o apóstolo
dos gentios, reconhecido nos evangelhos. Ora, O evangelho de Mateus, por ter
sido sempre o preferido dos eclesiásticos, terá sido alvo fácil de piedosas
obras de restauro e melhoramento que, neste caso, consistiu no deslocamento do
versículo 18 deste capítulo final para este momento da narrativa em que
sortisse o seu máximo efeito político. Assim, a primazia de Pedro sobre os
Apóstolos apareceria aqui como recompensa por este ter ousadamente reconhecido
Jesus como Cristo tal como o falso testamento de Constantino passou por ser uma
recompensa pelos serviços políticos que a Igreja teria prestado a este primeiro
imperador bizantino e cristão. O estilo arquitectónico desta obra pia de
cosmética evangélica parece ter a mão de Eusébio, considerado nos corredores
das academias das boas letras como o maior falsificador da história por ter
actualizado bem demais os textos de maior interesse para a instituição
eclesiástica triunfante.
1. Pedro (también conocido como Simón, Cefas).¿Decapitado por
Nerón?..., No, no realmente. Esta leyenda fue inventada por el Papa Aniceto
(156-166) en la segunda mitad del siglo II cuando quedó atrapado en un
conflicto con el venerable Policarpo de Esmirna. Policarpo había tratado de
ganar la discusión (sobre la fecha de la Pascua), insistiendo en que él hablaba
con la autoridad del apóstol Juan. En respuesta, Aniceto planteó una
reivindicación de Pedro, y Pedro, "Príncipe de los Apóstoles", superó
a Juan.
Los textos del siglo II conocidos como "Clementinas" habían hecho
Pedro el "primer obispo de Roma" y en otro invento del siglo III se
le dio unos 25 años de pontificado (Por lo que se hizo un poco difícil el decir
que murió a manos de Nerón, pero, hey, esto es "tradición").
En el siglo II el Padre de la Iglesia Orígenes ideó un colorido epilogo:
Pedro, sintiéndose indigno de ser crucificado de la misma manera como su Señor,
eligió la opción "B"… ¡La crucifixión al revés con la cabeza hacia
abajo[3].
Quem decidia da cátedra papal, sedeada na capital do
império, eram bispos que além de zelosos das suas vitórias sobre o paganismo
eram romanos e suficientemente ambiciosos para usarem de todos os meios para
verem o suposto legado de Pedro, o apóstolo dos gentios, reconhecido nos
evangelhos. Ora, o evangelho de Mateus, por ter sido sempre o preferido dos
eclesiásticos, terá sido alvo fácil de piedosas obras de restauro e
melhoramento.
“E há alguns que quiseram incluir
entre estes escritos (cuja canocidade é discutida) o evangelho segundo os
hebreus, que é o maior encanto dos judeus que receberam Cristo”. (Hist. Eccl. III 25).
No entanto, sendo o evangelho de Mateus o mesmo que era
chamado segundo os Hebreus segundo o maior falsário da história que foi Eusébio
de Cesareia é duvidoso que alguma vez este tivesse deixado a suspeita de que
Pedro seria a pedra angular da Igreja que para os hebreus tinha a cabeça em
Jerusalém e de que Pedro nunca foi bispo por pertencer aos descendentes da
família de Jesus.
Estas verdades óbvias foram sempre contornadas pelos
papistas com lendas e piedosas falsificações porque o poder corrompe as almas
mais santas e os corações mais puros e amantes da verdade. Que o diga Santo
Eusébio que no consílio de Niceia vendeu ao poderoso papa de Alexandria a sua
simpatia pela doutrina de Ario a troco da sede episcopal de Ceasareia.
1. Pedro
(también conocido como Simón, Cefas)¿ Decapitado por
Nerón?..., No, no realmente. Esta leyenda fue inventada por el Papa
Aniceto (156-166) en la segunda mitad del siglo II cuando quedó atrapado en
un conflicto con el venerable Policarpo de Esmirna. Policarpo había
tratado de ganar la discusión (sobre la fecha de la Pascua), insistiendo en
que él hablaba con la autoridad del apóstol Juan. En respuesta, Aniceto
planteó una reivindicación de Pedro, y Pedro, "Príncipe de los
Apóstoles", superó a Juan.
Los textos del siglo II conocidos como "Clementinas"
habían hecho Pedro el "primer obispo de Roma" y en otro invento del
siglo III se le dio unos 25 años de pontificado (Por lo que se hizo un poco
difícil el decir que murió a manos de Nerón, pero, hey, esto es
"tradición").
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Figura
3:
Paulo VI numa visita papal à Terra Santa sentado num trono com a cruz
invertida nas cotas.
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En el siglo II el Padre de la Iglesia Orígenes
ideó un colorido epilogo: Pedro, sintiéndose indigno de ser crucificado de la
misma manera como su Señor, eligió la opción "B"… ¡La crucifixión al revés con la cabeza hacia abajo[4].
Assim é que outra descarada manipulação, mas agora
intencional e de importantes consequências no futuro da cristandade, a vamos encontrar
no seguimento da primeira predição da Paixão no capítulo de Mateus, por mero deslocamento de algo,
que à semelhança dos outros sinópticos, deveria estar no final deste evangelho,
para o versículo 18 do capítulo 16, para que sortisse neste momento da
narrativa o seu máximo efeito fundador da autoridade e primazia do papado
romano. Assim, a primazia de Pedro sobre os Apóstolos passou a aparecer aqui
como recompensa divina por este ter ousadamente reconhecido Jesus como Cristo
tal como o falso testamento de Constantino passou por ser uma recompensa pelos
serviços políticos que a Igreja teria prestado a este primeiro imperador
bizantino e cristão. O estilo arquitectónico desta obra pia de restauro e cosmética
evangélica parece ter a mão de Eusébio, considerado nos corredores das
academias das sagradas letras como o maior falsificador da história por ter
actualizado bem demais os textos de maior interesse para a instituição
eclesiástica triunfante. Mesmo os católicos acham o primeiro livro da sua
História Eclesiástica duvidoso. No entanto, a causa petrina começou em finais
do século II com Víctor I (de 189
a 199) que foi o primeiro papa a afirmar a existência de
um magistério moral do bispado de Roma sobre todos os outros bispados do
império e começou a substitui o grego pelo latim na liturgia embora só depois
de 230 esta alteração se tornou plena e efectiva. O papel teológico de Ireneu
de Lion contra as heresias foi de grande eficácia na clarificação da ortodoxia
bem como na construção do mito fundador da primazia enfática de Roma.
“Para a maior e mais antiga a
mais famosa Igreja, fundada pelos
dois mais gloriosos Apóstolos, Pedro e Paulo. (...) Wikipedia.
Quanto da sua alma Ireneu teria que vender ao diabo para
receber dos romanos o que mais tinham de sobra, a protecção da manu militaris, já
que dificilmente alguém de probidade intelectual daria de mão beijada a bajulação
mítica que estas palavras atribuídas a Ireneu afinal não são inteiramente!
Contra as heresias
de Santo Ireneu de Leão (livro III, 1.3.1).
|
|
Latim
|
Tradução
livre.
|
Sed quoniam valde longum est in hoc tali
volumine omnium Ecclesiarum enumerare successiones; maximae, et
antiquissimae, et omnibus cognitae, a gloriosissimis duobus Apostolis Petro
et Paulo
|
No
entanto, como seria muito longo enumerar toda uma série de igrejas em um tal
volume; das máximas e antiquíssimas, e de todos conhecidas, fundadas e
constituídas igrejas (
|
eam, (primeira
pessoa do singular do presente conjuntivo activo de eō)
ēnumerō eam, acusativo feminino singular de is:
"ela", "essa" (referindo-se a substantivos femininos), ou
demonstrativamente (como um pronome demonstrativo) "esta",
"aquila" (referindo-se igualmente a substantivos femininos).
|
que eu va (enumerar?),
ou mais provavelmente:
enumero (?) esta,
|
quam habet ab Apostolis Traditionem, et
annuntiatam hominibus fidem, per successiones Episcoporum pervenientem usque
ad nos indicantes.
|
que
tanto quanto é possível (a que ou porque) tem a tradição dos Apóstolos e a
«fé anunciada» aos homens, por sucessões de bispos, de que (é) procedente até
nós, os anunciantes.
|
(Rom 1: 8) Primum quidem
gratias ago Deo meo per Iesum Christum pro omnibus vobis, quia fides vestra annuntiatur in universo
mundo;
|
|
(…). Ad hanc enim Ecclesiam propter potiorem
principalitatem necesse est omnem convenire Ecclesiam, hoc est, eos qui sunt
undique fideles, in qua semper ab his, qui sunt undique, conservata est ea
quae est ab Apostolis Traditio.
|
(…). Para isso é
necessária que qualquer Igreja permaneça perto da Igreja de preferencial predomínio com que todos devem concordar,
isto é, os que são e permanecem fiéis, na qual sempre há, por eles, que estão
em todos os lados, conservada é ela tal qual é a tradição apostólica.
|
De seguida Ereneu
fala de facto da sucessão apostólica da igreja de Roma que elegeu como sendo da
sua preferência para dela referir em particular a sucessão apostólica mas fala
também da igreja de Ismirna de que era natural e por fim da igreja de Éfeso.
Mas poderia ter falado de outras mais obviamente porque de seguida remata o
assunto sobre a validade do testemunho da tradição apostólica depositado nas
Igrejas:
Então, se alguma divergência é encontrada, mesmo em algo menor, não
seria conveniente voltar os olhos para as Igrejas mais antigas, nas quais
viveram os Apóstolos, a fim de tirar delas a doutrina para resolver a questão,
o que é mais claro e seguro? Mesmo que os Apóstolos não nos tivessem deixado os
seus escritos, não teria sido necessário seguir a ordem da Tradição que legaram
àqueles a quem confiaram as Igrejas?[5] . -- Contra
las Herejías (libro III, 1.3.1) de San Irineo de Leon (180 D.C.).
Obviamente que se
Ireneu já tivesse decidido antes a procedência de Roma não teria deixado às
Igrejas mais antigas o papel de depositários naturais da tradição.
Como se comprova este argumento de testemunho documental a partir da
antiquíssima fonte patrísitica de Santo Ineneu pouco ou nada prova porque
depois de traduzido, mais com rigor ténico do que literário, demonstram-nos que
o a frase «Romae fundatae et constitutae» formam um conjunto do mesmo caso
de concordância com Ecclesiae sem concordância nenhuma pelo que Roma entra
neste conjunto como viola num enterro! Por outro lado, o texto foi de tal modo
manipulado que ficou sem verbo onde era absolutamente necessario enumera-lo a
saber, (...) fundatae et constitutae Ecclesiae, (ēnumerō) eam quam habet ab Apostolis Traditionem, (...). Que algum
copista distraído ou com visões místicas tenha confundido, num original mal
consevado, Romae com ēnumerō nunca se saberá mas é uma hipótese que se pode aceitar de barato que vai
dar ao mesmo: Romae nunca esteve neste texto de Ireneu porque não poderia
estar. Por alguma razão as traduções desta passagem de Ereneu
são divergentes e de difícil comprrenção. De facto faz pouco sentido dizer algo
estranho e absolutamente inverosívil, mesmo à luz da história eclesiástica
oficial, como terem os apostolos fundado e constituído várias igrejas máximas e
antiqúissimas em Roma. Para obstar esta dificuldade é que as traduções actuais
são maisarranjos literários adequados do que textos de tradução fidelíssima.
Pero como sería demasiado largo
enumerar las sucesiones de todas las Iglesias en este volumen, indicaremos
sobre todo las de las más antiguas y de todos conocidas, la de la Iglesia
fundada y constituida en Roma por los dos gloriosísimos Apóstoles Pedro y
Pablo, la que desde los Apóstoles conserva la Tradición y «la fe anunciada»
(Rom 1,8) a los hombres por los sucesores de los Apóstoles que llegan hasta
nosotros.
Así confundimos a todos aquellos
que de un modo o de otro, o por agradarse a sí mismos o por vanagloria o por
ceguera o por una falsa opinión, acumulan falsos conocimientos. Es necesario
que cualquier Iglesia esté en armonía con esta Iglesia, cuya fundación es la
más garantizada -me refiero a todos los fieles de cualquier lugar-, porque en
ella todos los que se encuentran en todas partes han conservado la Tradición
apostólica.
Es necesario que cualquier
Iglesia esté en armonía con esta Iglesia, cuya fundación es la más garantizada
(me refiero a todos los fieles de cualquier lugar), porque en ella todos los
que se encuentran en todas partes han conservado la Tradición apostólica.
1.3.1. Sucesión de los obispos de Roma: 3,2. Pero como sería demasiado largo enumerar las
sucesiones de todas las Iglesias en este volumen, indicaremos sobre todo las de las más antiguas y de todos
conocidas, la(s) de la(s) Iglesia(s) fundada(s) y
constituida(s) en Roma por los dos
gloriosísimos Apóstoles Pedro y Pablo, la(s)
que desde los Apóstoles conserva(m) la Tradición y «la fe
anunciada» (Rom 1, 8) a los hombres por los sucesores de los Apóstoles que
llegan hasta nosotros. -- Contra las Herejías
(libro III, 1.3.1) de San Irineo de Leon (180 D.C.).
Quer assim dizer que muitos dos mitos fundadores são obra de
bajuladores que nem sempre precisam de mentir muito bastando-lhe apenas fazerem
más traduções com algumas liberdades poéticas! É óbvio que no texto de Ireneu
não está Roma como “a maior e mais antiga
a mais famosa Igreja”! Mesmo aceitando de barato os exageros opinativos de
Ireneu (Alexandria e Antioquia eram bem maiores e mais antigas cidades cristãs
do que Esmirna e Éfeso) os erros óbvios de sintaxe obrigam-nos a acreditar que
mesmo este texto foi manipulado, possivelmente por Eusébio quando o copiou para
a sua biblioteca de Constantino. Nada do que Ireneu escreveu chegou até nós no
texto original, mas existem fragmentos e citações em escritores posteriores
como Hipólito Romano e Eusébio de Cesareia e as suas duas principais obras ("Adversus
Haereses" e "Exposição ou Prova do Ensinamento
Apostólico") chegaram
até aos dias de hoje em suas versões latinas e arménias. Dito de outro modo, ou
Ireneu escreveu mal um texto que, pela sua responsabilidade deveria estar acima
de qualquer suspeita formal, ou foi mal traduzido e/ou manipulado de forma
desastrada, porque o Espírito Santo escreve sempre direito por linhas tortas!
Vários papas posteriores começaram progressivamente o
reforço da organização da hierarquia eclesiástica como reflexo de defesa contra
o movimento popular que se opunha à reintegração dos lapsos e relapsos das perseguições.
São Calixto I
foi papa de 217 a
222 e foi acusado por Tertuliano e por Hipólito de Roma de ser demasiado
indulgente ao administrar o sacramento da penitência, divergência que levou a
que Hipólito lhe fosse contraposto como anti papa. O motivo da discórdia fora a
questão trinitária e a absolvição concedida por Calisto aos pecadores de
adultério, homicídio e apostasia, absolvição que antes só era dada uma vez na
vida e após uma dura penitência pública, enquanto os reincidentes eram
excluídos da comunhão eclesial. Ora, de acordo com uma tradição muito antiga, Calisto morreu mártir durante uma
rebelião popular. Quase um século depois de sua morte, inimigos do
Papado (notadamente os donatistas) acusaram o Papa Marcelino de ter queimado
incenso a deuses pagãos. Santo Agostinho, contudo, veio em sua defesa,
afirmando que não havia qualquer prova a este respeito (pedindo a pena de morte para os donatistas acusando-os, pasme-se, do
que condenavam: apostasia!). De fato, se o bispo de Roma tivesse apostasiado
durante uma perseguição, tal fato teria provocado profunda comoção e muito cedo
se difundiria. No entanto, tal comoção jamais ocorreu e, poucos anos após a morte
de Marcelino, o seu túmulo tornou-se ponto de peregrinação dos cristãos. Primeiro
os donatistas não eram inimigos dos papas mas do seu laxismo em relação aos
relapsos. Depois houve papas que tiveram posições iguais. As heresias cristãs
apareciam e desapareciam conforme os conflitos que a hierarquia ia enfrentando
e de acordo com as conveniências dos poderes em jogo. Se algumas heresias
eram fáceis de combater pelo seu absurdo, como no caso de muitas seitas
gnósticas obscuras, outras foram-no por irem contra a autoridade eclesiástica
que quase sempre ia a reboque da crendice popular em matéria dogmática, como no
caso do arianismo, e quase sempre se afastava do povo em matéria de rigor no
cumprimento da fé, como no caso dos donatistas!
A tradição africana a favor dos relapsos era anterior a
Santo Agostinho. O Papa Estêvão I, que
foi eleito em 254 e morreu em 257, teve desavenças com as Igrejas de
África e da Ásia a respeito da supremacia da sede de Roma o que prova que a
supremacia de Roma não era ainda católica e universal.
Esta postura rigorosa, também defendida pelos novacianos, juntamente com a sua defesa da validade
do baptismo administrado por clérigos que tinham apostasiado, levou ao
seu confronto com as Igrejas da África, lideradas pelo Bispo de Cartago São
Cipriano, e com as Igrejas de Alexandria. e Cesaréia, que apoiou tanto a
readmissão dos lapsos quanto a necessidade de um novo baptismo para os
baptizados por eles. Para impor sua opinião sobre a polémica desencadeada,
Estêvão usou pela primeira vez na história da Igreja a afirmação de que a
Igreja de Roma não apenas tinha autoridade moral sobre as outras Igrejas da
cristandade, mas também possuía uma autoridade legal que lhe permitiu impor-se
no resto das igrejas do mundo.
Terá sido assim? A verdade é que ainda que a tradição
considere Marcelino como mártir este não figura como tal nem no Martyrologium
hieronymianum, nem no Depositio episcoporum, nem no Depositio
martyrus. Por alguma razão foi difícil a sua sucessão e podem ter havido alguns
tumultos que o auge das perseguições abafou ou outros impediu. Por alguma razão
Marcelo o seu sucessor decretou que os que desejassem regressar ao seio da Igreja
tinham que fazer grandes penitências. Os relapsos e os seus amigos lapsos que
estavam contra tal penitência conseguiram que Maxêncio, um imperador pagão que
queria a paz mas que obviamente tenderia a proteger os relapsos, exilasse
Marcelo. No entanto o donatismo foi condenado sem êxito no consílio de 314 em Arles
o que prova que teriam quase toda a razão pois, de outro modo, Santo Agostinho
teria conseguido a pena de morte para todos eles, como quase sempre acontecia
em todos os casos de heresia quando a hierarquia conseguia maioria de votos! Neste
caso, como a verdade seria incontornável, a Igreja católica pouco mais pode
fazer do que inventar a doutrina da objectividade dos sacramentos, iniciado por
Estêvão I, coisa que nem sequer teria nada a ver com a que se pretendia e que
era tão somente a doutrina pragmática de que “uma vez transmitido o poder sacerdotal a um homem mediante o
sacramento da Ordem Sagrada, os sacramentos que este administra são
plenamente válidos por intercessão divina, independentemente da inteireza moral
do clérigo”[6].
