terça-feira, 4 de dezembro de 2012

OS DEUSES DO SOL-POSTO, por artur felisberto



HELIOS SKOTAIOS, O SOL OCULTO,

OU APOLO SKOTEINOS

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Figura 1: Orfeu, a legendary poet and musician, son of the Muse Calliope by Apollo or by Oeagrus, a king of Thrace. He was given the lyre by Apollo and became such an excellent musician that he had no rival among mortals.[1]
Scotia, um dos nomes da deusa celta Cailleach faz apelo para Hélios Skotaios e é quase Vénus Cotito a que, por ter sido mãe de Coto, um do Hecat-ôn-quiros, que na mitologia grega, eram gigantes com cem braços e cinquenta cabeças filhos de Gaia e Urano, era a Deusa Mãe primordial, Lunar e Nocturna.
Leemos en la Enciclopedia Espasa, Tomo 15 (1988, 1300) de la Diosa Gran Diosa Lunar Cotito / Cotytto / Cotis / Kotytto, adorada en Tracia y en Sicilia, Diosa hermafrodita de la Impudicia: "Lo corrobora el que sus danzas eran marcadamente femeniles y esto concuerda con el carácter andrógino que los antiguos atribuían a todas las divinidades lunares, a las que representaban con atributos de ambos sexos. Rindieron culto a Cotis los edenianos, varios reyes odrizas llevaron su nombre y en las monedas de Amadoco y de Teres aparece en un lado una bifenna, símbolo de las divinidades andróginas, y en el otro un racimo de uvas ó (sic) una cepa de viña."
O culto das deusas mães lunares implica um sol oculto devorado ao sol posto pela Noite Primordial. O facto de Apolo, apeser de um suposto deus solar, ter ficado ligado por um anel de prata aos deuses lunares apenas prova a sua paixão pela caça e a sua secreta relação incestuosa com Artemisa, do mesmo modo que encobre o lado efeminado, angelical e obscuro de Apolo Karenios.
Textos gregos antigos chamam a Apolo de Delfos de “Lóxias”, o deus skoteinos, “obscuro”, porque falava por enigmas através da Sibila.

Ver: APOLO LÓXIAS (***)

Filho duma deusa nocturna, lunar e poderosamente destrutiva como era a deusa mãe primordial Apolo teria sido primitivamente o seu filho. Vucano, telúrico e aguerrido e, por isso, um deus da morte súbita, da morte e da peste que acompanham a guerra. De facto, Apolo na suméria era Aplu, o filho do pai Enki que era Negral, deus dos infernos do Kur.

