domingo, 9 de dezembro de 2012

AFRODITE, A DEUSA POLIMORFA, por Artur Felisberto.


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Figura 1: Afrodite Líbia ou a Amorosa Deusa Mãe!
It is he whom the outside worlds all, like the stars of the firmament at night, see. As men desire to see the sun, in this way also the outside worlds desire to see him, on account of his invisibility that surrounds him. It is he who at all times gives life to the aeons, and through his word the indivisible one learned to know the monad. And through his word the holy Pleroma came into existence.
(…) This is the indivisible one, this is he who has never divided. This is he to whom the All has opened, for to him the powers belong. He has three aspects : an invisible aspect, and an all-powerful aspect, and an Aphrêdon-aspect which is called Aphrêdon-Pêxos.
(…) And afterwards the all-mother, in whom the ennead was manifested, whose names are these: Prôtia, Pandia, Pangenia, Doxophania, Doxogenia, Doxokratia, Arsenogenia, Lôia, Iouêl. This is the first unknowable one (akatagnôstos), the mother of the ennead, which completes a decad from the monad of the unknowable (agnôstos) one. -- The Untitled Text in the Bruce Codex, The Gnostic Society Library
Figura 2: Vénus de Milo, a mais helenística e universal das Afrodites.
As deusas do amor mais conhecidas da mitologia clássica e com mais influências na cultura ocidental foram a afrodisíaca Afrodite e a venérea Vénus. Porém, «a deusa do Amor & da Beleza Feminina» por antonomásia foi, sem sombra de pecado, a divina Afrodite cujo nome constitui a referência padrão de todos os nomes de deusas do amor que se conseguem reportar.
Deusa polimorfa [1] e enganadora como a Lua, feiticeira de suaves encantamentos e doces filtros de amor, aracnídea qual Penélope tecedeira da teia dos múltiplos sortilégios da sedução, Afrodite foi deusa duma miríade de nomes, adorada durante séculos por infindáveis apaixonados, amantes ou «mal-amados», místicos e arrebatados lunáticos, loucos solitários ou poetas sonhadores, e sempre numa multiplicidade de tempos e lugares.
Assim sendo, natural será que sejam múltiplas as variantes de nome e dos epítetos desta deusa a reflectir a pluralidade de cultos que lhe foram votados nos tempos arcaicos.
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AFRODITE CIPÍRIA

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Figura 3: Grande deusa mãe cipriota, possivelmente Afrodite Cipíria, inteiramente fenícia pelos seus atavios e penteado.
Entre os vários epítetos de Afrodite os mais conhecidos e sugestivos foram os seguintes:
Her gods and men call Aphrodite, and the foam-born goddess because she grew amid the foam, and rich-crowned Cytherea because she reached Cythera, and Cyprogenes because she was born in billowy Cyprus, and Philommedes because sprang from the members.
Philommeides - loving laughter.
Como se pode constatar, esta Sr.ª do “belo sorriso” já era, etimológica, porque quase literalmente, a senhora das “formas verdadeiras” o que, também já sem grande espanto, confirma uma certa continuidade semântica na convulsiva evolução das linguagens antigas!
                                                  > Pleroma.
A. Phil-om-medes < | Pher-om < Phor-em > Lat. Forma ó Morfo |-
                  Metis < *Kur-Ma-Maat => Phro-masha.
Kythereias - of Kythera, the island or city on Crete; may mean secret of the wool.
A. Cyther-eia < Ki-Ter-Ea < Ki-Ker-Heha < Ki-Kur-Kika > *Kaphur-ish
                          => St.ª Quitéria.
Dito de outro modo, o nome de Afrodite teve por significado primordial o de “filha da *Kuphura”, Sr.ª da montanha sagrada e deusa vulcânica das cobras cretenses!
Da *Kuphura veio o nome da «cobra» que foi símbolo universal arcaico das deusas da sensualidade e do amor. Da cor esverdeada da víbora terá nascido o nome do cobre precisamente pela sua relação com as cobras e com a deusa do amor que seria adorada em Chipre como Afrodite Cipíria.
Porém, se o cobre dos latinos veio de Chipre já o mesmo se não pode dizer do cobre dos gregos.
Lat. cupru < cyprium < Gr. kýprios, (<=??? chalkós, cobre ou de grec. Kupris
= Chipre???
Kua-nos = blue copper carbonate. Chalkos, Cret. Kauchos = copper. Chalke = kalchê = the murex or purple limpet.
Chal-kos < Kau®-kish > kau-chos ó
                                     | kau > ku | -anos.
Ø    Kal-kish > Kalchet > kalchê > chalke.
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Figura 4: Friso de Afrodites Cípírias num sarcófago cipriota arcaico em típica postura de prostitutas sagradas de Istar, pesando os seios.
Enfim, que teria o cobre a ver com o murex para além da eventual associação entre o azul do verdete e o azulado de certos tons da púrpura? O cobre iniciou a «idade do bronze», o período heróico da época dos metais que, por isso mesmo, acabaria por lhe dar o nome helénico, pelo menos tal como o atestam os rastos étmicos referidos. Poderemos fechar a cadeia semântica fazendo derivar o nome da terra natal de Afrodite do nome grego para o cobre? A etimologia da «calcopirite» já dá indícios positivos disso.
De facto, 
Copper became the most extensively exploited metal bringing wealth to Cyprus and some argue is where the name originates. Others argue that it is just the opposite - that copper is a corruption of the Greek word for Cyprus. Historians have used various names in writing about Cyprus such as Kypros, Kriptos, Kerastia, Amathusia, Akamantis, Myonis, Makaria, Sphykis, Kition, Aeria and many more. The most popular derivation was from the Greek word "Kypros" the translation of the Hebrew "Kopher" meaning "Henna" a plant that flourished on the island.
Makaria apela para a Macarena.
                    Kerastia < Kersht < Kerat < *Kertu > Creta.
                                                                 *Kertu < Kur-kiki
«Greta» / «Cripta» < Kriptos < Kur-ophit > Kur-kiti < Kur-kiki.
                                                                           Kition < Kiki-anu.
Aeria < haheria < Kakerhiha < Ka-kur-kika => Afrodite.
Henna < henina < kainina < Ka-Inana?
Henna é uma planta que produz um corante natural vermelho alaranjado utilizado ainda hoje pelos povos árabes. Este corante apareceu em múmias egípcias o que sugere uma relação ritual muito arcaica com cultos da deusa mãe, da vida e da morte, tal como o ocre vermelho. Em boa verdade, é a cor vermelha que está em causa, pela sua óbvia relação com o sangue e deste com o suporte da vida, o que explicaria a mitologia do ka.
Assim, já é menos estranho que os ciprestes (a árvore dos mortos seja um verdadeiro obelisco vivo e sempre verde, qual promessa de vida eterna) tivessem, também em grego, o nome de kuparissos < kuparissos, ou seja, filhos (pelo menos da raiz) Kupar-, o que justificaria a forma esguia e reptilínea do cipreste.
Kuprinos (B), ê, on, made from the flower of kupros. oil or unguent made from the flower of the kupros,=> Kuprinos (A), ê, on, made of copper.
Enfim se foi o cobre que deu nome a Chipre ou o inverso o mais provável que tenha sido assim: O cobre latino derivou do nome da ilha de Chipre que por sua vez derivou o nome do da sua padroeira, a *Kafura afrodisíaca.
Kupris, idos, Cypris, a name of Aphrodite, from the island of Cyprus, [Koupri]; 2. metaph., of a beautiful girl, a Venus. II. as Appellat., love, passion.
Kupro-genês = Kuthereia = K. thea Panyas.
Como vários e infindáveis foram as polimorfias venéreas, múltiplos terão sido os nomes de Chipre tendo prevalecido aquele que acabou por se fixar ao elemento mais lucrativo ilha e que permitiam comprar os favores e vaidades da amorosa padroeira. Assim, parte dos mistérios do nome desta ilha reportam-nos para a polissemia dos heterónimos de Afrodite, particularmente os que a reportam com o culto das cobras cretenses e da *Kikura.

Na verdade a deusa Cupra é uma antiga deusa úmbria.

Figura 5: "Lamina di Fossato".
CVBRAR MATRER BIO ESO
OSETO CISTERNO N C . V
SV MARONATO IIII
V L VARIE T C FVLONIE –
Cupra, chiamata anche Cubrar (nome umbro), Ikiperu (nome piceno), Kypra o Supra, è una divinità degli antichi umbri e dei piceni, una delle grandi madri.
È dea ctonia, delle acque e della fecondità identificabile con la Uni degli etruschi o ad Astarte. I romani la videro invece come la propria Bona Dea.
(…) Per i rapporti che ebbero i piceni con numerosi popoli del mare, l'etimologia del nome deriverebbe dal greco Kupria o Cypria usato come attributo di Afrodite ma che si trova a Gubbio come attributo di Marte; secondo altre ipotesi dall'isola di Cipro dove il culto di Afrodite era molto forte.
(…) Nel museo di Colfiorito sono conservate quattro lamine bronzee del IV secolo a.C. con dediche alla dea Cupra nominata Matres Plestinas: Cuprasmatres plestinas sacru esu.


De resto, o esqueleto semântico mais arcaico do nome de Afrodite terá sido Ki-kur-Kiki, ou seja a filha do Kur, a *Kifurisha. A relação de toda esta semântica deve ser tão arcaica que acabaria por ficar retida no nome da estância arqueológica mais antiga da ilha que tem o nome Khirokitia.
Khirokitia < Chirokiti-ka > Ka-Kuro-tite > Kaphurthite > Afrodite.
Como o cobre oxidada em verdete e o verde é a cor da maioria das cobras, particularmente as víboras, teve o efeito de reforço sobre o nome que os latinos receberam para Chipre e para o cobre.
           Kupri(os) <*Kauphri < Caubre > «Cobre»
ó Gr. kýprios < Lat. Cypriu > Chipre.
> Chuphri > Zubre > Zebre A-zevre
< | ~ *Aci-pher, lit. o que trás acidez e faz «azedar»! < Aci-ver < aciuer lat. Aci-ær(is) ~| < acever < «acevar» < «azíbar» (< Ár. Aç-çibar)!
Os etimologistas supõem que «zebre»[2] deriva de «azebre» o que é seguramente muito pouco provável.
«Azinhavre» < azinabre < azinavre ó azevre (> zebre)» <???> «azíbar» (< Ár. Aç-çibar, = aloés), s. m. aloés).
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Figura 5: Afrodite Cipris.
Aphrodite was called "Cypris" or "the Cyprian" because her first home was Cyprus, which was known for its copper (Lat. cyprium) mines; therefore copper is especially associated with her. The green colour of copper compounds also suggests the fertility and vegetation aspects of Aphrodite and so green is her colour, for green is the colour of procreation and resurrection (Jung, MC 286-9). Cypress trees and myrtle, both evergreen, are especially dear to Aphrodite. -- Pythagorean Tarot homepage.
Aphrodite's worship reached throughout the Mediterranean world. Probably Assyrian in origin, it traveled via Syria to Cyprus. The introduction of her worship in Cyprus was reportedly by Paphus, a son of Cephalus and Eos, who is often confused with Paphus, the son of Pygmalion and Galatea. The first Paphus is called the father of Cinryas, the father of Adonis, which appears to be an attempt by the Cypriots to appropriate everything relevant to Aphrodite to Cyprus. The Adonis story has traditionally been set in Syria. The Cephalus connection additionally ties the Cyprian worship to the Athenian royal house, even though Aegeus was the first king who officially introduced the worship in Athens.
Porphyrion, said to have been the most ancient king of Attica, installed it in the peninsula many years earlier. -- [3]
A resina do aloés é purgativa e também o verdete. A meu ver existiu aqui uma confusão semântica por equívoco funcional iniciada também entre (???) «azevre» <?~?> «azíbar» (< Ár. Aç-çibar)! Ora, confundir o verdete com o aloés seria o mesmo que “misturar alhos com bugalhos”, coisa que o senso comum não costuma fazer sem fortes razões. Neste caso, os boticários deram a sua ajuda até porque acabaram por fazer derivações como «azinabre» que parece ter conotações com o «cinábrio» sem qualquer relação com a rubra cor deste.

