SANDON, O DISCO SOLAR ALADO E A SANTIDADE
ABUNDANTIA
Figura 1: Demeter ou Euthenia a Latina Abundantia, segurando a cornucópia da fartura agrícola de Verão na mão esquerda e a relha do arado (outras vezes o timão dum barco) na Direita Abundantia ("Abundância" em latim) era a deusa romana da boa sorte, abundância e prosperidade. Dentro da mitologia romana, a figura de Abundantia era considerada uma divindade menor; a personificação da sorte, abundância e prosperidade, e era também a guardiã da cornucópia, o corno da abundância. Era com ele que distribuía comida e dinheiro. A versão principal da origem da cornucópia é semelhante tanto na mitologia grega quanto na romana, na qual o rei dos deuses, depois de ter acidentalmente quebrado o chifre do bode místico em um jogo, prometeu que o chifre nunca iria esvaziar os frutos de seu desejo. O chifre foi, posteriormente, entregue para os cuidados de Abundantia. Embora existam poucos templos ou sinais de culto para Abudantia encontrados dentro de Roma, ela também foi descrita no passado como "a bela donzela do sucesso", e como tal é muito caracterizada na Arte. Muitas vezes, retratada segurando a cornucópia e feixes de milho, permitindo que o conteúdo caia ao chão, a imagem de Abundantia aparecia em moedas romanas dos séculos passados. |
A Abudantia tem resistido ao teste do tempo, assumindo a forma da 'Olde Dame Habonde' francesa; também conhecida como Domina Abundia, e da Notre Dame d'Abondance, uma figura de fada benéfica encontrados em toda a mitologia teutônica, e na poesia da Idade Média. Dentro de textos relacionados a essa figura é dito que ela concederia o dom da abundância e da boa sorte para aqueles que ela visita, e na sociedade moderna é a padroeira dos jogadores - a reverenciada Senhora Fortuna.
Parece que, depois da ocupação romana, a deusa da Abundância teria ficado no folclore francês como Senhora Hobunde ou Dama Habonde. No entanto, é pouco provável que uma deusa que ficou no coração do povo francês tenha resultado das fantasias alegóricas dos poetas e gramáticos da decadência do Império Romano. O mais provável é que esta deusa já existisse nas Gálias com este nome, ou seja, que Hobunde teria sido, na época do «de Bello Galico» de Júlio César, tão popular quanto arcaica. Alguns autores supõem que o carácter menor do culto desta deusa decorreria do facto de o seu culto ter sido tardiamente introduzido entre os romanos como mera deidade alegórica por deificação duma mera abstracção em moda na época da prosperidade do império.
Mais naturalmente seria de supor uma coisa destas em relação com a santa Abundantia.
Santa Abundantia (? -804) é uma santa Cristã. Nasceu em Spoleto, e foi educado por Majolus de Cluny. Fez uma peregrinação a Jerusalém com a sua mãe. Depois iria em passar cinco anos na caverna de Santo Onofre no deserto egípcio. Disse que ela teria cultivado a devoção do arcanjo Rafael.
Claro que as santas cristãs podem ter tido, como quase todas tiveram, nomes romanos e gregos derivados de antigos nomes divinos e nem sequer podemos inferir se a Santa Abundantia de Spoleto veio substituir algum culto local a uma deusa da Boa fortuna como teria sido o caso da Dama Hobunde.
> Abun-dita ó Ab(a)-bundantia
Hobunde < Haubund < Kabun(dita) < *Kakaun | Di+wa < -Kika > *Di-Ewa|.
ó Kaki-An-Kika => Kakun-deia > *Facun-deia > «Facúndia».
Fecunditas ó Facundia < *Kakunthia > Wakaunda > Wakonda!
Wakonda < Wakunda < *Kakunda
< Kakaunka < Ka(kian-Kian)ka => Wotan Kan-Ki.
Tanka < Ti-An-ki = Ankita > Tikê.
In Dakota mythology, Wakan Tanka was a creator. He existed alone in the void before existence where he was lonely, so he decided to make company for himself by dividing into four. He made earth, and mated with her to create the sky, then he mated with earth and sky to make the sun. Afterwards creation continued to grow as the leaves and twigs grow on a tree. In Sioux mythology, Wakonda is the Great Spirit who keeps the balance in the universe, revealing the great secrets to only a few favoured shamans.
No entanto é quase seguro que Abundantia seria um epíteto arcaico da Deusa Mãe, a juntar a muitos outros como Copia e Ops, e como foi o caso da Eu-ténia grega. Eu-ténia, literalmente a verdadeira Ténia, a cobra primordial da égide de Atena é seguramente uma referência ao arcaico culto das cobras cretenses, que tanto poderiam ser cobras com ténis, como minhocas ou helmintas e todos os seres desprovidos de membros que pululavam nas terras férteis dos cemitérios e eram símbolo da fartura dos infernos.
Na mitologia grega, Eutênia (em grego Ευθηνια), era um espírito feminino que personificava a prosperidade para os antigos gregos. Sua antítese era Pênia, (de que deriva a penúria) e suas irmãs eram Eucleia, Filofrósine e Eufeme. Juntamente com suas irmãs, era considerada uma das Cáritas mais jovens. De acordo com os fragmentos órficos, seus pais eram Hefesto e a graça Aglaia.
A mitologia por não ter sido nunca uma ciência exacta nem sequer enquanto teologia racional está eivada de incongruências várias. As Caritas em latim eram as Graças. Por outro lado as graças seriam seguramente um grupo Tridivas de arcaica tradição cretense mas existem listas de mais de uma dezena de deusas na lista das quais faz parte a mãe de todas elas, Aglaia ou Caris esposa de Hefesto com quem teve as graças ou caritas. Como as mitologias não olímpicas seriam sobretudo locais e de tradição oral é difícil senão impossível refazer o trio das Graças. Suspeita-se no entanto que as verdadeiras graças seriam as que, por razões de segurança contra rivalidades de culto, ficaram com o étimo Eu- e seriam então Eu-Ténia, Eu-Cleia e Eu-fémia. Por estranha coincidência existe outro trio de graças com o étimo Eu-.
Eu-daimonia, por ser deusa da felicidade, prosperidade e opulência, era idêntica a Euténia, ou seja seriam a mesma entidade original relacionada com o culto da Abundância.
Ora, por relações colaterais vamos conseguir cruzar estas deusas com a latina Esténua.
A Befana é típica do folclore italiano e seu nome, possivelmente deriva de corruptela de "Epífânia" em italiano, algo como "Befania".
Há ainda alguns raros lugares onde ele permaneceu na linguagem popular do termo Pefana como, por exemplo, no país de Montignoso na província de Massa-Carrara, com tradições que não estão em linha com as celebrações habituais da Epifania.
A Befana é um mito complexo e muito antigo. Os antropólogos italianos Claudia e Luigo Manciocco, em Una Casa Senza Porte [Uma Casa Sem Porta], rastrearam a origem de Befana em crenças e práticas neolíticas. O historiador Carlo Ginzburg relaciona Befana a várias divindades mais antigas, como a escocesa Nicevenn, [também conhecida como Dame Habonde, Abundia - na Alemanha, Satia, Bensozie, Zobiana, Nicheven, ou Herodiana).[1]
Sua caracterização é o que restou de uma divindade Sabino-romana chamada Strenia, que presidia as festas de Ano Novo.
Hipótese atraente é a que liga a epifania com um festival romano, que teve lugar no início do ano em honra de Janus e Strenia e durante o qual se trocavam presentes. Strénia seria uma velha deusa do ano velho que justificaria a tradição portuguesa da “festa dos rapazes” da cegarrega “serra a velha no cortiço, minha avó não diga isso”!
Strenia ou «Estrénua» (< Lat. strenuu), adj. tenaz; • esforçado; • valente; • corajoso.) era o nome de um antiga deidade da mitologia romana, um símbolo de poder, prosperidade e fortuna, e cuja tradição remonta aos tempos dos sabinos. O histórico Elpidiano especula que o nome dele seria a expressão sabina para saúde. Foi-lhe dedicada um bosque sagrado perto de Roma. A sua adoração ocorria durante as antigas festas das Saturnália, agora absorvidas pelo Natal tradicional.
Desta deusa deriva o termo «estrénua» (< Lat. strenuu), adj. tenaz; • esforçado; • valente; • corajoso.)
Ao longo de incontáveis mutações culturais, essas "deusas" viraram os arquétipos das bruxas medievais e de todos os tempos. A velha senhora representa o "Ano Velho", que será queimado, superado pelo Ano Novo. Em muitos países europeus ainda existe a queima de uma boneca-Velha Senhora nas festividades de entrada de ano. No norte da Itália, a boneca é chamada Giubiana e tem clara origem celta.
Befana / Pefana é uma óbvia corruptela de Epifânia / «epifania» mas com toada de Strenia, que ainda mais ressonância tem com a grega Euténia tanto mais que têm a mesma função mítica. Pois bem, já sem grande surpresa vamos verificar que um dos epítetos de Atena era precisamente Σθενιας, Sthenias, a de força extenuante como a latina Strénia apenas com um erre facultativo e aliterativo a mais. Também já sem grande espanto, verificamos que o trio de gorgónias era formado por Medusa, a deusa mãe, Eu-ryale, quiçá Europa, Sthenno, seguramente a esforçada e trabalhadora quanto uma Moira, Atena Sthenias. Antheia seria uma variante de Atenas neste grupo de muitas e várias Graças.
Ver: GORGÓNIAS (***) & MEDUSA (***)
A terceira das graças era Eu-timia deusa do bom ânimo, alegria e contentamento, usualmente chamado Eu-frosina, deusa da alegria, possivelmente confundida com Filofrósine seriam uma possível corruptela de Temis que por ser a deusa das leis tinha boa reputação sendo então Eu-Fémia e, por isso mesmo, alegre como Eu-frosina e bem-humorada como Eu-Timia e sempre bem-vinda e de boa companhia como Filofrósine.
Eu-Cleia, a segunda das graças, ressoa a Aglaia, uma graça da glória cretense como Kleta e da beleza como Kalleis e Thalia.
De facto, a Grande Deusa Mãe teria tido muitos epítetos como a Deméter grega, alguns tão arcaicos que terão ido do mar Egeu até aos povos ameríndios em épocas remotas da colonização daquele continente durante a longa época glaciar.
Vakan Tanka era seguramente variante de Tiamat. Embora seja difícil estabelecer uma relação directa entre a mitologia ameríndia em geral e a europeia a verdade é que ela é inevitável e possível! Funcionalmente Wakan Tanka dos índios do Dacota é a mesma entidade que Wakonda dos índios Sioux.