Verdadeiramente o catolicismo romano começou com a mera
necessidade de a cristandade se defender das perseguições imperiais que tinham
precisamente Roma por epicentro e onde elas eram sempre mais eficazes e
rigorosas. O resto veio por acréscimo e pela ordem natural das coisas. Roma era
ainda a capital do império e teria que ser também a capital do cristianismo dos
gentios custasses as entorses racionais teológicas e documentais que custasse.
MATEUS 16
Voltando ao texto fundador do papado verificamos facilmente
a sua natureza apócrifa. Os textos tiveram que ser recompostos depois de
Marcelino os ter entregue e Marcelo pode ter aproveitado para manipular Mateus 16:18
e João João 1:41, os de maior aceitação pela Igreja, a favor da primazia de
Roma que até então tinha sido apenas moral e apenas pelo prestígio de Roma.
Mateus – 16: 17 E
Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu,
Simão Barjonas, porque não foi carne
e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que
está nos céus. 18 Pois também
eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as
portas do inferno não prevalecerão contra ela. 19 E eu te darei as
chaves do Reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e
tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.
Em boa verdade,
este texto poderá ou não ser uma total falsificação pois, embora seja aceite
por todos os cristãos, a sua interpretação tendenciosa em favor da precedência
de Pedro sobre os restantes apóstolos só é aceite pelos católicos e é contrária
ao facto histórico de esta precedência ter sido atribuída em Jerusalém ao irmão
de Jesus, Tiago, o primeiro de todos os bispos. O mais provável é que seja uma
manipulação tendenciosamente comentada e com aditivos apropriados à causa petrina
inclusa aqui fora do contexto a partir de frase idêntica registada no 4º evangelho
aquando da nomeação de Pedro no início da vida pública de Jesus.
João 1: 41 Este achou
primeiro a seu irmão Simão e disse-lhe: Achamos o Messias (que, traduzido, é o
Cristo). E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás
chamado Cefas (que quer dizer Pedro).
De qualquer modo, a
expressão em Mateus “Bem-aventurado
és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to
revelou, mas meu Pai, que está nos
céus. (...) 19 E eu te darei as chaves do Reino dos céus, e tudo o
que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra
será desligado nos céus.”
só
pode ser uma interpolação por transposição porque está aqui como cabelo na
sopa, em total desacordo com a sequência lógica do que é dito de seguida nos
restantes sinópticos. Não
faria sentido que Jesus elogiasse em Pedro o que reprovava aos restantes
discípulos. Então, a suspeita decorre logo do facto de o elogio a Pedro “Bem-aventurado
és tu, Simão Barjonas, porque não
foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus” não aparecer em mais nenhum dos
sinópticos.
Marcos – 8: 30 E admoestou-os, para que a ninguém
dissessem aquilo dele.
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Mateus - 16: 20 Então, mandou aos seus discípulos que a
ninguém dissessem que ele era o Cristo.
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Lucas – 9: E, admoestando-os, mandou que a ninguém referissem isso,
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Depois, por conter uma retórica beata que um judeu reverente
mesmo essénico não usaria, que nunca aparece em Marcos, e sobretudo por não
estar congruente com o final infeliz deste mesmo episódio.
Ver: 1ª TRIPLA PREDIÇÃO DA PAIXÃO (***)
Sendo assim, o mínimo que se pode dizer é que este pedaço do
texto esta deslocado do contexto. A razão pela qual o piedoso copista não se
deu ao trabalho de fazer o mesmo aos restantes sinópticos para tornar a
falsificação indetectável reside numa rasteira da própria história eclesiástica
que na época aceitava a primazia de Mateus
mas que hoje é cientificamente devida a Marcos.
Ou seja, Eusébio, ou outro censor, pensou que bastaria manipular Mateus já que os restantes sinópticos
passariam apenas por omissos!
Com este mesmo princípio podemos hoje pensar o contrário e
aceitar com a maior das naturalidades que Mateus
foi aqui escandalosamente interpolado para fundamentar com as palavras de Jesus
a primazia de Roma, por tradição considerada como fundada por Pedro.
Para alguns estudiosos o apóstolo Pedro parece ser uma
personagem largamente ficcional precisamente por causa de os católicos o terem escolhido
para ser o “guardião das chaves do reino dos céus”. Isto seria baseado na mitologia
latina que atribuía as chaves da cidade a Jano e a Cibel e que parece que no
Egipto era um assunto a cargo do deus Ptha
ou Petra, que tinha as chaves
(ankh) da vida após a morte, e do céu e dos infernos governados por Osíris.
Ora, nem sequer isto pode ser historicamente confirmado e,
pelo contrário, sabemos que desde início a primazia das Igrejas foi dada a
Jerusalém, liderada por Tiago, o irmão de Cristo,
respeitando-se assim a boa regra sucessória dos sumos-sacerdotes judeus apenas
desrespeitada a partir dos Macabeus...e para desgraça futura do povo judeu que
em grande parte perdeu progressivamente a sua autonomia pela instabilidade
política constante decorrente dos litígios que as nomeações arbitrárias dos
sumos sacerdotes pelo poder temporal provocaram e que culminaram nas guerras
judaicas com a perda completa da independência da Judeia e na destruição de
Jerusalém no tempo de Vespasiano e de Tito.
É claro que para a tese petrina pouco ou nada contam os
textos apócrifos que passaram a ter este nome pejorativo precisamente por irem
contra ela. No entanto, é difícil resistir à tentação de chamar a este respeito
o testemunho de Tomé, o Dídimo:
XII
Os discípulos disseram a Jesus:
"Sabemos que tu nos deixarás. Quem será nosso líder?"
Jesus
disse-lhes: "Não importa onde
estiverdes, devereis dirigir-vos a Tiago, o justo, para quem o céu e a terra
foram feitos."
XIII
Jesus disse a seus discípulos:
"Comparai-me com alguém e dizei-me com quem me assemelho."
Simão
Pedro disse-lhe: "Tu és semelhante
a um anjo justo."
Mateus
lhe disse: "Tu te assemelhas a um filósofo sábio."
Tomé
lhe disse: "Mestre, minha boca é inteiramente incapaz de dizer com quem te
assemelhas."
Jesus
disse: "Não sou teu Mestre. Porque bebeste na fonte borbulhante que fiz
brotar, tornaste-te ébrio. (128) E, pegando-o, retirou-se e disse-lhe três
coisas. Quando Tomé retornou a seus companheiros, eles lhe perguntaram: "O
que te disse Jesus?"
Tomé respondeu: "Se eu
vos disser uma só das coisas que ele me disse, apanhareis pedras e as atirareis
em mim, e um fogo brotará das pedras e vos queimará." -- EVANGELHO
SEGUNDO TOMÉ O DÍDIMO.
Além de este texto confirmar o óbvio, ou seja que a sucessão
messiânica pertencia ao irmão de Jesus, a natureza sibilina do gnosticismo de
Tomé só nos permite confirmar que a discussão sobre a natureza de Jesus existiu
num contexto relacionado com um poder sucessório que Tomé deixou
propositadamente indefinido. Por outro lado, não transparece neste testemunho
de Tomé, ainda que possivelmente muito indirecto, que a opinião bajuladora e angélica
de Pedro sobre Jesus tenha sido suficientemente ousada ao ponto de lhe merecer
a liderança!
JESUS, FILHO DE DEUS
A análise intrínseca do texto equivalente de Marcos comprovaria outras afirmações
duvidosas porque Jesus, como bom Judeu, nunca se considerou filho de Deus no
evangelho de Marcos. Mas como
desconhecemos o original hebraico de Mateus
nunca saberemos se a referência ao “pai celeste” foi uma ousadia teológica,
desde cedo assumida por este apóstolo, ou o resultado do camartelo eclesiástico
que se abateu muito cedo sobre esta obra sacra predilecta da hierarquia
eclesiástica nascente.
v36: There are no statements in Mark in which Jesus refers to God as "my father." There are 36 such
statements in John. The Gospel does not provide witnesses to this scene, so the
words here must be from the writer of Mark.
Como o evangelho de Marcos
nunca se afirma na primeira pessoa que Jesus é filho de Deus, logo conclui-se
que o redactor ou copista de Mateus
colocou ali a referência ao “meu Pai” por mera ousadia beata.
EVANGELIUM
SECUNDUM MARCUM: 1 Initium evangelii
Iesu Christi Filii Dei.
Marcos, 1: 1 Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de
Deus.
In our modern Bibles, Mark 1:1
reads "The
beginning of the gospel of Jesus Christ, the Son of God;"
however, in this most ancient of all Christian manuscripts, this verse only
reads "The
beginning of the gospel of Jesus Christ" Strangely,
the very words which are most grating to the Muslim's Qur'an, "the Son of God,"
are completely missing. Isn't
that interesting? -- Christians Recognize
Contradictions [7]
Logo no início, “Jesus
Cristo, Filho de Deus” só pode ser uma interpolação do primeiro copista que
resolveu incluir no texto de Marcos,
que então começaria apenas no versículo 2, com um título de acordo com a crença
clerical, já dominante em Mateus e depois, no capítulo três, pela boca de
demónios, o que deixa a suspeita de ser uma forma metafórica de diabolizar quem
se considerasse a si próprio “filho de Deus”.
Durante o julgamento de Jesus o contexto “És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito? 62 E
Jesus disse-lhe: Eu o sou”, parece tão comprometedora como ao
sumo-sacerdote pareceu uma escandalosa confissão de pública blasfémia!
Marcos, 61 Mas ele
calou-se e nada respondeu. O sumo
sacerdote lhe tornou a perguntar e disse-lhe: És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito? 62 E Jesus disse-lhe: (Eu o sou, e) vereis
o Filho do Homem assentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens
do céu. 63 E o sumo sacerdote, rasgando as suas vestes, disse: Para que
necessitamos de mais testemunhas? 64 Vós ouvistes a blasfémia; que vos parece?
E todos o consideraram culpado de morte.
No entanto, é quase seguro que mais uma vez estejamos
perante uma interpolação. Jesus que proibiu os seus discípulos de espalharem
que ela era o messias não iria seguramente agora fazer o contrário e Jesus ter-se-á
limitado a ficar caldo como o atesta até aí a acusação no registo de quase
todos os evangelhos conhecidos.
Ver: JULGAMENTO (***)
Ou então, perante uma insistência maçadora do sumo-sacerdote inquisidor, terá usado outros termos que não
os interpolados ou mal ouvidos e pior redigidos por Marcos. Jesus, enquanto candidato messiânico oculto da linha
essénica sodoquista sabia que nesta hora da verdade não haveria como contornar
a questão sem perder por completo o direito a esse estatuto e daí o laconismo
da resposta que está longe de uma confirmação solene da manutenção da sua
candidatura messiânica urbi et orbi.
O que é duvidoso é que perante a humilhante derrota que o
projecto messiânico de Jesus acabava de ter, pelo menos na óptica dos que a
entendiam como Judas, e que a actual prisão confirmava, Jesus tenha ousado
continuar a referir o que teria repetido até à exaustão durante a tentativa
frustrada da tomada do poder com a “expulsão dos vendilhões do templo”, a
respeito da próxima vinda do messias.
Quanto muito terá apostado na última cartada secreta, de que
não poderia falar muito sem arriscar perdê-la neste jogo incerto e
arriscadíssimo, da encenação da sua ressurreição e, ainda assim, tentado rodear
a questão dizendo algo como “se ele era ou não o messias a seu tempo se veria a
glória do filho do Homem assentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as
nuvens do céu”.
Ora, é duvidoso que se possa concluir deste contexto o
contra senso de que o “filho do homem” (tomada não tanto na conotação genérica
de ser humano mas no equivalente do português medieval “homem bom” que
degenerou em «fidalgo», a pessoa livre por ser filho legítimo de alguém de
posses) fosse sinónimo de “filho de Deus”. Logo, Marcos nunca considerou
explicitamente que o messias fosse mais do que um ser humano, ainda que
superprotegido por Deus!
Ou seja, no evangelho de Marcos Jesus nem sequer se terá
assumido “filho de Deus” no contexto lato e inócuo de qualquer outro “filho do
homem” (pessoa). Tão pouco bastaria para a indignação operática que se seguiu e
que já estava bem ensaiada pelos poderes do Templo!
Finalmente, na cena da morte de Jesus, já quase no final
deste evangelho, muitos autores consideram este versículo não tanto uma
interpolação completa mas uma descarada manipulação na medida em que seria
improvável um centurião afirmar de alguém que acaba de morrer na cruz que este
tivesse dado provas de ser “filho de Deus” no sentido teológico do termo!
Quanto muito, o centurião limitou-se a ser morbidamente sarcástico e a fazer
uma ironia amarela adequada ao contraste de uma das teses da acusação ter sido
a de Jesus se ter declarado “filho de Deus” o que, na ideia que os politeístas tinham
deste conceito implicitamente correspondia a Jesus se ter confessado como sendo
uma divindade!
39 E o centurião que estava
defronte dele, vendo que assim clamando expirara, disse: Verdadeiramente, este
homem era o Filho de Deus. = Realmente, (poderia la) ser este homem o Filho de
Deus?!
Em conclusão, ainda que Jesus pudesse ter partilhado a
ideia, que outros judeus na época já começavam a ter, de que todos os “filhos
do homens” ou mesmo qualquer pessoa eram filhos de Deus, por serem criaturas
suas e partilharem da herança da criação de Adão, mesmo assim, não parece que
Jesus, cumpridor da lei mosaica, tivesse incorrido na blasfémia formal de se
proclamar como “filho de Deus” numa conotação especial que lhe permitisse
transformar-se em “Deus Filho”. Se tal veio a acontecer mais ou menos
propositadamente em Mateus, tal terá
ocorrido por profunda necessidade duma nova entidade teológica que fosse
fundamentadora dum sacerdócio novo acabado de se formar pela mão de S. Paulo,
ao serviço duma novíssima religião de gentios!
Os Judeus mitificaram “a terra prometida onde corria o
leito e o mel” no corredor Sírio que era um dos pontos politicamente
mais instáveis do mundo desde a antiguidade até hoje, por ser ponto de
cruzamento de rotas comerciais e a única ponte que permitia a passagem do
continente africano para a Ásia, e desta para a Europa! Assim, os delírios
semânticos do messianismo judaico, alimentados desta fome insaciável de terra
prometida, só poderiam redundar em equívocos místicos com que os gentios
imperialistas iriam elevar Jesus, o filho bastardo e da virgem Miriam, à categoria
excelsa dos Filho de Deus.
SIMÃO CEFAS
"Esse ponto é muito
importante, pois a interpretação truncada dos protestantes quer admitir o
absurdo de que Nosso Senhor não sabia se exprimir corretamente. Eles
dizem que Cristo queria dizer: "Simão, tu és pedra, mas não edificarei
sobre ti a minha Igreja, por que não és pedra, senão sobre mim." Ora, é
uma contradição, pois Nosso Senhor alterou o nome de Simão para
"Kephas", deixando claro quem seria a "pedra" visível de
Sua Igreja." [8]
This
is not a name, but an appellation and a play on words. There is no evidence of
Peter or Kephas as a name before Christian times. Peter as Rock will be the
foundation of the future community. Jesus, not quoting the Old Testament, here
uses Aramaic, not Hebrew, and so uses the only Aramaic word which would serve
his purpose. -- Ya'akov Ha Tsedek and the
Destruction of the Jerusalem Temple.
A lógica sublime com que os católicos defendem o poder
supra-temporal do papado por amor às suas sequelas temporais é intelectualmente
tão confrangedor quanto infantil. Se Jesus, enquanto homem, tinha ou não uma
cultura acima da média que lhe permitisse exprimir-se correctamente não é coisa
que se infira pelo mero critério de autoridade ad divinum. Não nos tendo
chegado nada que tenha sido indubitavelmente escrito directamente por Jesus, só
nos restam testemunhos de 2ª e 3ª mão que se mostram ser tão díspares quanto
disparatados em certos textos, por exemplo gnósticos. De resto, se o próprio
Jesus se lamenta frequentemente do fraco entendimento dos seus discípulos que,
afinal, se revelaram, senão grandes pelo menos prolixos escritores em muitos
casos, é porque talvez o discurso do mestre nem sempre fosse dos mais claros.
Na verdade, suspeitamos legitimamente contra a opinião de Ireneu que Jesus
tinha uma formação esotérica recebida numa qualquer escola egípcia com
influências do gnosticismo de Alexandria e o seu discurso revela-se em muitos
textos gnósticos obscuro e complexo. Por outro lado, a dissidência do
messianismo de Jesus, vigiada de perto pelos esbirros do Templo, impunham-lhe
uma sintaxe rebuscada e uma retórica cautelosa feita de parábolas, discursos
indirectos e trocadilhos! Para finalizar, a riqueza do léxico hebreu não seria
dos mais adequados a uma clareza de discurso tal que permitissem, mesmo a
alguém como Jesus, exprimir-se sempre correctamente.[9] Obviamente
que só por má-fé primária se pode imputar um erro eventual dos evangelhos
recebidos no sec. VI a uma falta de capacidade de expressão de Jesus, porque as
falhas num circuito informativo ocorrem segundo as leis inexoráveis da entropia
tanto por falta quanto por excesso de zelo na cópia, tradução e protecção dos
textos.
Figura 4: Grão
Vasco, outra versão de S. Pedro do mosteiro de Tarouca.
Nenhum texto hebraico de Mateus sobreviveu porque os
censores da nova ordem constantiniana e os caçadores de heresias fizeram
desaparecer não apenas os evangelhos em hebreu (dos hebreus, dos ebionitas e
dos nazorenos) como também proibiram o uso te textos escritos nesta língua.