Ver: CORES (***)

Dizendo o mesmo por outros modos, foi Afrodite quem deu o nome à ilha de Chipre e não o inverso porque antes de a deusa ter chegado a esta ilha, que ficaria como sendo a sua terra natural, já esta era Quitéria, ou seja, a vaca taurina da Terra, e Quitana, a deusa cobra!
«Cipreste» = Engl. cypress trees < Lat. cypressu
< Gr. Kupárissos < kuphaurishu < *Kaphurisco
< *Ki-Kurish > Ka-Ishkur/Istar!
Quer dizer que se pretendêssemos pensar que o cipreste era, pelo lado do seu epíteto de *Chipíria, a árvore sagrada de Afrodite nos poderíamos enganar? Pelo contrário, é bem possível que esta árvore tenha sido o huluppu de Inana, tanto mais que o pode ser do ponto de vista semântico.
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Figura 6: Birth of Aphrodite: Graecia Ludovisi Throne, ca 470-460 BC.
Assim, de acordo com o mito, Afrodite teria nascido nas praias da ilha de Chipre ou seja, teria surgido com a aurora a partir de culturas orientais!

Ver: HULUPPU DE INANA (***)

Aphrodite was born in Cyprus, well not born exactly because as the story goes, she was "foam born". Her father in a manner of speaking was Uranus (Father heaven). In fact her conception was caused by her half brother Cronos (Time?). He was a son of Uranus and Gaea (Mother Earth) and at his mothers instigation had castrated his father with a sickle. The resultant blood that dripped from his severed organ (as it was carried of on the shoulder of Cronos) created a race of giants, the nymphs and the furies, as they landed in the sea, white foam was created from the friction of water and flesh. This foam formed the shape of a beautiful woman when it came to the island of Cyprus. She has also been called "Godess of love" "Cytherea," "Cypris," "Cypria," and "the Cypriate".
Tanto é assim que, já não o mito mas a lenda, presume que o culto de Afrodite teria chegado a Chipre no tempo, agora sim, mais mítico que pseudo histórico, de Pafos filho de Eos e Cephalus.
Pafos («Fafe» <) Phaphus < Cacus, deus do fogo primordial que acompanha o sol mítico no seio nocturno da Terra Mãe.
Parece que o local exacto do nascimento de Afrodite não terá sido Pafos mas Couclia.
Kouklia (Greek: Κούκλια) is a village of the district of Pafos and lies at a distance of about 16 kilometres from the city of Pafos, Cyprus. The village is built in the area where "Palaipafos" (Old Pafos) was and is the mythical birthplace of Aphrodite, the Greek goddess of love and beauty. (…) The residents of Paphos and particularly those at Kouklia worshipped a goddess of fertility who protected life. They depicted her as a woman with obvious the characteristics of maternity.
(…) The king Kinyras of Paphos, as tradition says, was very rich and he was at the same time priest of Venus. But exists also one other tradition that says that Agapinoras, the king of Tegea of Arcadia, came to Paphos after the Trojan War and founded both the city and the holy altar of Venus.
(…) They worshipped her at its holy altar. It was never built a temple for her, but the holy altar was outdoors, encircled by walls, closed with bright doors, as Homer says. The view was not worshipped in the form of statue, but in the form of conical stone. The ancient report it as something strange “a white pyramid which the material is not known”.
(…) It is this mysterious conical stone that was found near the holy altar and it is exposed in a room of the museum of Kouklia, with the difference that it is black while the ancient described it as white. Perhaps it was white and preened. It remained in the holy altar until the Roman season, placed in the intermediate part of a tripartite open building. In the space there was found the altar of the goddess, being famous already in the season of Homer as an incensed altar. It is said that, as by marvel the altar was never rained by the rain.

Ver: EOS (***)

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Figura 7: Afrodite de Kouklia.
Este mosaico encontrado no templo de Afrodite em Kouklia e um dos muitos equívocos da cultura do senso comum. Toda a literatura o refere como sendo uma representação de Leda e o Cisne. No entanto, ou Leda foi uma mera variante anatólica de Afrodite, o que é uma forte possibilidade, ou neste caso o mosaico apenas descreve uma situação típica de Afrodite que se prepara para o banho matinal na companhia da sua ave de transporte, o ganço. Aliás os animais sagrados de Afrodite eram: Pombos, Gansos, Cisnes, Pardais, Peixes, Marisco de Concha, Lebre (sagradas também a Eros), Porco (sagrado e proibido pela sua semelhança com o javali que matou Adonis).
Kouklia < Kau-kur-iha < Ka-kur-kika > Ha-phur-kiki > Afrodite.
No que respeita à relação de Afrodite com Eos é obvio que estamos perante uma descarada denegação de «usurpação» de identidade uma vez que existem fortes suspeitas de que ambas estas deusas rivais teriam sido meras variantes do mesmo mito matutino. Cephalos, que seria uma variante antepassada de Apolo, faria aqui o papel de Horos / Eros, o «deus menino» filho da Aurora.
Horos <= Hauros => Eros.
Cacos + Uran => Kinyras ó Cinryas < Ki-Anu-Ur(ash)
= Ki-Anu-U(r)ash > Tan-uish > Atunish > Adónis.
Adónis seria assim o filho da cobra celeste, Tan / Uran, ou seja Enki, senão o próprio Enki enquanto Urash < Haurish ó Ishkur > Horus, filho do Kur e da Deusa Mãe das cobras cretenses, do Céu (Ki-Anu) e do crescente lunar primordial!
No entanto, a tese da sua origem assíria parece suspeita na medida em que a deusa dos amores dos assírios lhe chamavam Milita. Quanto muito poderíamos aceitar que a má fama de «deusa dos amores venais» das clássicas Afrodite & Vénus seria oriundo da Mesopotâmia como forma evolutiva do «culto da prostituição» sagrada de Inana & Istar.
 O mais etimológico dos epítetos desta deusa deve ter sido o de Afrodite Ciprogenes ou Chipíria.
= A. | Cyprogenes, lit. “gerada em Cypiria”.
= A. | Cypiris, lit. *Zéfírish(a) «filha (ou esposa) de Zéfiro» < Kiprix < *Kiphur-ish, lit. «filha da *Kiphura e então:
<= *Ki-Kur-kiki => Ka-phaurtite > Haphrauthite > Afrodite.
Na verdade, o «cipreste» é «uma árvore cupressácea, da família das pináceas», e logo, de folha perene o que a torna um símbolo óbvio de eterna juventude e uma das muitas metáforas da «árvore da vida» eterna.
Pinikir, Pinigir ou Pinengir est une divinité élamite ancienne, qui occupe une grande importance aux débuts de l'époque paléo-élamite (XXIIIe siècle av. J.-C.), sous la dynasite d'Awan. Avec Humban, elle forme le couple divin principal de cette époque. Elle perd par la suite de l'importance, et est finalement remplacée par d'autres déesses, dont la plus importante est Kiririsha. Pinikir avait un temple important à Dur-Untash (Tchoga Zanbil).
                 > Phin-igir < Phen-igir => Dingir.
Pini- | kir + ir-isha > Kir(ir)isha
Pi-ni-kir = Ki-Anu-Phir = Na-Ku-Pir => A. Cypiris.

Ver: TAMUZ (***) & DEUSAS DO AMOR / MILITA (***)
& HULUPPU (***)

Por isso mesmo, pela sua forma esguia e reptilínea, acentuada pela sua intensa cor cúprea e acobreada (tanto por ser da cor do verdete, abundante em Chipre, como da cor das víboras e de muitas cobras) sugestiva de mortos em putrefacção, e pelas leis da magia simpática seria, enquanto garantia de «vida eterna», tanto uma árvore protectora dos mortos (em ritos de morte e ressurreição), como uma garantia de fecundidade em situações de infertilidade e partos difíceis. Desta conotação mítica teria derivado o título de Aleximoros aplicado a Afrodite. Isto significa também que, se bem que a morte tenha sido Thanatos, seguramente que um dos Erotes na versão nocturna do mito, a conotação da morte com a versão marinha da deusa mãe já estrava implícita na cultura mediterrânica que iria dar origem ao termo latino mor, (-tis).
Alexi-moros - warding off death, a title of Afrodite.
Alexi < Haresh < Kur-ish = Ish-kur > Eresh-(Kigal), a rainha dos mortos!
Kypris - of the copper; of the reeds in Egyptian, a title of Afrodite.
Sendo assim e relação de Afrodite com a ilha de Chipre é um misto complexo de cumplicidades semânticas que envolvem tanto aspectos gerais da mitologia peri-mediterrânica dos cultos agrários de morte e ressurreição, centrados na soberania das cobras cretenses como aspectos locais relacionados com o despontar da revolução do neolítico e com fenómenos de prostituição sagrada decorrentes do cosmopolitismo duma ilha rica em artífices e mercadores de cobre. O facto de A. Kypris ter no Egipto o significado de «deusa do junquilho» tendo sido «deusa do cobre» em Chipre só confirma a conotação reptilínea deste epíteto de Afrodite que assim se revela como geradora do nome da «ilha dos amores», que Chipre terá sido! Em qualquer dos casos, estamos perante a mesma mitologia que iria determinar o nome da «Virgem da Caridade do Cobre», padroeira de Cuba.

Ver: GUADALUPE (***)

Alguns nomes de certas mitologias regionais encontram-se tão deformados que, quando sujeitos ao polimento da derivação étmica, acabam por revelar espantosas semelhanças com o nome de Afrodite.
Dzydzilelya = Zizilia = Polish goddess of love.
Dzydzilelya < Zaizilelija < Zazire-luja < Kaphuri-Lux.
                     ó Zizilia ó *Zéfírish(a) ó *Haphur-kika > Afrodite.
Zéfiro foi seguramente um amante de Eos que sendo uma variante local de Afrodite, só autonomizada na época clássica, aparece no mito do «nascimento de Afrodite».
"Sea-set Kypros.
There, the moist breath of Zephyros wafted her [new-born Aphrodite]
over the waves of the loud-moaning sea (thalassa) in soft foam." --- Homeric Hymn IV to Aphrodite.