Tal facto, deixa a suspeita de ter existido um elo arcaico comum entre estas deusas que os gauleses ainda partilhavam, aliás numa forma fonética muito mais primitiva do que a latina. A verdade é que restos desta relação mítica arcaica permaneceram na tão prolixa quanto arcaizante mitologia egípcia.
Assim, a deusa Diefa dos egípcios não era senão a Dieva dos indo-europeus, afinal nem mais nem menos do que a deusa Eva que veio a ser nome da primeira mulher dos judeus.
Ver: EVA (***)
Na mitologia nórdica à deusa da prosperidade e fartura chamava-se Fulla, a camareira favorita de Frigg (deusa escandinava da atmosfera e das nuvens). Ela transportava os objectos de valor de Frigg e também actuou como sua intermediária, favorecendo os mortais que invocavam a grande deusa mãe escandinava foneticamente correlativa de Afrodite, e funcionalmente como tal quando Frigg se confundia com Freia.
Dyefa (Ayefa) (Abundância), um dos 14 kas de Ra
Ayefa < Dayefa < Dyefa < *Di-Ewa, a Deusa Mãe da Abundância? < Ki-Aka = Ki, a Deusa Mãe Terra, Senhora de todas as abundâncias agrícolas e pastoris!
São casualidades a mais a explicar esta subtil trama que percorres tanto a mitologia antiga quanto as interacções semânticas entre as línguas antigas! A tese da Confusão das línguas durante a construção da torre de Babel é cada vez mais um mito correspondente a uma realidade cultural historicamente plausível.
No entanto, parece que o termo de uso comum que andava associado à deusa da Abundância era o verbo latino abundo, que na fonte tinha mais a ver com o elemento líquido da água do que com o elemento pulverolento da terra!
Abundan-tia = Tea Abund-Ana = Deusa e Senhora Abunda.
FONS / FONTUS
Figura 2: Abundância, a deusa mãe das fontes, porque mãe de Fons / Fontus. Fons, (-tus) = The Roman god of wells and springs, son of Janus and Juturna. Her festival, the Fontinalia, was in October13. Ab-undo, âvi, âtum, 1, v. n. I. Lit., of a wave, to flow over and down, to overflow (while redundo signifies to flow over a thing with great abundance of water, to inundate).(...) II. Transf. A. Poet., of plants, to shoot up with great luxuriance. (...) B. In gen., to abound, to be redundant. -- Lewis & Short Latin Dictionary. |
Uma deusa das fontes seria virtualmente *Fontana ou *Fontina, esposa de Fontus ou *Fontino. Este deus, aparentemente secundário não era senão uma variante rebuscada de Enki, o velho deus das águas doces, por intermédio da variante fonética e florestal do deus da criação Fauno, literalmente o deus da luz do amor primordial, filho da Terra Mãe e, logo, também Enki!
«Fauno» < Faunus > Fauns > Fons > Fontus > Ponto, o mar primordial.
Ora, entre Euténia e *Fontinia poderíamos encontrar o nome da deusa micénica Potínia, seguramente relacionada com libações e elementos líquidos! De facto, a plausibilidade de *Fontina é tanta que:
*Fontina < Phaun-Tan, lit. “mãe/esposa do deus Fauno, das cobras sibilantes como flautas! ó Kian-Tan < Enki-*Tunis > Nephi-Tunus > Neptuno.
> *(Ne)potínia > Potínia.
Ver: NEPTUNO (***)
Na verdade, parece que a Abundância foi primariamente uma deidade das fontes! Sendo assim podemos resumir do seguinte modo a evolução semântica deste termo:
Abundância = «(resultado da acção») das Ondinas, as deusas das ondas», «inundação» > aumento da fertilidade agrícola das terras de aluvião «fartura» de água nas fontes > «fartura» agro-pecuária em geral e de cereal, em particular!
Facilmente se conclui então que este termo teria que ter sido criado por povos ribeirinhos já na época da agricultura, como foram os povos do chamado crescente fértil e do vale do Indo! Sendo assim, nada espanta que a «abundância» pertença a um grupo de termos que tinham a influência aquática como mote, deste a «inundação redundante e recorrente» dos grandes rios fertilizantes até a «abundância» piscatória e do comércio marítimo que parecia resultar da protecção das divina «ondas» (< Lat. unda) do mar «profundo», filhas de Enki.
FUNDO
Nesta mesma linha de importância semântica acabariam por ficar os «poços profundos» sem os quais seria impossível ter «fontes» nas regiões semi-áridas do mediterrâneo. Ora, conceitos como «fundo e profundo» parecem andar a par da semântica que procuramos. Desde logo porque um dos significados de «profundo» em português actual é «cavado», ou seja, um «poço profundo» acaba por ser uma redundância enfática, que só reforça a sua importância histórica em função do que terá sido a sua utilidade social!
Quanto a Fundus importa reparar que existe um termo que parece derivado deste mas que, ao revelar uma relativa autonomia semântica pode ser mais um caso de falsa derivação. Desde logo, porque muitos nos lembramos ainda do «de profundis clamavi a Te, Domine» das cerimónias de pompa e circunstância em que o sem sentido da vida parece esmorecer nas profundezas abissais dum desespero avassalador!
Em muitos sistemas gnósticos (e heresiológicos), o Ser Supremo é conhecido como Mônade, o Uno, o Absoluto Aiōn teleos (O Perfeito Aeon, αἰών τέλεος), Bythos (Profundidade, Βυθός), Proarchē (Antes do Início, προαρχή, Hē Archē (O Início, ἡ ἀρχή) e Pai inefável. O Uno é a fonte primal do Pleroma, a região de luz. As várias emanações do Uno são chamados "Aeons".
O Inglês deep / depth é seguramente uma forma crioula de latim mal aprendido (se não tiver sido falar ibérico pré-latino) a partir do L. depr(-ess) do L. L. depressare, frequentativo do L. deprimere.
No entanto, é possível que já tivesse chegado ao norte da Europa pela via minóica um termo relativo ao mar profundo próximo dos «abismos abissais» e que seria o termo que veio a derivar no grego bythos. Se o veneno do «embude» com que se entontece os peixes, fazendo-os subir do fundo à tona das águas, para assim os apanhar facilmente, tem ou não a ver com tudo isto é algo plausível mas que não se irá discutir por falta de meios de prova! Regressando à terra e remexendo nas águas da etimologia oficial descobrimos que o termo comum dos termos de origem germânica não se encontra no gótico diups nem no pseudo P. Gmc. *deupaz mas antes no Alto Alemão Antigo Ti-of que encontramos a pista para o nome do deus que se encobre na profundidade das águas turvas da origem dos nomes.
O.E. deop (adj.) "profound, awful, mysterious; serious, solemn; deepness, depth," deope (adv.), from P. Gmc. *deupaz (cf. O. S. diop, O. Fris. diap, Du. diep, O. H. G. tiof, Ger. tief, O. N. djupr, Dan. dyb, Swed. djup, Goth. diups "deep"), from PIE *dheub- "deep, hollow" (cf. Lith. dubus "deep, hollow, O. C. S. duno "bottom, foundation," Welsh dwfn "deep," O. Ir. domun "world," via sense development from "bottom" to "foundation" to "earth" to "world").
O. S. di-op < O. Fris. Di-ap < Du. Di-ep < O. H. G. Ti-of > Ger. Ti-ef
> Goth. Diups > Swed. Djup > O. N. D djupr > Dan. Dyb.
Pois bem, Ti-of seria nem mais nem menos que a deusa mãe Ops, a cobra Ophis das aguas do mar profundo primordial e que era a deusa mãe primordial dos egípcios a cobra Buto do alto Egipto.
Buto originally was two cities, Pe and Dep, which merged into one city that the Egyptians named Per-Wadjet. The goddess Wadj-et was its local goddess, often represented as a cobra, and she was considered the patron deity of Lower Egypt.
Buto < Wadj (et) < Wash ó Bu-te(os) > Grec. bythos.
O. H. G. Ti-of > Te-Bu > Swed. D-jup < ? Te-Shup?
Pro-fundus, a, um, adj., deep, profound, vast (class.; syn. altus). I. Lit.: mare profundum et immensum, (...) per inane profundum, (...) pontus, (...) Acheron, (...) Danubius.
Depois, porque o sentido latino mais recorrente deste termo era um apelo à imensidão do profundo mar oceânico, ou seja aos abismos míticos da cosmologia primordial! Sendo assim, nada nos espantaria ressentir neste termo o troar dos medonhos apelos das profundas portas dos infernos.
«Profundas» (< Phor-Phundas < *Kaur-Ki-Untha < *Kur-Ki-Antu)
«Infernos» [= lit. «Nergal, o que se transporta no oposto (IN/NI < ne < An) céu, o Kur!]
Mas, existem termos banais e de menor dignidade como «corcova», «corcunda» e «giba» que nos indiciam no sentido de que este termo só será um apelo às «ondas» do mar na medida em que o lado montanhoso do Kur nos reporta para o conceito mítico da montanha primordial sobre a qual foi erguido o «mundo», enquanto forma sinuosa e serpentina relacionada seguramente com as curvas opulentas das arcaicas Deusas Mães das cobras cretenses!
«Corcova (= fosso), corcova (< Kur-kuki > Iscur)=
«Corcunda» < *Kaur-Ki-Untha =
«Giba» (< Lat. gibba < Gibil, um dos epítetos de Enki enquanto deus da aurora e o Lúcifer sumério!!!)
«Mundo» < Ma-Untha, lit. «a Mãe Unto, a Gorda»! < Ama-Antu.
Fundus, i, m. for fudnus [Sanscr. budh-nas, ground; Gr. puthmên, pundax; O. H. Germ. Bodam; Germ. Boden; v. fodio], the bottom of any thing (class.). fodîna, ae, f. [id.; a place from which a mineral is dug], a pit, mine: argenti (also written in one word argentifodina, v. h. v.).
Lat. fodio + Ana <=> fodi-ana, lit. «a Sr.ª de *Fo-deo, o deus Pho, da luz e do fogo do Amor primordial» => fodina
=> *phodian > Phouthen- (> Engl. fountain) > *phunth- «fonte» > Lat. Fundo!
A existência do deus Pho, étimo grego da luz, está bem atestada na exegese grega como sendo uma variante de Phanes, o deus protágono do amor primordial. Senso assim, a conotação que o foder tem hoje no calão português não corresponde a uma deturpação por metáfora brejeira do termo latino mas a uma continuidade semântica a partir da fonte original do deus do Amor fecundante que acabou por se desviar por uma metáfora da fertilidade agrícola dependente tanto das boas chuvas do céu como das boas lavras da terra! E mais uma vez se chama à atenção para a óbvia dificuldade que existe em encontrar paralelismo étmicos entre termos, supostamente indo-europeus, foneticamente tão afastados e que só a partir de semantemas, que importa descobrir, se poderiam comparar! Parece assim, que o primeiro sentido oculto no nome da deusa da Abundância era o da «abundância em água»... o que acaba por revelar o que já sabemos sobre a importância desta fartura, bem como, da de poços «profundos», para a sedentarização dos povos mediterrânicos.