Doutro modo talvez então ficássemos a saber se Kephas foi ou não o nome
original de Pedro e se esta palavra judaica aparece como sinónimo tanto de
pedra como de rocha ou apenas sobrenome de Pedro. O mais provável é que Kephas
fosse uma corruptela do grego κεφα-λή,
ou seja, um epíteto tardio colocado com a intenção de fazer de Simão Barjonas a
cabeça da Igreja ou dos apóstolos.
Lição 44. 4. - No Paschito sírio, aceito por todos os cristãos, no
aramaico, a própria língua falada pelo Senhor enquanto esteve na terra, a
passagem diz assim - "Tu és Kepha (pedra), e nesta pedra eu vou edificar a
minha Igreja e as portas do Sheol não prevalecerão contra ela." No
original aramaico, há apenas uma palavra para rocha ou pedra, não dois petros e
petra, como no grego - sobre a qual os polémicos anticatólicos encontraram as
suas opiniões.[10]..
Quem chama Kephas a Pedro é o autor do 4º
evangelho, o mais tardio de todos, escrito originalmente em grego e nada nos
prova que não tenha sido este autor a supor que o nome deste apóstolo teria
sido originalmente hebraico e tenha feito a sua tradução de forma regressiva.
No entanto, como explicar o inexplicável que é a mesma palavra ter passado para
o grego em duas forma semelhantes e com
semânticas ligeiramente diferentes? Obviamente que, por ser falso, tal não
carece de explicação! Aliás poderíamos ir bem mais longe e aceitar que a
responsabilidade nem sequer terá sido do evangelista que parece ter sido
desastradamente interpolado na parte: “Cefas (que quer dizer...)”. Quem faz uma
interpolação destas num texto que deveria ser sagrado e inspirado pelo Espírito
Santo sabe que bem que o faz porque nem Este o iria entender!
Pedro é chamado de filho de João
em João 21:15 e Barjona (o filho de
Jona) em Matt 16:17. Barjona esteve
conotado por alguns com o arameu baryo-n,
significando "rufião" que é então aceite como evidência de que o
Peter era um zelota.-- [11]
Porém, outros preferem supor que Barjona não significaria
filho de um Jonas que ninguém consegue identificar mas antes teria o
significado de “filho da pomba” ou da rola, símbolo sagrado do Espírito Santo
que os zelotas usariam tatuado a fogo no peito como uma espécie de sinal de
identificação secreta nazorena ou como símbolo do martelo com que os Macabeus
expulsaram os estrangeiros num sábado. Em qualquer dos casos, a conotação mista
com pessoa que luta pela paz (pomba) e libertação do seu povo por meios
violentos (martelo), típica dos grupos terroristas de religiosidade fanática é
uma constante de todos os tempos e lugares que no caso da Palestina do tempo de
Jesus se consubstanciava no grupo ultra radical dos nazorenos, os zelotas, e
braço militar dos essénios!
Nuestros escribas griegos del siglo IV
hicieron, de una vieja palabra acadia, barjonna, un calificativo familiar, y
transcribieron: “Simón-bar-Jonás”, es decir. Simón, hijo de Jonás, lo cual
contradice a todos los otros pasajes evangélicos, donde se le llama hijo de
Zebedeo. Véase
Mateo 10,2; 26,37; Marcos 1,19-20; 3,17; 10,35; Lucas 5,10; Juan 21,2. (Recordemos
que Simon-Pedro es hermano de Jacobo: Mateo 13,55)
Ahora bien, en acadio y arameo barjonna significa fuera de la ley,
anarquista. Este calificativo viene subrayado por la confesión de Simón-Pedro:
“Apártate de mí, Señor, porque soy hombre pecador…” (Lucas 5,8)
Pero todavía lo es más por las otras denominaciones que acompañan a este nombre
de Simón a lo largo de los Evangelios.
No ignoramos que algunos comentaristas han querido ver en Joná una
abreviatura de Johannes. Pero, si buscamos con cuidado, jamás se encontrará
Jona o Jonás como abreviatura de Johannes.
En cambio, la fuente de barjonna (en acadio y en arameo: “fuera de la
ley, anarquista”) posee sólidos fundamentos. Robert Eisler, en su libro Jésous bassileus ou basileusas (1929), pág. 67, nos dice
que, según Elieser-ben-Jehuda, en su obra Thesaurus
totius habraitatis, tomo II, pág. 623, ése es exactamente el significado de dicha
palabra. En su Aramaisch neuhebraisches Wórterbuch (1922, pág.
65a, 2.a edición), G. Dalman nos dice lo mismo. – [12]
Mesmo em português, «varejão» tem conotação de “rufião”!
«Vareja» = s. f. larva da
mosca «varejeira»; pôr vareja em alguém: caluniar. • < de varejar = • pôr
vareja em alguém: caluniar. <=> • (de vara), v. tr. sacudir, bater com
vara; • flagelar; • fustigar; • revistar ou dar varejo a; etc.
«Varina» = • (< ??? afér. de
ovarina), s. f. rede de arrasto, mais pequena que a neta, e de malha mais
miúda; • (Lisboa) vendedeira ambulante de peixe; • mulher da beira-mar, entre
Aveiro e o Porto.
Obviamente que de Lisboa ao Porto a costa marítima e
piscatória é grande demais para andarem nela apenas mulheres de Ovar! A meio da
costa fica a mais piscatória de todas que é a Nazaré, cidade de origem fenícia
onde o termo pode ter nascido e de onde se deve ter difundido tanto para norte
como para sul.
Bom, não sabemos, por ora, se a relação conotativa entre a
mosca «varejeira» e o bater com «vara» seria já comum nos falares dos
pescadores do lago de Tiberíades mas a verdade e que, também na Nazaré lusitana
“andar no varejo” é o mesmo que andar na “faina da pesca” e na salga e seca do
peixe que tem por inimigo mortal a vareja. O medo e respeito por esta mosca
avantajada e agressiva como o moscardo deve ter levado os pescadores mais dados
a exaltarem-se e a “ficarem com a mosca” a ser alcunhados de *varejões! Daí, Simão (Pedro) ser o Varejão…e
zelota! Estranho que zelota se pareça foneticamente com o ibérico zeloso? Pois
nem tanto porque antes dos romanos andaram por cá os fenícios, sabe-se lá bem
desde quando! Sabemos lá se Simão Varejão não seria o Simão Zelota ou Simão, o
Cananeu ou apenas Cefas?
Pois bem, este nome de Simão Varejão deve ter tido conotações
brejeiras e fálicas donde a relação com as chaves do reino do céu atribuídas a
este apóstolo! E não nos venham dizer que o cristianismo foi sempre acético e
assexuado como acabou porque nos primeiros tempos os ágapes seriam mais
festivos e dionisíacos, pelo menos entre os setianos e ofitas que motivaram
parte das reacções contra os gnósticos e que degeneraram no cristianismo
puritano que recebemos.
João 1: 40 Era André, irmão
de Simão (Pedro), um dos dois que ouviram aquilo de João e o haviam
seguido. 41 Este achou primeiro a seu irmão Simão e disse-lhe: Achamos o
Messias (que, traduzido, é o Cristo). E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para
ele, disse: Tu és Simão, filho de Jonas;
tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).
O texto grego é uma tradução das palavras de Jesus, que na verdade eram
faladas em aramaico. O aramaico só tinha uma palavra para pedra, kephas (é por
isso que Pedro é frequentemente chamado de Cephas na Bíblia). A palavra Kephas
em aramaico significa "rocha enorme". A palavra aramaica para
"pedrinha" é "evna", e Pedro não era chamado de
"Evna" ou "Envas" ou qualquer coisa assim. Em aramaico,
Jesus disse: "Tu és Pedro (Kephas) e sobre esta pedra (kephas) edificarei
a minha Igreja." A metáfora funcionou bem em aramaico, onde os
substantivos não são femininos nem masculinos, mas em grego, o substantivo
"rocha" era feminino e, portanto, inadequado como nome para Pedro.
Assim, a palavra aramaica Kephas foi traduzida para o nome masculino Petros
quando se referia a Pedro, e para o substantivo feminino petra quando se
referia à pedra. No grego koiné antigo, petra e petros eram sinónimos, ao
contrário do grego ático moderno e do grego jônico, que existia cerca de 400
anos antes de Cristo[13].
Claro que as considerações de D. MacDonald valem o que
valem todas as de idênticos teólogos comprometidos com a causa petrina, mas
todas elas têm o inconveniente se suporem factos que demonstram ser provados o
que constitui uma verdadeira petição de princípios. Na verdade, o que era
preciso saber com certeza era o sobrenome que Jesus deus de facto a Simão, se é
que deu!
Na verdade, para que se pudesse afirmar-se que “In
ancient Koine Greek, petra and petros
were total synonyms” seria necessário demonstrar nos evangelhos canónicos,
por exemplo; que os autores inspirados conheciam o termo petros
como sinónimo de petra. O que o erudito católico quererá dizer é
que no koiné helenístico já não se usava o termo petros
mas lithos (λιθον)
e no sentido de rocha se empregou sempre petra, como
se pode comprovar correndo todos os canónicos. Como nunca encontramos nos
mesmos canónicos o termo petros senão enquanto nome próprio,
podemos concluir que este caíra em desuso, seria um arcaísmo que só os eruditos
conheceriam e, por conclusão, apenas metade da tese católica é verdadeira.
Mark 15:46 εκ πετρας και
προσεκυλισεν λιθον επι την θυραν του μνημειου
Matthew 27:51 και αι πετραι εσχισθησαν
Luke 6:48 επι την πετραν
Petros = stone, distinguished from petra (v. sub
voce); in Hom., used by warriors, lazeto petron marmaron okrioenta Il.; balôn
muloeideï petrôi id=Il.: --proverb., panta kinêsai petron Eur. --
Henry George Liddell, Robert Scott, An Intermediate Greek-English
Lexicon. Petros : piece of rock, stone. -- Georg Autenrieth, A Homeric
Dictionary.
Ora bem, se fosse verdade que Jesus impôs a Simão o
nome helenizado Cefas a partir da forma aramaica de Kepha então,
o mais natural seria que o tradutor grego tivesse no mínimo respeitado o nome
original aramaico, como aconteceu a quase todos os restantes nomes e por ser de
boa pratica de tradução não traduzir nomes próprio, com a excepção única dos
nomes das entidades universalmente conhecidas, que ainda não era o caso de
Simão Pedro à época da publicação dos evangelhos. Sendo Kepha sinónimo
de rocha em contraponto com evna para pedra, a tradução adequada para o
grego do nome de Pedro deveria ter sido *Petra,
tal como aconteceu com a capital dos nabateus e à semelhança do culto do “Sr.
da Pedra” porque “há dois mil anos, foi
Jesus sujeito ao suplício e humilhação perante Pôncio Pilatos, amarrado a uma
pedra, e açoitado”.
καγω δε σοι λεγω οτι συ ει πετρa και επι ταυτη τη πετρα...
et ego dico tibi quia
tu es Petra et super hanc petram…
Porque não aconteceu assim? Os católicos parecem ter
uma explicação expedita para o caso, como têm sempre aliás!
Em vez disso, a mudança só ocorre quando aquelas
palavras aramaicas originais de Jesus foram traduzidas para o grego; e o
escriba sagrado aplicou uma terminação masculina para o nome de Pedro porque
ele não podia chamá-lo de "Petra" - um nome de mulher. É também por
isso que o texto grego traduz o nome aramaico "Kepha" como
"KephAS" (ou "CephAS") ... para torná-lo masculino[14].
Obviamente que os tradutores se viram em papos de aranha
para se porem de acordo com esta estratégia tão rebuscada que terão existido
concílios ignotos para lá chegar (J!). Porém, a verdade é
que Marcos escreveu directamente em grego e já antes dos evangelhos em
hebreu andarem traduzidos parece que Pedro já era assim chamado na
diáspora. Só quem soubesse grego repararia que Simão ficava com um apelido
feminino o que seguramente não seria assim tão desdignificante nem inédito pois
parece que José de Maria já era usado na época pois há autores de evangelhos
apócrifos que usam este nome para Jesus. De resto, tal humilhação valeria bem
mais do que uma missa pois significava o acesso à cátedra petrina romana sem o
mínimo de dúvidas. Em conclusão, o nome de Simão Pedro nunca teria sido
originalmente Simão Cepas, até porque foi raro no tempo de Jesus alguém ter tido
dois nomes próprios semitas.
Kephas significa pedra ou Pedro?
João nos dá a resposta: "E o levou a Jesus. Jesus, fixando nele o olhar,
disse: Tu és Simão, filho de João, tu serás chamado Cefas (que quer dizer
Pedro)." João 1:42. Veja que Cefas ou Kephas, significa Pedro e não pedra!
Para fazer jus à coerência e a lógica, Jesus deveria ter dito mais ou menos
assim: "Tu és Kephas e sobre esta kephas edificarei..." ou "Tu
és Pedro e sobre este Pedro edificarei..." se não houvesse nenhuma
diferença. --.[15]
Como “Nosso Senhor sabia exprimir-se correctamente”,
então os ortodoxos é que não sabem ler os evangelhos! Na verdade, como seu
irmão André, Simão, porque, metido no próspero negócio do peixe, teria, por
razões de marketing, adoptado um apelido grego, Pedro, nome comum
arcaico de pedra, que pode ter caído em desuso por ter passado ao domínio
comum como nome próprio, consciente ou inconscientemente porque este veio a
ter conotações com a dureza pétrea da sua personalidade. De resto, Jesus teria
mais cultura helénica do que os canónicos nos deixam supor!
João 1: 41 (...) E, olhando
Jesus para ele, disse: Tu és Simão,
filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).
Textus receptus: João 1: 41 (...) και ηγαγεν αυτον προς τον ιησουν εμβλεψας δε αυτω
ο ιησους ειπεν συ ει σιμων ο υιος ιωνα συ κληθηση κηφας ο
ερμηνευεται πετρος
Ora, todas as teses apoiadas no nome aramaico de Cefas se baseiam apenas no 4º evangelho
que, além de ter sido escrito tardiamente foi quase seguramente inspirado por
uma mulher, Maria Madalena que, por
mais qualificada que fosse sofria das limitações atávicas do seu sexo. Geralmente
mal informada, por não ter a liberdade de acção in loco dos homens do seu tempo, maquilhava a falta de rigor dos
factos, tanto no espaço como no tempo, debaixo duma máscara de verborreia. Por
isso mesmo se suspeita que este evangelho terá sido, depois de Mateus, o mais manipulado tanto para o
restaurar das máculas de gnosticimo como para o tentar por em congruência com
os sinópticos.
Meyers, observando que o nome pré-paulino Ke-pha-s é dito por todos os
evangelhos como sendo conferido a Simão por Jesus (Marcos 3:16, Mateus 16:
17-19, Lucas 6:14, João 1:42) defende a autenticidade de Mt 16: 17-19 com o
seguinte argumento: "nenhum fundamento lógico para este novo nome além
daquele oferecido por Mt 16: 17-19 foi feito, mesmo que minimamente
plausível". (The Aims of Jesus, 186). -- [16].
Marcos 3:14-16
|
Mateus 10:1-2
|
Lucas 6: 13-14
|
14 E nomeou doze (...):
16
A Simão, a quem pôs o nome de Pedro. (...)
|
2 Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, (...)
|
13 (...) e escolheu doze deles, (...): 14 Simão, ao qual também chamou Pedro, (...)
|
Mateus 16:17-19 E Jesus, respondendo, disse-lhe:
(...) Pois também eu te digo que tu és Pedro, (...);
|
Obviamente que Meyers passa ao lado do facto de nenhum dos
sinópticos usar o termo Ke-pha-s mas a sua suposta tradução para o grego.
Na tentativa de refazerem a história a seu favor, os vencedores
outrora humilhados e perseguidos, não olham a meio para defenderem o que supunham
ser o bem supremo da sua vitória (oportuna e ocasional sobre o mal do poder
religioso da tradição romana) tanto manipulado os textos oficiais e canónicos
para os porem de acordo com a verdade (conquistada contra tudo e contra todos)
como excluindo como heréticos (os reaccionários da época) todos os escritos que
pudessem por a nu a fragilidade dos seus dogmas e os fundamentos do seu poder
utópico e totalitário. Se os defensores das teses católicas perdessem menos
tempos em indigestas erudições em volta do próprio umbigo e praticassem um
pouco mais da humildade intelectual que impõem aos seus seguidores e negam aos
seus detractores dando um pouco de benefício da dúvida aos chamados apócrifos
teriam reparado que na “Epistula Apostolorum” existe uma lista de Apóstolos que
inclui Pedro em terceiro lugar e Cefas
no final.
Noi Giovanni, Tomaso, Pietro,
Andrea, Giacomo, Filippo, Bartolomeo, Matteo, Nataniele, Giuda Zelote e Kefas, scriviamo alle Chiese
dell'Oriente e dell'Occidente, del nord e del sud raccontandovi e annunziandovi
quanto si riferisce a nostro Signore Gesù Cristo: vi scriviamo in conformità di
ciò che abbiamo visto, udito e toccato dopo che egli era risorto dai morti, e
in conformità di ciò che egli ci ha rivelato di grande, di meraviglioso, di
vero. -- Epistula Apostolorum.
THE names of the twelve. Simon
Peter; Andrew his brother; James the son of Zebedee; John his brother;
Philip; Bar tholomew; Thomas; Matthew the publican; James the son of Alphaeus;
Labbaeus, who was surnamed Thaddaeus; Simon
the Cananite; Judas Iscariot, in whose stead came in Matthias.
The names of the seventy James, the son of
Joseph; Simon the son of Cleopas; Cleopas his father; Joses; Simon; Judah;
Barnabas; Manaeus (?); Ananias, who baptised Paul; Cephas, who preached at Antioch; (…) -- [17]
Os textos coptas são sempre confusos no que respeita aos
nomes das personagens neo testamentárias mas resta saber se por falta de
informação se por falta de controlo censório por parte dum equivalente do Santo
Ofício. Ou seja, alguns textos apócrifos tendem a separar Pedro de Cefas. Tal
facto pode ter resultado do facto de ter existido mais do que um, donde terão
resultado muitas das confusões que fizeram a sorte do mito petrino do papado!
Na verdade o Cefas que pregou em Antioquia pode ser, ou não, o mesmo que foi
Simão Cefas e vá-se lá saber ao certo o que realmente aconteceu na nebulosa
embrionária do cristianismo nascente.