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O lado negro de Apolo revelado no facto de se supor um deus das pestes e da morte súbita e permite-nos correlacioná-lo com tradições minoicas muito mais arcaicas de que restarão ecos na mitologia maia, onde Buluc era o deus da morte.
Figura 2: Buluc Chabtan.
Buluc Chabtan était le dieu de la mort soudaine et du sacrifice. On lui montre souvent brûlant des maisons avec une torche dans une main tandis qu'il les démolit avec une lance de l'autre en compagnie de Ah Puch . Le concept d'un dieu de guerre, un dieu de mort par la violence et du sacrifice humain, semble être incarné par Buluc Chabtan.
Ah Puch só pode aqui ser o seu irmão gémeo correspndendo a Hermes Psicopompo.
De facto,
                          < Kulku < Kukul(can) < Kaphul > Apul > Apolo.
Buluc < Wulk + Anu > Vulcan(o)
Chabtan < | Kawi < Kaki-| Tan > Ishtan, o deus solar dos hititas.
                                    «capitão» ó Ka-phitan => Apolo Pitian.
Ah Puch < (Aka) Phixu > Pisco > Psico-(Pompo).
Lugh < Lugahi < Ur Kaki > Urash, a lua em sumério
                          > «Lux» <=> Urki-ush > Ur-Phius > Urfeu.
Libitina: The Roman goddess of corpses and the funeral, her name often being a synonym for death itself. In her temple all the necessary equipment for burials were kept. Here, people could rent these attributes as well as grave diggers. Later she was equated with Proserpina (< Prokarpina < Kur Kur Kina).
Libitina < Riwi-tiana < | Urphi |
< *Urki | Diana > (Ki) Ur Tina (> Aldina) > Lutina.
São vários os mitos do «sol-posto» em que um heroi ou um deus desce aos infernos para libertar a sua amada. Hércules foi um deles. Outro, foi Orfeu, a hero who went to Hades to restore his dead wife, Eurydice to the realm of the living.
Eurydice < Hauri Dite, «a deusa da Aurora» < Ahuri-tite > Afrodite.
Claro que Orfeu pode ter tido relações de parentesco com Oeagrus mas, mais pelas leis da etimologia do que pelas da hereditariedade mítica. De facto,
Orfeu < Orphus < Orcus, variante do nome de Pluto/Hades, deus dos infernos <= Ur kius < Kur Kaki > Kaki Kaur > Hahigrau > Oeagrus > Eagrus > Ogro.
Pluto < Phruto, lit. o (divino) «fruto (solar) da deusa mãe < *Kar-Uto, lit. o «deus garoto» < Kur-Uto, o «sol posto» nos montes (Kur) da desa mãe, que circundavam o mundo!
Em qualquer dos casos, pode bem ter-se dado o caso de Orfeu ter encarnado de facto numa personalidade histórica.
Once there was a Troll whose name was Wind-and-Weather, and Saint Olaf hired him to build a church. If the church were completed within a certain specified time, the Troll was to get possession of Saint Olaf (< Auraphi < Orphai < Orfreu).
Como muitos génios humanos que o peso da carga lendária transformou em divindade pode ter sido um filho ilegítimo dum rei Trácio e que, por isso, teve por nome um possível epíteto de Apolo, o mensajeiro de Zeus, com convinha antigamente a todos os «filhos da mãe»!
No entanto, mesmo a mãe de Orfeu, Cariope < Kali Ops, lit. «a cobra de fogo» (a rainha-mãe Ki) é suspeita de ser apenas a arcaica Deusa Mãe!
However, major impediments stand in the way of interpreting Appaliunas as a Luwian expression meaning "father lion": (1) in the IE languages closely related to Hittite (including Luwian, Palaic), the normal term for ‘father' is atta (IE atta); interestingly, however, Greek has áppa, "father" (IE appa) and páppa (IE pap[p]a, "father") as well as tatâ (IE tata) though not *átta, all meaning "father". Obviously, IE has both possibilities. Since IE has both appa and atta, I believe we can provisionally assume that some sub-dialect of Luwian, from which the epithet might come, had *appa for "father".
Ao ponto (1) poderse-ia acrescentar o albanês baba e o infatilismo luso «dáda / papá» com o mesmo sinónomo de pai para se confirmar o que já se sabia e foi desenvolvido a respeito da etimologia do nome dos sábios Apkallu como sendo principes e «delfins» (= «golfinhos») de sabedoria» porque filhos do Deus Sol, Kur/Enki, o filho de Deus Pai do do céu, Urano!

