Figura 1: Rosa-dos-ventos minóica. Corpus of the Minoan and Mycenaean SealsCMS-XIII-081.
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Figura 2: Rosa-dos-ventos de 32 pontos de uma carta náutica de Jorge de Aguiar (1492), a mais antiga de Portugal.
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Objectivamente,
a suástica seria a materialização do movimento em geral na forma
particular do espírito dos ventos dos quatro pontos cardiais de acordo
com a rosa-dos-ventos. A rosa-dos-ventos é obviamente uma mera metáfora
figurativa, mítica e poética, da roda solar utilizada para orientar os
navegantes na busca de “bons ventos”.
Segundo
F. Portal, a rosa e a cor rosa constituíram um símbolo de regeneração
em virtude do parentesco semântico do latim rosa com ros,
a chuva, o orvalho. A rosa e sua cor, diz ele, eram os símbolos do
primeiro grau de regeneração e de iniciação aos mistérios… O burro de
Apuleio recupera a forma humana, ao comer a coroa de rosas vermelhas que
lhe oferece o supremo sacerdote de Ísis. A roseira, acrescenta este
autor, é a imagem do regenerado, assim como o orvalho é o símbolo da
regeneração. E a rosa, nos textos sagrados, acompanha com muita
frequência o verde, o que ajuda esta interpretação. Assim, em
Eclesiastes (24, 14): Cresci… como as plantas das rosas de Jericó, como
uma oliveira magnífica a planície. A oliveira era consagrada a Atena
(deusa dos olhos cerúleos) que nasceu em Rodes, a Ilha das rosas: o que
sugere os mistérios da iniciação.
Les
marins de l'Antiquité avaient déjà des connaissances astronomiques.
Grâce à elle, ils n'étaient plus dépendant de la seule navigation
côtière, mais pouvaient s'orienter la nuit grâce à la navigation
astronomique. Pour cela il fallait connaître sa direction et une des
techniques utilisées sera la rose des vents. Il est connu que les
Phéniciens ont été les premiers à faire usage de la rose. Plus tard, elle a été utilisée dans la Grèce antique et améliorée par les marins italiens. La rose repose sur le principe de trouver sa route selon la direction du vent et ensuite de naviguer.
A
“roda solar” foi também a “roda da fortuna” porque enquanto
rosa-dos-ventos permitia encontrar os bons ventos que permitiam a melhor
navegação que faz a prosperidade dos povos ribeirinhos e por ser a roda
da nora e da azenha que fazem a fortuna de agricultores e de moleiros.
Ora, para se saber a direcção dos ventos seria preciso recorrer a um dispositivo mecânico do tipo do cata-vento.
Figura 3: Rosa dos ventos zodiacal da Caldeia.
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Figura 2: Rosa dos ventos zodiacal Azeteca.
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Só
faz sentido imaginar a rosa-dos-ventos de forma giratória como a
suástica se aceitarmos que ela também só seria o que é se, além de
permitir a orientação pelo sol diurno e à noite pelas estrelas, também
permitisse aos navegantes a orientação ao sabor de ventos favoráveis
coisa que facilmente se intuiria com um simples estandarte desfraldado
num dos mastros das caravelas e faluas dos tempos antigos.
Figura 4: Suástica tibetana colorida com as cores dos quatro pontos cardiais.
De
facto, sabendo que os busdistas colocavam o norte e o sul ao contrário
dos ocidentais, considerando-se naturalmente a norte e por isso junto ao
observador da rosa-dos-ventos, verificamos que os Azeteca têm quase as
mesmas cores da budista se aceitarmos que o branco tibetano substitui o
amarelo azeteca. Assim sendo, verificamos que, embora as cores sejam as
mesmas nos dos casos, a sua ordem não é igual pelo que a relação da cor
com o respectivo ponto cardeal acaba por parecer arbitrária. Se assim
era ou não, não o saberemos!
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Sabemos
que na tradição da mitologia eslava, possivelmente herdade da mesma
tradição xamânica mongol mantém as mesmas cores tibetanas, se desta vez
equipararmos o preto ao azul.
Ídolo
de Zbroutch = The northern face of this totem was white (hence White
Russia / Belarus and the White Sea), the western, red (hence Red
Ruthenia), the southern, black (hence the Black Sea) and the eastern,
green (hence Zelenyj klyn).
De
novo verificamos que o significado das cores é arbitrário! Se no Tibete
o branco do norte e o verde ocidental coincidem com equivalentes da
Bielorrússia de acordo com a realidade geográfica natural, já o vermelho
tibetano parece ser a cor solar das terras do sul e não a cor da aurora
dos eslavos. Já o azul do oriente tibetano deverá reportar-se ao mar
denotando uma origem Mongol ou Chinesa desta tradição. Assim sendo,
podemos concluir que as cores dos pontos cardeais se reportam a
realidades genericamente simples e intuitivas mas interpretadas de
acordo com a geografia local o que as torna relativamente variáveis mas
não inteiramente arbitrárias.
RODA DA FORTUNA
Figura 5: Rota Fortunae em iluminura medieval.
A roda solar tanto poderia ser a roda da fortuna como a do azar.
La roue de la Fortune, ou Rota Fortunae
en latin, est un concept des mythologies antique et médiévale
symbolisant la nature capricieuse du destin. La roue appartient à la
déesse Fortune qui la tourne aléatoirement, changeant ainsi la position
des Humains qui se trouvent sur la roue, tantôt chanceux, tantôt
malchanceux.
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Na
verdade, a simbologia da roda como relação com os azares da vida não
era comum na cultura clássica greco-romana onde parece que se usava o
conceito da esfera celeste como metáfora para as mutações cíclicas da
história.