HÚBRIS
Quanto a relação de um homem com outro homem, que é sobretudo intemperança e assedio, dir-se-ia que isso é obra da Hybris (Insolência), não de Cípris.
(Frg. 409 Nauck2 de uma tragédia desconhecida. Joga-se com a proximidade fonética de duas palavras, dois conceitos que não tem, contudo, qualquer relação semântica.) Plutarco. Diálogo sobre o Amor, Relatos de Amor. Tradução do grego, introdução e notas de Carlos A. Martins de Jesus.
Será mesmo seguro que Húbris e Cípris não têm qualquer relação semântica?
Havia também uma deusa chamada Hubris, a personificação do anterior conceito: insolência e falta de moderação e instinto. Hubris passava a maior parte do tempo entre os mortais. Segundo Higino era filha de Érebo e a Noite, atribuindo outros autores a maternidade de Coros, o daimon do desdém. (...)
Dans la mythologie grecque, Hybris est une divinité allégorique personnifiant l’hybris. Eschyle lui attribue pour mère Dyssebia (l'Impiété) tandis qu'Hygin la range parmi les enfants de la Nuit et de l'Érèbe. Certains manuscrits de la Bibliothèque du pseudo-Apollodore font état de son commerce amoureux avec Zeus, qu'elle aurait rendu père du dieu Pan, mais le nom d'Hybris provient peut-être d'une mauvaise lecture de celui de la nymphe arcadienne Thymbris. Le plus souvent, c'est Coros, le dieu personnifiant la Satiété, que lui attribue pour fils Pindare. -- http://pt.wikipedia.org
Obviamente que Timbris é apenas uma das muitas entidades supostas mães do velho deus da Arcádia inteiramente desconhecido do panteão olímpico até à batalha da Maratona, ou seja, já em pleno período clássico do século V. Pan, o deus da totalidade foi apenas o deus protágono da Arcádia e seria a forma caprina de Eros / Dioníso ou uma entidade parecido que veio a ser Min no Egipto. Era portanto um filho de uma entidade similar a Vénus / Afrodite Urânia ou seja, a Istar. Assim sendo, é o nome da modesta ninfa, ou oréiade, Timbres que nos permite reconstruir a origem de Hubris que tinha de facto todos os atributos para ser mãe de Pan e uma arcaica deusa mãe de paixão desmedida entre a de Eos e a de Afrodite.
Timbris < Te-Ama-| Ubris < Hybris < Ku-Phris < Ka-phris > *Káfura.
                                                 A. Cípris < Kypris < Ka-phris < «Cabra» => Pan.
Quanto à etimologia de Húbris é difícil seguir a opinião seguinte:
O termo deriva do grego ὕϐρις hybris, e este por sua vez tem a raiz no indo-europeu *ut + qweri, (peso excessivo, força exagerada). -- -- http://pt.wikipedia.org
Tanto mais que no Online Etymology Dictionary as certezas sobre tal etimologia são poucas:
Hubris (n.) = also hybris, 1884, a back-formation from hubristic or else from Greek hybris "wanton violence, insolence, outrage," originally "presumption toward the gods;" the first element probably PIE *ud- "up, out," but the meaning of the second is debated. -- http://www.etymonline.com.
E interessante constatar que a proposta etimológica de Húbris derivada do mito indo-europeu além de insultar todas as regras fonéticas contem o defeito da petição de princípios porque nos reporta para termos como *Kiwer, cuja etimologia teríamos que procurar algures pró-cimo do nome de A. Cípris.
| *Ut ó *Ud | +qweri < Kiwer | = Uth-Kiwer > ??? > Hybris.
Quanto ao hibridismo derivar do grego hybris, através do latim hybrida, porque os gregos consideravam a miscigenação uma arrogante violação das leis naturais se explica o pensamento grego ainda a emergir do caos do pensamento mágico arcaico também desmascara o inexplicável o preconceito moderno contra os transgénicos.
Que a nossa tece que de Hýbris deriva de uma arcaica deusa mãe da opulência e fertilidade desmedida confirma-se no termo «úbere».
Úbere = • (< Lat. ubere), adj. abundante < fértil < fecundo > glândula mamária das fêmeas de alguns animais.
Mas obviamente que este termo desta natureza teria que estar receptiva a delírios indo-europeus por ser comum a todas as língua indo-arianas.
Udder (n.) = Old English udder "milk gland of a cow, goat, etc.," from Proto-Germanic *udr- (cf. Old Frisian and Middle Dutch uder, Old High German utar, German Euter, and, with unexplained change of consonant, Old Norse jugr), from PIE *udhr- (cf. Sanskrit udhar, Greek outhar, Latin uber "udder").
Engl. Udder < ??? < Proto-Germanic *udr- > M. D. Uder => Fin. Utar.
                   => Fin. Utar.
> ? German Euter < PIE *udhr- > Sansk. udhar, Grc. outhar > Lat. uber
Judder > ? > Old Nors. jugr > Suec. Juver < Din. Yver > Holand. Uier
                                                    < Island. Júgur.
ó B. Sax. Geer (Drèents: gier (u.a. Ni'jlusen); jaor; jidder, judder; juur; uur; Grönnegs: gidder (STD, NVL); jidder (overg); jaor (WEV); Stellingwarfs: jarre; uier; Veluws: geer).
Sobe o risco do pecado dos falsos cognatos estão os termos «útero» (< Lat. uteru) e «odre» (< Lat. utre). Existe um termo luso jarro/a suposto derivar do árabe jarra que, a ser verdade, nos relaciona as coisa rotundas, fratas e bujosas com a mesma origem de que o árabe bebeu e que deixou rastos no termo frísio jarre para «úbere».
Seguindo a tese de que as chamadas línguas indo-europeias são de origem egeia e minóica podemos postular que todos estes termos se reportam a um arcaico termo do tipo *Ka-Ker / *Ku-Wer de que o nome de Cibel, Húbris e de A, Cipris ou Cipíria teria a mais remota origem. A este propósito não deixa de ser interessante analisar o galês pwrs e o catalão braguer.
«Úbere» < Lat. ubere < Húbris *Ku-Ker > Phuwer > Gal(ês) Pwrs
                                                                  > PIE *udhr-
| «Braga» < Lat. braca < Wer-ka ó Ka-Wer < Cat. Brag | + uer < PIE *udhr-.


Afrodite Zeríntia

Zephyritis - of the gentle breeze; named for an Egyptian town.
Da conotação fonética com Zefiritia < *Zefírisha terá surgido o epíteto de Afrodite Zeríntia que é nome de tem nome de borboleta[4]!
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Figura 8: Afrodite Zeríntia, tão Bela nua quanto Vaporosa vestida.
Phaedra built a temple to Aphrodite Zerynthia at Thrace. Theseus dedicated a wooden image of Aphrodite at Delos that had been made for Ariadne by Daedalus. A stone image of her stood at Lerna. There were carved images at Argos believed to be the work of Epeius, the builder of the wooden horse of Troy. She had temples or sanctuaries at Thebes, Megara, Sicyon, Thespiae, Sparta, and many other cities.
At Corinth a great number of hierodules were dedicated to her service as temple prostitutes.
We must recall that the Hermetic essence, seen in his most ancient representations, may only to us appear so low and vulgar, whereas there, where Hecate ruled the world of northern Greece and Thrace in the form of "Aphrodite Zerynthia," it is precisely the crassest that is the holiest and most spiritual. -- [5]
Dito de outro modo, Afrodite Zeríntia teria mesmo que ser padroeira protectora (A. Prostatis) de Corinto visto que etimologicamente tudo indica ter feito parte do mito fundador desta cidade.
«Prostituta» <= Lat. prostituere = pros-titu-(ere).
      Prostatis = Pros-tati-ish < *Phros-titu ash ó Ha-Phro-Tite > Aphros-Thite > Afrodite
+ | Zeríntia < Ze(phi)r-Unthia < Sakar-Antu-(a) |
      Orithia < *Haur-an-Utu-ka < Kauri(an)thi-(ha) ó Kaur-Into > Corinto.
Orithia - the upright. Prostatis – protector.
«Próstata» < Gr. prostátes = pró-státes = que está diante (dos testículos).
A relação de Corinto com Afrodite ressalta do culto que esta cidade prestou à prostituição sagrada, tal como soía a uma cidade portuária cosmopolita que já assim seria nos tempos micénicos onde Afrodite seria então adorada com e epíteto de *Haur-an-Utu-ka, a senhora da aurora esposa e mãe do sol que veio a ser Into o deus supremo dos Incas.
Ignoram-se as voltas que terão sido dadas à semântica para que os anatomistas pudessem ver os testículos diante da próstata mas, a verdade é esta que só faz sentido etimologia desde que aceitemos sem maior esforço que os ditos testículos se assemelhavam a «tetas» (Grec. státes) pequenas (< Lat. testi-culu, «pequena testemunha» do enforcado???, numa óbvia manipulação fonética racionalizante e tardia?).
Tati = familiar name applied by slave to mistress, (Herod.5.69).
Titthos = «tetas», a woman's breast, (…): rarely the male breast, (...): pl., of an animal's teats, (…). Nurser, (…) (v.l. for titthai); (...).
Ora, a verdade é que a semântica das «divinas tetas» da vaca taurina que era a deusa Ator (quase tão homófona quanto homónima de Afrodite) faz muito mais sentido numa mitologia de deusa mãe da Aurora do parto solar do que a ideia de os testículos serem «pequenas testemunhas», vá-se lá bem saber de que crime? Afinal só com a cultura judaico-cristã é que a lei da vida passou a acto criminoso!