HECATEBOLOS

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Figura 4: Cortejo báquico das festas do fogo pascal de Deonísio.
Não será por mero acaso que seja uma tocheira como Hecate a ménade que fecha este cortejo. É que Dionísio (= Dion-Isis) seria pouco mais que o deus menino filho de Isis, variante de tardia de Hecate, uma arcaica Deusa Mãe do fogo, logo uma forma do sol morto antes da ressurreição solar nas festas agrárias dos mistérios da primavera! Dionísio seria uma equívoca expressão adulta dum deus menino do nascer do sol ou seja, um deus Apolo em criança.
Kataballô:-- throw down, overthrow. Likewise Apollo Hecatebolos (= Heka-bolos, the Far-Darter) punishes wrongs with his swift arrows, shot from beyond the horizon of consciousness. Yet as High Priest, he is also the healer and the purifier, who washes away sins. -- V. Pontifex Maximu, Return to Pythagorean Tarot homepage
De facto, uma das variantes do nome de Apolo foi Hecatebolos, nome que tem ressonância dum deus Sol que, enquanto «fogo celeste», é transportado na tocha de Hecate!
Hecatebolos = Hecate-bolos
º Aka Kewolos, ressonância com o deus (aka) dos «cavalos» do sol!
º*Ishkiph-uros, res. com o «esquife» que transporta a cobra do fogo solar!
<= *Kiki-Kikur, lit. Isis, a deusa mãe terra com o deus menino solar ao colo!
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Figura 5: Discóbulo de Miron.
Other cultures have also preserved memory that the war-god's fiery weapon was identifiable with the great mother goddess. A case in point is Apollo's weapon the hekatebolos.  According to Homer, the hurling of Apollo's missiles produced a blight upon the Greek host, and they were elsewhere compared to meteors falling from the sky. Regarding this mysterious weapon classical scholars have had little constructive to say. Burkert, for example, acknowledges that the nature of the god s weapon remains unknown: "The puzzle is that the names hekatebolos and hekatos cannot be divorced from the name of the goddess Hecate." The goddess Hekate, however, as we have documented, is to be identified with the planet Venus. Thus, in addition to sharing numerous mythical features in common with other goddesses, them selves identified with the planet Venus (Inanna, Ishtar, Aphrodite, etc.), Hekate shares the epithet Phosphorus with Venus.
 We are thus in a position to resolve the puzzle posed by Burkert: There is no need to divorce the name of Apollo s fiery bolide from that of the goddess Hekate as the weapon and goddess are one and the same, identifiable with the planet Venus. -- Indra's Theft Of The Sun-God's Wheel, Ev Cochrane.
Mas, já na expressão exotérica Hecatébolo (o grande frecheiro que dardeja longe) se poderia ver refectida a ligação do mito Apolínio com os cultos aristocráticos da olímpica nudez desportiva que na modalidade do tiro ao arco valeu a Apolo a medalha de prata que fez dele o Argirotoxo e quiça no lançamento do disco que faria dele o Discóbolo solar que diambulava o santo dia pela abóbada celeste desde a aurora ao por do sol.
O lançamento do disco dos jogos olímpico costituiria uma homenagiosa reminiscencia de cultos solares anscestrais. Teriam o mesmo arcaico significado os antigos jogos da bola tais como os dos maias e os jogos franceses da «ela» em cujo salão de Versalhes se iniciou a revolução francesa salão e de que o moderno fotebool, literlmente «pé na bola» e outrora conhecido em Portugal como o popular «jogo da bola»[2], seriam a versão moderna!
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Figura 6: Dorifero, copia romana em mármore a partir de original grego em bronze.
Ora, como as bolas apenas deambulam temporáriamente no céu só as aves é que vovam (< Lat. Volare < warare < kar are, v. int. sustentar-se ou mover-se no ar por meio de asas) livremente no céu!O «disco» solar, quando aurea moeda é, de facto, em parte do «fisco» que quando em exesso leva ao o «sol-posto, ao «fiasco» e à queda em desgraça! Esta ideia do disco sol transportado na abobada celeste deve ter constituido um dos primeiros indícios da história do racionalismo na medida em que traz implícita a persepção de que a monótona regularidade e singeleza do disco de fogo solar o transforma num astro ou «coisa celeste» transportada por um ente divino.
Hereupon he assembled all the women, except the last, and bringing them to the city which now bears the name of Erythrabolus (Red-soil), he there burnt them all, together with the place itself. -- THE HISTORY OF HERODOTUS by Herodotus, translated by George Rawlinson, The Second Book, Entitled EUTERPE.
A culpa deste erro de tradução pode não ser de Heródoto mas dos comentadores posteriores. Ainda assim, uma pesquisa aos dicionários de grego confirmam que:
Bole = a throw, the stroke or wound; Bôlos = a lump of earth, a clod. = um caroço de terra, um torrão de terra. bôlakion =  loamy soil.
Um torrão de terra argilosa seria morfologicamente um «bolo!» Ora,
«Bolo» derivaria de «bola» < Lat. bulla, ou seria uma das muitas alatinações de um termo autóctone de origem idêntica a do bôlos grego!
Sendo assim, a semântica original de bolos estaria próxima de «bola» e de «bala», ou seja de qualquer coisa que teria a particularidade de se deslocar velozmente como o sol no céu!
«Bala» < Ballos > Bôlo > «bolo» => -Bolos
O que confirma que, na origem, o étimo -bolos esteve relacionado com o sol, seguramente pelas mesma razões que o tornam foneticamente semelhante ao nome de Apolo.