Fundo, âvi, âtum, 1, v. a. (< fundus), to lay the bottom, keel, foundation of a thing, to found (syn.: condo, exstruo, etc.).
Sanscr. budh-nas < Wotan + ash > Germ. Boden (ash)
Gr. pundax < *Phunth + ash < *Phaunth < Contho < Kauntho < Ki-Antu > Wi-tan < *Phiat-an > (Ne)potan(o) > Wotan.
De facto, fundo <= condo < *Ki-An-| tu < | -ish => *Phi-Anus
Fons < *Phi-Anus > Faunus.
*Phi-Anus < Ki-An > Enki.
Entretanto, somos confrontados com dois homónimos latinos que se revelam de semânticas quase antónimas! No caso anterior, o verbo «fundar» implica um acto de máscula elevação solidificante a partir dos fundos abissais enquanto «fundir» redunda numa efeminada acção dissolvente das profundezas magmáticas da terra!
Fundo, fûdi, fûsum, 3, v. a. [root Fud; Gr. Chu, Chew-, in cheô, cheusô; Lat. futis, futtilis, ec-futio, re-futo, etc., (...)], to pour, pour out, shed.
A verdade é que «fundar» é um verbo que deriva, de forma patente, do fundo dos infernos enquanto «fundir» deriva da mesma raiz do verbo «fodeo, es, ere» com que partilha um infinitivo quase idêntico, fudere! Não será assim por mero acaso fonético que os falantes lusitanos menos confusos se comprazem em confundir os nomes das lâmpadas fu(n)didas !
Ora, desde o verbo abundo aos adjectivos latinos fundu e profundu, inferimos um étimo -undo que, como se previa, significava literalmente «onda».
Unda, ae, f. [Sanscr. root ud-, und-, to be wet; whence, uda, water; Angl. -Sax. ydhu, wave; Slav. voda, water; Gr. hudôr, huades; Goth. vatô, water], a wave, billow, surge (syn. fluctus).
As pálidas ressonâncias étmicas, referidas como raízes indo-europeias, são mais de fazer corar de vergonha, por se ficar com a sensação de se estar como que intelectualmente cego, surdo e mudo mais do que estonteado pela clarividência destas linhas étmicas! É claro que se sente qualquer coisa, depois de muita boa vontade, mas é mais fácil achar que se está mais perante gravetos de rebentos mortos do que, de verdadeiras e pujantes raízes evolutivas!
PURA AC PUTA
O papel da água nas libações sagradas teria sido de primordial importância na ritualidade antiga mas daí a fazer derivar o nome dos «poços» duma hipotética raiz indo-europeia pu-, relativo às «purificação litúrgica», talvez seja demasiada superstição!
Puteus, i, m. (neutr. collat. form of the plur. putea, ôrum,) [root pu-, to cleanse; whence also purus, putus, purgo], a well: puteum fodere, Plaut. Most. 2.1.32.
Desde logo porque nos parece duvidosa a própria etimologia do termo luso!
«Poço» < Lat. poteus?
Embora estes termos sejam obviamente equivalentes a quando duma boa tradução, é patente a divergência na origem étmica de ambos os termos!
Pûrus, a, um, adj. [Sanscr. root pû, purificare, lustrare; cf.: putus, puto; whence also poinê; Lat. poena], clean, pure, i. e. free from any foreign, esp. from any contaminating admixture (syn.: illimis, liquidus). Putus, a, um, adj. [root pu-, to cleanse; whence also purus, putens, puto], cleansed, purified, perfectly pure, bright, clear, unmixed; usually joined with purus; purus putus, sometimes purus ac putus: putare valet purum facere.
Figura 3: Augur Tripot. The lituus was the curved wand used by the Roman pagan priests known as augurs, whose job it was to determine if a person’s future plans would be blessed by the gods. It usually appears on coins in conjunction with a simpulum and a jug from which libations are poured out. Libatons were drink offerings to the gods, and the simpulum was a sacrificial ladle. |
A conclusão que se tiraria de fórmulas como "purus ac putus / pura puta" só poderia ser a de estarmos perante adjectivos complementares, com a idêntica etimologia a partir da raiz pu-, com semânticas idênticas que na origem seriam mais ou menos estas:
Purus < Phur-(ish) ó Iscur lit. filho do Kur, purificado pelo fogo do inferno!
=> Grec. Korê e kauroi > cur-at(us) < «curado», livre de impureza.
«Furo» < Lat. foro ó kaurisco, lit. pequeno «coiro» = jovem nu!
Phur => lat. puer = criança > jovem e virgem => belo.
Puer, eri (...), m. (v. infra) [root pu-, to beget; v. pudes; and cf. pupa, putus[2] ], orig. a child, whether boy or girl: pueri appellatione etiam puella significatur.
Lat. Puer < *Puellus / Puella < ¿Apullu <=> Etrus. Apulu. ? <= Pulcer.
Pulcher, chra, chrum, and less correctly pulcer, cra, crum, adj. [for pol-cer, root pol-ire, akin with parêre, apparêre, prop. bright, shining; hence], beautiful, beauteous, fair, handsome, in shape and appearance (syn.: speciosus, venustus, formosus).
Claro que não faz sentido fazer derivar um adjectivo dum infinitivo verbal (< Lat. polire ou apparêr) quando se sabe que os verbos são meros nomes conjugados (de forma mais ou menos complexa conforme o maneirismo gramatical) já que é uma regra lógica de valor universal, porque quase intuitiva, que para bom entendedor (ouvinte e mau falante) basta o contexto.
Os infinitivos podem ser, quanto muito, nomes simplesmente assinalados com um infixo de acção!
Então, Lat. Pulcher < pulcer < apulcera < Apul(o)-cer(a)
= Apolo (etrusco) de cera = estatueta de um kauro de cera polida
=> Um símbolo de beleza!
Na proximidade semântica de purus < Kur(ish) terá andado o termo «curado»!
Assim, é bem possível que o sentido semântico inicial mais natural de purus putus tenha sido equivalendo do actual «são e salvo», livre de morrer pelo fogo da febre e salvo da voragem das águas! Quer isto dizer que estamos perante termos que, não sendo arcaicos, se revelam de composição tardia, quiçá envoltos nas próprias raízes da romanidade mítica!
Figura 4: A tarefa das potinijas tenderá a desaparecer com a tecnologia da água canalizada mas a civilização antiga não teria subsistido sem o papel das «aguadeiras» e sem o recurso ao transporte de cântaros à cabeça!
Em conclusão: o significado literal, mais próximo da realidade actual, da expressão "purus ac putus / pura puta" seria:
Recém-nascido belo e perfeito como o deus menino solar, estar como se veio ao mundo,
=> ser belo e sadio, > limpo e lavado, dedução esta decorrente dos ritos purificadores das impurezas do parto
=> Jovem nu/a e lavado/a como um efebo impúbere ou uma donzela ainda não menstruada, ou seja, ainda não poluídos pelos primeiros fluxos vitais!
=> Jovem kauro, efebo iniciado nas virtudes apolíneas cívicas e militares.
Se é certo que na tradição da moralidade judaico cristã a pureza da Imaculada Concepção da Virgem Maria acabou por servir de modelo ao conceito de pureza sexual de todas as virgens a verdade é que na origem das palavras as coisas estavam bem longe de ser assim tão singelas e simplistas tal como a Virtude era primitivamente um deus masculino relacionado menos com santidade moral e muito mais com o heroísmo e a valentia militar. Outras eram as necessidades virtuais das sociedades e outros teriam que ser os modelos de virtude.
Pois bem, sabemos que entre os canaaneus o nome da deusa Qadshu significava também “imaculada” apesar de se tratar duma deusa de amores venais, pelo que é seguro que o conceito de santidade e pureza dos tempos míticos não foi o mesmo que o actual.
Versículos dos hinos do Ofício da Imaculada Conceição emprestados do culto de Istar ou de Cibele.
Figura 5: Imaculada Conceição de Pieter Rubens. O crescente lunar sobe o pé esquerdo identifica-a como sendo a Virgem Mãe primordial e a coroa de 12 estrelas como Istar. O resto é mitologia do Génis. Virgem, Filha de Deus Pai! Virgem, Mãe de Deus Filho! Virgem, Esposa do Divino Espírito Santo! Virgem, Sacrário da Santíssima Trindade!
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Miraculosa Rainha do Céu
Sob o teu manto tecido de luz,
Virgem, Senhora do mundo,
Rainha dos céus, Estrela da manhã,
Cheia de graça divina, formosa e louçã.
Deus vos salve, Virgem, Mãe Imaculada,
Rainha de clemência de estrelas coroada.
HÁ COISAS DO DIABO!
The Hebrew word qodesh and the equivalent Greek word hagios, together with their derivatives, have been translated with one of three words, or derivatives, in our older English versions, namely: holy, hallowed, or sanctified. Another word is also used in modern versions, and generally in ecclesiastical literature, namely: sacred.
Most of us have the idea that this word has the meaning of piety, or being pious, or to be devout.
However, this conception is refuted when we read in Isa. 66:17 of the idolatrous people "who sanctify (qadash) themselves and purify themselves, to go to the gardens after an idol in the midst, eating swine's flesh and the abomination and the mouse ...."
This refutation of the incorrect idea that "holy" means "to be pious", is further confirmed by the shocking discovery that one of the Hebrew words for a harlot (whore) is qedeshah, a derivative of qadash! Likewise, a male prostitute (or sodomite) is called a qadesh in Hebrew. This then causes us to seek for the real meaning of the word qodesh (its verb being qadash) and its Greek equivalent hagios.
The Interpreter's Dictionary of the Bible, vol. 2, p. 817, summarises what most authorities say about qodesh and hagios, "…the meaning of 'separation' is paramount ... the more elemental meaning seems to lie with 'separation'." The same dictionary, in vol. 4, p.210, says, "The basic sense of the Hebrew root qadash, as of its Greek equivalent in the Bible — hagios, seems to be 'separateness'. Likewise, Vine's Expository Dictionary of New Testament Words repeatedly emphasises the fact of the fundamental meaning of the word to be: "separation" (see under "holiness" and "sanctification"). With the discovery of the true meaning of this word, namely, separate and separation, we can now understand why qodesh is used in a positive sense, a good sense, and that it can equally be used in a negative and evil sense. Someone is, or something is separated unto Yahuweh, or he/it is separated unto evil. Thus, the word qodesh applies to both.
