terça-feira, 4 de dezembro de 2012

LATONA & LATINO, por Artur Felisberto

Latona deve ter feito parte do mito de Latinus / La®vinius.

Para Hesíodo (Teogonia, 1011-1013), Latino é filho de Ulisses e de Circe, o que o torna irmão de Ágrio e Telégono. Alguns afirmam que Latino não era filho, mas neto de Ulisses, portanto filho de Telêmaco e Circe. Outros autores, como Higino (Fabulae, 127), o consideram filho de Telégono e Penélope. Uma terceira tradição, a mais antiga, diz que era irmão gémeo de Greco, um dos filhos de Zeus e da primeira mulher, Pandora. Para Dionísio de Halicarnasso (1, 43, 1), é filho de Hércules.

Esta terceira tradição seria já da época helenista e nem por isso a mais antiga na medida em que parece colocar lado a lado, como filhos de Zeus, Greco e Latino, ou seja um mito politicamente correcto e dirigido já a uma previsível amizade entre gregos e latinos. Seguramente que a forma mais credível seria a semi-lendária versão duma colonização de Itália por descendentes gregos da época de Ulisses e por isso relacionada com a época de Magna Grécia.

No entanto, o mito seria uma lenda tão difusa que teria permitido uma última versão onde, para exaltar o Império Romano, e, em particular, Augusto, Virgílio conta que Latino acolheu Eneias, que fugia de Tróia e aportou no litoral do Lácio actual. Para firmar uma aliança com o herói troiano ofereceu-lhe a mão de sua filha Lavínia. A jovem, porém, já estava prometida como esposa para Turno, príncipe local. Esta foi, segundo a Eneida, uma das causas que desencadeou a guerra entre os povos do Lácio e os troianos. A analogia com a Ilíada e demasiado grosseira para não ser uma óbvia falsificação romanesca. Na verdade os Italianos não teriam feito parte dos “povos do mar” pois, quanto muito terão sido invadidos por estes decorrendo dessa época a origem dos Sículos sicilianos, dos Etruscos e dos Latinos. Os romanos não sabiam sequer se o nome do herói fundador da sua tribo seria Latinus ou La®winus.

Na Eneida, Latino é apresentado como filho de Fauno, neto de Pico e da ninfa Canente e descendente de Saturno, rei da idade de ouro. Virgílio parece ter inovado ao dar a Latino, como pai, o deus local Fauno e como mãe, Marica, ninfa venerada à beira do rio Liris, perto do Min-tur-no.

O facto de Virgílio ter ido buscar uma ninfa do rio Liris da cidade de Minturno, situada no extremo sul da costa latina faz supor uma colonização minóica arcaica a partir da foz do rio Liris e de uma cidade dedicada ao Minotauro.

Marica seria Amuriana e por isso Latona e, obviamente a deidade feminina de Latiano. A relação deste com Lavinia e La®vina seria devida a uma interferência com o culto dos deuses dos lares que ocorreriam na mesma mitologia fundadora de Roma. Latino terá feito parte do mito de Leto enquanto variante da deusa suméria Uraz...

Lat(u) ó Urat < Sumer. Uraz / Uraš / Urash ó UR-KI, a lua.

Uraš o Urash, na mitologia suméria, foi uma deusa ctónica (veja ctónico) e uma das consortes de Anu e mãe de Nin'insima.

Então, Apolo, porque filho da deusa do Amor, pode ter sido inicialmente apenas um dos Erotes e, por isso mesmo, quando jovem adulto, um deus do Amor no masculino. Assim sendo e comparando os dois mitos é fácil de verificar que Pollux º que Helena pode estar no lugar de Artemis.

Apollo e que Helena pode estar no lugar de Artemis. Obviamente que o mito de Leto é muito mais arcaico porque, mais de acordo com a lógica da tradição exclusivamente mitológica do que o de Leda que corresponde a um remanejamento do de Leto com intenções político-ideológicas relacionadas com factos lendários em torno dos acontecimentos da guerra de Tróia.

Pollux < Kar-lu-kaki > Phaullu Dewi > Polideuses

º Apollo < Phaullu < Kar-lu.

 

Ver: LARUNDA (***)

 

Latona (na mitologia romana), ou Leto (na mitologia grega), era uma filha de Febe e Céos, e mãe de Febo (Apolo) e de Diana (Ártemis). Quando engravidou dos dois, cujo pai era Júpiter (Zeus), teve que fugir da ira da ciumenta deusa suprema Juno (Hera), que tinha pedido que Gaia não cedesse lugar na terra para que a ninfa pudesse dar à luz seus filhos. Seus filhos nasceram na ilha Ortigia, após fugir da serpente Píton, que Febo mataria mais tarde. Latona era a deusa da noite clara.