Fortunam insanam esse et caecam et brutam perhibent philosophi,
Saxoque instare in globoso praedicant volubili:
Id quo saxum inpulerit fors, eo cadere Fortunam autumant.Caecam ob eam rem esse iterant, quia nihil cernat, quo sese adplicet;
Insanam autem esse aiunt, quia atrox, incerta instabilisque sit;
Brutam, quia dignum atque indignum nequeat internoscere.Philosophers say that Fortune is insane and blind and stupid,
and they teach that she stands on a rolling, spherical rock:
they affirm that, wherever chance pushes that rock, Fortuna falls in that direction.
Id quo saxum inpulerit fors, eo cadere Fortunam autumant.Caecam ob eam rem esse iterant, quia nihil cernat, quo sese adplicet;
Insanam autem esse aiunt, quia atrox, incerta instabilisque sit;
Brutam, quia dignum atque indignum nequeat internoscere.Philosophers say that Fortune is insane and blind and stupid,
and they teach that she stands on a rolling, spherical rock:
they affirm that, wherever chance pushes that rock, Fortuna falls in that direction.
— Pacuvius, Scaenicae Romanorum Poesis Fragmenta. Vol. 1, ed. O. Ribbeck, 1897
Cícero já havia mencionado a roda, mas seriam os comentários escolásticos à volta da fascinante descrição dos azares de Boécio que, literalmente caído na desgraça política do ariano rei Teodorico foi feito prisioneiro e escreveu a sua obra-prima, De consolatione philosophiae (A Consolação pela Filosofia), enquanto aguardava a execução da pena de morte por traição e magia (supostamente por saber astronomia), trabalho que fez a deusa da fortuna e sua roda tão populares durante a Idade Média:
Eu sei como a Fortuna é sempre mais amigável e atraente para com aqueles que ela se esforça por enganar ao ponto de os esmagar com sofrimento para além do suportável abandonando-os quando menos se espera (...)
Te deste ao poder da Fortuna e agora deves vergar-te às maneiras da tua senhora. Tu tentas verdadeiramente suster o ímpeto da sua roda giratória? Ah! Estulto mortal, se ela parar, já não será Fortuna.
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Fortunae
te regendum dedisti, dominae moribus oportet obtemperes. tu uero
uoluentis rotae impetum retinere conaris? at, omnium mortalium
stolidissime, si manere incipit fors esse desistit.
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Ela vira a roda da sorte com mão arrogante...
haec cum superba uerterit uices dextra
Este é o seu divertimento com que prova o seu poder: na mesma hora o mesmo um homem é criado para a felicidade logo ela o derrubado em desespero, e assim, ela mostra a sua força.[1]
Esta é a nossa força e este, o jogo contínuo que jogo: viramos a roda volúvel do mundo que gostamos de mudar de baixo para cima e de cima para baixo.
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haec nostra uis est, hunc continuum ludum ludimus: rotam uolubili orbe uersamus, infima summis, summa infimis mutare gaudemus.
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Figura 6: Gravura gótica onde a roda da fortuna gira ao gosto macabro da peste negra.
Na
verdade o saber astronómico de Boécio seria tanto quanto o seu gosto
pela filosofia razão porque irá mais adiante relacionar a Fortuna com a
fatalidade dos movimentos astrais o que é meio caminho andado para a
astrologia que Boécio terá cultivado com a mesma candura com que Newton,
o pai da filosofia natural, praticou a alquimia, razão porque lhe foi
adicionada ao improvável crime de traição o de bruxaria que era pela
natureza das coisas impossível de provar razão porque foi morto sem ter
chegado a ser julgado.
Those
things are they which are immovably set nearest the primary divinity,
and are there beyond the course of the movement of Fate. As in the case
of spheres moving round the same axis, that which is nearest the centre
approaches most nearly the simple motion of the centre, and is itself,
as it were, an axis around which turn those which are set outside it.
That sphere which is outside all turns through a greater circuit, and
fulfils a longer course in proportion as it is farther from the central
axis; and if it be joined or connect itself with that centre, it is
drawn into the direct motion thereof, and no longer strays or strives to
turn away. In like manner, that which goes farther from the primary
intelligence, is bound the more by the ties of Fate, and the nearer it
approaches the axis of all, the more free it is from Fate. But that
which clings without movement to the firm intellect above, surpasses
altogether the bond of Fate. As, therefore, reasoning is to
understanding; as that which becomes is to that which is; as time is to
eternity; as the circumference is to the centre: so is the changing
course of Fate to the immovable directness of Providence. The Consolation of Philosophy, Page 128 – 129, Boethius, by the Electronic Text Center, University of Virginia Library.
De
resto, a forma mais arcaica da Roda da Sorte seria tão-somente a roda
fiandeira com que as Parcas teciam o frágil fio da vida dos mortais.
A roda da Sorte aparece na mitologia simbólica medieval como Rota Fortunae acoplada ao arcano maior do tarô no conteúdo simbólico mas à roda das azenhas e dos moinhos na forma.
Figura 7: Iluminura medieval representando moinhos de água!
Assim
podemos especular que a roda da fortuna terá aparecido na idade média
como mecanismo copiado das rodas hidráulicas para uso como «roleta»
primitiva (< It. girella?) de jogos de azar onde ao lado dos
dados aparecem as cartas e com elas a cartomancia e o tarô…e os
primeiros casinos. De facto, a «roleta» dos casinos…rola como a roda da
fortuna e tem semelhanças arcaicas com cata-ventos giratórios como é o
caso da «girândola».
Ver: «CARAVELA», A BARCA SOLAR (***)
O CATA-VENTO
A
suástica usada como símbolo do Budismo e que significa "bons ventos",
utilizada por Adolf Hitler, devido à sua aparência como uma Engrenagem,
supostamente para simbolizar sua intenção de uma Revolução Industrial na
Alemanha que explorasse a energia de todos os ventos (como parece ser a
eolipila) de Heron de Alexandria. O SÍMBOLO DA SUÁSTICA, por Marco Aurélio Müller[2].