Why then, if the Hebrew word qodesh as well as the Greek hagios both mean "separation", why has the word "holy" been used instead? Is it possible that the father of all lies, the Great Deceiver, had cunningly proceeded with his master plan of bringing idolatrous worship into True Worship? Has the "Mystery Man" behind "Mystery of Lawlessness" and "Mystery Babylon" been active again? (see Jer. 16:19-21, Isa. 25:7, Isa. 30:28, Rev. 17:2,4,5, as well as 2 Thess. 2:7). Indeed, we do find evidence of his veiled, his hidden, his mysterious work. In The Oxford English Dictionary, vol. 5, p. 345, under "Holy", we read, " the primitive pre-Christian meaning is uncertain…Its earlier application to heathen deities is found in Old Norse." Likewise, we read in the big Netherland's Woordenboek der Nederlandsche Taal, vol. 6, p. 455 (I translate), "An explanation of the original meaning, that makes it clear as to how this adjective has obtained the meaning of the Latin sanctus, has not yet been given — For speculations, see e.g. KLUGE, FRANCK AND MURRAY." But we did discover the origin of the word "holy". In G. Jobes, Dictionary of Mythology Folklore and Symbols, p. 781, we read, "HOLY: In practically all languages, the word for holy has been derived from the divinely honored sun." We found confirmation in Forlong's Encyclopedia of Religions, as follows, "HOLI: The Great Hindu spring festival, held in honour of Krishna, as the spring sun-god a personified woman called Holi. Holi had tried to poison the babe Krishna ...." -- Come out of Her, My People (Pre-Edition) - The Final Reformation. Torah & Israel Resources Gateway.
O Holi é um festival celebrado na Índia na primeira lua cheia do mês Phâlguna (entre entre Fevereiro e Março) para comemorar a chegada da Primavera. No norte da Índia é dedicado a Crisna e no sul a Cama.
Na noite da véspera do primeiro dia dos festivais é acesa uma fogueira em lembrança da cremação de Holika.
As monções da primavera e as mudanças de temperatura podem causar febres e calafrios. Assim, ao lançar tinturas coradas, acredita-se que isso tem um significado medicinal e protector contra a doença. As cores tradicionais são de nim, de kumkum, de jaldi, de bilva e de outras ervas medicinais prescritas pelos doutores do Áiur Vedá. Por isso é que neste dia, se lançam tintas e tinturas das mais diversas cores em todo mundo, com muita bebida, comida e música de mistura. Esta festa começa como uma brincadeira de crianças que passou a festa quando estas começam a lançar as tintas aos irmãos acabando todos por ficar completamente pintados.
São muitas as lendas que explicam esta festa mas a mais corrente é a que remete para o temível rei Hiranyakashyapa.
Según la mitología vaishnava (vishnuista), Jirania Kashipú era el rey de demonios. Gracias a las intensas austeridades que había realizado, el dios Brahmá le había concedido una bendición: no podía ser matado durante el día o la noche; dentro o fuera de una casa, en la tierra o en el cielo; ni por un hombre ni un animal; ni por astra (‘arma’) ni shastra (oraciones de las Escrituras sagradas). Por lo tanto, él se convirtió en un rey arrogante, y atacó los cielos y la Tierra. Exigió que las personas dejaran de adorar a los dioses y en su lugar lo adoraran a él. A pesar de esto, Prajlad (uno de los hijos de Jirania Kashipú), era devoto de señor Vishnú. A pesar de varias amenazas de Jirania Kashipú, Prajlad continuó ofreciendo rezos a señor Vishnú. Lo envenenaron pero en su boca el veneno se convirtió en néctar. Fue pisoteado por elefantes, pero salió ileso. Lo pusieron en un cuarto con serpientes venenosas y sobrevivió. Todos los intentos de Jirania Kashipú de matar a su hijo fallaron.
Finalmente, él ordenó que Prajlad se sentara en una pira en el regazo de su hermana, Joliká, que no podría morir por el fuego en virtud de un mantón mágico. Prajlad aceptó la orden de su padre, y siguió recitando los nombres de Vishnú. Cuando se encendió el fuego, cada uno vio con asombro cómo el mantón se elevó volando, desprotegiendo a Joliká, que entonces murió quemada, mientras Prajladn sobrevivió, cuando el mantón lo cubrió completamente. El incendio de Joliká se celebra como Joli. Después Vishnú apareció en la forma de Narasimha (quien es mitad hombre y mitad león) y mató a Jirania Kashipú en el atardecer (no era de día ni de noche), en el pórtico del palacio (que no estaba dentro ni fuera), sosteniéndolo en su regazo (por lo que no estaba en el cielo ni en la tierra) y lo desmembró con sus garras (que son ni astra ni shastra).
Figura 6: Vishnú Narasimha (homem leão) matando Jirania Kashipú.
Este mito pode mesmo ter uma lenda por detrás mas é óbvio que qualquer mito serviria para explicar as festas da Primavera mais ou menos relacionadas com ritos de passagem e rituais de morte e ressurreição solar. Na verdade o nome da demoníaca Holika pouco mais terá a ver com o Holy inglês além da semelhança fonética.
Holika < Korika < *Kaurita > Korê, a filha infernal de Deméter.
Hiran-| yakashy-ap | < Kuran => Crono, esposo de Deméter e senhor dos infernos do Kur como Nergal.
O deus Hades dos gregos recordam esta relação com o nome de Caronte, o barqueiro das almas.
Hay otra historia sobre el origen del joli. Kama Deva es el dios del amor. El dios Shivá había quemado el cuerpo de Kama (‘deseo sexual’) cuando él disparó sus flechas de flores contra Shivá para interrumpir su meditación y así ayudar a la diosa Párvati a enamorar a Shivá. Entonces Shivá se despertó y abrió su tercer ojo. Su mirada fue tan intensa que redujo a cenizas el cuerpo de Kama. Gracias a las oraciones de Rati (‘pasión’), la esposa de Kama, Shivá lo resucitó, pero solamente como imagen mental, representando el estado mental de la lujuria física.
É obvio que esta história védica, que nunca teve nada a ver directamente com Crisna, teria que ter alguma coisa a ver com os deuses do amor e da luxúria como os hindus do sul acreditam.
En Vrindavan y Mathurá, donde creció el dios Krishná, el festival se celebra durante 16 días (hasta Ranga Panchami) en conmemoración del amor divino entre Radha y Krishná.
No entanto, a origem de todas as histórias primaveris teriam que ter tudo a ver com amor divino, paixão eterna e fertilidade criativa. Assim teria sido entre Lilite e Jeová. Por isso o discurso da hermenêutica religiosa para fazer com que o discurso bíblico se conforme com a realidade antropológica sem perder a face acaba por ser patético e delirante!
Further revealing evidence was yet to come. In Strong's Concordance, in the Greek Lexicon No. 1506, we found the following: "heile (the sun's ray)" — this is pronounced: heilei. This form is almost identical to the German and Dutch equivalent of the English "holy". The meaning of "halo", the ring on top of a saint's head, now became clear to us. And this was confirmed in J.C. Cooper, An Illustrated Encyclopaedia of Traditional Symbols, p. 112, "NIMBUS, HALO, or AUREOLE: Originally indicative of solar power and the sun's disk, hence an attribute of sun-gods. "The truth of this most disturbing find stunned us. We simply could not handle it. Gradually we came to understand. The Great Deceiver will not make the mistake of diverting the worship towards himself. By just diverting it to the innocent sun, Satan would succeed in his master plan by firstly veiling, and then bringing into the Temple the "wicked abomination", as Elohim had called this Sun-mixed worship (Eze. 8:9-16). It is well known how pictures of our Messiah, of Mary, and of a great number of saints were adorned with a sun-disc (nimbus), or halo, or sun-rays, thereby identifying him/her with the Sun-deity, or even only being taken as blessed by the Sun-deity. With the word "holy" being applied to the Spirit of Yahuweh, called in Hebrew Ruach ha Qodesh the enormous challenge was put to us:
Can we continue to use the word "Holy Spirit"? Ruach ha Qodesh simply means: "The Spirit of Separation". Can we continue bringing homage to the Sun, once the truth has been revealed to us, and be found guilty of participating in the "wicked abominations" of Eze. 8:9-16? (…) If it has been revealed to US having been led by the Spirit of Truth, that the word "holy" has been derived from the divinely honoured sun can we ignore it? In direct contrast to this "sun-origin" of the word "holy", the Hebrew qodesh and the Greek hagios have nothing to do with the sun or sun-rays at all The Spirit of Truth put the challenge before us: If we love Him Who first loved us, we will worship Him in Spirit and in Truth. If we love the Spirit of Yahuweh, we will call Him: The Spirit of Separation, and not "the spirit of the sun". The former is the truth, the latter is a lie if it is meant to be a translation of Ruach ha Qodesh. If the term "spirit of the sun" is devoid of all Scriptural truth how much more is the term "spirit of the divinely honoured sun"? — or "the spirit that solarises", or "the solarised spirit"? -- Come out of Her, My People (Pre-Edition) - The Final Reformation. Torah & Israel Resources Gateway.
Contrariar dois mil anos de tradição do Espírito Santo com o disparate do “espírito da separação” já é protestantismo separatista a mais!
Para além do que é óbvio, a santidade do disco solar só tem a ver com as preocupações de vigor físico e saúde que os jovens couros desejavam ter na sua preparação como futuros guerreiros da tribo. Se já todos sabemos que o Espírito Santo era entre os judeus do sexo feminino e logo uma mulher e evidente que Ruach ha Qodesh seria um dos nomes da mãe e esposa de Deus que só um ultimo delírio ultra misógino poderia acabar por ler como espírito de separação…entre quê e porque razão! Pelo menos assim ainda se lembram os gnósticos mandeítas.
Como se sabe, o diabo é sempre o deus do mal dos outros! De qualquer modo parece que os mandeítas estariam de acordo numa coisa: Ruha d-Qudsha seria um espírito feminino maléfico. Obviamente que o acordo entre judeus e o mandeísmo teria que ficar por aqui. Mesmo assim e por isso mesmo Qodesh foi retirado do panteão judeu oficial e da companhia íntima de Jeová.
Hagios (ἅγιος) <=> hagnos = casto, livre de pecado, inocente, puro.
Hosia = lei divina > hagos = uma coisa terrível > hagēs = culpados, acusado.
> hosios = santificado > eu-agēs = limpo, inocente, puro, virgem.
Agatheos = santíssimo; hieros = santo venerodo; s(h)em(i)nos = respeitável, venerado.