Um apócrifo, mais do que qualquer outro texto protegido pela
infalibilidade canónica, pode relativamente equivocar-se. Assim, a lista da “Epístola
dos Apóstolos” pode ter suposto que Nataniel / Bartolomeu eram dois nomes
distintos. Como os copistas que seriam ainda pouco conhecedores dos detalhes da
história cristã terão considerado que dois Tiagos eram demais e omitiram um e
desdobraram o nome de Nataniel / Bartolomeu em dois para refazer os onze onde
falta o segundo Tiago, coisas perfeitamente plausíveis quando se sabe que os
apócrifos coptas fazem muitas vezes confusões com os nomes das personagens neo-testamentárias.
É quase seguro que, neste texto, a ordem dos nomes foi desastradamente
alterada. Possivelmente teria sido originalmente: “João, Tomé, Pedro, André,
Tiago, Filipe, Natanael Bartolomeu, Mateus, Tiago, Judas Zelotes, e Cepas”.
Claro que, tal postulado implica aceitar também que “João, Tomé, Cefas Pedro“
mas, neste caso, em vez de 11 voltaríamos a ter apenas 10 apóstolos porque
ficaria a faltar o apagado Simão Cananeu, ou Zelotes, que, pelos vistos, seria
de nome próprio Simão Cefas.
Muita da confusão semântica que fez de Pedro um Cefas, que
nunca o terá sido, para o colocar na rocha petrina da colina do Vaticano, pode
ter também resultado duma interferência conotativa com o grego kephalê (= cabeça). Isto
deixa a suspeita de que, também o nome próprio Cefas, suposto nome hebreu, ser
de origem grega, talvez uma constrição de kephalê.
Cabeça = Grec. Kephalê > *Kephaê > Kepha.
Por outro lado, se
a transposição do nome Natanael implica apenas saltar sobre dois nomes, no caso
de Cefas seria saltar para trás sobre 9. Do mesmo modo, tanto Natanael
Bartolomeu como Judas Zelote são nomes completos.
Paulo se refere a
Pedro como Cefas (forma latinizada
da transliteração grega Ke-phas do aramaico Ke-pha-), exceto em Gal 2: 7. Essa
única excepção pode ser devido a um erro de um copista. Clemente de Alexandria
pensava que Cefas e Pedro eram duas pessoas diferentes, assim como o diz o
escritor da Epístula Apostolorum. [18]
E se fosse um facto
que Pedro e Cefas sempre foram pessoas diferentes? Então teríamos
que concluir que as referências de Paulo a Cefas nunca foram dirigidas a Pedro
mas ao mais obscuro dos apóstolos que seria Simão Cefas, o canaaneu e zelota
que seria Zaqueu, o pai de Maria Madalena.
No entanto, muitas vezes Cefas aparece separado de Simão
por mera conveniência de ocasião.
2. Esta información nos llega
de Clemente en el libro V de su Hypotyposeis, en la que
además explica que Cefas era uno de los setenta discípulos, de quien Pablo
dice: «Cuando Cefas vino a Antioquía le
resistí en la cara», pero que se llama igual que el apóstol Pedro por pura
casualidad. -- HISTORIA ECLESIÁSTICA Eusebio de Cesarea Libro 1
Que Pedro e Paulo pudessem
ter andado à pancada, por mais que prováveis divergências teológicas, é quase
seguro. Como tal escândalo, logo entre os dois pilares do catolicismo romano, era
inaceitável para a ortodoxia, à cegueira histérica preferiu-se a diplopia!
Ora, há indícios
estilísticos nas epístolas de Pedro, que apontam para uma personalidade que
tinha pouco a ver com Pedro *Varajão! Ou seja, talvez tenham existido mesmo
dois personagens Simão Pedro / Simão Cefas que andaram confundidos no início da
história sagrada possivelmente por razões de clandestinidade a que o cristianismo
nascente estava sujeito. Ora, nada nos admiraria que a estranha antinomia Simão
Pedro / Simão Mago não fossem as duas faces opostas da mesma moeda, conforme
ela era vista pelo simpatizantes ou pelos detractores da mesma personagem e
que, na altura, ainda não tinham sido joeirados pela peneira fina dos caçadores
de heresias do sec. II.
Ver: SIMÃO MAGO (***)
Mas as confusões do
nome de Simão Barjoinas podem ser ainda mais obscuras pois pode ter sido parente
dum personagem Simon Bargioras que aparece na guerra da Judeia tal como realmente também
Simão Pedro seria: um zelota e sicário temível.
3. Mais une autre guerre menaçait
maintenant Jérusalem. Il y avait un certain Simon, fils de Cioras, natif de
Gérasa. Cet adolescent, inférieur en
ruse à Jean, qui dominait déjà dans la cité, le surpassait par la vigueur
et l'audace FLAVIUS JOSÈPHE Guerre des juifs. Livre IV
Sendo Simon Bargioras adolescente é quase
impossível que fosse Simão Barjonas. Mas poderia ter sido filho de Simão Pedro
e daí a lenda! O importante e saber que o nome deste Simão tinha relações com a
linhagem dos pretendentes a Messias de Israel.
...Herod, inasmuch as the lineage of the Israelites contributed nothing
to his advantage, and since he was goaded with the consciousness of his own
ignoble extraction, burned all the genealogical records, thinking that he might
appear of noble origin if no one else were able, from the public registers, to
trace back his lineage to the patriarchs or proselytes and to those
mingled with them, who were called Georae.
Simon | Bargioras > Wargeira > Warejão!
Mas...seria Simão Pedro também natural de Gerasa antes de
se fixar em Cafarnaum? De qualquer modo existe aqui um pretexto de equívoco
fonético suficientemente forte para ter originado confusões de identidades num
tempo em que tudo era impreciso na história do cristianismo emergente.
II Simon est fait prisonnier. 2 (…) Quand César fut de retour à Césarée du littoral, on lui envoya Simon
enchaîné; le prince ordonna de le réserver aussi pour le triomphe qu'il se
préparait à célébrer à Rome.(…)
Ora,
nem por acaso, no seguimento da prisão de Simão Barjioras em Roma, em Antioquia
acontecia um grande incêndio que os judeus locais foram acusados de ter ateado
na calada da noite.
III - 1-4. Les Juifs d'Antioche accusés
par Antiochos d'être des incendiaires. 1. Pendant son séjour dans cette
ville, il fêta avec éclat l'anniversaire de la naissance de son frère et, pour
lui faire honneur, fit périr dans cette
fête une foule de Juifs. Le nombre de ceux qui moururent dans des luttes
contre les bêtes féroces, dans les flammes ou dans des combats singuliers,
dépassa deux mille cinq cents. Cependant les Romains, en les détruisant ainsi
de tant de manières, trouvaient encore trop léger leur châtiment. César se
rendit ensuite à Berythe, colonie romaine de Phénicie ; il y fit un plus long
séjour, célébrant avec plus d'éclat encore l'anniversaire de la naissance de
son père, tant par la magnificence des spectacles que pour les autres occasions
de largesses qu'il put imaginer. Une
multitude de prisonniers y périt de la même manière que précédemment. 2. A ce moment, ceux des Juifs
qui étaient restés à Antioche subirent des accusations et se trouvèrent en
péril de mort; la ville d'Antioche se souleva contre eux, tant à cause de calomniés
récentes dont on les chargeait que d'événements qui s'étaient produits peu de
temps auparavant. Il est nécessaire que je parle d'abord brièvement de ces
derniers, pour rendre plus intelligible le récit des faits subséquents. (…) Bien plus, ils attirèrent successivement à
leur culte un grand nombre de Grecs, qui firent dès lors, en quelque faon,
partie de leur communauté. A l'époque où la guerre fut déclarée, au
lendemain du débarquement de Vespasien en Syrie. Quand la haine des Juifs était
partout à son comble, un d'entre eux, nommé Antiochos, particulièrement honoré à cause de son père qui était
archonte des Juifs d'Antioche, se présenta au peuple assemblé au théâtre, dénonçant son père et
d'autres Juifs comme coupables d'avoir décidé de brûler en une nuit toute la
ville: il dénonça aussi quelques Juifs étrangers comme avant participé à ce
complot. A ce discours. le peuple ne put maîtriser sa colère et fit tout de
suite apporter du feu pour le supplice de ceux qui avaient été livrés : ceux-ci
furent aussitôt brûlés en plein théâtre. Puis le peuple s'élança contre la
foule des Juifs, pensant que leur châtiment immédiat était nécessaire au salut
de la patrie.
Obviamente
que Flábio Josefo estaria a falar de cor porque se esqueceu de reparar que um
tal proselitismo era incomum em judeus ortodoxos pelo que se trataria quase que
seguramente de nazorenos que vieram a chamar-se messianistas ou cristãos.
Le légat Gnaeus Collega parvint avec
peine à calmer cette fureur ; il demanda la permission de faire un rapport à
César sur les événements; (…). Collega,
procédant à une enquête attentive, découvrit la vérité; aucun des Juifs
accusés par Antiochos n'avait participé au crime, œuvre de scélérats, chargés de dettes, qui
pensaient qu'en brûlant le marché et les registres publics ils se
débarrasseraient de leurs créanciers.
Obviamente
que a acusação de Antíoco já era suspeita por recair sobre o próprio pai mas
também nos é impossível de saber que meios permitiram a G. Collega saber se Antíoco
falava verdade ou não pois a verdade dos incendiários acaba quase sempre consumida
no fogo que eles próprios ateiam. De qualquer modo, na linguagem de Josefo os
celerados, quando judeus, eram invariavelmente zelotas, e no caso seriam
nazorenos de que S. Pedro teria sido o primeiro bispo. Assim, a suspeita de que
o estariam a fazer para vingarem a prisão do seu bispo, mais do que obrigatório
é quase inevitável!
6. Le cortège triomphal se terminait
au temple de Jupiter Capitolin ; arrivé là, on fit halte, car c'était un usage
ancien et traditionnel d'attendre qu'on annonçât la mort du général ennemi.
C'était Simon, fils de Gioras;
il avait figuré parmi les prisonniers ; on l'entraîna, la corde au cou, vers le
lieu qui domine le Forum, parmi les sévices de ceux qui le conduisaient ; car
c'est une coutume, chez les Romains, de tuer à cet endroit ceux qui sont
condamnés à mort pour leurs crimes. Quand
on eut annoncé sa mort, tous poussèrent des acclamations de joie ; les princes
commencèrent alors les sacrifices et après les avoir célébrés avec les prières
accoutumées, ils se retirèrent vers le palais. Quelques assistants
furent admis par eux à leur table; tous les autres trouvèrent chez eux un beau
repas tout préparé. Ainsi la ville de Rome fêtait à la fois en ce jour la
victoire remportée dans cette campagne contre les ennemis, la fin des malheurs
civils et ses espérances naissantes pour un avenir de félicité. (FLAVIUS
JOSÈPHE, Guerre des juifs, livre 7).
O eco do que
aconteceu a este zelota deve ter ressoado por muito tempo por toda a cidade de
Roma de forma estranha para os ouvidos dos latinos e ter chegado aos ouvidos de
muitos cristão como tratando-se da morte de Simão Pedro que teria morrido
também por essa altura, mas do lado de lá do mar Egeu e em Antioquia! Ou então, ter ficado como mera lenda que ouvidos
posteriores identificaram como sendo referidos a Simão Barjonas quando
apareceram os canónicos em latim. A
lenda da morte de Pedro em Roma pode assim ter algum fundo de razão se
aceitarmos que possa ter havido confusão entre Simão Pedro e este célebre zelota
Simão
Bargioras de que Flávio
Josefo descreve a morte triunfal em Roma como clímax festivo do fim da primeira
guerra judaica.
Porém, para a
legitimidade do primado de Pedro as dúvidas existentes são suficientes para
porem em causa o poder absoluto do papado!
Os antecedentes evangélicos
da supremacia petrina encerem-se na estratégia pessoal do messianismo de Jesus
que na premonição da sua própria sensatez acabaria na cruz!
Ver: ALFEU (***) & PREDIÇÃO DA PAIXÃO (***)
A PEDRA ANGULAR
Como se referiu antes, os versículos de Mateus, 16: 18
e 19, têm servido para defender o papado desde os tempos da primazia do bispado
de Roma, seguramente desde muito cedo, por este reivindicada em nome da capital
do império, ou seja, e bem antes de Constantino se ter transferido para a nova
capital de Bizâncio. No entanto, só os católicos, aceitam este imperialismo
religioso, católico apostólico e, até há pouco tempo, anacronicamente romano!
Para o racionalismo dos não cristãos seria bem mais
fácil admitir que estes dois versículos do mais clerical dos evangelhos sejam
apenas uma mera e conveniente interpolação que o versículo 19 quase seguramente
é. Na verdade, este versículo terá sido copiado da parte final do evangelho de
João!
João, 20: 22 E, havendo dito
isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. 23 Àqueles
a quem perdoardes os pecados, lhes são perdoados; e, àqueles a quem os
retiverdes, lhes são retidos.
No entanto, se colocarmos o versículo 18 no final deste
capítulo acabamos por ficar com a impressão de que passa a fazer sentido e,
então, possa ser uma originalidade das memórias de Mateus, subtilmente
descontextoalizada pelos excessos de zelo dos defensores do papismo.
Na verdade o busilis do equívoco petrino aparece
precisamente na tradução para latim que começou mal na Vulgata logo na segunda
parte desta frase sibilina de Mateus, que normalmente costuma ser mais claro.
καγω δε σοι λεγω οτι συ ει
πετρος
et ego dico tibi quia
tu es Petrus
“Eu também te digo
que tu és Seixo (ou seja, a um segundo nível de conotação, “mesmo duro de
entendimento, ou teimoso como um calhau!”)...E aqui terá começado a alcunha de
Pedro (= sexo, calhau), que nada teve a ver com a sua esperteza saloia e
desastrada de Varajão ao ter sido o primeiro a desafiar a candidatura
messiânica de Jesus!
Pois bem, até aqui
tudo bem e de acordo com o esperado dum mestre zangado como Jesus que acabava
de chamar Satanás a Pedro, o advogado dos criminosos! Acontece que a versão
grega utiliza duas partículas copulativas kai...te (=e...também) que a Vulgata
traduziu por um único et latino!
και επι ταυτη
τη πετρα οικοδομησω μου την εκκλησιαν
et super hanc petram
aedificabo ecclesiam meam
E também sobre esta rocha (aqui) edificarei a minha
assembleia (= corte ou conselho privado). Obviamente que segundo os evangelhos Jesus
não escolheu nem ali nem naquele momento o seu conselho messiânico, mas poderia
bem ter sido uma altura oportuna para isso!
Houtos neut. tauta = I. demonstr. Pron. this,
Lat. hic, to designate the nearer of two things, opp. to ekeinos,
the more remote.
Assim, uma tradução literal do grego obriga a dar conta de
que na segunda parte Jesus se referia a uma rocha próxima dele em
contraponto com uma pedra mais afastada que seria Pedro, de quem
entretanto se afastara, o que não permite qualquer tipo de confusão!
Supostamente os clérigos que adoptaram Mateus a partir dos
Hebreus e ebionitas reescreveram-no assim.
Mateus – 16: 17 E
Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu,
Simão Barjonas, porque não foi carne
e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que
está nos céus. 18 Pois também
eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as
portas do inferno não prevalecerão contra ela. 19 E eu te darei as chaves do Reino dos céus, e tudo o
que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra
será desligado nos céus.
Porém no contexto dos sinópticos, se Mateus tivesse ouvido bem
e recordado melhor então teria escrito algo assim deste género:
E Jesus, respondendo, disse-lhe: maldito és tu, Simão
Barjonas, porque não foi meu Pai que está nos céus quem to
revelou mas Santanás.
***Pois Eu te digo que
tu és uma pedra (calhau)! Mas em
contra partida também (te digo que) é sobre esta pedra (angular, que sou
eu,) que edificarei a minha igreja.*** e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
O resto como foi
dito é uma mera confusão oportuna relativa ao que conta no 4º evangelho relativo
ao poder do exorcismo de todos os apóstolos:
Àqueles a quem perdoardes os
pecados, lhes são perdoados; e, àqueles a quem os retiverdes, lhes são retidos ou seja, e tudo o que vós ligares na terra será
ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.
Tal como o previsto na tradição bíblica anterior e na
posterior a rocha próxima de Jesus era ele próprio, a pedra angular com que
iria construir o templo da nova aliança que seria a futura Igreja, não como
obra de arquitectura mas como seu corpo místico.
João, 2: 18 Responderam, pois, os judeus e disseram-lhe: Que
sinal nos mostras para fazeres isso? 19 Jesus respondeu e disse-lhes: Derribai
este templo, e em três dias o levantarei. 20 Disseram, pois, os judeus: Em
quarenta e seis anos, foi edificado este templo, e tu o levantarás em três
dias? 21 Mas ele falava do templo do seu
corpo.
18: 57 E, levantando-se alguns,
testificavam falsamente contra ele, dizendo: 58 Nós ouvimos-lhe dizer: Eu
derribarei este templo, construído
por mãos de homens, e em três dias edificarei outro, não feito por mãos de
homens.
À conotação material das palavras Jesus começava a intuir o
lado formal da realidade que ira fazer as delícias da escolástica! Porém, os
exageros metafóricos do seu discurso, que quando tomados novamente à letra
vieram a ser pasto fértil dos delírios místicos e beatos de milénios de
cristianismo, viria a ser uma das causas da sua condenação à morte.
Na tradição do antigo testamento quem era Deus, ou o Senhor,
aparece em várias citações como a rocha firme de fortaleza e salvação e pedra
angular do templo. No novo testamento, que é o que agora mais interessa, é
apenas Jesus Cristo (o candidato a messias) que herda do Deus de Israel o
estatuto de pedra angular, que tanto S. Pedro, como S. Paulo confirmam!
Marcos, 12: 10 Ainda não lestes
esta Escritura: A pedra que os edificadores rejeitaram, esta foi posta como
pedra angular (Psalms 118:22); 11 isso foi feito pelo Senhor e é coisa
maravilhosa aos nossos olhos?
Actos 4: 8 Então, Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes
disse: (...) 11 Ele (Jesus Cristo, o Nazareno) é a pedra que foi
rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina.
Coríntios 1: 10 Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu,
como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um
como edifica sobre ele. 11 Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além
do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.
Efésios, 2: 20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos
profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; 21 no qual
todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor, 22 no qual
também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito.