A
suspeita de a suástica ter inspirado o destemperado e mórbido nazismo
pelo lado industrioso da “roda da fortuna” que a suástica é na sua
origem remota não deixa de ser uma lúgubre intuição da sua verdade
oculta não por razões mágicas ou místicas mas pela mesmíssima razão que
levou os homens à intuição da escrita como palavra divina ao permitir a
comunicação da espiritualidade.
No
entanto, quando se verifica que os budistas sabiam que a suástica
significava “bons, seguramente melhor seria dizer “favoráveis, ventos”
está-se a constatar que ela foi de facto um instrumento de navegação
relacionada com a mais primitiva intuição da “rosa-dos-ventos”. Ora
esta, como não poderia deixar de ser, esteve seguramente relacionada com
a intuição da sua poderosa força impulsionadora da navegação que só por
distracção não poderia ser relacionada com os moinhos de vento do mesmo
modo que a força impulsionadora dos barcos ao sabor das correntes dos
rios inspirou as noras e os moinhos de água.
Wind
driven whirligigs were technically possible by 700 AD when the Sasanian
Empire began using windmills to lift water for irrigation.
A crucial part of whirligigs is the weathervane. Weather vanes, closely related to pinwheels, were first used between 1600 and 1800 BC in Sumeria.
Until
recently, the oldest known wind vanes, namely those of the Chinese and
Greeks, dated back to the first and second centuries B. C., i.e., to a
period about 2000 years ago. Evidence has been discovered predating
these vanes by an additional two thousand years. A search of the
Sumerian and Akkadian literature for indications of the possible
existence of wind vanes in the ancient Mesopotamian civilizations
resulted in two discoveries.
First,
in one Akkadian fable, originally written between about 1800 and 1600
B. C. mention was made of a wind vane. It follows from the context of
the fable that the vane was made of wood, while the name of the vane suggests that it was in the shape of a bird. The passage clearly reads “They look at the weathervane for the direction of the wind.” The partially legible line before it reads “Like a crown, the temple is adorned with…”
Second, Three Sumerian-Akkadian vocabularies of this period give three
different Sumerian names for the single Akkadian name for vane. The
Sumerian names appear to be genuine Sumerian terms and not translations
of the Akkadian term. All three Sumerian names suggest that the vanes
were made of wood; one of the three may possibly indicate that the vane was made in the form of either a fish (shark?) or a mythological water monster. Since the Sumerian culture flourished before about 2000 B. C., it seems clear that there were wind vanes in the ancient Mesopotamia about 4000 years ago. (…) -- The Ancient History of Weathervanes 2000 BC to 1600 AD, by David Ferro.
Torre
dos Ventos, também chamada de Horologion, era uma torre de mármore de
planta octogonal, existente no ágora de Atenas construída provavelmente
por Andronicus de Ciros por volta do ano 50 a.C..
Figura 8: Topo da Torre dos ventos com o Tritão como cata-vento imaginado e desenhado por Stuart, James, 1713-1788 em The antiqvities of Athens (Volume v. 1).
Era,
segundo Vitrúvio, encimada por um Tritão de bronze com o braço direito
esticado empunhando uma vara que indicava a direcção do vento. No friso,
relevos representam as oito divindades do vento, segundo os pontos
cardeais:
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Bóreas (N), Kaikias (NE), Eurus (E), Apeliotes (SE), Notus (S), Lips (SO), Zéfiro (O) e Siroco (NO).
Ver: OS VENTOS (***)
O
facto de Vitrúvio não ter dado nome específico ao cata-vento permite
inferir que um “tritão de bronze” seria pelo menos o seu nome comum.
“Foi feito de forma a girar com o vento, sempre parando para enfrentar a brisa e segurando sua vara como um ponteiro diretamente sobre a representação do vento que soprava”. – Marcus Vitruvius Pollio, de Architectura, Livro 1: VI, 4.
Este dispositivo seria sensivelmente parecido com o actual mas tendo a efígie do deus da navegação que seria Dagon que os clássicos terão confundido com Tritão. Este deus era seguramente o que aparecia no cata-vento sumério sob a forma de um peixe (serpente marinha?) ou um monstro aquático mitológico.
Bird motifs are the oldest known design used as wind vane pointers.
As previously mentioned the Sumerian vane was described as a bird in
2000 B. C. and then we have the Chinese bird of 101 B. C..
It’s not known if the “bird’ in each case was a rooster but it is quite
possible due to the importance of roosters in each culture. It would further the fact that roosters have been the most popular motif throughout history. -- The Ancient History of Weathervanes 2000 BC to 1600 AD, by David Ferro.
Figura 9: Stamp seals from the Mesopotamia, the Persian Gulf dated around early 18th century B.C.
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Figura 10: Selo cretense do Corpus of the Minoan and Mycenaean Seals - CMS-IV-041a-1.
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Entretanto deve ter ocorrido a descoberta do compasso como é referido no mito de Talo / Perdiz, sobrinho de Dédalo
e aparecido a rosácea adaptada à rosa dos ventos tal como a conhecemos
hoje mas que começaria por ser uma multiplicação por seis do cata-vento
como parece sugerido num selo Mesopotâmico do século 28 a. C. encontrado
no Golfo Pérsico. De forma não inteiramente estranha este mesmo motivo
aparece estilizado na forma de seis serpentes em volta de um círculo
solar num selo cretense, possivelmente ainda mais antigo, e com
múltiplas variantes comprovando que a cultura minóica não tendo um poder
central dominante se permitia explorar todas as variantes e
possibilidade o que só trouxe vantagens ao progresso civilizacional e
mais teria trazido enquanto ponte marítima entre as civilizações do
crescente fértil e o resto do mundo neolítico e do início da história,
não fora o seu súbito e catastrófico colapso durante a explosão do
vulcão de Santorini.