Figura 7: A nude goddess with a prominent pubic triangle or wearing a pubic covering stands on a crouching lion. Her Hathor-style coiffure is topped by horns extending to the side. She wears a necklace and bracelets. Her arms are bent into a V shape, and she holds in each hand a long plant (lotus?). Plaque from a tomb in Akko (Acre), Israel. Cast in bronze in a mold and retains pierced suspension piece. Might have been part of the face piece or bridle of a horse. Dated ca. 1550-1200 BCE. Lost (stolen). Drawing © S. Beaulieu, after Cornelius 2004: Plate 5.21 Em aramaico, Ruha d-Qudsha significa "o espírito da santidade" (correspondendo ao hebreu Rûăḥ ha-Qôdēš, e ao árabe ar-Rūḥu 'l-Qudusi. Para os judeus, muçulmanos e cristãos que falam sírio significa o Espírito Santo mencionado no Quran e na Bíblia. No mandeísmo, este nome refere-se a um espírito feminino mau aliado do Deus dos judeus a quem eles chamam Adunay e consideram um espírito mau. Eles acreditam que d-Qudsha de Ruha fundaram Jerusalém e, junto com os filhos dela, os sete planetas. |
No entanto, mesmo o grego hágios, quase apenas usado pelos autores cristãos com a conotação se santidade, tem difícil relação directa com o disco solar. O conceito de santidade grega pode (hagios) pode ter sido contaminada com a sacralidade da lei divina (hosia) e das coisas terríveis (hagos) que poderiam acontecer aos culpados (hagēs) que as infringiam e de que estavam livres os inocentes (eu-agēs) assim santificados (hosios) mas deve ter derivado directamente do termo hagnos, sinónimo com eu-agēs mas possivelmente relacionado com o cordeiro pascal e com o bode da expiação do Agnus dei quei tolit pecata mundi!
Hagnos (= cordeiro inocente ou pharmakos) < *Ka-kinus | < Kian > Sian > San | > Agnus (Dei) > Agni (deus hindu do fogo e da purificação crematória) > Lat. Ignis.
Ver: APOLO PITON (***)
Como o parédro de *Kakinus seria Kakina / *Kikeia, hagios deve ter tido relações indirectas também com a deusa da saúde, Higeia.
A mesma relação protectora, curativa e sanitária parece ter tido a etimologia do inglês holy.
Holy = O. E. halig "holy," from P. Gmc. *khailagas (cf. O.N. heila-gr, Ger. heilig, Goth. hailags "holy"), adopted at conversion for L. sanctus. Primary (pre-Christian) meaning is not impossible to determine, but it was probably "that must be preserved whole or intact, that cannot be transgressed or violated," and connected with O. E. hal (see health) and O.H.G. heil "health, happiness, good luck" (source of the Ger. salutation heil).
Health = O. E. hælþ "wholeness, a being whole, sound or well," from PIE *kailo- "whole, uninjured, of good omen" (cf. O.E. hal "hale, whole;" O.N. heill "healthy;" O.E. halig, O.N. helge "holy, sacred;" O.E. hælan "to heal").
Halloween = c.1745, Scottish shortening of All-hallow-even "Eve of All Saints, last night of October" (1550s), the last night of the year in the old Celtic calendar, where it was Old Year's Night, a night for witches.
Na verdade, como facilmente se pode inferior, ainda que se especule que poderá ter significado "o que deve ser preservado uno e intacto, o que não pode ser transgredido nem violado" o termo holy inglês ao ser conotado com o O. E. hal (< Health = O. E. hælþ saúde < Grec. Elpis) e O. H. G. de heil "saúde, felicidade, boa sorte", aproxima-se mais do concreto e prático conceito de “salutar e sadio” do que do conceito totémico de “intocável e tabu” a que se reportam os modernos conceitos abstracto de “santo e sagrado”, mas que eram os mais arcaicos conceitos da lei penal!
«Holy» < O. E. halig < O. E. hal < O. E. hælþ < *Ker-Ki-ish > El-pis.
Ver: GRIFOS (***)
SANDON, O DISCO SOLAR ALADO E A SANTIDADE
Desde logo porque o termo «santo» foi desvirtuado pela mitologia católica para uma acepção técnica de tipo canónico que lhe conferiu o significado de «indivíduo que morreu em estado de santidade e foi canonizado» mas, a verdade é que se supõe que o termo derivará do Lat. sanctu, = «sagrado», que tem por melhor referência mítica a sua participação na formação do mitema “campo santo”, o mesmo que «cemitério». Porém, nas línguas ibéricas o nome dos santos é mais São ou San do que o erudito «santo». Ora esta hereditariedade latina do nome santo parece ser de origem anatólica.
Sandes or Sandan was identical with Sandon of Tarsus, "the prototype of Attis", who links with the Babylonian Tammuz.
Sandon's animal symbol was the lion, and he carried the "double axe" symbol of the god of fertility and thunder. As Professor Frazer has shown in The Golden Bough, he links with Hercules and Melkarth.
Agni of India, Sandan of Asia Minor, and Melkarth of Phoenicia were highly developed fire gods of fertility.
The Hittite winged disk was Sandes or Sandon, the god of lightning, who stood on the back of a bull. As the lightning god was a war god, it was in keeping with his character to find him represented in Assyria as "Ashur the archer" with the bow and lightning arrow. -- Myths of Babylonia and Assyria, by Donald A. Mackenzie
Robinson suggested that the lion-with-sunburst was an attribute or symbol of Sandon (Sandan, Sandas, Sandes, Santesh, Shamash), the Hittite/Babylonian sun, storm, or warrior god who the Greeks equated with Herakles (though the Hittites regarded him more as a Zeus-type figure) and who the Lydians believed their royal house descended from. Sardis (Sardes, Sardeis), the capital of Lydia, may have been named after Sandon (???). -- A Case for the World's First Coin: The Lydian Lion, The Journal of the Classical and Medieval Numismatic Society.
Claro que Sardis teria por patrono o deus Kar-dis, de que derivou Haldis e Cal-dis que deu nome aos Caldeus. Assim, é pouco provável que Sardis derivasse de Sandon. No entanto, nada obsta a que Atis fosse *Chal-dis e ambos tivessem por epíteto solar, Sandon, como pode ter sido também *Sadan, já que seguramente foi Sar-phi-ton.
Até aqui, tudo bem! Aceitando que estamos perante factos incontestados e não de meras opiniões, nem sequer iremos deixar de lado o facto de Sancus ser sinónimo de céu dos «sabinos». Quer então dizer que Sancus era um equivalente de Uranos, o avô mítico de Júpiter.
Figura 9: Ilustración de una estatua de Sancus encontrada en el lugar sagrado de Sabine en el Quirinal, cerca de la moderna iglesia de S. Silvestro. Justino Mártir, um judeu samaritano, referiu que Simon Magus, um gnóstico mencionou na Bíblia, fez tais milagres por actos de magia durante o reinado de Cláudio que foi considerado como um deus e honrado com uma estátua na ilha do Tiber, a dois cruzamentos de pontes, com a inscrição Simoni Deo Sancto". Porém, em 1574, a estátua de Semo Sancus foi encontrada na mesma ilha, levando a maioria dos estudiosos a acreditar que o Justino Mártir foi um dos primeiros mitógrafos cristãos, por pura ignorância e presunção a respeito da mitologia latina. Na mitologia romana, Sancus (também conhecido como Sangus ou Semo Sancus) era o deus da confiança (fides), honestidade, e dos juramentos. É um dos cultos mais antigo dos romanos e provavelmente originário da Úmbria. Sancus também era o deus que protegia os juramentos de casamento, hospitalidade, lei, comércio, e contratos particulares. Algumas formas de juramento eram usadas no seu nome e por sua honra no momento do assinar contratos e outros actos civis importantes. Algumas palavras (como "santidade" e "sanção" - para o caso de desrespeito de pactos) tinham a etimologia do nome deste deus com conotação com sancire "consagrar" (consequentemente sanctus, "sagrado"). Now Johannes Lydus informs us that, in Sabine, Sancus signified "the sky," a meaning which we have already seen to belong to the name Jupiter. |
Sancus = Ki-An-Ku = (An) Kiku = Sr. Caco, ou
Sancus < Lat. Sanctus < *Kian-Kakus, lit. “o monte do fogo primordial, ou seja o vulcão de que emergiu do mar primitivo”
> Sandan, Sandas, Sandes, Santesh, Shamash
> Panish > Hind. Panis => Penates.
Ver: HÉRCULES LATINO (***)
Sha-mash < Sha-| Am | + Antu-ash > San-tesh (> Sancus) < San-des > San-das > San-dan > San-don => *San-Te = Deus *Sa-an, “senhor de protecção” ó Sa-lus.
Sanctu < *Ki-An-Kito.
São ou Santo em português depende de meras razões de modelação fonética gramatical. Mens sana in corpore sano iria derivar para a santidade beata por puro delírio gnóstico de que o catolicismo se deixou contaminar. De qualquer modo o conceito de santidade, sanidade e protecção divina parece ter derivado tanto do monte Sião das neves eternas como de algum monte vulcânico e ìgnio.
Por outro lado existe a suspeita de que sanctu seria um diminutivo de Ki-Antu, no sentido já não de “campo santo” mas no de “filho da deusa mãe da terra e do céu”, o deus menino solar, que quando sol-posto se transformava no regaço maternal, a “campa santa do filho de deus”! Em qualquer dos casos, o conceito mais arcaico de «santidade» esteve ligado à profunda relação de veneração e respeito da humanidade primitiva pelo espaço geográfico dos mortos que se transformavam em santos quando eram sacralizados pela memória e sublimados pela morte e ressurreição do disco solar alado. Dito de outro modo, o processo católico de canonização não fez mais do que respeitar a tradição acrescentando ordem jurídica ao processo de santificação dos antepassados notáveis que vinha desde sempre mas que andava um pouco ao sabor do livre arbítrio popular.
Sendo assim, podemos pensar que o conceito primitivo de santidade não dependia dos critérios de santificação mas da relação do conceito com os cultos à Deusa Mãe dos mortos. Então,
Qadshu < Kathe-Xu < Kaki-ish-u
< *Kiki-Kito) aproxima-se de Hagne
< *Kaki-An) e de Sanctu
< *Ki(-an-)Kito pelo nome da deusa mãe *Ki-Antu.
No mito de Cacus, que foi herdado pelos latinos a partir dos sabinos, este arcaico deus do fogo viria a ser assassinado por Sancus, numa variante das gigantomaquias, pelo deus supremo equivalente de Júpiter. Aceitando uma óbvia relação étmica entre o genérico latino sanctus e o deus sabino do fogo Sancus temos quase certo que a santidade aparece como pertencendo aqueles que vencem a “prova do fogo” do luta pela vida!