I Pedro 4 E, chegando-vos para ele (o Senhor), a pedra
viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa,
5 vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio
santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus
Cristo. 6Como a Escritura o declara: Eis que ponho em Sião a principal pedra da construção, pedra de muito
valor, cuidadosamente escolhida. Quem nela crer não será decepcionado. 7Sim,
ele é, para vocês que crêem, algo de muito precioso; mas para os que o
rejeitam, então: A mesma pedra que foi rejeitada pelos construtores se tornou a
pedra principal do edifício. 8E as Escrituras dizem também noutra
parte: Ele é a pedra em que alguns
tropeçarão, e a rocha que os fará cair. Eles tropeçam porque não dão
ouvidos à palavra de Deus, nem lhe obedecem, e assim terão o fim para que foram
destinados.
Além de ser inegável que a tradição canónica registou
claramente que a pedra angular da Igreja é Jesus Cristo, também é incontornável que muita contradição
teria que haver para que esta pedra fosse Pedro que na sua própria primeira
carta declara e demonstra só poder ser Jesus Cristo. De qualquer modo a mensagem que o evangelho de
Mateus, possivelmente muito mal interpolado, quereria transmitir seria uma
oportuna advertência a Pedro para que não se metesse no caminho do mestre pois
seria este o alicerce da sua própria organização sacerdotal, cujos contornos estariam
ainda mal definidos antes da paixão!
A
verdade é que a declaração de Jesus "Eu construirei minha igreja"
significava: "Eu restaurarei minha congregação". Tiago declarou que
esta é a obra de Jesus: “Depois disto voltarei e reedificarei o tabernáculo de
Davi, que está caído; e reedificarei as suas ruínas, e irei levantá-lo.” 16).
Jesus foi um restaurador, não um inovador. Ele nunca teve a intenção de
destruir o que Deus havia moldado entre o povo judeu por séculos para que
pudesse começar algo totalmente diferente e completamente novo. Ele procurou
apenas restaurar a casa (congregação) de Davi que estava em ruínas. (…) A
liturgia da igreja primitiva era paralela à liturgia da sinagoga. As formas de
oração e louvor permaneceram consistentes com os padrões do judaísmo no qual
Jesus e os apóstolos expressaram sua fé. Jesus não estava procurando
estabelecer uma nova ordem; ele apenas trouxe uma nova aliança para o antigo
sistema de louvor, adoração e serviço de Deus. - Judaísmo bíblico.
- [19]
Mesmo que formalmente se conseguisse demonstrar o que não
foi demonstrada a respeito da primazia de Pedro, será sempre impossível inferir
que esta tenha tocado em herança ao bispado de Roma pela simples razão de que
nem sequer existem provas históricas bastantes de que este apóstolo tenha ali
estado alguma vez.
AS AREIAS MOVEDIÇAS
DAS PROVAS FUNDADORAS DO MITO PETRINO
A única evidência a partir dos textos canónicos limita-se à
epistolo de Pedro escrita da
Babilónia.
Capítulo 5: 22 Purificando a vossa alma na obediência à verdade, para amor fraternal, não fingida,
amai-vos ardentemente uns aos outros, com um coração puro; 23 sendo de novo
gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de
Deus, viva e que permanece para sempre.
Ora, embora a Babilónia do exílio judaico já haver sido destruída
pelos assírios a verdade é que voltou a ser reconstruída outra cidade com este mesmo
nome também junto ao Tigre mas perto do Eufrates e não muito longe do local
original.
É costume chamar o reino selêucida ao regime greco-macedónio. E, isso é
verdade, mas apenas na superfície. Depois que Alexandre o Grande conquistou a
Ásia, ele tornou a capital desse vasto domínio oriental a cidade da Babilónia. (...).
Ele assumiu esta região central da Babilónia e se proclamou rei da Babilónia.
Em pouco tempo, ele assumiu o controle de toda a Síria. E, por mais de 250
anos, ele e seus descendentes controlaram as áreas da Síria e da Mesopotâmia.
Carta
dirigida por el rey Agripa I al emperador Cayo Calígula en el 40, para tratar
de hacerle abandonar un proyecto alocado, el de erigir su estatua en el Templo
de Jerusalén. Agripa insiste en la importancia de Jerusalén para los judíos del
mundo entero: «Sobre la Ciudad Santa, debo decir lo que conviene. Esta ciudad,
como ya he dicho, es mi patria, pero también la capital, no sólo del territorio
de Judea, sino incluso de la mayor parte de otros territorios, a causa de las
colonias que ha enviado, según las épocas, a los países limítrofes: Egipto,
Fenicia, Siria y, especialmente, la llamada Cele-Siria; otras en regiones más
lejanas, Panfilia, Cilicia, la mayor parte de Asia hasta Bitinia y hasta lo más
profundo del Ponto; lo mismo en Europa, en Tesalia, Beocia, Macedonia, Etolia,
en Ática, en Argos, en Corinto, en la mayor parte de las mejores regiones del
Peloponeso. Y no son solamente los continentes los que se han llenado de
colonias judías, sino también las islas más famosas, la Eubea, Chipre, Creta. Y
no digo nada de las colonias más allá del Éufrates. Pues, con excepción de una
minima parte, Babilonia y, entre
las otras satrapías, todas las ciudades que poseen un territorio fértil en tomo
a ellas poseen habitantes judíos», Filón,
Legatio ad Caium 281-282 (trad. de A. Pelletier. París, 1972).
Capítulo 5: 12 Por Silvano, vosso fiel irmão, como cuido, escrevi
abreviadamente, exortando e testificando que esta é a verdadeira graça de Deus,
na qual estais firmes. 13 A vossa co-eleita em Babilónia
vos saúda, e meu filho Marcos. 14 Saudai-vos uns aos outros com ósculo de
caridade. Paz seja com todos vós que estais em Cristo Jesus. Amém!
-- 1 Pedro.
Além do autor desta carta não ter motivos para mentir também
é um facto que mal iria se recalcitrasse depois de ter feito o voto de
“obediência à verdade” logo no versículo 5: 22. Existindo na época uma cidade
com o nome da Babilónia a mentira e o engano seriam muito mais inadmissíveis na
época do que viriam a sê-lo mais tarde quando Eusébio de Cesareia inventou a
desculpa de que Pedro descreveu Roma de forma figurativa como sendo a
Babilónia. Mas, com que necessidade se a carta não contém nada que possa ser
ofensivo nem para Roma nem para Pedro? Porque é que teria que ser apenas esta
epístola incómoda que haveria de conter o nome de Roma de forma figurativa se
ainda existia a verdadeira Babilónia?
Mas a tradição popular cristã sempre soube que havia mesmo
uma babilónia junto do Eufrates porque a usou nas suas lendas beatas.
11. Simón el
Cananeo (¿el Zelote?) La invención le llegó tarde
a este chico. Todo lo que se cree de el es una belleza (crucifixión en Persia y hasta una
crucifixión a miles de kilómetros de distancia en el Reino Unido). Aunque lo más
aceptado fue que murió aserrado junto con Judas Lebeo. Según se cree, al entrar
a la ciudad de Suamir, fueron sorprendidos por los sacerdotes paganos del lugar
y, al negarse a adorar a sus dioses, fueron sentenciados a muerte. Al saber la
noticia el rey Acab de Babilonia llegó con sus soldados e invadió el lugar,
recogiendo los cuerpos de Judas Tadeo y Simón el Cananeo, llevándolos a la
ciudad de Babilonia. En
el año 800, el papa León III le presentó al rey cristiano Carlomagno un
conjunto de restos óseos, declarando que eran las reliquias de ambos santos,
que siglos antes los cristianos habían sacado secretamente de Babilonia y
habían llevado a Roma en
ocasión de que los musulmanes invadieron Babilonia. Carlomagno le creyó y
condujo los restos a la
Basílica de San Saturnino en Toulouse (Francia), donde son
venerados actualmente.
– [20]
Figura 5: Império Parto na sua máxima expansão, em finais do século I
a.C, com a cidade da Babilónia devidamente assinalada e muito mais perto de
Jerusalém do que Roma e por terra.
No século I Roma ainda era uma metrópole cosmopolita que só
viria a ter a fama da decadência muitos anos mais tarde, no final da dinastia
dos Césares. Mas, se mais provas faltassem valeria mesmo assim reparar na forma
como Flávio Josefo se refere, por exemplo, à satrapia da Babilónia no livro
XVIII das Guerras Judaicas.
[318] 2. Ora, o sátrapa da Babilónia, informado do assunto, queria
esmagá-los antes que o mal se tornasse mais sério. Reunindo o maior exército
possível de partos e babilónios, ele marchou contra eles com o objectivo de
surpreendê-los e removê-los com seu ataque, antes mesmo de ser anunciado que
estava preparando seu exército.
Quanto à Babilónia dos Partos, além de estar no auge deste
império helenista, trazia atrás de si os encantos lendários dos jardins
suspensos, todo o clamor bíblico da deportação dos judeus e gozava entre a
diáspora judaica, que aqui escreveu o seu mais importante Talmude, dos favores
que os persas haviam concedido à reconstrução do Templo de Jerusalém no tempo
de Dário.
Hallelu
Avdey Adonai, da edição desta semana
das Cantigas
da Judiaria, pertence à tradição
litúrgica dos judeus do Iraque, uma comunidade milenar, cuja origem remonta à
deportação das “Dez Tribos” que habitavam o Reino do Norte de Israel, no século
VIII AEC*. A população judaica da Babilónia – terra natal do Patriarca Abraão –
sofreu um aumento significativo, após a destruição do Primeiro Templo por
Nabucodonosor, com a deportação forçada de centenas de milhar de judeus, em 586
AEC. Mais tarde, a mesma comunidade receberia novos influxos de refugiados,
especialmente após a Judeia ter deixado de ser um estado independente, sob o
braço de ferro de Vespasiano e Tito, no ano 70, e depois do esmagamento da
revolta de Bar-Kochba, no ano 135. Devido às condições de tolerância relativa
em que viviam os judeus na Babilónia, a comunidade prosperou e por alturas da
destruição do Segundo Templo era já composta por cerca de um milhão de pessoas.
Culturalmente, os judeus da Babilónia rapidamente ultrapassaram os seus
congéneres que permaneceram na terra natal da Judeia. O Talmude da Babilónia (distinguindo-se do Talmude de Jerusalém) foi composto no seio desta comunidade e
continuamente ensinado em academias judaicas em Sura, Pumbeditha e Nehardea. Os
judeus da Babilónia dominaram cultural e religiosamente o mundo judaico até ao
século XI, altura em que a comunidade começou a entrar em declínio, eclipsada
agora pelos judeus da península Ibérica. -- Rua da Judiaria, Blog de Nuno guerreiro Josué.
Obviamente que Pedro terá ali estado antes da queda do
segundo Templo por causa das perseguições dos próprios judeus. A atestar o
facto de que ela ali esteve está Filipe nos seus actos apócrifos.
III. Feitos na Partia por Filipe. 80 Quando Filipe veio à Partia ele
encontrou numa cidade o apóstolo Pedro com discípulos, e disse: Eu rezo para
ter as tuas forças, que eu possa andar e possa orar como tu. 31 E eles rezaram
com ele. 32 E João (Marcos?) estava lá também, e disse a Filipe: André foi para
a Acaia e a Trácia, e Tomé para a Índia e para junto dos cáfres, e Mateus para
os selvagens trogloditas. E tu não sejas frouxo, pois Jesus está contigo. Então,
eles deixaram-no partir. -- [21]
A credibilidade deste texto apócrifo deriva da sua própria
origem ortodoxa.
No
such suspicion of unorthodoxy as - rightly or wrongly - attaches to four out of
the Five Acts, affects the Acts of Philip. If grotesque, it is yet a Catholic
novel. -- From "The Apocryphal New Testament", M.R. James-Translation
and Notes, Oxford:
Clarendon Press, 1924
De resto, a simplicidade e credibilidade descritiva deste
pequeno trecho dos actos de Filipe permitem-nos aceitar como contendo um fundo
de verdade histórica suportado por uma tradição idónea mais antiga sobre a qual
foi construída a actual novela do século IV.
É certo que o mesmo critério nos obrigaria a aceitar a
versão mais descaradamente imaginativa dos Actos de Pedro. No entanto, para o
caso, o simples facto de a ortodoxia ter aceite como fiável o facto de Pedro
ter estado na Pártia retira qualquer razão para aceitar a tese de Eusébio de
que a Babilónia da primeira epístola de Pedro era uma figura de retórica.
A Babilônia deve aqui ser
identificado com a capital romana; Tanto
a Babilônia em ruínas no Eufrates como a Nova Babilónia (Seleucia) no Tigris,
ou a Babilónia egípcia perto de Menfis (Alexandria?), ou Jerusalém não podem
ser aceites, a referência deve ser a Roma, a única cidade que é chamada
Babilónia em outros lugares da literatura antiga Cristã (apocalipse 17:5;
18:10; "Oracula de Sibila"., V, versos 143 e 159, ed. Geffcken,
Leipzig, 1902, 111).
Segundo os teólogos ortodoxos a Babilónia de Pedro deve ser
preterida a toas as outras que tiveram este nome a favor de Roma, que sempre
teve nome próprio famoso, porque...os ortodoxos assim o querem!
Porém, o facto de ter havido mais que uma Babilónia no
primeiro século só nos permite avolumar incertezas quanto ao papel probatório
da 1ª epístola de Pedro. Os mesmos critérios serviriam para Alexandria ou mesmo
Antioquia até porque os primeiros cristãos viviam mais preocupados com o que se
passava nas grandes magalópolis helenistas orientais do que com Roma de recente
emergência e que os judeus desde os Macabeus até Tito tendiam a tomar mais como
protecção contra os gregos do que como capital de todos os males do mundo! “Antioquia,
a bela rainha do Oriente", devido às riquezas arquitectónicas que a
embelezavam com estética grega e um luxo asiático era também uma das mais
sórdidas e depravadas cidades, como todas as metrópoles da época. O culto a
Astarote era tão indecente que Constantino o aboliu com manu militaris.
Obviamente que depois de Nero as coisas começaram a mudar
mas como a nível global as mentalidades demoravam séculos a alterar-se é bem
possível que Roma só tenha começado a ser diabolizada pelos cristãos depois de Diocleciano,
sobretudo porque se começou a encher de hereges de todo o tipo e de diversas
partes do império aproveitando-se das baixas que a apostasia e o martírio
tinham provocado na Igreja. Nos primeiros tempos Roma era sobretudo uma
diáspora judaica com uma grande comunidade de essénicos e nazorenos pois de
outro modo não se entenderia a razão para o cristianismo romano já ser famoso
no tempo de Paulo.
Por que o nome da cidade foi alterado no primeiro
século é uma questão controversa. Uma visão parece ser que o nome, Babilónia, é
derivado de uma corrupção do antigo egípcio per-hapi-n-On, que significa a Casa
do Nilo de On, que era o que os egípcios anteriores chamavam de Ilha Roda. Mas
acredita-se que tenha havido um assentamento anterior neste local, e Diodorus
nos diz que este assentamento foi povoado por prisioneiros que Sesostris
comprou da cidade mesopotâmica de Babilónia, que lhe deu o nome de sua própria
cidade. Quando Estrabão visitou Heliópolis, ele observou que, "Indo mais alto rio acima, você chega à Babilónia, uma fortaleza onde
vários babilónios se rebelaram e, após negociações, obtiveram a permissão dos
reis para se estabelecerem. Hoje, porém, é a cidade-guarnição de uma das três
legiões estacionadas no Egipto".[22]
Per-hapi-n-On > Wer-awi-on > Belabion > Bebalion > Babilon.
> Albion.
No entanto, a tradição tardia de Pedro como primeiro bispo
de Roma é fácil de rebater porque pela ordem natural das coisas, sujeitas aos
limites da geografia, Pedro esteve primeiro em Antioquia e se foi a Roma já lá
encontrou uma igreja como Paulo o constatou na sua epístola aos romanos e a
ingenuidade anacrónica dos actos de Pedro o sugerem. Se o primeiro evangelho a
ser escrito foi de Marcos e este foi escrito de acordo com a pregação de Pedro
como podia este ser lido antes de a sua pregação ter começado?
7 A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados
santos: Graça e paz de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. 8
Primeiramente dou graças ao meu Deus por Jesus Cristo, acerca de vós todos, porque a vossa fé é conhecida (famosa)
em todo o mundo. --- Romanos 1: 7-8
E Pedro entrou no triclíneo e viu que o Evangelho estava sendo lido,
e ele então enrolou o livro e disse:
Ei, Homens que acreditam e esperam em Cristo, aprendei de que maneira que as
Santas Escrituras de Nosso Senhor devem ser declaradas: ai onde de nós, pela
sua graça, escrevemos que nós poderíamos receber, mesmo parecendo-vos pouco,
contudo de acordo com o nosso poder, até mesmo o que pode ser suportado para
nascer da carne humana. -- Actos de
Pedro.
Assim, como a primazia pressupõe o conceito de prioridade,
mesmo aceitando como histórica parte do que é lenda, a primazia apostólica de
Pedro deveria ser dada à Igreja de Antioquia e não à de Roma porque a primazia
espiritual do cristianismo sempre foi Jerusalém tanto de facto como de direito.
Dito de outro modo, mesmo que o primeiro bispo de Roma tivesse sido Pedro (o
que a carta da Babilónia mais confunde do que esclarece!) a verdade é que Roma
não foi a primeira cátedra de Pedro mas Antioquia!
The later tradition, which existed as early as the end of the second
century (Origen, "Hom. vi in Lucam"; Eusebius, "Hist.
Eccl.", III, xxxvi), that Peter founded the Church of Antioch, indicates
the fact that he laboured a long period there, and also perhaps that he dwelt
there towards the end of his life and then appointed Evodrius, the first of the
line of Antiochian bishops, head of the community. This latter view would
best explain the tradition referring the foundation of the Church of Antioch
to St. Peter.
The Church
of Antioch was also fully
organized almost from the beginning. It was one of the few original churches
which preserved complete the catalogue of its bishops. The first of these
bishops, Evodius, reaches back to the Apostolic age. At a very
early date the Christian community of Antioch became the central point of all
the Christian interests in the East. After the fall of Jerusalem (A. D. 70) it was the real
metropolis of Christianity in those countries. – Catholic Encyclopedia.