The
first mention of a rooftop rooster figure is from the mausoleum of the
Flavier in North African Cilium about 200 A. D.. The oldest Rooster vane
in existence is the cock of Brescia, Italy from 820 A. D.. It is
believed that around this time, the pope decreed each catholic church
would bear a cock as a reminder of Peter on the Cavalry: “In this night,
before the rooster crows, you will deny me three times” (Matthew 26,
34).
Figura 11: cata-vento comum.
English writer Albert Needham was the first to write this claim, but evidence of the Papal decree has never been found. Two artifacts exist from the 11th century also depicting roosters. There is an 11th
century drawing in the library in Rouen, France and the Bayeaux
tapestry contains a depiction of a weathercock’s installation or repair.
This tapestry was made in England after the battle of Hastings in 1066
and depicts many episodes in the life of William the Conqueror. The
English were the first to coin the term Weathercock that means
wind-blown cock. -- The Ancient History of Weathervanes 2000 BC to 1600 AD, by David Ferro.
O galo é um símbolo arquetípico que aparece nas tradições religiosas dos mais diferentes povos da terra.
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Em
todas as culturas antigas ele surge como uma espécie de criatura
celestial e votiva que anuncia a ressurreição solar. Daí o simbolismo
que liga o seu canto com a renovação espiritual, que as escolas
esotéricas desenvolveram em suas doutrinas, e as religiões oficiais
adotaram em seus cultos como elementos rituais. DO LIVRO LENDAS DA ARTE REAL - NO PRELO, João Anatalino
Jano seria uma variante de Dagon como terá seguramente sido uma variante de Hefesto, aquele com alma de galo e este de codorniz…ou de uma qualquer ave pernalta como Tote.
Au
IXe siècle, le pape Nicolas Ier décide de rappeler aux chrétiens la
phrase de Jésus à Pierre : « Avant que le coq chante, tu m'auras renié
trois fois» en installant un coq au sommet des clochers, qui étaient
déjà souvent couronnés d'une girouette.
Obviamente
que então o galo do cata-vento moderno nada tem a ver com S. Pedro
porque já estaria neles bem antes do decreto papal por ter toda a
relação com Enki / Jano, o deus dos pontos cardeais e Axis Mundi!
Na suméria a variante avícola de Enki seria Anzu, o arcaico Espírito Santo que viria a se tanto a águia de Zeus…como o galo de Jano e de Atena Alector / Hefesto. Em Creta o galo era símbolo de Zeus Velcheno
o que demonstra que de Creta minóica à Grécia olímpica muita coisa
mudou na mitologia mas que não mudou inteiramente em locais onde chegava
a cultura minóica como foi o caso da Itália.
Ver: VELCANO (***)
O GALO E ATENA ALECTOR
Figura 12: Atena Alector diante de Hércules. Ao lado de uma corsa aparece com aspecto artemisina e no escudo apresenta o trisquel solar.
Elec-tyrone / Alec-trona morreu em Rodes e dela nasceu Atena Alector que
em Atenas não tem nenhum mito associado sendo por isso um mero título,
significando deusa vigilante e madrugadora como o galo.
A
forma de Dórica do nome é semelhante à palavra grega para "galo"
(Alectrona, o genitivo feminino de Alektor), enquanto a forma grega
Ἠλεκτρυώνη (**), Electryone, é semelhante à palavra para "ambar"
(Elektra), como na cor laranja do nascer do sol (implícita por Helios ser seu pai); naturalmente, qualquer um dos nomes seria apropriado para uma deusa solar.
Na
mitologia grega, Elec-tyrone ou Elec-tryo ou Alec-trona (forma dórico)
era uma deusa (do sol) da Grécia antiga, que se tornou uma filha de
Hélio, a irmã das Heliadae, quando os mitos da antiguidade clássica
evoluíram e acabou confundida com Atena (*). Morreu virgem e foi adorado como uma heroína na ilha de Rodes. Ela foi, possivelmente, uma deusa da manhã ou do sentido de vigília dos homens que leva a acordar cedo, e também pode ter-se acreditado que daria aos homens a sua glória matinal.
(*) Ateneu, Deipnosophistae 3. 98b (trad. Gullick) (retórico grego sec. II a III Depois de C): "Durante a celebração das Panatenaicas, em que os tribunais fechavam, ele disse: 'É o dia de natal Atena Alektor (do Galo) e por isso hoje é um dia injusto (Miara hemera)."
(**) DIOD. 5, 56; Schol. ad Pind. Ol. 7,24). O
nome também é usado como um patronímico de Electrião, e dado a sua
filha, Alcmena. (. Hes. Scut Herc 16) - William Smith. Um Dicionário da
biografia greco-romana e na mitologia.[3]
Dizer-se
de uma deusa que morreu virgem parece uma blasfémia no campo do
monoteísmo porque quando se tem um único deus eterno e omnipotente não
se pode deixá-lo morrer sem que todo a teologia que o suporta desmorone.
Já no campo do politeísmo isso era irrelevante porque mesmo entre os
deuses soberanos e todo-poderosos se sucederam pelo menos três gerações e
até Zeus terá nascido e morrido em Creta onde tinha o seu túmulo como
local de peregrinação e turismo religioso nos tempos do helenismo. Por
isso é que Jesus Cristo só seria possível num monoteísmo sui generis
porque trinitário.