Ver: EOS (***)

A semântica das «divinas tetas» seria assim mais do que suficientemente nutritiva e acolhedora para poder assumir a conotação protectora que veio a ter no título de Afrodite Prostatis. O resto, terá sido mera confusão profana (e tardia!) de racionalistas ímpios que de Afrodite já só conheciam a mal afamada prostituição!
A relação de Afrodite Zeríntia com Hecate poderá ser surpreendente para os mais distraídos mas deixará de o ser se dermos conta que Isis terá sido uma manifestação de Hecate, na medida em que esta roubou o nome secreto de Rá, precisamente para aceder aos dons da magia que lhe permitiram ressuscitar Osíris.
Ora, já não apenas foneticamente Hecate teria sido a egípcia Heket ou Hehet, ambas arcaicas manifestações de Nut, Hator, com seguros direitos a serem análogas arcaicas de Afrodite e, por conseguinte, também de Isis, deusa que afinal acabou por tornar-se o paradigma da «Virgem Mãe» de que a Virgem Maria do «menino Jesus» acabaria por herdar quase todos os atributo.
Hehet = Diosa primordial del espacio infinito, que tenía forma de mujer con cabeza de serpiente. Pareja de Heh en la Ogdóada de Hermópolis.
Heket = Diosa con cabeza de rana que, a partir del Reino Medio, tenía funciones de ayuda en el parto y benéficas en general; preside los nacimientos como comadrona. Representaba la fecundidad y asistía cada mañana al nacimiento del sol renovado. (...)
Se identificó con Nut y Hathor. Se le adoró en Hermópolis, en Hibiu, aquí como forma de Isis, en Abydos, Antinópolis y Kus.
Etimologicamente a origem do nome de Afrodite pode ter sido egípcia ou, pelo menos, derivado de uma mitologia mais arcaica comum com o Egipto, seguramente por intermédio do império minóico, facto que nos levaria a ter de concluir que Afrodite foi afinal autóctone enquanto mera variante local do mundo geográfico do mar Egeu, outrora liderado pela talassocracia cretense.
Ver: NEFER (***)

Na verdade, se Hator foi a deusa egípcia mais conhecida como tendo tido funções amorosas idênticas às de Afrodite, outras deusas, como Isis, foram identificadas com Afrodite tal como outras, sobretudo Kadesh.
Na verdade, se Afrodite º Hator º Isis º Isis º Kadesh, então, é bem possível que todos estes nomes se refiram à mesma entidade mítica por se tratarem de meras sobrevivências étmicas de arcaicas invocações à Deusa Mãe de que o nome de Afrodite seria, afinal, a mais completa versão.
                   Ki-Kur > Hator.
Afrodite < Ki-Kur-Kiki.
                                 Kiki > Isis.
Ou seja ainda, Afrodite = Hator + Isis. Kadesh < Kathish < KaKi(ur)-Kiki seria apenas uma mera redundância do nome de Isis e uma espécie de corruptela do nome de Afrodite!
De facto, a cultura egípcia com o seu conservadorismo de minuciosos registos, fazia colecção das mais variadas deidades e difícil seria que, a ter existido no Egipto deidade com nome próximo do de Afrodite, não aparecesse nos ricos registos sobreviventes desta prolixa cultura.

APERETISIS

Pois bem, depois de vários anos a trabalhar sobre estas as etimologias divinas é que aconteceu o encontro com o nome da deusa Aperetisis, apenas referida numa listagem espanhola de Rosa Thode & Francisco López.[6]
Enquanto deusa da fertilidade agrícola representada com o toucado hatórico e esposa do fálico deus Min pode-se ter quase a certeza de estarmos perante uma deusa do amor venal semelhante a Vénus e Afrodite.
Nombre egipcio: Aperet-Ast Nombre griego: Aperet-isis = clip_image009 Diosa de la fertilidad y la germinación. Lleva el título de "Mujer importante". En la época griega era compañera de Min en Ajmin y madre de Kolanthes, con quienes formaba una tríada. Se la representa con el tocado hathórico. Fue identificada con Repit, compartiendo con ella el epíteto de Trifis. Además de en Ajmin, tuvo otros centros de culto en Naucratis y Hermiu.
Repit = Diosa leona del IX nomo del Alto Egipto. En su origen es un epíteto que se aplica a las imagenes regias o divinas, luego se convierte en una de las numerosas formas de la Diosa Peligrosa. Tenía un santuario en Athribis, cerca de Ajmin, donde era compañera de Min. En su aspecto apacible se identifica con Aperetisis. En Filé se manifiesta como un ureo. --- EL PANTEON EGÍPCIO.[7]
                                  Aperet-Ast = A-Peret + ast = Aperet + Isis = Aperet-isis.
Kephri < Ka-pher > *A-per + et < A-Peret.
                       Kephri «deus titular de Peret» < *Perit ó Repit.
Kephri clip_image010 "El que llega a la existencia", dios que se creó a sí mismo y símbolo de la vida eterna; forma del dios Ra, que representa el sol de la mañana, la luz naciente del alba que surge de Manu, la montaña de oriente, y el principio de todas las transformaciones que sufren los seres vivos desde que llegan al mundo hasta que fallecen y luego su renacimiento, una vez superadas todas las etapas de su recorrido postmortem.c
Dito de outro modo, se Cafre não era Min(os) poderia tê-lo sido porque o monte Manu pode bem ter sido uma metáfora da proeminência fálica de Min(os), ou vice-versa! De qualquer modo, o mito grego de Eos, a deusa das erecções matinais permite estabelecer as relações semânticas suficientes para postular a relação de Cafre com Min(os) por meio de um arcaico deus ancestral e antepassado de ambos que pode bem ter sido *A-per (> Abel > Apel > Apol > Apolo, também um deus matutino e solar).
Adiante se verá que existem indícios de Apolo ter sido o deus, senão do amor, pelo menos da beleza, no masculino e, logo, o feminino mítico de Afrodite.
A forma Aperet-isis é seguramente uma forma compósita, muito ao gosto sincrético dos sacerdotes egípcios, que, de certo modo, envolve redundância já que *Aperet pode ser a evolução de *Apher-titi < *Ka-Kur-Kiki > *Aker-Isis, ou seja, «Isis nos montes da aurora», significado este que bem poderia ter sido um dos o mais originário de Afrodite, a par com este ainda mais literal:
Ka-Kur-Kiki < Ka-pher-Ki-Ki, lit. «A que traz a vida ao colo os montes gémeos da aurora» = *Sacar-Tite, a Sr.ª dos montes sagrados da aurora! => Afrodite.
A relação das deusas do amor com a noite é incontornável. Há meia-noite do Inverno nasceu o «deus menino» e é com os «sonhos duma noite de Verão» que outros são gerados. A deusa do parto da aurora era, como sabemos, Mut = Taveret que era também a nocturna Nut <= Neit => Anat.

AFRODITE, A NOCTURNA

Melanie/Melanis - dark one; Titles of Aphrodite used at Korinth, Thespiae, and Mantinaea. Melinaea - dark one; used at Meline
Este título de Afrodite nada teria a ver com o escuro melanina se não fossem meras razões semânticas à poteriore ou seja, pela via erudita da terminologia científica moderna. A verdade é que este título de Afrodite deve ter derivado da sua conotação de deusa das doçuras do amor associadas à variante assíria de Melita.

Ver: DEUSAS DO AMOR / MILITA (***)

As razões particulares pelas quais o culto das variantes deste título se conotou com o lado nocturno de Afrodite são-nos desconhecidas. No entanto, Afrodite enquanto mãe do Amor, filho das longas noites de prazer, foi seguramente a Deusa Mãe da noite primordial. Dito de outro modo, Afrodite e Atena teriam sido outrora a mesma deidade, que era ainda na Canaaneia Anat / Astarte, evoluções clássicas tardias da mesma Deusa Mãe primordial que teve a noite como forma mais arcaica e uma das razões metafóricas da origem do mito das virgens negras! Rastos da relação de Afrodite com a Deusa Mãe primordial da nocturna via latia das fartas tetas de Tétis encontramo-las nos seguintes epítetos:
Gaea-ochos - earth surrounding. [8] Galataea - milk giving Goddess
Galata-ea < Gal-| A-Taya < Teja, lit. o «rio (Tejo) de leite»
< Gal-| Atisha < Ishat.
Gaia-ocos quase que permite comprovar a indeterminação que existia na cosmogonia antiga entre os limites da terra e o vão oco dos abismos que separavam o mar primordial do «rio de leite» que era a «via láctea» do céu nocturno de Nut/Tetis. Quanto ao título de Galataea, a «puta divina» e «rainha mãe» de todas as fertilidades desenfreadas e das promiscuidades primordiais, Kali-Tetis, a deusa mãe do fogo celeste e a nutriz das tetas divinas da Noite cosmogónica primordial representada, entre outras vaca divinas, na taurina de Taweret / Hator.

Ver: CAOS (***) & NUT (***) & ATENA (***)
        VACAS DIVINAS (***) NUT (***) & ATENA (***)

Segundo os clássicos, é da noite, senhora dos sonhos premonitórios, que emanam todos os oráculos presididos por Metis, a deusa das sentenças verdadeiras, veiculadas pelos deuses do veneno das cobras órficos dos cretenses.
Te(tis) + Me(tis) = (Te-Me)tis
ó Temis <= *Kime => Thime > Lat. Tim-ore, lit. «a lei da deusa mãe *Kime, «Temível» Noite!
«(À noite) foi-lhe concedida a adivinhação absoluta, não mentirosa,
e dela se diz que revela o futuro dos deuses» (Órficos)
Zeus consultou-a para obter a soberania suprema e por isso, de «Temível» passou a ter o nome de Eufrônia, a deusa da «boa nova», eufronê, e patrona dos.
Eufrônia < Haufran-iha < Hauphur-Ana + Heka < *Kaphuran
                                            Hau-Phur (an)-heka > Euphrasika > Eufrásia.
                                            Hau-Phur-An-Kika = Ana Kaphurthita > Afrodite.
O mais interessante destes nomes reside no facto te partilharem o étimo (A)phro- de Afrodite que parece ter tido conotações semânticas independentes do nome de Afrodite e relacionadas com o nome da espuma das ondas do mar mas, a verdade é que, como se comprova, pode aparecer em nomes que devem ter sido quase seguramente variantes do nome primitivo de Afrodite.
Ora bem, o mínimo que se pode dizer da lógica mítica é que ela é tão ofuscante como as epifanias sagradas e persegue a caligrafia sinuosa dos trajectos divinos!
O filho órfico da Noite foi Eros Protágonos que quase todos os mitógrafos supõem diverso do filho de Afrodite! Porém, pressupor dois deuses do Amor diversos no tempo e no espaço seria tão aristotelicamente ilógico quanto pode ser demonstrado sendo isso como insustentável, também na lógica mítica. Seguramente que os Erotes estão dentro desta mitologia de heterónimos do «deus menino primordial».

Ver: EROS (***)

Protágonos <= Grec. proton = começo. E porque? Seguramente porque deriva de *Phro-tan, lit. «a cobra que vêm antes» do dia, tal como a cabeça da cobra seria a sua primeira epifania nos cabeços dos montes gémeos primordiais que transparecem acima da linha do horizonte! < *Phoro-Phan < Kur-Tan.
Eros < Heros < Horus < Kur-ish, filho do Kur > Ishkur.
                                       óPhoros > Poro.
Segundo a teogonia de Alkmen, Poro (< Lat. poru < Gr. póros, passagem foi o primeiro descendente do mar primordial que teria sido Tétis. Pois bem, este deus não seria outro que Eros Protágonos, irmão gémeo de Tekmor (= «fim», do mundo, < Te-*Kime-ur => Hermes, o deus Terminus, dos marcos territoriais) e Scotaios (= escuro do Kur, ou seja Ishkur, o *Escoto < *Ish-Uto, lit. «O filho solar da Noite, Uto, a pequena centelha de luz primordial).
Scotia – of the darkness; Aphrodite as sea Goddess.
Tudo isto é tanto mais plausível quanto reforça o que se pode inferir da análise do étimo Afros-. A relação entre Phan e (A)phro(s) é neste caso tão tangencial como o aparecimento do sol depois dum eclipse solar sobre o crescente lunar sendo quiçá desta ressonância que decorre, também ou em simultâneo, o reforço fonético do «phi» inicial de ambos os termos seguramente intrínsecos à fonologia dos falares egeus primitivos.
Este Eros Protágonos teve o papel de Cronos Ankulometes, lit. «O de mente tortuosa» porque:
Ankulometes < angulo-Metis < An-Kur-Ka-Maat(is)
<= (An)-Ka-Kur-Maat(is), lit. “filho da deusa (An) *Sacar-Maat” que era a Deusa Mãe *Sacar-Tite, a Sr.ª dos montes gémeos que tornam angulosos os contornos das linhas do horizonte. Ora, *Sacar-Tite era precisamente Afrodite!
Tendo sido a Noite a mesma que Tetis do mar primordial natural seria encontrar nos epítetos de Afrodite variantes marinhas relacionadas com as profundezas abissais.
Salassomedoisa –- ruler of the sea. Rosmarina – dew of the sea. Pontia – of the deep sea.  Pelasgia – sea.