Por outro lado, é bem possível que os apóstolos nunca se
tivessem considerado bispos mas apenas Apóstolos, iniciadores de infindáveis
presbíteros e criadores de múltiplas igrejas e, logo, fundadores de vários
bispados! Como Paulo esteve em Roma canonicamente muito primeiro que Pedro,
este só não foi considerado seu primeiro bispo porque este apóstolo foi sempre
mal visto pelos primeiros cristãos! Os argumentos católicos para a construção
do mito da sede de Pedro no Vaticano são frouxos e facilmente rebatíveis.
1º Argumento:
18 Na verdade, na verdade te
digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo e andavas por onde
querias: mas, quando já fores velho,
estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde tu não queiras.
19 E disse isso significando com que morte havia ele de glorificar a Deus. E,
dito isso, disse-lhe: Segue-me. (João 21:18-19)
A prova profética do 4º evangelho, não passa dum lugar-comum
de sabedoria de vida, já presente nos livros bíblicos de sabedoria, e pode
aplicar-se a qualquer ser humano em estado de grande dependência por velhice e
a qualquer lugar onde Pedro tenha sido líder, e o mais seguro é que tenha sido
em Antioquia e não em Roma.
2º Argumento:
Es un hecho histórico indisputablemente establecido (¿??) que San
Pedro trabajó en
Roma durante la última parte de su vida y finalizó su vida terrenal por el
martirio. En
cuanto a la duración de su actividad Apostólica en la capital Romana, la continuidad o no
de su residencia allí, los detalles y éxito de sus trabajos y la cronología de
su arribo y de su muerte, todas estas cuestiones son inciertas y pueden
resolverse solamente mediante hipótesis más o menos bien fundadas. El hecho esencial
es que Pedro murió en
Roma: esto constituye el fundamento histórico del reclamo de los Obispos de
Roma sobre el Primado Apostólico de Pedro.
Se os católicos tivessem um pingo de honestidade intelectual
veriam que estão a argumentar ao contrário! Na verdade e só e apenas por causa
do primado papal que se defende a morte de S. Pedro em Roma e isto só e apenas
porque Roma era a capital do império porque qualquer lógica elementar faria
pensar que antes de Pedro o primado foi de Tiago e que antes de qualquer outra
cidade a primazia esteve em Jerusalém.
Se a morte dá primazia deve ser dada ao local da morte do
seu fundador e seria também em Jerusalém que ela deveria residir porque até
prova em contrário também aqui a morte de Jesus a menos que os católicos não
atribuam a Jesus a fundação da Igreja e aos apóstolos os seus primeiros bispos.
Obviamente que a presença ou não de Pedro em Roma não prova nada em termos da
legitimidade hierárquica do papado quando estamos a pensar apenas em termos de
autoridade eclesiástica porque a história demonstra que foi Tiago e não Pedro
quem sucedeu a Jesus à cabeça da Igreja.
Tudo o resto é e pura e vergonhosa falácia fundada em meras
e vagas opiniões e ficções.
3º Argumento:
La residencia y la muerte de San Pedro en Roma son establecidas más allá de toda
disputa como hechos históricos por una serie de claros testimonios (***), que se extienden desde el final del
primer siglo hasta el final del segundo, proviniendo de varios países.
Que el modo y, por ende, el lugar de su muerte hayan sido conocidos en
círculos Cristianos muy extendidos hacia el final del siglo primero, resulta
claro a partir de la observación introducida en el Evangelio de San Juan,
respecto de la profecía de Cristo sobre que Pedro le estaba ligado a Él y sería
conducido adonde no quisiera -- "Con esto indicaba la clase de muerte con
que iba a glorificar a Dios" (Juan, xxi, 18-19, ver arriba). Tal
observación presupone el conocimiento de la muerte de Pedro por los lectores
del Cuarto Evangelio.
Obviamente que esta prova nem em tribunal civil entraria
quanto mais no tribunal da razão! De resto, o estilo do comentário é o de uma
típica interpolação piedosa das que sugerem o que nunca lá esteve sem
arriscarem o pecado de dizer o que quer que seja. Disto de outro modo, o
copista que procurou deixar um indício para o que já seria corrente a respeito
da vacuidade da fundamentação evangélica do primado de Roma tentou introduzir sub-repticiamente
aqui uma prova que, a ser clara seria falsa e logo mortalmente pecaminosa, pelo
que o copista se ficou pelo pecado venial da mera sugestão opinativa!
4º Argumento:
La Primera
Epístola de San Pedro fue escrita casi indudablemente en Roma, dado que el saludo
final reza: "Os saluda la (iglesia) que está en Babilonia, elegida como vosotros, así
como mi hijo Marcos" (v, 13). Babilonia debe ser identificada aquí como la
capital Romana, desde que no puede referirse a Babilonia sobre el Eufrates, que
yacía en
ruinas o a la Nueva
Babilonia (Seleucia) sobre el Tigris, o a la Babilonia Egipcia
cerca de Menfis, o a Jerusalén, debe referirse a Roma, la única ciudad que es
llamada Babilonia en
otra parte por la antigua literatura Cristiana (Apoc., xvii, 5; xviii, 10;
"Oracula Sibyl.", V, versos 143 y 159, ed. Geffcken, Leipzig, 1902, 111).
Já rebatida! Além de dever notar-se que a Babilónia existia
na Partia e os Actos dizerem que Pedro lá esteve de facto, deve realçar-se que
Roma só deu motivos para ser considerada pelos judeus e cristãos uma nova
Babilónia depois da queda de Jerusalém à mãos de Tito, época em que muitos
judeus e cristãos foram deportados como escravos para a capital do império e,
obviamente Pedro teria morrido antes a menos que a lenda da sua morte derive da
de Simão Barjoira, mas, neste caso, Pedro estaria de tal modo agrilhoado que
não poderia ter escrito nada!
5º Argumento:
A partir del Obispo Papias de Hierápolis y de Clemente de Alejandría,
ambos quienes apelan al testimonio de los antiguos presbíteros (i.e., los
discípulos de los Apóstoles), conocemos que Marcos escribió su Evangelio en Roma a pedido de los
Cristianos Romanos, que deseaban un memorial escrito de la doctrina predicada a
ellos por San Pedro y sus discípulos (Eusebio, "Hist. Eccl.", II, xv;
III, xi; VI, xiv); esto es confirmado por Irineo (Adv. haer., III, i). En conexión con esta
información relativa al Evangelio de San Marcos, Eusebio, fiándose quizá de una fuente anterior, dice que Pedro en su Primera Epístola
describió a Roma en
forma figurada como a Babilonia.
Que Marcos tenha ou não escrito o evangelho a pedido dos
cristãos de Roma é questão de somenos que afinal nem tem assim tanto de
inacreditável se pensarmos que Roma passou a ditar ordem ao mundo depois da
queda de Jerusalém. O sub-mundo cristão foi a reboque da onda, como é de regra
e dos sinais dos tempos! Que o tenha escrito em Roma é que já é questionado
mesmo entre os próprios cristãos. Afinal Marcos o mais provável é que estaria
nesta altura em Éfeso (como João, o presbítero e onde nem Papias o reconheceu
como Marcos) numa total clandestinidade seguramente por causa das perseguições
que se seguiram à queda de Jerusalém. Coma a cabeça a prémio por ter comandado
a resistência de Massada, na qualidade de Lázaro de Jairo, teria poucos motivos
para se expor em Roma onde Simão Barjoinas foi triunfalmente morto. Obviamente
que o testemunho de Eusébio, o maior falsário da história, nem sequer é preciso
pois se limita a atribuir a Pedro o uso figurado do nome da Babilónia sem ter
perguntado ao próprio Pedro se era tal a sua intenção nem de indagar se eram
esses os usos de Pedro e dos primeiros cristãos que andavam com ele. Na verdade
Marcos, se tal fosse a regra, quando se refere a “dar a César o que é César”,
cauteloso como era, deveria ter dito em vez de César, rei da Babilónia!
6º Argumento:
Otro testimonio sobre el martirio de Pedro
y Pablo es proporcionado por Clemente de Roma en su Epístola a los Corintios (escrita
alrededor del A.D. 95-97), donde afirma (v): "Mediante el ardor y la
astucia, los mayores y más rectos sustentos [de la Iglesia] han sufrido la
persecución y han sido guerreados hasta la muerte. Coloquemos ante nuestra
mirada a los buenos Apóstoles - San Pedro, quien a consecuencia de un injusto
ardor sufrió, no uno o dos, sino numerosos agravios y, habiendo dado así
testimonio (martyresas), ha ingresado al merecido lugar de gloria".
Después menciona a Pablo y un número de elegidos, que estaban reunidos con los
otros y sufrieron el martirio "entre nosotros" (en hemin, i.e., entre los
Romanos, sentido que la expresión también tiene en el capítulo iv). Indudablemente habla,
como lo prueba el párrafo completo, de la persecución Nerónica, refiriendo de
esa manera el martirio de Pedro y Pablo a esa época.
Na verdade o testemunho de Clemente é apenas este: “Ali estava Pedro que, por causa de um ciúme
injusto, teve que sofrer, não uma ou duas, mas muitos trabalhos e labutas, e
tendo dado seu testemunho, ele foi para o lugar de glória que lhe foi
designado..” Quem pode inferir daqui o que quer que seja de claro em
termos de tempo, modo e lugar a respeito da morte de Pedro?
7º Argumento:
En su carta
escrita a comienzos del siglo segundo (antes del 117), mientras era llevado a
Roma para ser martirizado, el venerable Obispo Ignacio de Antioquía procura por
todos los medios refrenar a los Cristianos Romanos de pugnar por lograr el
perdón para él, señalando: "Ninguna
cosa les mando, como Pedro y Pablo: ellos eran Apóstoles, mientras que yo soy
sólo un cautivo" (Ad. Rom., iv). El significado de esta expresión debe
ser, que los dos Apóstoles trabajaron personalmente en Roma, predicando allí el
Evangelio con autoridad Apostólica.
Este argumento é de facto dos mais inacreditáveis! Primeiro
porque apenas prova que Pedro mandava com Paulo, o que começa a por em questão
o primado de Pedro que ou seria bicéfalo ou não existiria simplesmente! Depois
porque para mandar não é preciso estar junto pois neste caso o Papa só mandaria
em Roma. Terceiro,
porque sendo Inácio um bispo de Antioquia, supostamente o primeiro bispado
apostólico de Pedro, só estaria a dizer o óbvio, que teria mandado de lá, mas
seguramente por subdelegação de Jerusalém ou então à revelia da hierarquia que
então existia, o que seria uma sugestão de que Roma tem pouca credibilidade
moral para negar outras rebeldias passadas, presentes e futuras!
8º Argumento:
El Obispo Dionisio de Corinto en su carta a la Iglesia Romana en tiempos del Papa Sotero
(165-74), dice: "Por lo tanto, usted mediante su urgente exhortación ha
ligado muy estrechamente la siembra de
Pedro y Pablo en
Roma y en
Corinto. Pues ambos plantaron la semilla del Evangelio también en Corinto y juntos nos instruyeron, tal como en forma similar enseñaron
en el mismo
lugar de Italia y sufrieron el martirio al mismo tiempo" (En Eusebio, "Hist. Eccl.", II, xxviii).
Esta citação, que parecia ser o primeiro indício histórico
da estadia de Pedro em Roma, começa a esmorecer em brilho ao ser uma citação de
Eusébio, o grande falsário da história. Obviamente que depois de juntos
nos instruyeron a frase é suspeita de pura falsificação e, até ai, o
bispo de corinto apenas diz o que os Actos referem. Que as sementes de Pedro e
Paulo chegaram a todo o lado, mas Paulo é o único nos Actos a ter arranjado um
estratagema para ir a Roma a coberto da sua cidadania romana! Pedro, o perigoso
zelota, procurado tanto por romanos como judeus, teria sido morto seguramente
pelo caminho!
9º Argumento:
Irineo de Lyon, un nativo del
Asia Menor y discípulo de Policarpo de Esmirna (un discípulo de San Juan), pasó
un tiempo considerable en
Roma poco después de la mitad del Siglo II y luego siguió a Lyon, donde devino
Obispo en
el 177; describió a la
Iglesia Romana como la más destacada y principal conservadora
de la tradición Apostólica, como "la más grande y más antigua iglesia,
conocida por todos, fundada y organizada en Roma por los dos más gloriosos
Apóstoles, Pedro y Pablo" (Adv. haer., III, iii; cf. III, i). De este
modo apela al hecho, conocido y reconocido universalmente, de la actividad
Apostólica de Pedro y Pablo en
Roma, para hallar en
ello una prueba de la tradición en
contra de los herejes.
Obviamente que já se suspeitava que foi Ireneu de Lião que
começou a confusão que ficou rebatida atrás com uma cautelosa tradução do seu
texto latino incito no III livro Contra los Herejes. A partir
daqui começam as lendas e tradições inventadas por Eusébio e Ireneu quando
começou a ser construída a ortodoxia clerical como reacção dos relapsos ao
controle que o povo cristão até ai detinha na nomeação dos bispos e
presbíteros. Ver acima o que ficou dito e rebatido sobre esta questão.
10º Argumento:
En sus
"Hypotyposes" (Eusebio, "Hist. Eccl.", IV, xiv), Clemente
de Alejandría, maestro en
la escuela de catequesis de esa ciudad desde alrededor del año 190, afirma con
la fuerza de la tradición de los presbíteros: "Después que Pedro hubo anunciado
la Palabra de
Dios en
Roma y predicado el Evangelio en
el espíritu de Dios, la multitud de los oyentes pidió a Marcos, que había
acompañado extensamente a Pedro en
todos su viajes, que escriba lo que los Apóstoles les habían predicado"
(ver arriba).
Como Irineo, Tertuliano apela en sus escritos contra los herejes a la
prueba aportada por las labores Apostólicas de Pedro y Pablo en Roma acerca de
la veracidad de la tradición eclesiástica. En "De Praescriptione",
xxxv, dice: "Si están cerca de Italia, tienen a Roma, en donde la
autoridad está siempre a mano. Qué afortunada es esta Iglesia para la cual los
Apóstoles han volcado toda su enseñanza con su sangre, donde Pedro ha emulado la Pasión del Señor y donde
Pablo ha sido coronado con la muerte de Juan" (el Bautista). En
"Scorpiace", xv, él también habla de la crucifixión de Pedro.
"El retoño de fe ensangrentado primero por Nerón en Roma. Allí Pedro fue
ceñido por otro, dado que fue ligado a la cruz". Como una ilustración de la
falta de importancia sobre qué agua se utiliza para administrar el bautismo,
sostiene en su libro ("Sobre el Bautismo", cap. v) que no hay
"ninguna diferencia entre aquélla con la que Juan bautizó en el Jordán y
aquélla con la que Pedro bautizó en el Tiber"; y contra Marcion apela al
testimonio de los Cristianos de Roma, "a quienes Pedro y Pablo han legado
el Evangelio, sellado con su sangre" (Adv. Marc., IV, v).
En oposición a este testimonio claro y unánime de la temprana
Cristiandad, unos pocos historiadores Protestantes en tiempos recientes han
tratado de descartar como legendaria la residencia y muerte de Pedro en Roma. Estos intentos han resultado un completo
fracaso. Se aseveraba que la tradición respecto de la residencia de
Pedro en Roma se inició primero en los círculos Ebionitas y formaba parte de la Leyenda de Simón el Mago,
en la que Pablo es enfrentado por Pedro como un falso Apóstol debajo de Simón;
al tiempo que esta pelea fuera transplantada a Roma, también surgió en fecha
temprana la leyenda de la actividad de Pedro en esa capital (así en Baur,
"Paulus", 2da ed., 245 sqq., seguida por Hase y especialmente
Lipsius, "Die quellen der romischen Petrussage", Kiel, 1872). Pero
esta hipótesis se ha visto fundamentalmente insostenible por el carácter íntegro
y la importancia puramente local del Ebionitismo, siendo refutada directamente
por los antedichos testimonios genuinos y enteramente independientes, que son
de al menos una antigüedad similar. Más aún, ha sido enteramente abandonado por
historiadores Protestantes serios (cf., e.g., los comentarios de Harnack en
"Gesch. der altchristl. Literatur", II, i, 244, n. 2).
Un más reciente intento de demostrar que San Pedro fue martirizado en
Jerusalén fue realizado por Erbes (Zeitschr. fur Kirchengesch., 1901, pp. 1
sqq., 161 sqq.). Él apela a los apócrifos Hechos de San Pedro, en los que dos
Romanos, Albino y Agripa, son mencionados como perseguidores de los Apóstoles.
A éstos identifica como Albino, Procurador de Judea y sucesor de Festus, y a
Agripa II, Príncipe de Galilea, de donde llega a la conclusión que Pedro fue
condenado a muerte y sacrificado por el Procurador de Jerusalén. Lo
insostenible de esta hipótesis se hace inmediatamente visible por el mero hecho
que nuestro más antiguo testimonio definido sobre la muerte de Pedro en Roma
antedata por mucho los Hechos apócrifos; además, nunca en toda la extensión de
la antigua Cristiandad se ha sido designada otra ciudad fuera de Roma como el
lugar del martirio de los Santos Pedro y Pablo.
Aunque la actividad y muerte de San Pedro en Roma sea tan claramente
establecida, no tenemos información precisa sobre los detalles de su
estancia Romana. Las narraciones contenidas en la literatura apócrifa
del siglo segundo, sobre la supuesta contienda entre Pedro y Simón el Mago,
pertenecen al dominio de la leyenda.
De lo ya dicho sobre el origen del Evangelio de San Marcos, podemos
deducir que Pedro trabajó durante un largo período en Roma. Esta conclusión es
avalada por la voz unánime de la tradición, que desde la segunda mitad del
siglo segundo designa al Príncipe de los Apóstoles como fundador de la Iglesia Romana. Se
sostiene ampliamente que Pedro hizo una primera visita a Roma luego de ser
milagrosamente liberado de la prisión en Jerusalén; que Lucas se refería a Roma
por "otro lugar", pero omitió el nombre por razones especiales. No
es imposible que Pedro haya realizado un viaje de misión a Roma alrededor de
esta época (después del 42 AD), pero este viaje no puede ser establecido con
certeza. De cualquier forma, no podemos, en apoyo de esta teoría, apelar a
las notas cronológicas de Eusebio y Jerónimo, dado que, aún cuando estas notas
se retrotraen a las crónicas del siglo tercero, no son tradiciones de antiguo
sino el resultado de cálculos basados en las listas episcopales. En la lista de
obispos de Roma que data del siglo segundo, se introdujo en el siglo tercero
(como sabemos por Eusebio y la "Cronografía de 354") la nota sobre
veinticinco años de pontificado de San Pedro, pero no podemos rastrear su
origen. Este agregado, en consecuencia, no sustenta la hipótesis de una
vista de San Pedro a Roma luego de su liberación de la prisión (alrededor del
42). Por lo tanto, podemos admitir solamente la posibilidad de una visita tan
anterior a la capital. El año 67 también es avalado por la afirmación
aceptada al igual por Eusebio y Jerónimo, sobre que Pedro fue a Roma en el
reinado del Emperador Claudio (según Jerónimo, en el 42), así como por la
tradición antedicha de los veinticinco años de episcopado de Pedro (cf.