Ver: EOS (***) & ILÍTIA (***)
O
homem domesticou os primeiros galos-banquivas na Índia, cerca de 3.200
a.C. e a partir de 1.400 a.C. na China. Por volta de 1.500 a.C.
domesticou-o no Egipto e em Creta. A espécie estendeu-se de seguida à
Europa e ao mundo inteiro. É provável que tenha chegado à América a
partir da Ásia, pelas costas do Equador e do Peru.
No
início, o galo foi domesticado pelo seu papel tanto como animal para
sacrifícios, como em lutas de galos, como ave de capoeira pela carne e
pelos ovos.
Esta ave foi domesticada a partir de galos-banquivas (Gallus gallus: é descrito por Ptolomeu na Geografia 7.2.23 com suas penas caídas como barbas, (ver: Pogonias) nativo do sudeste asiático já assombroso no terceiro milénio a. C, mas a data de sua primeira chegada à Grécia é problemática. A impressão de encontrada em Kato Zakro de um selo feito provavelmente no século XVI a. C retrata dois galos de frente um para o outro em cima de um altar, mas a ave não é uma característica na arte da Grécia continental até o século VII e em sua literatura, até mesmo mais tarde (?primeiro Theognis 864). [4]
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A
este respeito há que perguntar se o problema da ausência do galo na
cerâmica grega seria da ave ou dos pintores. É que, antes do século VII o estilo geométrico da cerâmica da idade das trevas gregas era impróprio para representação figurativa. Alektor = o galo (termo poético na Ática, mas palavra comum fora da Ática e mais tarde em grego), Alektryon (na Ática até o século IV a C:. Cf. Phrynichus 200 Fischer) utilizado tanto para galo e galinha (embora Ornis o substitua muitas vezes para a galinha, às vezes junto com adjectivos definitivos como "doméstico" ou "feminino"), Alektoris galinha = (primeiro em Aristóteles), e Alektorideus = frango.
O
argumento da ausência de provas documentais só convence os ímpios que
passam a vida a pedir provas e milagres. Pelo contrário, o galo aparece
com a mesma frequência de qualquer outro animal na cerâmica Coríntia e
Calcídia.
A fonte imediata a partir do qual ele chegou mais massivamente à Grécia foi a Pérsia durante o século VII, e por isso era comummente chamado de "ave persa" (por exemplo Cratino fr. 279, Aristófanes Birds 485).[5]
Figura 13: Ganymede
holding a hoop, symbol of his youth, and a cock, a traditional
pederastic gift. Side A from an Attic red-figure bell-krater, ca.
500–490 BC. Side B: Zeus in pursuit.
A informação sobre a Pérsia é estranha porque o império persa só chegou às portas da Grécia com as Guerras Médicas por volta do século V a. Cristo e muito antes deste período já o galo era um símbolo vulgarizado de cortejamento pederástico. Por
esta mesma altura já Ganimedes recebia de Zeus galos de presente de
namoro, moda que se banalizou entre a cortesia pederástica da época, o
que dificilmente aconteceria se o galo fosse uma raridade exótica!
É bem possível que estejamos perante confusões, de autor ou tradução,
com o pavão ou com galinhas de Angola que mais tarde foram confundidas
com os perus americanos por serem comercializadas pelos turcos.
Bem
antes dessa altura, lá pelo século VI a. C. já o galo era bem conhecido
em Himera da Sicília, região italiana que parece ter tido desde sempre
uma relação preferencial com a cultura grega de Creta, como se sempre
tivera sido uma colónia minóica.
Na
mitologia grega, Hemera – filha de Nix (a noite) com Erebo (deus da
escuridão) – era a personificação do dia (a deusa é interligada ao fato
mitológico de poder ter sido a primeira deusa a representar o sol). Teve
um romance com seu irmão Éter e com ele teve uma filha, Tálassa.
Hímera
foi uma colónia grega fundada na costa norte da Sicília por volta de
649-648 a.C. por colonos de Zancle (Messina), acompanhados por exilados
de Siracusa. Situa-se perto da moderna Termini Imerese e o acesso ao
local pode ser feito pela auto-estrada Palermo - Catania.
Figura 14: Greek. Sicily, Himera. Chalcidian drachm circa 520-51.
Como o nome da cidade de Himera (Ἱμέρα) seria uma mera variante em dialecto de Messénia de Hemera (Ἡμέρα),
a deusa do dia que o galo anunciava e que seria o animal sagrado do
mito fundador da cidade que por isso se reportaria ao sec. VII.
Se
esta moeda do século VI representa na sua face principal uma homenagem
genérica ao galo no reverso da outra face desta moeda representada a
“galinha” que seria o animal totémico desta colónia grega na Sicília e,
por isso, teria um ícone “enquadrado” e emoldurado num templo, que seria
obra célebre e emblemático da cidade de Himera ao ponto de ser cunhado
em moedas.
Ora,
se por volta do século VII o galo já era sagrado numa colónia grega da
Magna Grécia é porque já seria conhecido na cultura minóica de origem
destas colónias gregas muito antes, seguramente desde pelo menos a época
micénica.
O mito da metamorfose de Alectrião tem todo o sabor alexandrino duma fábula a posteriore para desculpar o desleixo dos divinos amantes da Guerra & Paz variantes de Eros & Tánatos. Hipnos, irmão de Tánatos seria neste mito aliado de Hefesto estando a trair o seu irmão gémeo inseparável o que faria pouco sentido se Eros / Ares
fossem a mesma entidade o que prova o quanto os mitos eram fábulas que
só funcionavam com alguma lógica nos seus limites estritos.
Ἀλέκτωρ Deriv. uncertain. = ἀλεκτρυών, a cock, Aesch., etc.-- Liddell and Scott. An Intermediate Greek-English Lexicon. Ἀλέκτωρ: father-in-law of Megapenthes, Od. 4.10†. Georg Autenrieth. A Homeric Dictionary for Schools and Colleges.