Kikaki > Hikathi > Hecate
 Kar lu > Worru
HECATE
BOLLO
Kikaki > Kishko > Thisco > «Disco»
 Kar lu > Worru
DISCO
BOLLO
Aka
 Kar lu > Worru
A
POLLO

 Kar lu >

CARLOS
Aja = The Babylonian dawn goddess and consort of the sun god. Aka = The mother goddess in ancient Turkey.
Aka foi a Deusa Mãe da Anatólia e é «pai» altaicos actuais e todos derivam do nome primordial do arcaico deus do Fogo Solar de Prometeu (< Kar me Teus, parédro de Artemis, logo um outro avatar de Apolo!) e da luz suprema da sabedoria, o Pai do céu, Kakus (> Tahus > Theos) => Kikakus, o principe filho primordial da divina trindade celestial Sol/Lua, e Ki (= Kaka > Aka > Aja) e de Kakus.
Kakus > Kaka > Akka > Awwa => Avó!
                          > Akka > Awwa > Aphpha > Appa (> «papa») > inf. «dada» (=>? o deus Adad) > adda > aththa > atta > tata = todos com o sinónimo de «pai»!
Da forma sintética de Appa se gerou o étimo pa- que junto com o étimo -*te, (< Taur < Kar) do poder solar, taurino e paternalista gerou o termo latino «pater» e outros equivalentes ditos indoeuropeus tais como o (Dyaus) Pitar dos veda e o "father" dos anglosaxões.
Do mesmo modo o Ingl. son < de Gmc. sunu < shuano < ash Anu = «fogo gerado pelo céu» tal como child < cild < ash ir thu < ashurdo, «gerado pelo fogo do céu» = «nascido de Ashur» < Ash w(ar)do = «fogo do homem»! Um dos Kikako primordiais terá sido Kikako > Phegasho > Pegaso, um cavalo alados de Enki, talvez adorado pelo citas como filho solar do deus supremo do fogo!
Ora bem, se os cavalos podem ter sido animais do principe estes seriam peça de caça do rei dos animais, o leão. É então claro que o «Pai solar» poderia ter sido confundido com um epiteto felino já que o leão foi o rei dos animais desde o tempo em que os animais falavam e a leoa o símbolo do poder de caça da deusa mãe!