Ver: APHROS (***)

AMBOLOGERA

Ambologêra, lit. «she that puts off old age», youth-prolonging, Spartan title of Aphrodite (Paus.3.18.1.)
<= Ambola , middle of ship'syard. <= Anabolê , poet. Ambolê = that which is thrown up, a mound <= anaballô = I. of things: to throw or toss up. II. of actions, 1. striking up, prelude 2. putting off, delaying.
Gêras = old age => geras = gift of honour.
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Figura 9: Afrodite (Abologira?), deambulando sobre o seu animal de transporte, o cisne, uma das muitas representações desta deusa que a tornam suspeita de ter sido outrora esposa de Zeus enquanto Leda/Leto, ou mesmo enquanto o mais arcaico dos avatares da Deusa Mãe que na Etrúria foi Turan (< Ish Kar An >), Hathor no Egipto e terá sido Hora em épocas arcaicas antes de acabar Hera, a deusa clássica da feminilidade domesticada pelo peso das formalidades aristocráticas.

Ver : LEDA E O CISNE (***)

Ambologera = Ambolê-gêras, lit. “a que atira ao ar a velhice”!
No entanto, o significado deste epíteto, ainda que possa ter tido sempre esta conotação de rejuvenescimento que só as deusas do amor conseguem, pode ter tido outra origem étmica que necessidades de adaptação linguística ocultaram. Na verdade, o conceito de rejuvenescimento esteve sempre relacionado na mitologia com o estranho fenómeno da «mudança de pele» das cobras.
Ambol < | Grec. Anabolê < Ana-phor(ê) < Enwor | < Enkur | +
Ogera < | Ogira |< Ophira < *Kaphura|, ou seja,
=> Ambologera = *Aphor- + Ophia, Afrodite seria a *Kaphura que penetra no Enkur, o templo do Sr. dos infernos, ou seja, a deusa do «decesso de Inana» seguido do seu rejuvenescimento!




Foi por isso que Afrodite foi conhecida também como “a que está ao lado do deus de Amiclea que era Apolo?
Amiclea < | Hamu = Damu(z)| de | Calea (?) < Kaurea > Caria.
Em qualquer dos casos, poderia ser já metade de Afrodite Ambologera pelo étimo *Aphor-, como adiante se verá!
Em boa verdade, sendo Ophira a Deusa Mãe «das cobras», síbolo primordial do fogo sexual pode ser sinónimo da Kika.
Ambologera = *Aphor- + | Ophira = Kika| º Aphorkiki > Afrodite.
Ou, Ambolo-gera =>? Ãbol Okyra
=> Apholowira, literalmente a “mulher de Apolo”?

AFRODITE APOLónia

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Figura 10: Apolo na alcova de Afrodite…Apolónia.
Emballô =  to throw in, put in
Uma via etimológica deste tipo seria sobretudo sugestiva da existência mais do que provável de relações de Afrodite com Apolo pois, sendo Ambologera quase literalmente sinónimo da que gera o movimento que faz penetrar os «êmbolos», escoar o tempo nas «ampulhetas» e aumentar o volume das «ampolas», não apenas no sentido da mera atracção sexual como sobretudo no da atracção universal que gera o movimento diurno do sol no firmamento, ela é Eos, a estrela grega da manhã, a deusa que desperta o sol, adormecido pela noite, para as incontidas erecções matinais!
Rhigidenes - she who makes rigid.
Este epíteto empolado de Afrodite não deixa margem para dúvidas sobre o conteúdo erótico dos seus poderes.
Rhigidenes < Reha Gi-Den(es) < Urka Ki-tan(ish), lit. “a filha do crescente lunar”.
De facto, Apolo foi um “deus do amor no masculino”, por vezes até do homossexual ou, pelo menos, dos devaneios amorosos dos jovens recrutas desvairados, particularmente na versão de Apolo Carneios. Um dos epítetos sugestivos deste deus foi Febos.
Ora, este nome deriva dum arcaico nome de deus Ka-Ki-Kus, lit.o filho do deus do fogo” > O-phewus > Ephobus > «Efebo» > Phoebus = o «jovem» <= Phoebe > Hebe.
Phoebe = "bright moon. She was a Titan(< Ki-Tan > «Quitana»), the daughter of Uranus and Gaea. She is identified with the moon like her Roman counterpart Diana. By her brother Coeus she is the mother of Asteria and Leto. Through Leto, she is the grandmother of Apollo and Artemis."
A possibilidade de conotar etimologicamente Afrodite com Apolo é inevitável sobretudo a partir do núcleo arcaico da *Kiphura que seria o casal de cobras divinas adoradas em Creta. Então,
*Kiphura macho => Kaphur-lu > Hapullo > Apollo.
*Kiphura fêmea => Kaphur-Kika > Haphortite > Afrodite.
De facto, o rasto étmico destas andanças vamos encontrá-lo no nome de Kupalo, a deusa eslava do amor sexual.
Kupalo = deusa eslávica da cópula.
Apolo < Kapulo ó Kupalo < Ki-phur(a) => Afrodite.
                                                > Lat. copula > «cópula» = «união ou ligação sexual».

AFRODITE ANADIOMENE
O epíteto de Pandemos, que no Simpósio platónico é atribui à deusa do amor venal, não será pura invenção deste porque não significaria o que Platão pretendeu (a saber: «deusa do amor comum», de todos os mortais), pela simples razão de que só os platónicos confundem os amores!
It is said that because of the different opinions about these love matters, ther were in Thebes three different wooden images of Aphrodite. Urania, Pandemos and the third was called Apostrofias (Rejecter), meaning that mankind should reject this kind of passions and acts.
Na verdade, o termo Pandemos poderia significar uma referência ao pandemónio que o vulgo e os sátiros faziam nos bacanais dionisíacos. Semiologicamente Pandemos constitui uma alusão ao deus Pan que constituía o protótipo masculino dos deuses da fertilidade na época da pastorícia já depois do aparecimento dos deuses vulcânicos dos domínios infernais do Kur de que descende Afrodite.
[1.14.7] Hard by is a sanctuary of the Heavenly Aphrodite; the first men to establish her cult were the Assyrians, after the Assyrians the Paphians of Cyprus and the Phoenicians who live at Ascalon in Palestine; the Phoenicians taught her worship to the people of Cythera.
Among the Athenians the cult was established by Aegeus, who thought that he was childless (he had, in fact, no children at the time) and that his sisters had suffered their misfortune because of the wrath of Heavenly Aphrodite. The statue still extant is of Parian marble and is the work of Pheidias. One of the Athenian parishes is that of the Athmoneis, who say that Porphyrion, an earlier king than Actaeus, founded their sanctuary of the Heavenly One. But the traditions current among the Parishes often differ altogether from those of the city. - Pausanias Description of Greece 1.14.7.
One guest in Plato's Symposium distinguished two Aphrodite, though more as philosophical reflection than mythological account. The elder, Aphrodite Urania (Heavenly), he called the daughter of Uranus, of no mother born, and the younger he called Aphrodite Pandemos (Common), daughter of Zeus and Dione. These two Aphrodite stand respectively for a nobler and meaner kind of love. [9]
Figura 11: Afrodite Anadiomene.
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Pandemos < Phan Thimos, lit «Panes, o deus da luz e do amor primordial»
< Than Kemaush, lit. «o deus cobra macho, filho da deusa terra *Kima»
< Kian Damuz, lit. «Enki o amante da Deusa mãe» e Sr. «todos os fogos da freguesia».
The best known image of Aphrodite is of a tormentor to mortals, a spiteful, lazy Goddess rather inept at her only area of responsibility. However, this image comes from a later time and a small elite, when attitudes to sex and love had become so unhealthy she was given two contradictory aspects. Porne 'titillator' or Pandemos 'of all the people' for sexual love and the general populace, and Urania 'heavenly' for desexed, 'high classed' love. The title Porne has entered modern English in the term pornography, negative portrayals of sexuality and sexual pleasure, particularly of women. [10]
Porne < Phorne + Kiki => Lat. Fornax.
                           < Phour | < Kur | -An-Kiki > An-Phro-titi => Afrodite?
Ao falar de Artemisa se verá que do étimo *Kime se vieram a derivar múltiplos termos relacionados com as comodidades das cozinhas e o aconchego das lareiras domésticas entendendo-se assim que tenha sido duma conotação administrativa do tipo do velho termo censitário português de «fogo residencial» que se tenha derivado o étimo da democracia.
Anandyomene - she who rises from the waves.
Figura 12: Aphrodite Anadyomene. Myrina (Kalabaksaray). Late Hellenistic Period, 1st century B.C. Baked clay. Istanbul Archaeological Museums.
Mas, pudemos aceitar também que constituía uma variante de Anadiomene = Ana-dio-mene Ana Thyo Mine, literalmente o divino casal minóico que tem a posse dos «manes», as leis do céu, de que derivaram os manus > munus dos latinos. Claro que este nome de Afrodite encobre uma reminiscência homenageosa à arcaica deusa suméria Inana < Nin Ana, Sr.ª (esposa de) An, rainha do Céu. Mas, como esta mesma deusa era a também Terra Mãe era Ki. Então, se Inana era a terra mãe do céu Ana era Ki e neste caso Anadiomene não é senão uma variante dum epíteto da deusa mãe que Afrodite também foi, (pelo menos enquanto deusa protectora das mães solteiras!).
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Alias, adiante se verá que foneticamente falando Afrodite só pode ter sido a Ninhursag, a «nossa Sr.ª do monte» da Suméria!

Anadiomene
< Ana Ki(o)me An
< Inana Kime
=
Ana
Kime An
Pandemos
< Ki An Kime
< Kian Kime
=
Ki
Kime An

Ora bem, adiante se vera que a raiz étmica *Kime- pertence a Artemisa.
Egg was an egg of wonderful size that is said to have fallen into the Euphrates River. The fish rolled it to the bank and doves sat on it, and when it was heated it hatched out Aphrodite, later called Syrian Goddess. [11]
A origem síria de Afrodite constitui um equívoco antigo que tem que ter uma explicação.