Todos
os termos gregos com a mesma raiz ou são falsos cognatos por começarem
por um a- de negação ou estão relacionado com galo, galináceos e
galinheiros. Se o termo fosse muito antigo teria seguramente termos com
etimologias comum o que não parece o caso. Assim sendo é possível que o
termo fosse recente, não necessariamente do tempo das guerras pérsicas
mas como se poderia saber tal coisa com a informação disponível? O que
parece é existir uma relação do nome com a sua função principal
sublinhada no mito de Alectrião.
Figura 15: Mars Changing Alectryon to a Cock, Dioskouridou, Dioskourides, Paris, Cabinet des medailles, Bibliotheque nationale de France.
O
deus Ares, deus das batalhas, logo se aproveitou do descaso do famoso
deus-ourives, partilhando constantemente o tálamo da deusa do amor.
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Para evitar problemas, Ares deixava sempre como sentinela um jovem chamado Alectrion,
que deveria avisá-lo para que se desfizesse o conluio amoroso antes do
nascimento do sol, isto é, antes que o deus Hélios surgisse, pois
poderia expor os amantes a uma situação vexante. Certa manhã, porém, Alectrion,
mergulhado no sono, vitimado pelo deus Hipnos, deixou de avisar os
amantes. O deus Hélios avisou Hefesto que, vindo às pressas, envolveu os
dois com uma rede, da qual ninguém os poderia libertar, tudo diante dos
demais deuses convocados por Hefesto.
Depois de alguma discussão entre os envolvidos, e por instância de
Poseidon e de Hermes, Hefesto libertou Afrodite e Ares. Quanto a Alectrion,
foi transformado em galo (alektryon, em grego), com a obrigação de
cantar sempre, a cada manhã, antes do nascimento do sol. ---Wikipedia.
O galo seria acima de tudo um despertador natural estranhamente correlacionado com o acto de estar de atalaia e «alerta»!
Alerta! Levantar!
E é então que voltamos a Atena Alector e à deusa solar de Rodes Elec-tyrone, Elec-tryo ou Alec-trona, dando conta que alector seria uma corruptela de Elektyr que na língua grega clássica só pode derivar de ἠέλιος, o sol que
se levanta quotidianamente todas as manhãs faça chuva ou faça sol! Por
isso grande era o receio supersticioso que os antigos tinham pelos
eclipses solares.
A deusa Eili-tia do parto deve ser uma distorção fonética da mesma raiz do parto do sol que é a Aurora.
Ver: ILÍTIA (***)
Eil-i-tia seria literalmente a deusa Eil, variante fonética de Eir-ene, ou Ir-ene, deusa mãe da paz, filha de Poseidon e Mel-an-theia, seguramente Afrodite Melânia…e esposa de Dagon / El.
Como foi em língua micénica e-re-u-ti-já pode ter sido em dório cretense nem mais nem menos do que Hera mas teria sido em cretense arcaico *Kertissa
e mais tarde em língua lusa Cartuxa ou *Cartaxa. A interjeição
germânica Heil será seguramente o equivalente, em falso cognato ou não,
da raiz Eil- de El Elion o Altíssimo Senhor Deus do sol.
Eil-i-tia < Eil < Ei lá! Eh lá! Olá! Hello! Heil! < Heli(os)
«Elevar» < Lat. ele-vare; «eleger» < Lat. eli-gere. <= Grec. Eli- / Eil- de Hélios.
A
saudação nazi, mais precisamente romana era uma saudação solar em que
se estendia o braço com a mão aberta no gesto de tapar o sol para não se
ser deslumbrado por ele, forma gestual metafórica de dizer que quem se
saúde é pessoa tão brilhante quanto o sol! A saudação militar de bater a
pala como que a fazer sombra nos olhos com o bordo da mão na testa tem o
significado idêntico de saudação solar mas é porém um gesto primitivo
dos primatas e é sobretudo usado pelas fêmeas para evitar o
deslumbramento e assim poderem ver contra o sol o que se passa ao longe
com os seus filhotes!
«Alto» < Lat. altu < *hartu ó Lat. hirtu
«Alerta» < Fr. alerte < It. all'erta < Erta < Lat. hirtu ó Lat. erectu.
< Micenic. Ereu-tija < Kerticha < *Ker-Tu > Lat. hirtu.
E
começamos a entender a razão pela qual o galo foi adoptado pelos deuses
dos pontos cardeais! *Kertu era a latina Cardeia, esposa de Jano que por sua vez seria nem mais nem menos que Vel-Chano e mero nome alternativo de Dagon, o deus da globalização neolítica pela via do domínio dos mares pela talassocracia egeia.
(Derivação: por extensão de sentido) espécie de cata-vento sonoro que faz girar espantalho para afugentar aves daninhas de plantação.
Brinquedos antiquíssimos, representados na iconografia medieval, os moinhos de vento e caravelas,
movidos pela força do vento, apresentam diversas formas e podem ser
feitos a partir de diversos materiais, sendo a cana frequentemente
utilizada para a pega e por vezes também para as velas, especialmente
nos cata-ventos que se colocavam a girar nas hortas para indicar a
direcção do vento. – autor anónimo
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Como
é que se passou do pássaro cata-vento único e da roda dos ventos de
múltiplos cata-ventos é coisa tão infantil como intuitiva.
O cata-vento, como brinquedo infantil deveria fazer parte do saber tradicional das crianças de todas as culturas arcaicas.
Com qualquer folha de fino metal ou mesmo de madeira e sobretudo de canas secas e hastes de cana babosa se poderia fazer moinhos, cata-ventos, caravelas de brincar, girândolas, espantalhos e espanta pássaros, tramelas e relas (as mais sonoras) para espantar pássaros nas cearas ou por as crianças divertidas.