Ver: ETIMOLOGIA DO NOME DE HÉRCULES (***)
Ver: QADSHU (***)
De qualquer modo o conceito mais intuitivo de «pureza» decorre destes pela relação com as funções de purificação pela lavagem e de cura pelas águas quentes subterrâneas das nascentes termais onde devem ter aparecido as relações dos conceitos de «santidade < pureza > sanidade»!
Ora, a mais arcaicas e poderosa forma de purificação da putrefacção da morte foi o fogo que só a salgadura superava razão pela qual a cremação se tornou dominante nos cultos funerários dos povos mais arcaicos e adoradores preferenciais do fogo, o mais arcaicos dos elementos divinos dominados pelo homem! A estes processos de purificação estariam também relacionados processos de cura que terão chegado até nós em formas tão bárbaras e tão pouco intuitivas como queimar a orelha com um ferro em brasa para curar a ciática!
Ver: VIRTUS (***)
Para o pensamento primitivo a robustez e a beleza física eram sinónimos. Os instintos genéticos da procura da perfeição e robustez física são condições de sobrevivência da espécie herdadas da natureza. É claro que terá sido sobre a força destes instintos reprodutores que se vieram a desenvolver todos os padrões morais primitivos alicerçados no conceito de pureza ritual. Em parte, é esta a razão pela qual todos os antropólogos reconhecem que os interditos alimentares e sexuais parecem ter-se desenvolvido de forma promíscua e interdependente.
Echanges alimentaires et sexuels; sont intimement liés et se groupent autour de la notion d'inceste. Il n'est peut-être pas inutile de rappeler qu'une des lois fondamentales qui se situent à la base de toute organisation en société, est celle d'exogamie. Or si le fait est largement connu, on corollaire, l'exophagie, lui est trop souvent subordonné, alors que les deux phénomènes coexistent et sont largement interdépendants. En fait, il s'agit de deux aspect d'une seule et même notion qu'il faut bien, à défaut de mieux, appeler prohibition de l'inceste (23) l'inceste alimentaire n'est pas moins redoutée que l'inceste sexuel et ce qu'il s'agisse de phobie anthropophage ou de respect des prescriptions alimentaires (religieuses comme culturelles); la pression de l'inceste alimentaire est la même. L'examen de certaines sociétés permet même de supposer une parenté plus étroite entre interdits alimentaires et sexuels et de les confondre en une notion indistincte, ce qui laisse penser que la confusion est bien l'état originel des deux notions d'alimentation et de sexualité. [3]
(23) Dans une des langues de la péninsule du Cap York, le même terme désigne l'inceste et le cannibalisme
Se o termo judaico para pureza era cachrout, e cacher era o termo para carne pura, então é pouco provável que a origem semântica de pureza latina tenha andado de par com suposta herança judaica do puritanismo cristão!
Ver: MADALENA (***) & SACHER (***)
Na verdade, sacher tem a ver com sagrado e não com a pureza sexual da mulher virgem que parece subjacente ao termo latino. Ora, como o termo judaico da pureza ritual está relacionado com sangue então a pureza relacionada com a virgem terá estado relacionada com a menstruação, aliás sujeita a interditos tão fortes como os alimentares.
«Eis a lei da impureza: se a carne deixar correr o fluxo ou o retém, ele é impuro» (Lev. 15, 3)
Sem mais delongas, podemos concluir que o termo latino para «pureza» virginal derivou quase seguramente do postulado anterior de que a donzela ainda não menstruada era pura pela sacrossanta lei do sangue.
Se putus fosse um termo responsável pela etimologia da potabilidade da água então o sentido semântico mais próximo da mitologia original implícita no latinismo purus ac putus seria mais ou menos este: “purificado pelo fogo e pela água e por isso, santo e sem mácula (de pecado ritual)”! Na pior das hipóteses a expressão latina significará algo tão óbvia e banal como “puro como a puto recém-nascido e ingénuo como uma criança”!
A semântica da intocabilidade que permite relacionar a pureza ritual com o tabu deve ser então procurada na sacralidade da criança ingénua que ainda não foi tocada pela malícia! Mais tarde este conceito estender-se-á ao da ingenuidade da adolescência (sem malícia nem intenção dolosa) e mais concretamente ao da jovem sem menarca e mais tarde da virgem com hímen íntegro!
De resto seria duvidosa a existência duma dita raiz pu- de que derive a «pureza» visto que esta se corromperia espontaneamente quando próxima de termos tais como podre e pútrido:
Puter and pûtris, tris, tre, adjj. [puteo], apodrecer, deterior-se, putrefazer-se, feder, ficar pútrido.
Aliás, a razão pela qual a Lat. «Puta» acabou em prostituta nas línguas latinas seria porque já na origem seria rara uma «puta pura» e o seu sentido era ambíguo porque o Lat. puta estava próxima de puteo, um verbo de corrupção.
De resto, Puta[4] era a deusa da poda, actividade relativa ao cuidado das vinhas e dos pomares dedicado a deusas venais, outrora dedicadas às lides de taberneiras e hoje a empregadas de bares e discotecas! Em qualquer dos casos, não ver nas deusas fontanas do fogo e da água as potinijas, que deixaram de se prostitutas sagradas para serem apenas putas, é ser cego e não querer ver!
Ver: *AFRODAS (***)
O interessante é encontrar no lat. pudibundus montes de conotações semânticas com aspectos duvidosos relativos à etimologia da pureza da «bunda» patrocinada pela deusa do pudor, a Pudicitia!
Bom, não é fácil de entender a relação semântica entre pudeo (= corar de vergonha), e pavio (= bater, seguramente de surpresa![5]). No entanto o verbo paveo (= ficar | apavorado <= «acagarado» => «acocorado»|) pode emprestar-nos um elo de ligação semântica entre estes três verbos mas sobretudos em benefícios destes dois últimos que parecem foneticamente meras variantes do mesmo estado psicológico dum ataque de surpresa com pânico e pavor: aceleração dos «batimentos do ritmo» (= pavio) cardíaco mas, com palidez em paveo e com rubor em pudeo.
Pavio, îvi, îtum, 4, v. a. [kindr. with paiô], bater, maltratar.
Não seria este o mesmo rubor de vergonha de uma qualquer criança na «fase anal» dos psicanalíticas, ou seja, o medo de não ter limpas as partes pudendas por não conseguir controlar os esfíncteres, de se borrar de medo ou de vir a ter de corar por revelar um «cu cagado» em situações embaraçosas? O verbo «cagar» só não tem etimologia conhecida porque se não quer falar disso porque é fácil de ver que se relaciona uma situação universal e que, por isso, deve ter tido também um termo arcaico comum, aliás reconhecível no Grec. cacos. Pois bem, é precisamente por “cacos” ser uma coisa feia em grego que a palavra cagar se tornou sinónimo de acção feia e mal cheirosa.
Ora bem, os deuses latinos Cacos & Caca eram deuses do fogo infernal e filhos de Vulcano, logo gémeos e formas do «deus menino», ainda que sempre sujos da fuligem da forja vulcânica dos deuses do fogo.
Figura 10: Pudicitia < Pudibundus, a, um, adj. [id.]. Act., ashamed, shamefaced, bashful, modest. <= pudeo, ui, or puditum est, êre (dep. form pudeatur, Petr. 47, 4), 2, v. a. and n. [root pu-, pav-, to strike; Sanscr. paviram, weapon; cf. pavire (puvire), tripudium, etc.], to make or be ashamed, to feel shame; to be influenced or restrained by shame or by respect for a person or thing. Uma cena da Deusa Mãe com os gémeos «deus meninos» faz lembrar Afrodite/Vénus e os Erotes/Cupidos o que, junto da Felicidade, compõe uma alegoria relativa à satisfação que reina no lar da mulher recatada, em tempos de paternalismo. De qaulquer modo esta cena bem poderia ser Vénus Felix. |
Ver: DEUSES DO FOGO (***) & POTOS (***)
Como se pôde ver em capítulos próprios sobre os deuses da “água e do fogo”, as deusas Potinijas têm uma relação semântica segura com temos como os Iber. puta, o Fr. pute, e o Ital. putana, os quais devem ter uma relação étmica original com pudeo.
Figura 11: R/ PVDICITIA AVG// SC. Le revers Pudicitia est souvent associé aux Impératrices, modèle des vertus de la femme romaine. Ce revers traditionnellement réservé aux femmes fait un retour en force à un moment où Trajan-Dèce essaie de valoriser les vertus romaines et lance la grande persécution contre les chrétiens, immortalisée par Corneille dans Polyeucte. Pudicitia, personified as a goddess, and worshipped under two names, patricia and plebeia (the statue of the former stood in the Forum boarium at Rome). |
«Putedo» < phautheo < *Kakeho > putheo > pudeo.
Deste modo podemos postular, sem arriscar cair num excesso ridículo, que «pudibunda» (< Lat. pudibundus) é = puti-bunda, lit. «bunda lavada», a menos que seja apenas = putibe (< *Puthi-Ki + an = Poti-Enkia = Potinija, a deusa micénica aguadeira, para beber e lavar) -unda, lit. «cheio/a de Pudica».
De qualquer modo, nos primórdios da fase anal da humanidade poderia muito bem ter sido a deusa Pudica (< *Puti-kia, a Terra Mãe dos «putos?), aquela que garantia o «cu lavado» das crianças bem como de todos os que temiam comportar-se como tal! É certo que esta deusa não faz parte da lista dos cerca de 1/4 da centena de deuses registados como protectores da puericultura romana, rol espantoso que só demonstra quanta angustia produzia na alma dos romanos a incerteza da elevada mortalidade pré-natal dos povos neolíticos (ao ponto de ser considerado como um critério de qualidade de vida civilizada gostar de acarinhar crianças, somente quando bem nutridas!).
De qualquer modo Potina, a deusa das mesinhas infantis, pode ter sido uma das variantes desta deusa de que teria acabado por derivar a Pu-dicitia, literalmente a deusa Pu-dica, que por sua vez seria a deusa das dicas.
Voltando ao fundo da questão é obvio que o Lat. poteus só poderia derivar dum verbo relacionado com o «pote» da água, sobretudo «potável», ou seja, para beber!
Pôto, âvi, âtum, or pôtum, 1, v. a. and n. [root po; Gr. pinô, pepôka, to drink; Lat. potus, potor, poculum, etc.]. => pôtus, ûs, m. [v. poto], bebida, golo.
Já o «poço» lusitano poderia derivar da mesma nascente de *Phiash => *Pot- mas por veios deferentes:
«Poço» < pocho < Phausho > phuto > Lat. futo > fundo.
> Lat. poteo!