Ver: CIBELE / DEA SYRIA / DEASURA (…)

AFRODITE CALIPÍGIA

A relação de Afrodite Calipígia com a estética das «belas nádegas» deve ter surgido à posteriori em relação com aspectos contingentes dos cultos da «fertilidade agrícola» que tinham *Kar-tu, a «Deusa Mãe» da Abundância e da Fortuna, como deusa de «farta» figura e de generosos «partos».
Pugê (to pugê is a barbarism in Aristoph.) = · rump, buttocks. Kalias - Goddess of the grotto; originally separate Samothrakian deity. => Kallipygos - beautiful buttocks.

Ver: FORTUNA & ABUNDANTIA (***)

Analisando as variantes conhecidas de nomes de entidades mitológicas foneticamente próximos do de Afrodite, verificamos que o que existe de comum nestes nomes é de facto a raiz *aphros.
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Figura 13: O tão cantado «cu» de Afrodite Calipígia", lit. «a de belas nádegas». (from the Farnese collection in the National Museum of Naples).
Hard by is a sanctuary of the Heavenly Aphrodite; the first men to establish her cult were the Assyrians, after the Assyrians the Paphians of Cyprus and the Phoenicians who live at Ascalon in Palestine; the Phoenicians taught her worship to the people of Cythera. Among the Athenians the cult was established by Aegeus, who thought that he was childless (he had, in fact, no children at the time) and that his sisters had suffered their misfortune because of the wrath of Heavenly Aphrodite. The statue still extant is of Parian marble and is the work of Pheidias. One of the Athenian parishes is that of the Athmoneis, who say that Porphyrion, an earlier king than Actaeus, founded their sanctuary of the Heavenly One. But the traditions current among the Parishes often differ altogether from those of the city. 1.14.1
[3] When Theseus had united into one state the many Athenian parishes, he established the cults of Aphrodite Pandemos (Common) and of Persuasion.
The old statues no longer existed in my time, but those I saw were the work of no inferior artists. There is also a sanctuary of Earth, Nurse of Youth, and of Demeter Chloe (Green). You can learn all about their names by conversing with the priests. 1.22.1--- Pausanias, Description of Greece,
Anaphor-a, hê, (anapheromai) coming up, rising, a. poieisthai rise. anaphros, on, without froth. anapherô, poet. amph-, I. bring, carry up, [Kerberon] ex Aïdao; raise up.
Então,
Anaphros > *Aphro-.
 Aphor-izô, “marked out by boundary-pillars”, conotação relacionada com os pilares megalíticos que os marinheiros utilizaram atém aos padrões dos descobrimentos portugueses para se orientarem em relação a futuras viagens e marcarem os seus direitos de pertença a partir de uma homenagem ritual ao deus dos comerciantes e marinheiros que foi Enki/Hermes.
 Aphrour-êtos, on, desguarnecido porque guardado pelos deuses.
 Aphrast-os, on, (< phrazô) idem.
 Aper-opia = ilha, lit. «terra cercada de pilares megalíticos e de mar»!
Aphro- < Aphyro < ??? < *An kur + kika => Kaphurki >Africus > «Africa».
Africus - The Roman personification of the south-western wind.
A questão seguinte é saber qual foi a origem do étimo *afro- porque as suspeitas de que uma antiga deusa asiática andou metida no nascimento de Afrodite são não apenas conhecidas como de presumir no contexto cultural da própria origem da cultura grega. Mas, Afrodite terá mesmo chegado à Hélade sem nome grego, como dizem os poetas da teogonia?
Umas deusa desta importância deve ter existido sempre na cultura Egeia tanto mais que em Creta o culto de deusas das cobras era lendário!
Ora, literalmente o termo grego aphros é «espuma» do mar < Ish-kima (> «escuma» >) At-kima > Tiamat, a deusa mãe do mar primordial.

Ver: APHROS- (***) & KIMA (***)

Na verdade, a «escuma» do mar, melhor dito (por Homero) do Oceano, reporta-nos para Enki e deste para Amphitrite, como acabamos de fazer. Deste modo, fica não só explicada uma das vias alternativas prováveis de derivação do nome desta deusa como fica explicado o equívoco que levou à génese do mito do nascimento de Afrodite.
Claro que esta história da espuma é pura fantasia de Hisíodo, possivelmente por mera homossemia em torno das voltas que o nome de Afrodite tinha entretanto sofrido. Se assim não fora muitos teriam sido os nomes e os deuses nascidos da espuma do mar, como se viu na séria anterior!
Deste equívoco teria nascido o epíteto de Afrogénia, literalmente a «nascida da espuma», como reminiscência do nome da deusa Mater Genitrix de que derivam a nórdica Gina e o étimo grego de mulher *Gynos-.
Genetyllis - Goddess of one's birth hour.
Semanticamente próxima destas está o nome de Ifigénia.
A verdade é que na mitologia Suméria existia o estranho conceito denominado E-galgina: "The everlasting palace" nome dum templo ou palácio dos infernos que seria muito seguramente a maternidade paria dos deuses. Assim, mutatis mutandis, pode conceber-se o epíteto da Grande Deusa Mãe que habitava este lugar das entranhas da terra como tendo sido Engalgina.
Engalgina < *An-kur-kina > A(n)phurgina > Afrogénia.
Ifigénia (< Iki Kainea < *Kiki Kiania => Isis Epifania, a que deus à luz o filho de deus!)
O mais provável é que o termo grego aphros, com o significado de «espuma», tenha sido derivado de Anfitrite, a cobra de água cuja mordedura fazia escumar as suas vítimas, ou do próprio veneno considerado o cuspo das áspides ou, de forma mais subtil, do esperma que o sexo masculino ejacula como cobra cuspideira[12].
Na verdade, sabendo-se que as línguas latinas modernas são de certo modo o cemitério do "lixo" semântico da história (ou pelo menos o repositório das vicissitudes duma prolongada e repetida miscigenação linguística) natural seria encontrar uma reminiscência étmica destes factos na língua portuguesa. Ora, do étimo afro- temos apenas a referência ao neologismo «afrósina» que é uma óbvio tradução literal do grego.[13]
It is the image of the armed and terrifying maiden that is associated with the birth from the head of Zeus. The Iliad alludes to this mythologem. Ares reproaches Zeus for giving birth to such a daughter and describes at the same time her terrifying force in battle. In his rage he gives her the epithet aphron ("crazed," "frantic"), by which he calls into question any association she might have to prudence and wise counsel. This means, though, that Athena's close connection to Metis was very familiar to the poet and to his audience. It was precisely at her epiphany from the head of the father that her quality as a Goddess of war came to the fore, and this is equally true in all three classical passages which testify to this form of birth. -- Athena, Virgin and Mother in Greek Religion (1952), Karl Kerenyi
Mesmo assim, o seu significado de demência, para além da que deriva naturalmente do patos da paixão, aponta para a possibilidade de estarmos em presença de uma referência ao sintoma mais evidente dos doentes epilépticos (ou histéricos e até demenciais) que se espumam durante os ataques. Mas, a relação entre o acto de estrebuchar e espumar e o étimo afros- pode derivar duma relação com as cobras cuspideiras, também de natureza médica empírica mas, que viria já dos primórdios da medicina. É que, os envenenamentos alimentares por áspides costumam provocar vómito, aspiração de vómito e componente asfíxico; sintomatologia agónica de "cogumelo de espuma" e reacções vagais de sialorreia (vulgo, espumar pela boca).
Aphruktos, on, unroasted, ·  and so, crazed, frantic,; silly, foolish,
Com a mesma semântica de algo que fermenta se relacionam os «ferimentos» que entumecem de inflamação e que, por isso mesmo reportam a origem da medicina para as artes femininas da farmácia (< Kar-Ama-kakia > Artemisa) e da culinária alquimia (< Ar kime) que teria a protecção do culto mágico das cobras que permanece no símbolo do caduceu!

AFRODITE URANIA

Mas, a «espuma» do mar é a porção flutuante da acção das vagas o que apela para o conceito de flutuação como componente fundamental destes termos.
Desde logo por ser suspeito de que metaforicamente a espuma do mar foi associada com o esperma do deus dos oceanos necessário à fertilidade da fauna marítima sob a responsabilidade de Enki pelo que, no fundo, apenas se está a insinuar que Afrodite era filha de Urano, razão pela qual ela era Afrodite Urânia.
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Figura 14: Urania e Clio em versão maneirista.
Rangda = Balinese goddess of Fertility/Sexuality/Lust.
Rangda < *Ra-ungida, «lit. «ungida por Ra»! < Ra-Enki-tha < Uran-Kika > Uranish(a), lit. «filha de Urano».
Sophia-Prunikos = A Gnostic Aeon.
Sophia-| Prunikos < Phuranicus < Kuranisha > Hauraniha > Urânia!
Deste modo, a transformação de Urânia na musa da astronomia deve ter resultado de um equívoco posterior de eloquência que esqueceu que as musas teriam sido outrora «ninfas» (< Anuphias) e filhas de Anubis / Enki, como Inana/Afrodite/Urnia.
Frouida : Ninfa de torrentes y fuentes termales à qual, Materna, filha de Flaco, ergueu uma dedicatória.
Frouida < Phrowida (=> Agua «Fervida» = pop. Frobida ??? < Lat. Fervita) <
Phro-Wida + Ki > Ki-Kur-kika > Afrodite.
Uma conotação do nome de Frouida com o da rainha britânica Bodica, que enfrentou a arrogância dos romanos, permite o seguinte resultado interessante:
Bodica < Wau-thita < *Kakika, lit. «a filha de Ki» como foi Istar!
Frouida < Phrowida < Bro-thita + Ki > Aphrodite.
Assim, se Frouida  ou Frobida teria sido a forma mais ocidental de Afrodite, e Freia ou Freixa a mais nórdica, e suspeitando-se que estas culturas teriam resultado de uma propagação para ocidente das culturas neolíticas peri-mediterrânicas por força do expansionismo, lento mas inexorável, da talassocracia cretense, temos que concluir que o culto do nome de Afrodite, pelo menos na sua forma Kur-kiki, já existia em Creta na forma virtual *Kartu. Assim, dizer que Afrodite nasceu em Chipre seria uma bela metáfora da sua origem nesta ilha se a verdade não fora outra. Afrodite é que deu origem ao nome de Chipre enquanto colónia de Creta.