«Caravela»
= (termo de marinha) (Diacronismo: antigo) embarcação de velas latinas,
de pequeno calado, casco alteroso à popa e mais raso a vante, com um a
quatro mastros, utilizado nos século XV e século XVI, especialmente
pelos portugueses, nas viagens de descobrimento.
Figura 16: “Caravela” infantil de duas folhas no quadro «menino Jesus com andarilho” de Hieronymus Bosch.
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Figura 17: Cata-vento ou caravela infantil comum.
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For
reasons that are not clear, whirligigs in the shape of the cross became
a fashionable allegory in paintings of the fifteenth and sixteenth
century. By the 15th century whirligigs were shown in paintings, such as
the Hieronymus Bosch painting, "Christ Child With a Walking Frame,"
circa 1480 to 1500.
EQUÍVOCOS DA DEUSA MÃE
E
quase seguro que o cata-vento foi conhecido dos gregos e utilizado como
espanta pássaros e por isso seria um dos símbolos de Deméter como
parece acontecer na seguinte reprodução de um vaso grego.
Figura 18: Deméter e Triptolemos num desenho retirado de “Peintures de vases antiques recueillies par Millin (1808) et Millingen (1813) planche XXI“, pintado ciberneticamente pelo autor.
A respeito deste desenho pode ler-se na prancha XXI do livro “Peintures de vases antiques recueillies par Millin (1808) et Millingen (1813):
Ceres
de lenço na cabeça, tal como a representam os monumentos. O instrumento
agrário que transporta ao ombro é impressionante. Trata-se de uma vara
na ponta da qual se fixam seis peça que parecem cortantes: talvez este
instrumento servisse para abrir a terra antes da invenção da lavra e
demonstra que o seu uso era devido a Ceres.
Obviamente que a interpretação de Millin et Millingen é discutível notavelmente a afirmação “paroissent tranchantes”. Pelo contrário, as seis peças parecem ser demasiado frágeis como seria de esperar de um utensílio agrícola feminil.
As
interpretações dos antigos a respeito do que desconhecem de autores
ainda mais antigas são sempre discutíveis sobretudo quando se recusa ver
o óbvio prosaico na mira do prodigioso e fantástico que se espera
sempre de raridades antigas.
Pelo
menos no caso de um vaso sobre Cadmus a interpretação chega a ser
errada no próprio desenho que Millin & Millingen nos fizeram
dele.
Figura 19: Cadmo e o dragão numa cratera do Louvre.
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Figura 20: Desenho do vaso da figura anterior de Millin & Millingen.
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Na interpretação que de Millin: “o
terreno (onde está o dragão) está semeado de pedras grossas dispostas
em pirâmide que figuram a gruta onde se encontra a fonte que não se vê”.
Ora, ainda que sem relevância semântica, o formalismo com que estas
pedras foram desenhadas como polígonos irregulares não respeita o
desenho original onde as pedras são gogos redondos como ovos!
Num vaso do Staatliche Museen de Berlin com o título “Hércules liberta Prometeu”
volta a encontrar-se o mesmo motivo relativo aos cultos agrários, mas
agora apenas com quatro peças e já não ao ombro mas empunhado na mão
direita de Deméter o que só pode ser um objecto relativo aos cultos
agrários não sendo desta vez seguramente um instrumento de arar por nem
mesmo com um pequeno sacho se parecer. Ainda assim, o autor que faz a
apresentação deste vaso na página THEOI GREEK MYTHOLOGY comenta: A águia que havia torturado (Prometeu), depois de morta pelo herói, mergulha nos infernos.
Figura 21: Vaso grego de pintura vermelha da Apúlia relativo ao tema de Hércules libertando Prometeu.
Debaixo da terra Perséfone segura “uma tocha de quatro cabeças” (dos cultos) de Elêusis ao lado de uma Erínia alada com cabelos de serpente.[6]
Figura 22: Amphiaraos in the underworld: Amphiaraos before Pluto. (…). Behind Pluto stands Persephone with a cross bar torch. APULIAN VERY LARGE RED-FIGURE VOLUTE KRATER BY THE BALTIMORE PAINTER
Figura 23: The goddess Persephone, leaning on a four-tipped Eleusinian staff and holding a wreath.
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Figura 24: The god holds a bird-tipped staff, and the goddess a four-tipped Eleusinian torch. Malibu Museum.
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Figura 25: Demeter, with a four-headed Eleusinian torch in her hand. Malibu Museum.
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Parece que as “tochas
estão associadas ao espírito dos 4 elementos e colocadas sobre a cabeça
de uma imagem representam a inspiração divina” mas daí a passarem da
teoria à prática de archotes a deitarem fogo horizontal por quatro bocas
para a cara do neófito ou do estafeta do lado já parece ser algo
perigosamente impraticável.
Figura 26:
Palácio de Hades de uma pintura retratando a viagem de Orfeu aos
infernos. Desenho de A. Furtwängler e K. Reichhold de uma Kratera
Apúlia, 4º sec. A. C. no Antikensammlungen, Munique, Alemanha. Colorido
ciberneticamente pelo autor.´
"Perséfone
recém-casado e já coroada, ainda segura uma tocha de quatro cabeças de
Elêusis, para nos dizer que ela acabou de entrar no reino das trevas".[7]
Claro
que uma tocha de quatro cabeça sempre será menos anacrónico do que uma
antena de televisão mas ainda assim onde é que alguém viu uma tocha
tetracéfala num culto de Elêusis, para mais apagada? Apareça ela acesa a
então acreditaremos que a Deusa Mãe sempre exigiu dos seus crentes
atitudes perigosas como foram os sacrifícios cruentos dádivas de sangue
individuais e colectivas. E não é que ela aprece numa Kratera da Apúlia
do 4º sec. A. C. guardada no Antikensammlungen de Munique na Alemanha?