OS DISCOBOLOS OU DISCOS SOLARES ALADOS

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Figura 7: O grande disco solar alado, no qual o deus Tot transformou Horus-o-Velho, para lhe facilitar a vingança sobre Set.
No Egito a adoração do sol de forma explícita bateu todos os recordes tanto em número de deuses solares quanto em variaçãoes rituais e míticas. O monoteismo terá ali começado com Akenaton mais por evolução natural da próplia teologia Egípsia de base solar do que da teimosa ideossincrasia do Faraó que nem sequer seria mais adorador do sol do que seu avo Amenophis III, que se supõe que a si próprio se temha considerado como único representante de Aton na terra. Ora, practicamente todos os grandes deuses Egípsios eram o Sol.
Aton seria apenas o Sol promordial, ou pelo menos os sacerdotes egípsios assim o paresentaram a Akenaton, visto apresentar na etimologia do nome uma estrutura semântica simples e intuitiva e uma fonética primitiva.
Sem querer forçar as coincidências históricas parece suspeito que o deus Aten tenha subido ao poder na época de Amenofis IV, precisamente durante o reinado de um faraó que sabemos, pelos registos de Amarna, ter tido intensas relações políticas com os hititas. Claro que não seria necessário ir do Egipto à Anatólia para encontrar um culto solar. O Egipto era de facto a terra do culto solar por excelência visto que , o deus solar mais arcaico da história antiga, nunca deixou de ser adorado como pai de todos os deuses. No entanto, tanto o culto de Amom, cujos sacerdotes Akineton odiava, quanto o de Osíris, tinham obnubilado o culto de Rá. Embora Amom-Ra fosse, de facto, uma sobrevivência de na forma dum compromisso teológico com os padres de Amon, a verdade é que, os velhos cultos solares do tipo de Aton-Rá já encontravam em decadência no Egipto sendo progressivamente substituídos por deuses jupiterianos e de mistérios.
The rise of that monotheism which led to the beliefs of Akhenaten is the subject of little disagreement among the experts. Following a little more than a century of foreign rule by a semitic people called Hyksos, the nobles of Thebes (modern Luxor in middle Egypt) led a vigorous revolt, expelling the intruders about 1560 B.C.(44) Egypt was re-united under the leadership of Thebes. The Theban god Amen became associated with the ancient sun god Re. As Amen-Re he ruled over Egypt. This was the time of the brilliant eighteenth dynasty. Disciplined, mobilized with the powerful addition of horse and chariot, and led by a succession of warrior kings, the already ancient nation expanded through conquest. Many years of campaigning by Thutmose III brought the northeast from the coast of Lebanon north of Byblos, through Syria, including Damascus and Palestine, to a condition of permanent submission. Thus he created what has been called "the first stable empire in history."(45) The very complex theology of ancient Egypt was deeply disturbed by the implications of empire. The Egyptian Sun-god could now be seen to rule to the ends of the earth. Universalism in theology followed universalism in power. A single supreme divinity was the result. The name Aten or Sun-disc, which describes one aspect of the Sun-god was given to this concept. It has been mentioned that this universal god grew in influence over the next fifty years or so and was therefore available when the universal king, Amenophis III, took the throne of Egypt in about 1405 B.C.
Ora bem, este conceito de «sol invicto», tão universal quanto solitariamente imperial, seria comum a todas as mitologias orientais nada tendo de original a sua aparição no Egipto onde já se encontrava associada ao culto de Horus Behudety.
Por outro lado, os hititas também revelavam a mesma decadência dos arcaicos cultos solares uma vez que Teshub, um deus jupiteriano, tinha supremacia sobre todo o império, mas a verdade é que seria possível a existência dum certo revivalismo solar imperialista revelado na reforma do panteão de Tudália IV! De facto, parece que desde Amenophis III, pai de Akenaton, que a adoração magestática do disco «solar alado» andava em moda em todas as monarquias imperiais orientais e é nesta mesma altura que aparace ao lado do nome de Tudalia IV, um dos grandes reformadores religiosos hititas.
Sem que se possa acusar os hititas de terem importado o nome do seu deus do sol dos seus inimigos do sul vamos encontrar este deus solar na Anatólia como Ishtanu.
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Figura 8: Tudalya protegido por Teshub. Notar que os hieroglifos do seu nome aparecem encimados por um disco solar alado (reforçado na restauração cibernética).
A importância deste deus solar terá sido tão grande que acabou por dar nome a todos os povos que ainda hoje fazem parte da Ásia central e que levam o sufixo –istão, desde o Casaquistão ao Paquistão e ao Industão, sem nenhuma interrupção nem qualquer excepção! Será que os hititas foram senhores coloniais destas paragens a que deram os nomes administrativos que vigoraram respectivamente até hoje?
A verdade é que o nome do deus sol dos Hititas era Ishtanu ó At-Tan(u), lit. «a cobra de fogo» < Ash-na, lit. “fogo do céu”, e seria o masculino mítico da terível deusa do fogo canaatita, Anath e que no Egipto seria Anut, a noite, ou seja a simetria oposta do dia solar!
Ishtanu (Hattic. Eshtan) Hittite sun god = Luw. Tiwat = Hurrian. Shimegi.
Ishtanu (> Hattic. Eshtan) < Ish-Tan, lit. «o filho da cobra (tan< Isht-Anu, lit. «o fogo, (filho) do céu» > At-An(u) > Aten.
Aten (Aton) The sun itself, recognized first in the Middle Kingdom, and later becoming an aspect of the sun god. In the reign of Amenhotep IV during Dynasty XVIII, Aten was depicted as a disk with rays, each ray terminating in a human hand and bestowing symbols of "life" upon those below.
Ishtanu ó At-Tanu, < Ash-na > At-An > Aton > Aten.