Bartolini, "Sopra l'anno 67 se fosse quello del martirio dei gloriosi
Apostoli", Roma, 1868). Una versión distinta es provista por la
"Cronografía de 354" (ed. Duchesne, "Liber Pontificalis",
I, 1 sqq.). Ésta refiere el arribo de San Pedro en Roma al año 30, y su muerte
como la de San Pablo al año 55. Duchesne ha mostrado que las fechas en la
"Cronografía" fueron insertadas en una lista de los Papas que
contiene solamente sus nombres y la duración de sus pontificados, de donde,
bajo la suposición cronológica de ser el año de la muerte de Cristo el 29, se
insertó el año 30 como el comienzo del pontificado de Pedro y su muerte
referida al 55 sobre la base de los veinticinco años de pontificado (op. cit.,
introd., vi sqq.). Esta fecha, sin embargo, ha sido defendida recientemente por
Kellner ("Jesus von Nazareth u. seine Apostel im Rahmen der
Zeitgeschichte", Ratisbon, 1908; "Tradition geschichtl. Bearbeitung
u. Legende in der Chronologie des apostol. Zeitalters", Bonn, 1909). Otros
historiadores han aceptado el año 65 (e. g., Bianchini, en su edición del
"Liber Pontilicalis" en P. L.. CXXVII. 435 sqq.) o el 66 (e. g.
Foggini, "De romani b. Petri itinere et episcopatu", Florencia, 1741;
también Tillemont). Harnack procuró establecer el año 64 (i . e . el comienzo
de la persecución Neroniana) como el de la muerte de Pedro ("Gesch. der
altchristl. Lit. bis Eusebius", pt. II, "Die Chronologie", I,
240 sqq.). Esta fecha, que ya había sido sustentada por Cave, du Pin y Wiesler,
ha sido aceptada por Duchesne (Hist. ancienne de l'eglise, I, 64). Erbes
refiere la muerte de San Pedro al 22 febrero de 63 y la de San Pablo a 64
("Texte u. Untersuchungen", nueva serie, IV, i, Leipzig, 1900,
"Die Todestage der Apostel Petrus u. Paulus u. ihe rom. Denkmaeler").
Por ende la fecha de la muerte de Pedro no ha sido decidida aún; el período
entre julio de 64 (inicio de la persecución Neroniana) y comienzos de 68 (el 9
de julio Nerón huyó de Roma y se suicidó) debe dejarse abierto para la fecha de
su muerte. El día de su martirio también se desconoce; 29 de junio, el día
aceptado de su fiesta desde el siglo cuarto, no puede ser probado como el día
de su muerte (ver abajo).
Con respecto a la forma en que Pedro murió, contamos con la
tradición-atestiguada por Tertuliano a fines del siglo segundo (ver arriba) y
por Orígenes (en Eusebio, "Hist. Eccl.", II, i) - sobre que sufrió
crucifixión. Orígenes sostiene que: "Pedro fue crucificado en Roma con su
cabeza hacia abajo, como él mismo había deseado sufrir".
Como el lugar de la ejecución pueden
muy probablemente aceptarse los Jardines Neronianos en el Vaticano, dado
que según Tácito allí se representaban en general las horrendas escenas de la
persecución Neroniana; y en este distrito, en la vecindad de la Vía Cornelia y al pié
de las Colinas Vaticanas, el Príncipe de los Apóstoles halló su sepultura.
It should be observed,
however, that the tradition that he (Piter) visited Rome is only tradition and
nothing more, resting as it does partly upon a miscalculation of some of the early
Fathers, "who assume that he went to Rome in 42 AD, immediately after his
deliverance from prison" (compare Acts 11:17). Schaff says this
"is irreconcilable with the silence of Scripture, and even with the mere
fact of Paul's Epistle to the Romans, written in 58, since the latter says not
a word of Peter's previous labors in that city, and he himself never built on
other men's foundations" (Romans 15:20; 2 Corinthians 10:15,16).
E a tradição é de facto vaga ou meramente lendária e
altamente suspeita de parcialidade e centralismo imperial romano!
La
tradition de l'Église attribue à Pierre la direction de l'Église d'Antioche.
Premier évêque de cette ville, une fête de «la chaire de saint Pierre à
Antioche» est célébrée le 22 février depuis le IVe siècle. Il serait resté sept
ans à Antioche. Le séjour de Pierre à Rome est attesté par la Première épître de Pierre:
«L’Église des élus qui est à Babylone vous salue, ainsi que Marc, mon fils. »
(1 P 5, 13) sous réserve d'admettre
que le mot Babylone désigne de façon péjorative Rome en tant que
ville corrompue et idolâtre, image familière aux lecteurs de la Bible. Il faut cependant noter que Babylone existait toujours
à l'époque et, bien qu'elle avait perdu sa splendeur passée, elle était un
centre important du judaïsme. Marc, qui est cité dans le verset, est
l'auteur du deuxième évangile et a été l'interprète fidèle de Pierre, d'après Jean le Presbytre cité par
Eusèbe de Césarée [4] Plusieurs textes antiques font allusion au martyre de
Pierre, ainsi qu'à celui de Paul, qui se seraient produits lors des
persécutions ordonnées par Néron. Le plus ancien de ces textes, la Lettre aux corinthiens de
Clément de Rome datée de 96, ne cite pas explicitement de lieu, même s'il y
a diverses raisons pour penser qu'il s'agit de Rome. Une vingtaine d'années
plus tard, une lettre d'Ignace d'Antioche aux chrétiens de Rome comporte ces mots:
«Je ne vous donne pas des ordres comme
Pierre et Paul».
Como é óbvio esta afirmação nada prova a respeito da presença
de Pedro em Roma porque os papas dão ordens urbi
et orbi sem terem que estar em todo o lado e, no caso, apenas nos fica a
suspeita de que a Igreja de Roma ainda estaria sobre a dependência da de
Antioquia, esta sim fundada e dirigida por Pedro!
Le
22 février, la Tradition
fête le premier siège épiscopal de Pierre. C'est dans cette ville du
Moyen-Orient, à cette époque troisième grande ville de l’empire romain après
Rome et Alexandrie, que Pierre ouvre son apostolat vers les gentils. La Tradition y voit aussi
le lien intrinsèque qu'il y a entre les Églises latines et orientales. La fête
de la chaire de saint Pierre est très ancienne, étant attestée avec certitude à
Rome au IVe siècle[21]. Pour autant, ce n'est qu'au XVIe siècle que la
«titularisation» du siège est effectuée, avec l'apparition de la deuxième fête
en l'honneur du siège pétrinien.
Outras lendas são ainda mais inventivas e vagas!
Cayo, el Romano que vivió en Roma en tiempos del Papa Ceferino
(198-217), escribió en su "Diálogo con Proclus" (en Eusebio,
"Hist. Eccl", II, xxviii) dirigido en contra de los Montanistas:
"Pero yo puedo mostrar los trofeos de los Apóstoles. Si tienen a bien ir
al Vaticano o al camino a Ostia, hallarán los trofeos de aquéllos que han
fundado esta Iglesia". Por trofeos (tropaia) Eusebio
entiende las tumbas de los Apóstoles, pero su óptica es confrontada por
investigadores modernos que consideran que se refiere al lugar de la ejecución.
Para nuestro propósito no es importante cuál opinión es correcta, pues el
testimonio retiene su valor total en ambos casos. De cualquier modo, los
lugares de ejecución y de entierro de ambos estaban próximos; San Pedro, que
fue ejecutado en el Vaticano, recibió también allí su sepultura. Eusebio se
refiere también a "la inscripción de los nombres de Pedro y Pablo, que han
sido preservados hasta hoy allí en las sepulturas" (en Roma).
Infelizmente a citação do tal Proculos omite o nome dos troféus
fundadores e Eusébio extrapola para Pedro
& Paulo com uma “petição de princípios” ascende apenas na sua própria
convicção quod erat demonstrandum. De
resto, o nome de Pedro & Paulo como
fundadores da Igreja de Roma mais não são do que uma espécie de tradução em
onomástica cristã dos fundadores míticos de Roma, Rómulo & Remo. Paulo tê-lo-á sido certamente a fazer fé em
Lucas mas foi pena que este não tivesse dado conta da presença de ambos em
Roma!
Eusèbe
rapporte aussi les témoignages de Denys de Corinthe[8] et de Zéphyrin de
Rome[9]. Clément de Rome affirme que son martyre serait dû à une «injuste
jalousie» et à la dissension entre les membres de la communauté chrétienne[10]:
Il y eut vraisemblablement dénonciation. Selon un apocryphe, les Actes de
Pierre, il aurait été crucifié la tête vers le sol[11].
Tomado de Eusebio. Historia de la Iglesia. Paul L.
Maier. Pág. 85 II.25…Se cuenta que durante su reinado [de Nerón] Pablo fue
decapitado en la misma Roma, y que Pedro fue también crucificado, y los
cementerios allá designados por los nombres de Pedro y Pablo confirman este
registro.
Tomado de Eusebio. Historia de la Iglesia. Paul L.
Maier. Pág. 217 VI.14.En los mismos libros, Clemente ha incluido una tradición
de los más antiguos ancianos tocante al orden de los Evangelios, esto es, que
los que dan las genealogías fueron escritos en primer lugar, y que el de Marcos
se originó de la siguiente manera. Cuando por el Espíritu Pedro hubo proclamado
públicamente el evangelio en Roma, sus muchos oyentes apremiaron a Marcos, como
uno que le había seguido durante años y que recordaba lo que había sido dicho,
para que lo registrara por escrito. Así lo hizo y dio copias a todos los que
pidieron…
XXXVI.2..Pero si te encuentras cerca de Italia, tienes Roma, de donde
también para nosotros está pronta la autoridad [de los apóstoles]. 3 Qué feliz
es esta Iglesia a la que los Apóstoles dieron, con su sangre, toda la doctrina,
donde Pedro es Igualado a la pasión del Señor, donde Pablo es coronado con la muerte
de Juan [Bautista], donde el apóstol Juan, después que, echado en aceite
rusiente, no sufrió ningún daño, es relegado a una isla. -- Tertuliano.
“Prescripciones contra todas las herejías”. Salvador Vicastillo. Editorial
Ciudad Nueva. Pag. 271
Lendas e mais lendas que ainda por cima se contradizem!
Todos los antiguos registros de los obispos romanos, que nos han sido
transmitidos por San Irenaeus, Julius Africanus, San Hipólito, Eusebio,
también el catálogo Liberiano del 354, colocan el nombre de Lino directamente
después del Príncipe de los Apóstoles, San Pedro. Estos registros se
trazan en una lista de los Obispos Romanos que existieron en el tiempo
del Papa Eleuterio (cerca del 174-189), cuándo Irenaeus escribió su
libro “Adversus haereses”. En comparación con este testimonio, nosotros no podemos aceptar la
afirmación como más segura que la
Tertuliana, que coloca indudablemente a San Clemente (De
praescriptione, xxii) después que el Apóstol Pedro, como fue hecho más
tarde por otros eruditos Latinos (Jerome, "De vir. enfermo.", xv). La
lista romana en Irenaeus tiene reclamos más grandes hacia la autoridad
histórica. Este autor reclama que el Papa Lino, es el Lino mencionado por S.
Paul en Timoteo 4:21 II. J.P. KIRSCH, Transcrito por Gerard Haffner, Traducido
por Alonso Teullet
A principal razão, no entanto, de que o primado da cátedra
papal por herança apostólica não merece a infalibilidade papal reside no
simples facto de a lista dos primeiros papas ser duvidosa mesmo entre os
historiadores insuspeitos de anti catolicidade. S. Jerónimo, sobre a “vida dos
homens ilustres” da cristandade anterior ao seu tempo refere coisas espantosas
a respeito de Clemente.
Clément, sur lequel Paul, dans
son épître aux Philippiens, s'est exprimé en ces
termes «Le nom de Clément et de ses autres collaborateurs est écrit dans le
livre de vie, » fut après Pierre le quatrième évêque de Rome; Lin avait été le second et Anaclet le
troisième. Toutefois, la plupart des
Latins pensent que Clément succéda immédiatement à Pierre.
1.3.1. Sucesión de los obispos de Roma 3,2. Pero como sería
demasiado largo enumerar las sucesiones de todas las Iglesias en este volumen,
indicaremos sobre todo las de las más antiguas y de todos conocidas, la de la Iglesia fundada y
constituida en Roma por los dos gloriosísimos Apóstoles Pedro y Pablo, la que
desde los Apóstoles conserva la
Tradición y «la fe anunciada» (Rom 1,8) a los hombres por los
sucesores de los Apóstoles que llegan hasta nosotros. [849] Así confundimos a todos aquellos que de
un modo o de otro, o por agradarse a sí mismos o por vanagloria o por ceguera o
por una falsa opinión, acumulan falsos conocimientos. Es necesario
que cualquier Iglesia esté en armonía con esta Iglesia, cuya fundación es la
más garantizada - me refiero a todos los fieles de cualquier lugar -, porque en
ella todos los que se encuentran en todas partes han conservado la Tradición apostólica. 3,3. Luego
de haber fundado y edificado la
Iglesia los beatos Apóstoles, entregaron el servicio del
episcopado a Lino: a este Lino lo recuerda Pablo en sus cartas a
Timoteo (2 Tim 4,21). Anacleto lo sucedió. Después de él, en tercer lugar desde los Apóstoles,
Clemente heredó el episcopado, el cual vio a los beatos Apóstoles y con
ellos confirió, y tuvo ante los ojos la predicación y Tradición de los
Apóstoles que todavía resonaba; y no él solo, porque aún vivían entonces
muchos [850] que de los Apóstoles habían recibido la doctrina. - San Irineo, Lyon III "contra los herejes".
Que Clemente foi um dos primeiros bispos de Roma parece não
haver dúvidas pois este Papa era erudito e fez história ao puxar dos seus
galões em muitos locais e situações delicadas do seu tempo.
Os problemas surgem a respeito dos nomes que o antecederam.
Para se colocar à força S. Pedro na cabeça da lista da sucessão apostólica de
bispos de Roma ora se exclui dela Lino ora este e Anacleto...ora se coloca Clemente
num estranho 3º lugar desde os Apóstolos. No entanto, os latinos lá teriam as
suas razões quando referiam S. Clemente como seu primeiro bispo já que nas
clementinas se refere que este foi buscar as credenciais do seu bispado
directamente à fonte, ou seja, deslocando-se pessoalmente ao oriente onde
recebeu em pessoa a iniciação apostólica de Pedro e as credenciais da Igreja de
Jerusalém. Afinal, se não foi a montanha a Maomé foi Maomé à montanha e a
legitimidade fundadora não necessita de ser presencial sobretudo quando o legatário
se desloca directamente ao mandante! De facto, existe mesmo a possibilidade de
Clemente ter sido o primeiro bispo apostólico de Roma pelo que os anteriores
seriam meros chefes das igrejas correntes essências judaicas que já existiriam
ali coisa que espantou o próprio S. Paulo ao gabar a fama da igreja de Roma.
Romanos, cap.
1º: 8 Primeiramente, dou graças ao
meu Deus por Jesus Cristo, acerca de vós todos, porque em todo o mundo é famosa
a vossa fé.
Ora diz um conterrâneo de S. Jerónimo, Rufino, Presbítero de
Aquileia, no seu Prefacio ao Livro “Reconhecimentos” de S. Clemente.
A epístola na qual o mesmo
Clemente, escrevendo a Tiago o irmão do Senhor, o informa da morte de Pedro, e
que este lhe tinha deixado como seu na cadeira dele e ensinando, e na qual
também o todo o assunto da ordem da igreja é tratado, eu não a antepus a este
trabalho, duplamente porque é de data posterior, e porque eu já a traduzi e
publiquei. Mas eu não penso que seja fora de lugar explicar aqui o que naquela
carta parecerá talvez a alguns ser inconsistente. Pois alguns perguntarão,
visto que Lino e Cleto eram os bispos na cidade de Roma antes de Clemente, como
pôde ele Clemente, enquanto escrevia a Tiago, dizer que a cadeira de pregação
lhe entregue em mão pelo próprio Pedro? Ora, disto nós ouvimos a explicação de
que Lino e Cleto foram realmente os bispos na cidade de Roma antes Clemente,
mas durante a vida de Peter: quer dizer, que eles empreenderam o cuidado do
episcopado, e que ele cumpriu o ofício do apostolado; como também se deu o caso
em Cesarea onde, quando ele estava ainda presente teve Zaqueu como bispo ordenado
por ele. E deste modo ambas as declarações poderão ser verdade, que ambos estes
bispos são tidos antes de Clemente, e ainda aquele Clemente recebeu a cadeira
da pregação com a morte de Peter. Mas agora vejamos como Clemente, escrevendo a
Tiago o irmão do Deus, começa a sua narrativa.[23]
Ainda que apócrifos por serem ainda próximos das fontes
ebionistas de tradição judaico cristã e por isso contra o pensamento Paulino
triunfante na igreja católica e ortodoxa a validade das escritos clementinas já
não oferece dúvidas entre os historiadores como fonte muito precoce de
informação relativa ao cristianismo emergente.
Origène cite deux passages de la littérature pseudo-clémentine117 . Le
chapitre 23 de la Philocalie qui est consacré à une réfutation de
lʼastrolo-gie sʼachève par une cinquantaine de lignes tirés du logos 14 des Periodoi
de Clément.
Cet ouvrage perdu a été utilisé dans les Reconnaissances : le passage cité par
Origène correspond à Rec 10,10,7-13,1. La traduction latine du commentaire sur
Matthieu contient une citation de Pierre chez Clément qui se trouve en Rec
10,2. Ces
deux citations attestent que vers 230-250 la littérature pseudo-clémentine
était considérée comme lʼoeuvre de Clément de Rome. LES PSEUDO-CLÉMENTINES (HOMÉLIES ET RECONNAISSANCES). ETAT DE LA
QUESTION, F. Manns.