Fūtio, ōnis, f. [> fundo], a pouring out. < Futo, *futis, futare, *futati, futatum ó fūtātim , adv. [perh. from (??? > ) fundo; qs. by pouring out, i. e.] , abundantemente, frequentemente. > fūtis, is, f. [id.; cf. futtilis], vaso de água, caneca < futtĭle , is, n., um vaso de água, de boca largo e fundo pontiagudo, usado nos sacrifícios a Vesta e Ceres.
Os vasos libatórios de Vesta e de Ceres seriam assim reminiscências muito arcaicas de cultos à mãe e à filha e/ou esposas do deus das águas doces. A forma afunilada deste vaso semelhante a uma cornucópia reporta-nos para a origem da forma fálicas das ânforas, também estas inequivocamente relacionadas com cultos de deusas relacionadas com Enki.
A forma destes vasos de boca larga permitia que vertessem o conteúdo facilmente o que acabou por se generalizar a todas as vasilhas que vertiam por tudo e por nada como seria o caso de vasos de barro mal cozido ou rachado. A conotação de frivolidade relativa a coisas estragadas e de pouco préstimo aparece mais tarde em época bem datada por mera metáfora sacrílega! As dúvidas dos etimologistas ficam assim esclarecidas!
Frīvŏlus, a, um, adj. [etym. dub.; perh. (???) from frico], tolo, vazio, insignificante, frívolo; lamentável, inútil (principalmente post-Aug.; perh. not in Cic.; cf. futtilis). => Subst.: frīvŏla, ōrum, n. plur mobília miserável, coisas vis, ninharias.
Originalmente a pureza era sobretudo ritual e dependia sobretudo da ausência de pecado relativamente aos tabus alimentares e sexuais. Assim, inicialmente a pureza era apenas sacramental, passou depois a ser pureza sexual e apenas por último pureza física, sem mácula genética, higiénica sã e salutar.
Ver: ANFURAS (***) & LARUNDA (***)
A BUNDA (DA DEUSA MÃE)
Bau/Baba cujo nome soa como onomatopaico latido canino (bow-wow), era a deusa principal da área de Lagash, com as suas três cidades, Girsu, Lagash, e Nimen. Como "Senhora de Abundância", Bau/Baba controlou a fertilidade de animais e seres humanos (Leick 1998: 23). Por volta do tempo em que o afamado governador de Lagash, Gudea (século XXII A.C), que se chamou o filho de Bau, a deusa tinha se tornado a filha de Anu, o chefe do panteão.
Sejamos sérios, se pudermos (J!) Claro que se supõe que bunda seja um termo de importação angolana tendo o sinónimo de "mulher da raça dos Bundos; (Bras. e Ang.); nádegas (com o sentido sensual). É certo que os bundos terão também direito a uma etimologia arcaica, quiçá mesmo por via duma mui arcaica colonização suméria e cretense. Mas…terá sido mesmo esta a via etimológica para este calão assim tão supostamente angolano e brasileiro? De facto, sem a generosa luxúria da metade quente e fértil do ano não teriam sido possíveis as fartas rotundidades nadegueiras e lunares das grandes deusas mães pré-históricas! Figura 12: Vénus de Lausel, a Dama de farta figura e da «cornocópia»! Baba = "An alternate form of the goddess Inanna". Bab-bar = "An ancient Sumerian sun-god", lit. «o que transporta Baba < *Kaka, a Deusa mãe do fogo». |
Em Lagash, ela era cônjuge do guerreiro Nin-Girsu, "Deus de Girsu" e ele teve a seu cargo a irrigação e a fecundidade da terra. Em outros lugares, o cônjuge dela era Zababa, um guerreiro do norte.
Em Girsu do qual ela era a protectora, Bau teve um grande templo, o E-tar-sirsir que era também o nome do templo de Bau em Lagash.
Os "Lamentos pela da Destruição de Ur" conta que Bau/Baba foi forçado por invasores externos a deixar a sua cidade.
Bau abandonou Urukug, o seu rebanho (foi disperso pelo) vento;
O santo Bagara, a sua câmara, ela abandonou… (Kramer em Pritchard 1969: 456). – traduzido de "Going to the Dogs": Healing Goddesses of Mesopotâmia, by Johanna Stuckey.
Sendo a paralogia metafórica a regra da mitologia, não se deve estranhar esta multiplicidade de leituras paralelas possíveis relativamente à etimologia mais arcaica dos termos relativos a realidades prementes e primordiais até porque é assim que o pensamento humano funciona, por associação de ideias tão caóticas e aleatórias quanto necessárias e motivadoras! Assim sendo, nada nos garante que o nome da Abundância não tenha passado a adjectivo composto por pura ignorância mitológica dos gramáticos latinos e então:
Abbund-antia = Abbund Anteia lit. «a deusa do céu é Babunda»???
= Baba-Antu-Enki-a, lit. «Inana, a gorducha filha de Antu e de Enki»???
Esta etimologia tem a vantagem de justificar a sua relação com a cornucópia do Capricórnio deus dos mares. => Baba | Wawa < Kaka | -Antu.
Figura 13: Bau/Baba seated on a throne which seems to resting on water and is supported by water birds, perhaps geese. Holes at the side of the head suggest that decoration was added to the headdress. Nose separate and now lost, eyes originally inlaid. Diorite. Dated around 2060-1955 BCE. | Figura 14: Possibly the goddess Bau/Baba, seated on a throne flanked by palm trees and with two creatures, possibly water birds, at her feet. Terracotta. 2017-1595 BCE. From Ur. Drawing © Stephane Beaulieu, after Pritchard 1969b:173 #507. Drawing © S. Beaulieu, after Leick 1998, figure 6. |
<=> *Wa-Kunda
Vacuna = *Wa-Kunda > *Phacuntha > Lat. fec-unda <= *Kaki-Unda.
Vacuna - "empty"- Goddess of repose and leisure. Festival in the month of December and she had a famous Sabine temple. Sendo uma deusa agrícola, possivelmente relacionada com os frutos secos, chegaria às festas de Dezembro com a cornucópia vazia.
Então, Fecunditas = Fecund-(itas) <= *Kaki-Unda, nome que seria literalmente uma forma comum originária destes nomes o que faria da Fecundidade uma mera variante do nome da Abundância semanticamente particularizadas, uma na qualidade de Deusa Mãe fértil, outra na de «obesa» (< Lat. obesu < ???) e ambas na de parideiras!
Abbundantia/Adbundita = Ad-bund- + (an)-ti(t)a, lit. «a ânsia de esta junto da bunda» ou «a procura da bunda da dita»???!
A obesidade adquirida nos meses de fartura era uma preciosa reserva que iria permitir à mulher primitiva suportar não apenas o Inverno como também e sobretudo a sobrecarga da gravidez. Por estas e outras idênticas razões, tal como a sensação de força e poder que a gordura determinava, por exemplo, a «gordura era formosura» tendo acabado como símbolo divino de «sucesso na vida» no teatro da luta pela sobrevivência individual e colectiva mas esta, pela via da «fecundidade».
Nesta perspectiva a Abundância dependia da capacidade para recolher e juntar alimentos no corpo e nos parcos celeiros dos arcaicos tempos paleolíticos! Então, faria algum sentido pressupor que:
Tarhunda: Dios babilónico de la Tempestad.
Nahunte, Nachunte, Nahhundi = El Dios-Sol de los elamitas; denominado "El portador de Luz". Nahhunte = Elamite god of truth and justice.
Tarhunda < | Tarh < Tarish < Iscur | -unte | < Nute < Enki?? |
Nahunte | Nach < Nahh < Nakiki | -unte | > Inti |
Abundância = Adbundancia ó *Adjuntantia.
Ø Akay-unctu-Enkia < *Adjunctankia???, lit. «a que passa a vida a «juntar» (e a guardar estanque) a gordura da iluminação fúnebre na cornucópia!
Ø *Ad-unt-ancia, lit. «a ânsia de unto»!?
L'apparition d'Ubertas ou Uberitas est attestée tardivement sous le règne de Gallien. Le type a été principalement utilisé par les empereurs gauloi: Postume, Victorin, Tétricus et son fils, mais aussi par Tacite et Florien.
Mas, ao lado desta existia a variante Ubertas < Uberitas = U-pher-(itas) lit. «a que transporta o U = «gordura» em sumério.
O termo luso «gordura» < Lat. gurdu, (= grosseiro) < ka-urdu > «carda» = • pastas de imundície que se agarram à lã dos animais; • sujidade na pele das pessoas. = adj. «untuoso» < Lat. Unctu. <???> Car-dea, a prenha e gorda esposa de Jano?
Cluerca or Carda; Home: hinges; Originally a nymph and virgin huntress; fooled would-be suitors by sending them ahead of her into a cave and then disappearing; couldn’t fool Janus who could see in both directions; he made her a goddess.
Das «cardas» do burel de «lã cardada» até ao termo «gordo» vai toda uma infinidade metafórica de grosserias própria dos «porcos, feios e maus» que acabam no conceito relativo aos gordos, seguramente por intermédio dos porcos e suínos! Ora, numa primeira abordagem semântica a «carda» seria tão-somente a *urda [enquanto lã de ovelhas (= animais de «ordenha» < Lat. *ordiniare, ordinare???)] suja de caca, ou de «coisas» da terra (Ka)! Quanto a Unctu reporta-nos para as dúvidas relacionadas com o étimo -undus da Abundância!
Fecunditas ó Facundia < *Kakunthia > Wakunda
Wakonda < Wakunda < *Kakunda
< Kakaunka < Ka(kian-Kian)ka => Wotan Tan-Ki
In Dakota mythology, Wakan Tanka was a creator. He existed alone in the void before existence where he was lonely, so he decided to make company for himself by dividing into four. He made earth, and mated with her to create the sky, then he mated with earth and sky to make the sun. Afterwards creation continued to grow as the leaves and twigs grow on a tree. In Sioux mythology, Wakonda is the Great Spirit who keeps the balance in the universe, revealing the great secrets to only a few favoured shamans.
Figura 15: R/VBERT-AS AVG. Uberitas (la Fertilité) debout à gauche, drapée, tenant des épis de la main droite et une corne d'abondance de la main gauche. Figura 16: Fecunditas. The Roman personification of fertility. |
De facto, voltando ao sumério «U» = «gordura», verificamos que estamos perante um bela e intuitiva metáfora do «úbere» galactóforo que transporta em si o leite que tem por bela metáfora o ser uma «bebida da vida» (= sumer. kallatu) e conter a propriedade que permite a produção da manteiga e engordar as crias dos mamíferos.
«Úbere» ó Uberitas < U-Pher-itas, lit. «a que transporta o U da gordura»!
No entanto, iconograficamente Uberitas aparece como um mero epíteto da Abundantia, esta sim a arcaica deusa da «fartura».