NASCIMENTO DE AFRODITE

Aphrodite: There are two versions of Aphrodite's family background. According to Hesiod's Theogony, lines 190-200 she was one of the most ancient deities, born from the foam surrounding Ouranos castrated genitals when they fell into the sea. In Homer's Iliad 5 Aphrodite is depicted as the daughter of the minor goddess Dione and therefore as belonging to a younger generation of gods. The discrepancy between the two versions gave rise to one of the most important philosophical discussions of myth in classical literature: the speech of Pausanias in Plato's Symposium. Pausanias identifies the older, motherless Aphrodite as 'Ourania' (literally 'heavenly') and the other as 'Pandemos' or 'vulgar', 'of the people'.
Ora, se a relação de Afrodite com a espuma do mar não aparece à tona das claras águas de etimologia grega aparece assim no nome da deusa das fontes termais dos lusitanos. Na verdade, este sentido de coisa que «ferve» ou é «leve e flutuante» vamos encontra-lo em étimos com fro- (supostos derivados do latino flu-, fru e fro-) em palavras como [14]«frota, froco, fronde e fronha». Porém, suspeito que a relação mais arcaica e expressiva destes sentidos tenha andado relacionada com a espuma da cerveja, senão por forma primária pelo menos por reforço secundário. Na verdade, em português arcaico e, ainda hoje, nos falares correntes do povo do Alto Douro o frumento é uma forma fonética de fermento (< segundo ao dicionário universal da Texto Editora do Lat. farimentu). Ora, tal etimologia é estranha pois o dicionário do The Perseus Project, fornece para este sentido 19 palavras das quais uma é literalmente fermento mas, nada para farimento. Aceitamos no entanto a possibilidade de tal estranho facto sem nos admirarmos muito até porque a farinha (eng. flour), sendo a flor dos cereais, pode conter o étimo far- < fla- < flo- < phro-, o que do mesmo modo nos reporta para os deuses anfíbios pois em grego pode ter o nome de amphimasta, amphithalês em latim a flor da farinha pode ser atacinus (< ata? Kian), cibarius (< Kiwerius), corycus (< Karikus), laganum (lacus?), navius (< ankius) entre outros termos mais ou menos enkianos.
Para «fermento», os termos latinos mais referidos são lacus, aestus, ferveo, e tumeo e, com apenas 6% de frequência, fermento enquanto que os termos gregos mais referidos são: aganakteô, meteôros, oideô e, com apenas com uma frequência de 1/1500, aphubrizô. Claro que de aphubrizô (= aphur- wizô < kaphur isco > aphro zêo) se poderia chegar próximo de aphro- e, na inversa, a algo com ressonâncias enzimáticas. Porém, tal percurso leva a uma época tão arcaica da oralidade helénica que de tal virtualidade só restará um pálido rasto de 1/1500 na escrita grega. No entanto ele revela-se em termos como ana-phurô < phurô, seguramente que relativo ao amassar do pão!
Ana-phurô (mix up, confound) phurô ·  mix something dry with something wet, mostly with a sense of mixing so as to spoil or defile. II. metaph., jumble together, confound, confuse, ·  Pass., to be mixed up, 2. Med., mix with others, mingle in society 3. confound, 4. Pass., metaph., to be mutually befouled  (Prob. cogn. with porphurô.) aphurtos, on, unmixed. Adv.
No entanto, a simples possibilidade de chegarmos a algo parecido com *kaphurisco como arcaico conceito de fermento (literalmente fogo de kaphura) e também, ainda por cima, próximo de effervesco, um dos termos latinos para fermento, é já só por si, algo de espantoso!
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Figura 15: No mais conhecido dos nascimento de Vénus, o de Boticelli, o vento Zéfiro sopra a espuma, à flor do mar, enquanto a Deusa Mãe, já grávida de novos deuses, se apressa a «correr os panos» da cena, porquanto se ressente ainda das dores de parto.
De facto a cerveja, como o vinho, «fervem» (> lat. deferveo, effervesco, ferveo e... «fervor») quando fermentam e ganham gazes, espírito (aestus em latim, meteôros e pneumatoô, em grego!) e, por isso, espumam. O conceito de espuma do mar no nome de Afrodite só pode resultar de uma mera contingência e por inferência posterior.
The same principles by which these simple cases are explained furnish also the key to the more complicated mythology of Mexico and Peru. Like the deities just discussed, Viracocha, the supreme god of the Quichuas, rises from the bosom of Lake Titicaca and journeys westward, slaying with his lightnings the creatures who oppose him, until he finally disappears in the Western Ocean. Like Aphrodite, he bears in his name the evidence of his origin, Viracocha signifying "foam of the sea"; and hence the "White One" (l'aube), the god of light rising white on the horizon, like the foam on the surface of the waves. [ [15]]
De facto não se pode negar que o nome de África chegou aos latinos pela mesma via marítima e, por isso tem em comum com Afrodite mais o mar do que a espuma. Mas, numa área de divindades do amor estranho seria se toda esta escumação não derivasse antes de mais da experiência universal da sexualidade que ainda hoje serve de paradigma intuitivo para avaliação do conteúdo afectivo das situações vivências, de forma explícita na linguagem brejeira ou nas implicações freudianas carregadas de duplos sentidos!
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Figura 16. Vénus Marina, dum fresco mural romano de Pompeia em postura de Anfitrite. A semelhança formal deste nascimento de Vénus Marina com a de Botticcelli é flagrante. A possibilidade de Afrodite ter sido Anfitrite é também muita tanto mais que um dos animais de transporte de Afrodite e o peixe e porque como deusa mãe dos cretenses seria esposa de Neptuno, deus supremo da talassocracia minóica.

ANACORETAS

Cobras a escumar fogo pela boca só poderia ser uma alegoria óbvia da ejaculação masculina que começou a ser relevantes nos cultos agro-pastorís da fertilidade assim que a humanidade descobriu o papel relevante dos machos taurinos na fecundação das fêmeas! Como é óbvio, o que se afigurava era importante para a humanidade primitiva era sagrado logo o esperma[16] deveria ser um elemento ritual dos cultos arcaicos de fertilidade. O étimo *Phor-, dos cultos solares taurinos da fertilidade, deram origem não apenas ao termo esperma e esporo como ainda ao nome do espírito eslavo da fertilidade e do crescimento agrícola, Spor.
Ora, o étimo grego aphro- é foneticamente próximo de acro-, étimo também helénica mas, mais arcaico e presente no nome da Acrópole onde tem o significado de “cidade alta”.
Claro que o sentido de “altura e elevação” do étimo acro- de Afrodite lhe vem do nome do deus Kar / Kur (o sumeriograma dos “deuses protectores” hititas de que derivam os termos sumérios Kal para soberano, hal > al para elevado e gar e gal para forte e poderoso) enquanto variante de Istar. No entanto, um termo que revela de forma flagrantemente arcaica a relação destes termos com a montanha do Kur vamos encontra-la no conceito bizantino do “anacoreta” do grego ἀνα-χωρ-έω, ana-chōr-eō, significando "voltar para trás, recusar participar em batalha ou trabalho". No entanto o étimo ana- significaria para cima, ou para o alto o que deveria significar originalmente retirar para o topo da montanha. Esta confusão terá sido a responsável pelo estranho fenómeno dos estilistas que seguiram Simeão Estilita, o Antigo.
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Simeão nasceu no norte da Síria, perto da moderna Alepo, tendo começado a sua vida como pastor. Em 403 a. C. ingressou como monge em Teleda, tendo adoptado práticas de austeridade extremas que geraram críticas e o afastamento da comunidade. Mudou-se então para Telnessin por volta do ano 412. Viveu como eremita numa cela e depois passou a viver no topo de uma coluna preso por uma corrente (tornou-se um estilita). Foi adoptando cada vez colunas mais elevadas, tendo a última onde viveria durante trinta anos (entre 429-459) dezassete metros de altura. O que era necessário à sobrevivência era levado através de uma escada.
Figura 17: Simeão Estilita, numa representação que demonstra que o cristianismo não terminou com a mitologia. A concha de que nasceu Afrodite está neste ícone.
Deste modo, quer o artista tenha tido ou não consciência disso, a verdade é que este ícone parece querer dizer que no topo da sua coluna o asceta apenas procurava proteger-se das mordeduras da cobra do pecado da luxúria afrodisíaca. Por outro lado, o extremo aceticismo deste anacoreta mascara também uma forma extrema de literalidade semântica do que deveria ser um verdadeiro “anacoreta” como o soldado (que abandona a guerra) por uma causa mais alta, ou o que sobe ao mais alto monte. Em qualquer dos casos a semântica do termo grego ana-chōr-eō ressoaria ainda na Anatólia como algo parecido com o que teria sido originalmente.
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Figura 18: Academia Nacional de Atenas.
Ana-chōr < A(na)kur > acro- > (Lat. *acru < acer???) > agro-.
                          Afro- < acro- <= Karo < Kar > gar > Gal > hal > Al.
Notar apenas que o lado «amargo» das alturas patente no étimo agro- apenas reflecte o obvio que é a rudeza amarga, dura e crua da vida serrana e sobretudo das amarguras da terra ferida e rasgada em sulcos pelo arado e pela charrua!
O «acrotério» (do grego acro-térion = elemento mais elevado) é um elemento ornamental utilizado como coroamento decorativo do frontão do templo, tanto no seu vértice central como nos laterais (acrotérios angulares), podendo ser encontrado também em urnas funerárias e sarcófagos como resultado da tentativa de transposição da forma do templo para estas construções.

Figura 19: Um dos mais belos «nascimentos de Vénus» em versão moderna, das muitas feitas «à toa», «à tona» da espuma das águas do mar nas praias orientais da «boa vida»![17]
A cidade de Ekron (hebreu: ʿeqrōn, transliterado também por Accaron) era uma das cinco cidades da famosa “pentapolis” dos filisteus situada no sudoeste de Canaã. Esta cidade tinha por deus o famoso
2 Reis 1:2 (O Livro): 2O novo rei de Israel, Acazias, caíu da varanda de um quarto, num andar alto do seu palácio em Samaria, e ficou seriamente ferido. Na sequência disso enviou mensageiros ao templo do deus Baal- Zebube, em Ecron, para perguntarem se ele se curaria.
No entanto, Ba‘al Zəbûb em hebreu significa literalmente "senhor das moscas" e em árabe o nome manteve-se como Ba‘al Azabab para continuar literalmente "Deus das Moscas". No entanto, o estudante bíblico Thomas Kelly Cheyne sugeriu, e com toda a razão que poderia ser uma corrupção derrogatória com premeditada intenção difamatória por parte dos sacerdotes hebreus para o nome de Ba‘al Zəbûl, "Senhor dos Lugares Altos" (i.e., Céu) ou "Altíssimo Deus". De facto, Ze-bul também é o nome do sexto dos sete céus do misticismo judeu. Como as coincidências só incomodam os crentes é quase seguro que o nome da cidade de «Istambul» seria também uma homenagem ao altíssimo Sol onde bul- aparece como variante do hitita tel- ou del-!
Ze-bul < Ke-Wur < Ki-Kur => Cibel!
Ekron < Accaron < Acr-Anu < *Ki-Kur-Anu = Hadad = Baal Zebul.
Pois bem, aphro- está relacionado com acro- por se referir seguramente a tudo aquilo que sobe à tona das águas tal como em português popular a «escuma» da cerveja sobe ao cume das vasilhas, que eram os cântaros e as «ânforas», e dos cálices (< calix < Kar kiki + Anu => Afrodite Potinija, a deusa aguadeira por excelência!).