A epístola de Clemente a Tiago não refere o martírio de
Pedro numa cruz invertida mas antes descreve uma morte natural que pode bem ter
ocorrido não em Roma mas em Antioquia.
De facto, pelo tempo que demorou a descrição da investidura
de Clemente feita à hora da morte só pode ser compatível com uma situação
terminal de morte natural.
1 -- Peter's
Martyrdom. Seja isto conhecido
por vós, meu senhor, que aquele Simão, por causa da verdadeira fé, e a fundação
mais segura da sua doutrina, foi
posto à parte para ser a fundação da Igreja, e para este fim pelo próprio
Jesus, pela sua boca cheia de verdade, nomeou Pedro, dos primeiros frutos de
nosso Deus, o primeiro dos apóstolos; o primeiro a quem o Pai revelou o Filho; a quem Cristo, com razão boa, abençoou; o
chamado, e eleito, e associado à mesa e nas jornadas de Cristo; o discípulo
excelente e aprovado que, sendo talhado para tudo tudo, foi comandado para iluminar
a parte mais escura do mundo, isto é o Oeste, e sabendo-se habilitado para realizar isto, -- e até que ponto eu alongo meu discurso, enquanto não
desejando recordar o que é triste, sobre isso contudo, por necessidade, ainda
que relutantemente eu lhe tenho que falar, -- ele, por causa do imenso amor pelos
homens, tendo vindo tão longe quanto é Roma, testemunhando claramente e
publicamente, em oposição ao malvado que lhe resistiu, porque para tanto existe
um Rei bom acima de todo o mundo, enquanto salvava o homem pela sua doutrina inspirada
por Deus, ele, violentamente,
trocou esta presente existência pela vida (eterna). Mas por essa altura, quando
ele estava a ponto de morrer, os irmãos estando reunidos, ele agarrou de
repente a minha mão, voltou-a para cima, e disse em presença da igreja:[24] -- – Carta de
Clemente a Tiago.
As interpolações em favor da presença de Pedro em Roma são
óbvias no contexto dum confesso enfadonho e comentado discurso impossível,
porque durante a permanência de Tiago em Jerusalém à cabeça da igreja nascente
se considerava que Jesus tinha aparecido em privado primeiro a este seu irmão
de sangue. Por alguma razão até a Igreja suspeita destas cartas e as declarou
apócrifas, neste caso com propriedade por muito terem sido posteriormente
comentadas e apócrifadas! Possivelmente Clemente apenas quereria dizer que
Pedro recebeu de Tiago ordens para evangelizar os gentios com Paulo mas nada
prova que o tenha feito presencialmente, nem era preciso, já que Paulo tinha
conseguido um estratagema para ser enviado a Roma a expensas da administração
judicial.
Sendo então a primeira parte do discurso inverosímil também
a segunda o deverá ser pois tendo Clemente ido até Pedro para ser instruído por
este, que tinha o comando da evangelização do ocidente, estavam reunidas as
condições para o enviar como seu mandatário como tinha feito Jesus aos seus
Apóstolos. Na verdade depois de rasurados dos acrescentos pios a carta de
Clemente a Tiago, que teria sido morto pelos Judeus muito antes da morte de
Pedro, começa a ficar mais próxima da do mesmo aos Coríntios.
V. Miremos a los buenos apóstoles. Estaba Pedro, que, por causa de
unos celos injustos, tuvo que sufrir, no uno o dos, sino muchos trabajos y
fatigas, y habiendo dado su testimonio,
se fue a su lugar de gloria designado. Por razón de celos y contiendas
Pablo, con su ejemplo, señaló el premio de la resistencia paciente. Después de
haber estado siete veces en grillos, de haber sido desterrado, apedreado,
predicado en el Oriente y el Occidente, ganó el noble renombre que fue el premio
de su fe, habiendo enseñado justicia a todo el mundo y alcanzado los extremos
más distantes del Occidente; y cuando hubo dado su testimonio delante de los
gobernantes, partió del mundo y fue al lugar santo, habiendo dado un ejemplo
notorio de resistencia paciente. 1ª EPÍSTOLA A LOS CORÍNTIOS, Clemente de
Roma.
Assim, Clemente nada adianta sobre o que já se sabia das
andanças de Paulo. No entanto, o mistério das divergências nas sucessões
apostólicas de Roma começa a explicar-se. Lino seria discípulo de Paulo que
teria nomeado Anacleto. Mas Paulo, não apenas por “razón de celos y contiendas” mas também por divergências doutrinárias
seria mal visto na comunidade judaico-cristã primitiva e preferiu aceitar a
linha apostólica de Clemente notoriamente recebida de Pedro como referem as
clementinas.
De resto, Sendo Pedro já velho e moribundo não teria que ir desnecessária
e insensatamente tão longe quanto Roma era de Antioquia.
Mais tarde, acabou por prevalecer o ponto de vista de
Ireneu, o gaulês, mas há mais dúvidas a respeito dos primeiros dois papas do
que o facto de Clemente ter ido ao Médio Oriente para ser ensinado por Pedro
sendo assim o primeiro bispo apostólico de Roma não por ordenação in loco mas
por telegonia. Ou seja, Pedro nunca pode ir a Roma e também não precisou de lá
ir porque Clemente foi até ele e foi por este ordenado com a missão de dirigir
a cátedra de Roma.
A poderosa cátedra de Roma só terá tido problemas de
legitimidade apostólica mais tarde quando quis chamar a si o estatuto papal da
primazia absoluta sobre as restantes Igrejas do império apenas por ser a sua capital.
Mas isso terá sido outra história que veio a repetir-se com o Bispo de
Constantinopla tal como já tinha acontecido com o primado apostólico de
Jerusalém disputado pelas grandes metrópoles cristãs orientais após a
destruição desta cidade na época de Tito. Sendo assim a infalibilidade papal
além duma fraude é um pecado de orgulho contra o Espírito Santo e, na lógica
habitual dos teólogos um acto diabólico que faz dos papas romanos verdadeiros
Anti-Cristos.
Obviamente que cristãos e anti-cristãos, teistas ou
satanistas, são faces opostas da mesma moeda com que se traficam as massas de
crentes do mesmo saco! Mas, nós “os filhos do amor que há entre Deus e o Diabo”
já não acreditamos em bruxas e até pensamos que os papas ficaram embruxados
desde que Leão X se orgulhou tanto com o seu sucesso em deter os hunos às
portas de Roma que desde essa hora se aproveitou da vacatura imperial e decidiu
passar a ser o pontifex maximus do império romano do ocidente transformando-o
em igreja católica apostólica e romana. Então, como alguém já tinha profetizado
num sonho freudiano passado a texto no apócrifo dos “actos de S. Pedro” que
este pescador de homens tinha sido martirizado numa cruz invertida por ter
negado Jesus 3 vezes, Leão X começou em Roma o império do Anti-Cristo tendo a
cruz invertida por ferrete! O mais estranho disto tudo é que tenham sido os
ebionitas da palestina os primeiros a denunciar este facto e tenha sido dois
milénios depois da sua extinção por ordens do papado que esta verdade veio ao
de cima como estrondoso acto falhado captado em directo pela cadeia de
televisão CNNlive. Na última visita de Paulo VI à Terra Santa sentado o papa
aparece num trono com a cruz invertida (de S. Pedro ou do Anticristo?) nas
cotas.
Ao olhar esta foto de perto, você simplesmente não pode perder a cruz
invertida satânica blasfema atrás da cabeça do Pontífice sentado. Na verdade,
esta Cruz Invertida é tão chocante para os meus sentidos que não consigo olhar
para ela por mais do que alguns momentos antes de ter que desviar o olhar. De
todos os símbolos satânicos, a Cruz Invertida é a caricatura mais cruel da
verdadeira Cruz do Calvário. Simplesmente não suporto ver a cruz sobre a qual
meu Salvador morreu por meus pecados - e os seus - virada de cabeça para baixo
para representar o Anticristo.
|
Lembre-se de que a verdadeira definição do Anticristo é "aquele
que vem na aparência de Cristo". Não se engane sobre o fato de que a cruz
invertida antecede aquele outro símbolo do Vaticano para o Anticristo, o
crucifixo retorcido, que o papa tem usado em todas as paradas desta viagem ao
Oriente Médio[25]
[1] No ano de 1887, numa época de transição marcada por
algum inquietamento relativo à real dimensão da obra e carácter “mítico” do
artista, a Arundel Society, instituição inglesa dedicada à propagação do
conhecimento da Arte, enviaria Emilio Costantini a Portugal para copiar, entre
outros painéis, o São Pedro da sé catedral de Viseu.
Desta missão devedora
da viagem de John Charles Robinson e de William Henry Gregory a Portugal
(1865), resultou uma cópia em aguarela de uma das obras-primas de Vasco
Fernandes e respectiva cromolitografia destinada a disseminar
internacionalmente a então pouco conhecida pintura portuguesa do Renascimento.
(Nota: cromolitografia esta retocada cibeneticamente pelo autor deste
trabalho).
[2] -- Robert Eiseman's JAMES THE BROTHER OF JESUS
[3] http://ateismoparacristianos.blogspot.com/
[4]
http://ateismoparacristianos.blogspot.com/
[5] Contra las Herejías
(libro III, 1.3.1) de San Irineo de Leon (180 D.C.).
[6]
Notar que o cerne do argumento é a aceitação de que a falácia ad hominem não
pode alterar a razão intrínseca de um argumento.
[7] Source:
Muslim-SA@acsu.buffalo.edu
[8] http://www.lepanto.org.br/ApIgreja.html#Fund da
"Frente Universitária Lepanto"
[9] Não é necessário ser hebreista para suspeitar da
má-fé dos homens de fé e ficar com dúvidas de que esta língua não soubesse nem
tivesse meios gramáticas e retóricos para distinguir pedra de rocha e irmão de
primo, sempre que necessário!
[10] Lection 44. 4. - In the Syrian Paschito, accepted by all Christians, in the
Aramaic, the very language spoken by the Lord while on earth, the passage reads
thus -"Thou art Kepha (rock), and on this rock I will build my Church, and
the gates of Sheol shall not prevail against her." In the Aramaic original
there is but one word for rock or stone, not two petros and petra, as in
the Greek - on which anti-Catholic controversialists found their views. -- The
Gospel of the Holy Twelve, Comments of the Editors.
[11] Peter is called
son of John in John 21:15 and Barjona (son of Jona) in Matt 16:17. Barjona has
been connected by some with the Aramaic baryo-n_, meaning "ruffian," which is then
understood as evidence that Peter was a zealot. -- The Mysterious Disappearance of Jesus and the Origin of Christianity By:
Dr. Ahmad Shafaat.
[12]http://ateismoparacristianos.blogspot.com/2011/04/pedro-y-los-problemas-de-su-nombre-y.html
[13] The Greek text is a translation of Jesus' words, which were actually
spoken in Aramaic. Aramaic only had one word for rock, kephas (which is why Peter is often called Cephas in the
Bible). The word Kephas in Aramaic means "huge rock." The Aramaic
word for "little stone" is "evna," and Peter was not called
"Evna" or "Envas" or anything like that. In Aramaic, Jesus
said "You are Peter (Kephas) and upon this rock (kephas) I will build my
Church." The metaphor worked well in Aramaic where nouns are neither
feminine or masculine, but in Greek, the noun "rock" was feminine,
and therefore unsuitable as a name for Peter. So the Aramaic word Kephas was translated to the masculine name Petros when it referred to Peter, and to the feminine noun petra when it referred to the
rock. In ancient Koine Greek, petra and petros were total synonyms,
unlike modern Attic Greek and unlike Ionic Greek which was about 400 year
before Christ. – Was Peter the Rock? D.
MacDonald.
[14] Rather, the switch only occurs when those original Aramaic words of
Jesus were translated into Greek; and the sacred scribe applied a masculine
ending for Peter's name because he could not call him "Petra" -- a woman's name. This is
likewise why the Greek text renders the Aramaic name "Kepha" as
"KephAS" (or "CephAS")...so as to make it masculine. -- A Haughty Catholic Is Corrected - 11/29/2003 John Schroeder.
[15] Prof. Paulo Cristiano da Silva.
[16] Meyers, noting that the pre-Pauline name Ke-pha-s
is said by all the gospels to be conferred on Simon by Jesus (Mark 3:16, Matt
16:17-19, Luke 6:14, John 1:42) argues for the authenticity of Matt 16:17-19 by
the following argument: "no rationale for this new name other than that
offered by Matt 16:17-19 has ever been made even minimally plausible" -- The Mysterious Disappearance of Jesus and the
Origin of Christianity By: Dr. Ahmad Shafaat.
[17] The Book of the
Bee edited and translated by Earnest A. Wallis Budge, M.A.
[18] Paul refers to Peter as Cephas (Latinized form of the Greek
transliteration Ke-phas of the Aramaic Ke-pha-)
except at Gal 2:7. This one exception may be due to a copyist's error. Clement
of Alexandria
thought that Cephas and Peter were two different persons, as did the writer of Epistula
Apostolorum. The Mysterious
Disappearance of Jesus and the Origin of Christianity By: Dr. Ahmad Shafaat
[19] The truth is that Jesus’
"I-will-build-my-church" statement meant, "I will restore my
congregation." James declared this to be Jesus’ work: "After this I
will return, and will build again the tabernacle of David, which is fallen
down; and I will build again the ruins thereof, and I will set it up"
(Acts 15:16). Jesus was a restorer, not an innovator. He never intended to
destroy what God had been molding among the Jewish people for centuries so that
he could start something totally different and completely new. He sought only
to restore the house (congregation) of David that lay in ruin. (…) The liturgy
of the earliest church paralleled the liturgy of the synagogue. Forms of prayer
and praise remained consistent with the patterns of the Judaism in which Jesus
and the apostles had expressed their faith. Jesus was not seeking to establish
a new order; he merely brought a new covenant to God’s ancient system of
praise, worship, and service. – biblical Judaism. Upon this Rock! Restoring the Church's Biblical
Foundations, by John D. Garr, PH.D.
[20] http://ateismoparacristianos.blogspot.com/
[21] III. Done in Parthia
by Philip. 80 When Philip came to Parthia he
found in a city the apostle Peter with disciples, and said: I pray you
strengthen me, that I may go and preach like you. 31 And they prayed for him.
32 And John was there also, and
said to Philip: Andrew is gone to Achaia and Thrace,
and Thomas to India
and the wicked flesh-eaters, and Matthew to the savage troglodytes. And do thou
not be slack, for Jesus is with thee. And they let him depart. ACTS OF PHILIP,
From "The Apocryphal New Testament" M.R. James-Translation and Notes Oxford: Clarendon Press,
1924.
[22] Why the town's name was changed in the first century
is a matter of controversy. One view seems to be that the name, Babylon, is
derived from a corruption of the ancient Egyptian per-hapi-n-On, which means
the House of the Nile of On, which was what the earlier Egyptians called Roda
Island. But it is believed that there was an earlier settlement on this site,
and Diodorus tells us that this settlement was populated by prisoners whom
Sesostris bought from the Mesopotamian city of Babylon, who named it after
their own city. When Strabo visited Heliopolis, he notes that, "Going
higher upriver, you come to Babylon, a stronghold where a number of Babylonians
rebelled and, after negotiations, obtained the kings' permission to settle.
Today however it is the garrison town of one of the three legions stationed in
Egypt". Fort Babylon In Cairo, by Jimmy Dunn.
[23] The epistle in
which the same Clement, writing to James the Lord's brother, informs him of the
death of Peter, and that he had left him his successor in his chair and
teaching, and in which also the whole subject of church order is treated, I
have not prefixed to this work, both because it is of later date, and because I
have already translated and published it.4 But I do not think
it out of place to explain here what in that letter will perhaps seem to some
to be inconsistent. For some ask, Since Linus and Cletus were bishops in the
city of Rome
before this Clement, how could Clement himself, writing to James, say that the
chair of teaching was handed over to him by Peter?5 Now of this we
have heard this explanation, that Linus and Cletus were indeed bishops in the
city of Rome before Clement, but during the lifetime of Peter: that is, that
they undertook the care of the episcopate, and that he fulfilled the office of
apostleship; as is found also to have been the case at Caesarea, where, when he
himself was present, he yet had Zacchaeus, ordained by himself, as bishop. And
in this way both statements will appear to be true, both that these bishops are
reckoned before Clement, and yet that Clement received the teacher's seat on
the death of Peter. But now let us see how Clement, writing to James the Lord's
brother, begins his narrative. Presbyter of Aquileia, His Preface to Clement's Book of
Recognitions
[24] Be it known to
you, my lord, that Simon, who, for the sake of the true faith, and the most
sure foundation of his doctrine, was set apart to be the foundation of the
Church, and for this end was by Jesus Himself, with His truthful mouth, named
Peter, the first-fruits of our Lord, the first of the apostles; to whom first
the Father revealed the Son; whom the Christ, with good reason, blessed; the
called, and elect, and associate at table and in the journeyings of Christ; the excellent and approved
disciple, who, as being fittest of all, was commanded to enlighten the darker
part of the world, namely the West, and was enabled to accomplish it, -- and to
what extent do I lengthen my discourse, not wishing to indicate what is sad,
which yet of necessity, though reluctantly, I must tell you, -- he himself, by reason of his immense love towards men,
having come as far as Rome, clearly and publicly testifying, in
opposition to the wicked one who withstood him, that there is to be a good King
over all the world, while saving men by his God-inspired doctrine, himself, by
violence, exchanged this present existence for life. But about that time, when
he was about to die, the brethren being assembled together, he suddenly seized
my hand, and rose up, and said in presence of the church: (…).
[25] As you look closely at this
picture, you simply cannot miss the blasphemous Satanic Inverted
Cross behind the head of the seated Pontiff. In fact, this Inverted Cross is so
jarring to my senses that I cannot look at it for more than a few moments
before I have to look away. Of all the Satanic symbols, the Inverted Cross is
the most cruel caricature of the true Cross of Calvary.
I simply cannot stand the sight of the cross upon which my Savior died for my
sins -- and yours -- turned upside down to depict Antichrist. Remember, the
true definition of Antichrist is "he who comes in the guise of
Christ". Make no mistake about the fact that the Inverted Cross predates
that other Vatican symbol for Antichrist, the Twisted Crucifix, which this Pope
has been using at every stop on this trip to the Middle
East. -- Cutting Edge
Ministries.
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