Ver: ATUM (***)

Quem começou esta moda da soberania solitária e imperial do disco solar? Tudalya ou akenaton?
During the reign of Akhenaten, the sun was worshipped as the Aten.
A form of the sun disk with its rays depicted as arms holding ankh signs. Another common form that the sun takes is that of Horus Behudety, the winged sun disk flanked by uraeus.
Sendo assim, natural seriam que um dos conceitos que começou por adar relacionado com os astros tenha sido o de «deuses alados» do céu e daí o famoso conceito de «disco alado do sol» presente, por exemplo, no hieriglifo do nome de do rei hitita Tudallia.
Este nome, que parece significar, numa primeira aproximação literal, a «totalidade» da soberania real, bem poderia ter começado por ser apenas um conceito relativo à universalidade solar ficando a significar lit. «asas do sol».
Tud < Tutu, lit. um infantilismo do «o anus» (< Anush, lit. o filho do céu = o ânulo solar) por óbvia ressonância fonética com Thuthu < Ki-Utu, «o deus menino solar» + Hallia, à primeira impressão uma redundancia da palavra anterior, por ser quase Hélio. No entanto, este nome para o sol em grego é já a evolução dum conceito muito mais arcaico de «sol alado» = «vector solar» < *Kar-lu, o cocheiro do «carro» > por analogia com as aves, halya > «alas» > «asas»!
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Figura 9: Aura Mazda. Reconstrução a partir de imagem de Persépolis!
O certo é que a moda do disco solar alado pegou ou pelo menos reforçou cultos idênticos já em uso no oriente. Ashur dos Assírios era um sol alado tal como Aura Mazda, aliás um e outro representado do mesmo modo como Divino Espirito Santo na forma duma figura meio humana meio ave de grande porte tendo o disco solar como elemento de ligação.

AUROBORO

The zodiac as a tail-eating snake (Ouroboros) symbolizes the eternity of Time and the boundry of the universe. Below it, the double lion Routi ('Yesterday and Tomorrow'), the agency of ressurection, supporting the newborn Sun God.
Sendo a cobra, como todos os répteis, um animal de sangue frio que se expões longos períodos de tempo aos raios solares natural seria que tivesse sido considerado desde tempos imemoriais como adoradora do sol e logo, um animal totémico do deus Sol. No Egipto o deus solar do meio dia tinha o nome de Rã e a forma de uma ureus muito provávelmente em homenagem magestática às cobras, répteis de sangue frio que no inverno não so resistem como procuram o sol do meio dia para se aquecerem, razão pela qual a cobra é um animal solar e infernal! Elas levam o sol consigo para debaixo da terra!
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Figura 10: Ouroboros como símbolo metafórico explícito da roda solar. Papyrus of Dama Heroub. Egypt, 21st Dynasty.
Ouroboros < Haur ophorus < *Kur Kaphurus.
É a representação de uma serpente (*kafura) que está a comer a sua própria cauda, formando, deste modo, o desenho de um círculo tal como a “pescadinha de rabo na boca”. Seu significado pode ser entendido como a energia infinita da vida, o centro do mundo que se localiza entre os pares de opostos. A serpente foi sempre a personificação do poder do renascimento, devido à sua capacidade de trocar a pele – aproximando-se da lua, que troca a sua através das suas fases. Assim a serpente – o sol e a lua – são os mestres do nascimento e da morte.
É o eterno-retorno das forças da natureza, a dança cíclica das estações, as oscilações do dia e da noite, da morte e do nascimento, a vida que come a vida, a auto-desintegração e auto-regeneração. Ela é a serpente que circunda o mundo e é, assim, toda vida.

Ver: LUCIFER (***) & DIABO (***)
   & QUERUBINS (***) & PEGASO (***)


[1] Rectificação do autor.
[2] (> bala > baula > Bôla, pão azimo redondo e achatado como um disco solar > Bula, saco de ervas medicinais em forma de pequeno bolo usado ao pescoço pelas crianças romanas do sexo masculino como talismâ contra o mau olhado).

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