De facto, são várias as representações de Deméter ou Perséfone com tochas de quatro bocas-de-fogo.
Até
encontrarmos termos encontrado uma representação onde Prosérpina segura
uma tocha acesa de quatro bocas-de-fogo ainda se poderia acreditar que
este objecto de culto agrário seria tão só e singelamente um “cata-vento”,
porque parece não haver dúvidas de que seria uma tocha que afinal seria
usada para iluminar as noites longas dos trabalhos agrícolas urgentes.
Mas pelo menos o desenho de Millin
et Millingen de seis peças poderia ser um cata-vento utilizado pelos
trabalhadores dos campos fosse para espantar pássaros nas searas, fosse
para indicar o sentido dos ventos com que, na época da debulha se
separava o trigo do joio, fosse lá para o que fora ainda que apenas uma
qualquer diversão séria, de simbologia hoje inteiramente desconhecida,
como “cata-vento” ou “caravela” com que qualquer criança gosta de se divertir quando há ventos de primavera.
[1]
Cicero had already mentioned the wheel but it was Boethius’s work which
made the goddess Fortune and her wheel so popular during the Middle
Ages (read Boethius’s text here):
I
know how Fortune is ever most friendly and alluring to those whom she
strives to deceive, until she overwhelms them with grief beyond bearing,
by deserting them when least expected (…) You have given yourself over
to Fortune's rule, and you must bow yourself to your mistress's ways. 19
Are you trying to stay the force of her turning wheel? Ah! dull-witted
mortal, if Fortune begin to stay still, she is no longer Fortune. (…)
she
turns her wheel of chance with haughty hand…This is her sport: thus she
proves her power; if in the selfsame hour one man is raised to
happiness, and cast down in despair,’ tis thus she shews her might.
--http://manofroma.wordpress.com/tag/boethius/
[2] http://www.cientifica.50megs.com/index.htm
[3]
In Greek mythology, Electyrone or Electryo or Alectrona (Doric form)
was an early Greek goddess (of the sun), who became a daughter of
Helios, sister to the Heliadae, once myths of Classical antiquity came
along and eventually confused with Athena. She died a virgin and was
worshipped as a heroine on the island of Rhodes.
She
was possibly a goddess of the morning or man's waking sense, which
causes men to wake up in the morning, and may have also been believed to
give to men their "morning glory" (see Eos)
The
Doric form of her name is akin to the Greek word for "rooster"
(Alectrona, the feminine genitive of Alektor), which would be an
appropriate name for a solar goddess, while the Greek form Ἠλεκτρυώνη(*),
Electryone, is akin to the word for "amber" (Elektra), as in the amber
color of sunrise (implied by Helios being her father); naturally, either
of which would be an appropriate name for a solar goddess.
(*)
Athenaeus, Deipnosophistae 3. 98b (trans. Gullick) (Greek rhetorician
C2nd to 3rd A.D.): "During the celebration of the Panathenaia, when the
courts do not convene, he said, ‘It is the natal day of Athena Alektor
(the Rooster) and today is an unjust day (miara hemera)."
(*) Diod. 5.56; Schol. ad Pind. Ol. 7.24.) The name is also used as a patronymic from Electryon, and given to his daughter, Alcmene. (Hes. Scut. Herc. 16.) -- William Smith. A Dictionary of Greek and Roman biography and mythology.
[4]
Alektor = the cock bird (poetic in Attic, but the normal word outside
Attica and in later Greek), Alektryon (in Attic down to the fourth
century BC: cf. Phrynichus 200 Fischer) used for both cock and hen
(though Ornis often replaces it for the hen, sometimes along with
defining adjectives such as 'domestic' or 'female'), Alektoris = hen
(first in Aristotle), and Alektorideus = chicken. The bird was
domesticated from the Red Junglefowl (Gallus gallus: one such is
described by Ptolemy Geography 7.2.23 with its drooping, beardlike
feathers: see POGONIAS) in its native south-east Asian haunts already in
the third millennium BC, but the date of its first arrival in Greece is
problematic. A sealing found at Kato Zakro from a signet made probably
in the sixteenth century BC portrays two cocks facing each other across
an altar, but the bird does not feature in the art of mainland Greece
until the seventh century and in its literature until even later (?
first Theognis 864).
[5]
The immediate source from which it arrived more massively in Greece
during the seventh century was Persia, and so it was commonly called
'the Persian bird' (e.g. Cratinus fr. 279, Aristophanes Birds 485). In
Egypt similarly the cock appears in art as early as the fifteenth
century BC, but the bird was not farmed extensively there until
Ptolemaic times.
[6]
Herakles releases the Titan Prometheus from his bonds. The eagle which
had tortured him, slain by the hero, plumets down into the underworld.
There beneath the earth, stands Persephone holding a four-headed
Eleusinian torch, and a winged, serpent-haired Erinys. -- THEOI GREEK
MYTHOLOGY.
[7] Palace of Haides from a painting depicting Orpheus' journey to the Underworld. Drawing of A.
Furtwängler and K. Reichhold from an Apulian Krater, 4th cent. B.C. on
Antikensammlungen, Munich, Germany. “Hades and Persephone Married
already crowned, she is still holding a four-headed Eleusinian torch, to
tell us she entered the kingdom of darkness”.
Artur reparei que o centro do catavento vermelho é exatamente a cruz das caraverlas do cabral( na minha opinião nada haver com o cristianismo pois esta cruz já aparecia nos afrescos sumerianos(seriam antigos cretenses explrorando o oriente?) ainda mais o catavento é uma representação geométrica literal da suástica(que aparece em várias culturas muito provavelmente como símbolo de um antigo império global egeu.Por que nos esconderam isso?
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