DICTE

Britomartis es una diosa de Creta y anterior a los griegos, que más tarde se asimiló a Artemisa. Su principal templo estaba en Cidonia. Era hija de Zeus y Carme. Minos se enamoró de ella, pero prefirió huir a la montaña y ocultarse allí por espacio de nueve meses. Más tarde, huyendo de su importuno amante se arrojó al mar, pero fue rescatada por las redes de los pescadores. De donde el nombre de Dictina que se le da. Fue llevada a Egina tan pronto como Minos se alejó. Ya en Egina otra vez intentó Minos aprisionarla, pero ella huyó a un bosque consagrado a Artemisa. Probablemente es una diosa de la fertilidad que se relaciona también con el culto al mar. La roca, el bosque, el mar, tienen relación íntima con dioses primitivos como ella.
La déesse antique n'a jamais complètement disparu; elle est restée sur des pièces de la ville de Cretan, sous son nom ou celui de Diktynna, la déesse du Mont Dicté. C'est dans une grotte située sur ce mont (grotte de Psychro) que Zeus naquit. Rhéa, sa mère, s'y était réfugiée pour le soustraire à une mort promise par son père, Cronos.
Cette dernière est représentée avec des ailes, un visage humain et saisissant un animal dans chaque main tout comme Potnia Theron, la maîtresse des animaux.
Dic-te ou Dic-tina ou Dictumna seria um dos nomes do trio cretense que veio a ser Afrodite / Atena / Artemisa.

Ver: ATENA OBRIMOPATER (***)

*Dicatumina reporta-nos para o deus virtual *Atumno que teria estado na origem de todos os “deuses meninos” dos mitos de morte e ressurreição pascal. Se o principal templo desta deidade estava em Cidónia e porque esta era a dona e senhora desta terra. Ki-Tan-ia era a cobra sagrada deste lugar e *Dicatumina era possivelmente Korê, irmã e esposa de *Atumno.
Resgatada nas redes dos pescadores, *Dica-tumina, a virgem doce (Brito-Martis) de todas as boas «dicas» seria o radical em falta de Afrodite. Assim, a etimologia do radical -dite de Afrodite tem origem étmica e semântica a partir da deusa do fogo Kiki (/Kuku/Kaku/) ou Caca e permite-nos suspeitar que nos estamos a aproximar das origens telúricas da terra em fogo que terá sido uma das causas da mitologia da cobra, pelo menos na sua vertente mítica de dragão que cuspia fogo. De qualquer modo Enki / Damkina teriam muito a ver com o culto desta entidade cretense.
A mistura dos deuses do fogo com a espuma da cerveja reforça a relação do nome de Afrodite com o nome micénico de Potinija, aliás numa estranha mistura com o conceito de divindade nutritiva das taurinas tetas com o nome da deusa latina Potina já indiciava. Não será também por mero acaso que a cerveja era utilizada, até há bem pouco tempo, como tónico pediátrico.
Potina; deusa latina da medicina «pediátrica».
Ou seja, a etimologia verdadeira do nome de Afrodite reporta-nos para uma deusa micénica Potinija (< Pot E(a)nkia) a esposa de Enki, a primeira deusa taberneira a fazer bebidas espirituosas e por isso, a primeira «copeira» dos deuses que Afrodite terá sido na sequência de uma função muito mais arcaica de «deusa mãe do poder de fogo da terra». As suas sacerdotisas potinijas eram as que tinham o segredo dos licores e a vende água-ardente produto que antes de se terem transformado em «poções mágicas» de guerreiros foram tónicos medicinais razão seguramente relacionada com o facto de as «deusas do amores nocturnos» serem também as «deusas das erecções solares» e logo, sempre deusas do parto.
Atarbechis = a town in Egypt with a temple of "Aphrodite". Athribite = province in Egypt. Aparytae = a tribe in the eastern part of the Persian empire (possibly the modern Afridi).
Atarbechis < Atarwekis < Atary kiki < *Akurkiki > Afrodite.
                                                  > Athribite < *Akurkiki
                 Aparytae < Aphary-Tite < *Akurkiki > A
                                                          > Afridi(te).
Afrodite < Aphortitos < Aphrattos = Hekatê (Tarent.), Hsch..

Ver: PERSEFONE (E A DESCIDA DE INANA AOS INFERNOS) (***)
& LEDA/LETO (***)
Cotys = Goddess of sexuality. was another fertility goddess with rites celebrated by the Baptai. => Cotytto = The Thracian goddess of immodesty and debauche ry.

LADAINHA AFRODISÍACA

Pasithea Kale Euphrosyne - the Goddess of Joy Who is Beautiful to All
Afrodite foi, de entre as deusas clássicas, a que teve mais epítetos o que só prova que esta deusa foi derivava de uma deusa mãe muita arcaica e universalmente adorada! Alguns destes epítetos são muito expressivos tais como:
Akesa – averter.
Akidalia - restlessness; of the barbs; fountain Goddess of Boeotia, bathed with the Charites in it.
Akesa = Prevenida = Engl. averter < Lat. adverter < Ati-pher-ter (lit. «a que tem «o poder de transporte das almas e do deus menino»)
=> Awesa > «aviso» lit. «a Sr.ª do Viso», que está de «atalaia» (< Ár. attali'a = espia <= Akitalia?) do cimo dos montes!
E ainda:
Agla-oguios - with beautiful limbs.
Agla-odoros - bestowing splendid gifts.
Agla-theiros - bright haired.
Agro-tera - fond of the chase; berserker.
Akra-ea - the everpowerful; of the citadel; of the highest point; worshipped on high.
*Kaphura < *Ki-kura < Kau-kura > Hakura > Akura > akra-
                                                                              > agora- > agla- > agra- > Agro-.
                     *Ki-kura + Kiki => Ki-Kur-Ish > Kiphurat > Zigurat.
                                                  => Kaphrau-Thite, lit «a divina fêmea do cabrão (do diabo!)» > Afrodite.
Sendo assim, *Ki-kura foi o núcleo etimológico destes nomes o que confirma a tese de que Afrodite enquanto evolução étmica de Kikur-kiki, foi apenas a esposa ou a filha da *Kaphura (+ An)> Kawuran > «Cabrão»!
Foi também:
= Eriboea < Euri | Wohea < Phowea, a vaca dourada da Aurora? | < Hauri Kakia < *Ka Kikura;
Erykina - of Mount Eryx on Sicily, site of one of her temples; of the heather.
= Erycina < Erykina < Erjkina < Eresh-ki-Ana, lit. «Sr.ª da terra de Eresh» ou, Ereshkigal.
Appias = A Roman nymph. Two fountains dedicated to her flanked the entrance to the temple of Venus Genitrix on the Forum of Caesar in Rome.
Appias < Apa-Phias > Paphia
Paphos - of the city of Paphos; may be related to a word meaning kill or end, suggesting Aphrodite as deadly crone.
= Pelasgia < Pherash-Kiha, lit. «a Esfera que transporta o filho ao colo».
Cnidian (< Kanithian, «cão (e caça)de Diana»? > Kian Thian > Kian Kian); Colian (< Korian).
Mechanitis = Inventiva < Ma-Ka(u)ni-This
                                        < Mi-Ka(u)ni-This > Migonitis = União.
Nupcial:
Bridal ( < Wri Thar < Kur Kar > Wir Gar) variante de = Averter mas que nos permite inferir que a deusa celta equivalente de Afrodite pode ter sido Briga ou Brigantia (< An wrik tia < Amphru Kita > Aphrodite).
Nymphia – bride
É ainda considerada a «Bondosa», seguramente um pudico eufemismo com a mesma conotação de «boasona»:
Philia - of friendship. Doritis - giver of good things. Eudoso - generous one; used in Syracuse. Eumenes - well disposed. Eunomia - good order. Harmonia - uniter, concord; used in Thebes.
A verdade é que a relação óbvia entre a fonética de «Bondosa» ó Ital. Vanitosa nos reporta para a possibilidade de estarmos perante uma semântica relativa à congénere latina de Afrodite, ou seja perante o nome de Vénus <*Wanitusa, lit. «a hitita *Wan-Hitusha que terá dado nome ao lago de Van onde veio a florescer a segunda civilização neo-hitita.
Sr.ª da «Boa Viagem».
Epaphos - holy cow
Ephippos - horse riding
Eunemia - Goddess who gives fair wind
Zeuxidia - the charioteer
Nikephoros - bringing victory
Areia - warrior, warlike; used in Sparta and Korinth
Sparta - sewn one
Sterope - of the stars; lightning < Istar-Ops. ó Juno Sospita
Strateia - Goddess who goes with the army < Istar-Teia.
Stratonike - of the victorious band; used at Smyrna. < Istar-Tanite.
Sym-machia - the Goddess who is allied in war.
Tanais - same as Anaetis.
Asteria - of the Sun, shining.
Asteropeia - Sun face.
Nikephoros <= Nike – victoriosa ó belicosa!
Asteria < Aster-opheia > Sterope.
Stratonike< Shtarteja < Istar-Theia.
Stratonike < Istar- | Ta-Nikê > Tanish > Tanais > Tan-et > Tanit ó Anaetis > Anakitis, etc. etc.

=> VARIANTES DO NOME DE AFRODITE (***)


[1]como a Sífilis, o que só pode corresponder a uma mera coincidência à posteriori!
[2] > zebro, de que resultou o «zebre», nome que em V. N. De Foz-Côa correspondente à oxidação do cobre.
[3] Spring Publications Homepage
[4] Zerynthia rumina.
[5] Spring Publications Homepage
[7] idem.
[8] NB: Notar na semântica da raiz –ochos semelhante à do nome do deus Azeteca Tlaloc.
[9] excerpt from Genealogical Guide to Greek Mythology, by Carlos Parada . E-mail: maicar@swipnet.se
[10] http://www.1freespace.com/women/alexiares/aphroditemain.html
[11] idem
[12] De facto, aphros haimatos, = esperma, Diog.Apoll.A au=Arist. Col. 794a24=lr D.
[13] Afrósina = • (Gr. aphrosyne, demência), s. f. • demência.
[14]" Frota = • (Prov. flota < Lat. fluctu, onda), s. f. porção de navios de guerra reunidos para navegar juntos; Froco =• (Lat. floccu), s. m. floco de neve; Fronde = • (Lat. fronde), s. f. folhagem de palmeiras e fetos; Fronha = • (Lat. * frondia), s. f. peça de roupa, em forma de manga, que envolve o travesseiro ou almofada de cama" e que era cheia .
[15] Myths and Myth-Makers: Old Tales and Superstitions Interpreted by Comparative Mythology by John Fiske.
[16] A par do erudito esperma o português comum «esporra-se» (< ex | phor la < Kar la, lit. «mulher de Kar» > «corlas», vomito) com «langonha» (< Kauran kaunia), termos que se tornaram calão apenas por anátema contra os antigos cultos de fertilidade que a liturgia cristã veio a substituir, tanto nos ritos quanto na linguagem!
[17] Cabanel, Alexandré (French, 1823-1889): The Birth of Venus, 1863, Musée d'Orsay at Paris.

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