Fartûra [(also farctûra), ae, f. (< farcio) = sagîna, ae, f. (kindr. with sattô, > satisfacio; v. sagmen) > grec. siteia ].
Fartûra > farctûra < *Kar-ki-Tur(a), <
*Kartu-ra < Kur-Kur-kiki, a Deusa Mãe dos montes da aurora > *Kurkurat > Taweret > Tararetu, a N. Sr.ª do Loreto > *Kar-la-tu > Kal-kur-ki > sumer. Kallatu
= o leite, o (da vida eterna que permitiu a ressurreição de Inana) gerado pela mulher do Zigurate, lit. “*Kartu, a vaca Turina da fartura leiteira dos cretenses = Tur-anu ó *Karkituran, lit. «N.ª Sr.ª do monte do Carque», a Vénus etrusca, Turan, a esposa e mãe amorosa de Hércules / (Mel)kart».
Ver: CERES (***)
Segetia = Sagî-na < Shekina < *Kaki-Ana, lit. «deusa Caca = Sr.ª do fogo do céu = a lua, esposa do sol?» => Ki-teia = a deusa Ki > Siteia => Quitéria.
Ø Lat. facundia = eloquência, saber a verdade que vem ao de cima o azeite fino da inteligência que ilumina como o «unto» da abundância verbal.
Ø Baba-Unta, lit. «Antu, a deusa mãe da Terra Gorda, (por ter devorado os cadáveres dos mortos?)»
Ø *Kaka-Unda, lit. «a onda curva de Kiki, a gorda «bunda» da deusa Mãe neolítica» > vivnda > Lat. vivenda ??? > Prov. «vianda» = «água de lavadura» com restos alimentares e gordura, para os porcos e outros animais domésticos.
Ø Hawunda ??? > Wanda > «Bunda»!
ð *KaKa-Anu-Tan-Kika, ... lit. «A fogueira do céu é uma cobra da deusa mãe = luar do quarto crescente lunar»! => Cornucópia!
Mas, nem de propósito, e logo nos atolamo-nos na lama dos sedimentos por proximidade fonética tais como Undabundo que consegue ser tão estranho que não pode ser uma mera redundância do género «onda cá, onda lá» porque o sufixo -bundus nos vais aparecer numa série de termos que têm em comum a conotação de plenitude e «fartura»!
Undâbundus, a, um, adj. [undo], full of waves, surging, billowy (post-class.): mare, Gell. 2, 30, 3: aquae, Amm. 17, 7, 11.
Neste contexto o termo latino seguinte é quase um pleonasmo de eloquência.
Unctus, ûs, m. [ungo], an anointing, anointment: oleum unctui profer, App. M. 1, p. 113, 3: cochlearum cinis cum melle unctu sanat, (al. linitu).
Lat. unctus < ungo, (is, ere, is, ctum) < ax-ungia[6] > Ash-unkia <= *Kaki-U-Ant < *Kaki-Antu???.
Quase que de certeza que foi esta partícula U que por U-Antu derivou o Lat. Uncto. U significava «gordura» em sumério, herdada dos tempos arcaicos das linguagens gestuais em que os termos se desenhavam com as mãos ao ritmo de sons vocálicos sugestivos, neste caso possivelmente tanto o som U quanto o som O! Ora, não será por mera coincidência que as representações medievais lusitanas da Virgem Mãe grávida se chamavam Sr. do «O»! Estas vogais terão tido muito cedo, nos primórdios dos esboços da escrita, no «O» a representação do pictograma do ovo e o «U» o de uma gorda bunda?
Na verdade as estatuetas da Deusa Mãe encontrada nos santuários de Malta são um exagero de obesidade!
No entanto, em que ficamos? Amaduntia era cipriota ou egípcia? Em boa verdade, confirmamos assim que a mitologia antiga tinha mais de comum do que os mitólogos clássicos suspeitaram! Por outro lado fica provado que o epíteto de Afrodite Amatuntia não derivava do nome da cidade cipriota onde foi adorada, mas, a inversa é que e mais plausível! De facto o núcleo central deste teónimo era Amat, lit «a filha da mãe», no sentido de korê, ou a «mãe mulher» no sentido de Deméter!
Amatusa < Amathusia < Amat-usha > (A)madusha > Medusa.
Amat + Huntia > Amaduntia ó Amadaunta.
Ki + Amat > Thiamat > Tiamat.
Ki + Amat + ter > Thiamater > Deméter.
Ver: AFRODITE CALIPÍGEA (***)
Sendo assim, também ousaria afirmar que de Ki-U (= deusa de «cu gordo» >) surgiu a ideia de dar nome de «cu» ao que já era a «bunda» da Deusas Mãe, grávida e parideira!
Figura 17: Uma obesa Deusa Mãe de Malta em trabalho de parto. Amathusia/Amathuntia - patient one; from Amathus on Kyprus Amathaunta - The Egyptian goddess of the sea. Um dos epítetos de Afrodite, adorada em Amadus era Amaduntia, lit. a «Mãe do Unto (= a mãe do sol), a Gorda». |
Não deixa de ser coisa estranha que o nome para o cu da mulher tenha em sumério referência ao emagrecimento com o trabalho de cavar!
Female asses = sumer: Amsu-Sal-Al. Su = Flesh; Sal = Thin (to be). Al = Digging
Amsu-Sal-Al = Ama-sus-al-al, lit. “os montes grémios da aurora da Deusa Mãe!” = Amasu-sal-al, lit. “a carne da deusa Mãe que emagrecesse cavando???” De qualquer modo, parece estarmos perante uma frase idiomática!
«Cu», espécie de «cona» (?< Ki-hu < Ki-?) Ku no género masculino?J?
«Cona» < Kauna < kuana < Ki-Ana.
Hu = In Egyptian mythology the creating word of the sun-god of Heliopolis, personified in the same god. With Sia he forms a primeval pair, both born from a drop of blood from the penis of Re, and together the personify the insight and wisdom of the sun-god. They also accompany him on his solar barque and help the bring order in chaos. personifies authority, the creating word of the sun-god of Heliopolis. When the pharaoh became a lone star, his companion was Hu.
Hu < Ku > «cu».
Sia < Kiha < Kika > «queca» > «crica».
Ora bem, nesta divagação especulativa acabamos por tropeçar ma possibilidade duma explicação para a estranha origem do nome sumério para o que é gordo. De facto podemos postular que: Ki-U < Ki-hu < Ki-Ku > Ki-Ki.
Ou seja, tal como hoje os cientistas decidiram que os sexos eram XX = feminino / XY = masculino a partir da relação com a «cromatina sexual» também os primitivos teriam tido uma intuição empírica idêntica mas a partir do número de orifícios perineais. Neste caso terá sido:
Sexo feminino = orifício anterior, também conhecido por «c®ica» + orifício posterior, vulgo «cu» = Ki-ku > Kiki > Xixi.
Sexo masculino = apenas o orifício posterior (cu) = Ki-ku > Ku > Hu > «(il?)o».
Porém, Ku em sumério era alimento
Ku = Consume; Determiner; Eat (to give); Feed; Food; Judge; Leader; Livelihood; Use (to). Kua = Fish; Oracle God. Ku-Ku = Sweet; Dark or dim (to grow); Darken (to); Darkness; Deepen (to; Sleep (to): Ku-Kuga = Dark; Deep; Mysterious; Obscure. Gu = Aquarius.Du = Sweet, Depth, Good, etc
Enki era um deus peixe dos abismos abissais do Kur e dos oráculos obscuros da sabedoria profunda. Ku, Kuku / Caco, Kukuga / Kukiko, seriam nomes de estrutura infantil atribuídos a Enki enquanto «Deus Menino»! Enquanto deus do Aquário seria também Gu, deformação fonética de Ku, tal como Du. A verdade é que foi o deus Enki que deus nome ao «cu»!
Ass = Sumer: Anse.
Enki < Anki > Ansi > Anse!!!
A sua relação óbvia com a defecação teria originado a semântica que vai de «caco» a «caca». Da oposição por simetria semântica teria surgido o par Ki, (sexo feminino) ou Kiki / Ku (> Pt. «cu»), que teria acabado por ser «Zé», o mais vulgar dos nomes ibéricos, ou Zu, um dos nomes de Enki. Este sistema deve ter tido muitas variantes, das quais uma teria chegado ao extremo oriente.
In Taoism, the I Ching describes that the universe is kept in balance by opposing forces of Yin and Yang (Yum/Yab) - Yin is female and watery, the force in the moon and rain which reaches its peak in winter; Yang is masculine and solid, the force in the sun and earth which reaches its peak in summer.
Yin < Gi(e)n < Ki-An, lit. Sr.ª Ki.
Yang (Yum/Yab) < Jan-ku < Enki
Yum < Jum < Shum < Shem < Ish-Ma, lit. «filho-da-mãe» = amish europeus muito parecidos com os nipónicos emish!
/Yab < Jab < Jak(o) < Caco.
Ver: MARDUK (***) SOL / UTO (***)
[1] No folclore medieval, Herodianas eram um grupo de bruxas adorando a deusa romana Diana e a personagem bíblica Herodias.
[2] < *Phiuto!!!
[3] L'Aliment sacré, Par Christophe Meyer.
[4] Tal como a pura virgem apodreceu com a fruta e acabou puta, a deusa da poda das árvores acabou em deusa da «foda» o que revela o quanto «estranhas maneiras de pronunciar os efes» podem perverter as linguagens pois não sendo as podas em épocas de lavradas, o nome da poda nem a um latinista faria lembrar o verbo lat. fodeo sem acabar a pensar em bacanais, a variante clássica de sexo, droga e rok-and-roll!!
[5] Bater uma punheta = pívea!
[6] > prov. «enxúndia» de galinha!
achei o blogtudo de bacana,pois é muito legal conhecer o nosso passado a nossa história e mitos do passado que se refletem no presente!sem achar que isso é palavrão ou obscenidades.pois não nos esqueçamos que também os palavrões e as ditas "obscenidades" também são cultura e manifestações de um povo e portanto também devem ser conhecidos e divulgados pois também fazem parte da nossa história usos e costumes inclusive diários,e não devem de jeito nenhum ser esquecidos!!!.
ResponderEliminarachei o blogtudo de bacana,pois é muito legal conhecer o nosso passado a nossa história e mitos do passado que se refletem no presente!sem achar que isso é palavrão ou obscenidades.pois não nos esqueçamos que também os palavrões e as ditas "obscenidades" também são cultura e manifestações de um povo e portanto também devem ser conhecidos e divulgados pois também fazem parte da nossa história usos e costumes inclusive diários,e não devem de jeito nenhum ser esquecidos!!!.
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