Latona era a forma latina da Leto grega, quase que seguramente uma variante lunar da deusa da aurora já que La-tan é literalmente “a cobra do crescente lunar” típica das N.ª Sr.ª do Rocio e da aurora.

Latona < Ra-tan, lit, «cobra de Ra» < Ur-at-an,

*Kertu < *Kur-at > Urash > *Ur-at > *Ra-tu > Reto > Leto

ó Letu-la = La-Leto > Laureto > Loreto.

Leda < Leto < Latona < Ratona < Ur kiana

=> *Kaurana, afinal, quase uma variante de Eurinome, ou pelo menos uma filha desta e gémea de Kauran.

Mus / muris < Ma-Kur (< Macarena)-is => Me-hur-at > me rata > melata

< Afrod. Millitu ó «melada, carinhosa»!

«Rato» < alto al. antig. "ratto" <???> Lat. rodere ó ruptere > rupto > «roto»

> «rato»

De *Ra-tu derivaria então a semântica de «rata», enquanto gíria lusa para o sexo das mulheres, origem do nome luso aos «ratos» pois, como é evidente, estes não podem derivar do mus, muris latino. Obviamente que muito possivelmente o eufemismo da «rata» para o sexo feminino sofreu conotações ressonantes a partir do nome da deusa hindu da volúpia, Rati. Assim, semântica brejeira da «rata» pode ser uma pista para a superstição do medo que é suposto as mulheres terem aos ratos. Será que de facto assim é ou não passa de uma mania culturalmente imposta e equivalente à inimizade bíblica entre as Virgens e as cobras? Ou seria antes uma reacção psicanalítica dos homens ansiosos pelo facto de o sexo feminino ser denominado tanto por pomba pacífica como por rata voraz? De qualquer modo, o deus dos ratos Apolo Semindeus, era filho da divina rata que era Latona e irmão gémeo de Artemisa que enquanto Pótnia Teron seria também deusa dos ratos e teria tido o apelido arcaico de Amorca e Amuriana na cidade veneziana de Vénus que deus nome ao vidro de Murano. Obviamente que Artemisa era tanto deusa dos ratos como das abelhas do mel e por isso tão voraz quanto melada e melífera.

Latona faz lembrar a «lata» e o «latão» dos deuses caldeireiros como Hefesto / Vulcano que afinal eram maridos destas deusas do fogo.

«Lata» < Germ. latta, s. f. folha de ferro delgada, laminada e estanhada, também chamada folha-de-flandres.

Na verdade o sentido original da «lata» e do germânico latta seria eqeuivalente do de «tala» ou prancha fina de madeira que por analogia de ferreiros teria acabado em tiras fina de ferro, ou lata. Ora, «tala» ou «lata» seriam variantes do mesmo nome da deusa mãe primordial.

Talassa < Tellus < Ta-La = La-Ta > Lada > Leda > Latona > Leto > Letes.

Lath < O.E. *laððe, variant of lætt "lath," apparently from P. Gmc. *laþþo (cf. O.N. latta, M. Du., Ger. latte "lath," M.H.G. lade "plank," which is source of Ger. Laden "counter," hence, "shop").

Como o «latão» amarelo, enquanto brilho entre o argentino da lua e o áureo do sol, seria referido à deusa da aurora, tal como a palidez argentina da «lata», ao luar.

«Chapa» < Fr. chape, m. s., s. f. folha metálica;

Obviamente que estas etimologias podem ser um meros epifenómenos de ressonâncias semânticas sobrepostas a etimologias originais supostamente germânicas ou francesas mas que encobrem mal uma arcaica relação com deuses astrais como o expressão “chapa do sol”, ou ser a cara «chapada» do pai, ou a “chapa redonda” da tampa dos refrigerantes, apela para os deus semitas do sol Shamas / Shapas.

Lotan: This may be another story like Apophis, Zu, Asag, and Leviathan where it is not an actual creation story, but still involves the same energies, with Baal and Lotan fighting for supremecy. It is representative of rough winter sea-storms which calmed in the spring and which were preceded and accompanied by autumn rains (represented by Baal) which ended summer droughts and enabled crops to grow. Lotan is a seven headed serpent defeated by Baal with the help of Mavet. Anath also claims a role in the defeat of the Serpent. Also known as Tannin or Leviathan.

             > Latona > Leto > (Al)-Lath / (Al)-Leto

Lo-tan < Lau | Lewi < Urki | -tan, “deusa do crescente lunar e das cobras cretenses”.

Allath = Idolo de los antiguos árabes antes de Mahoma. Los habitantes de Tahief, que le adoraban, llevaron a tan alto grado su idolatría por esto culto, que exigieron de su vencedor, como una de las condiciones de paz, de no destruirlo a los menos en tres años. Habiéndose negado éste a semejante condición, se limitaron a pedir un mes de plazo; pero Mahoma lo rehusó también y mandó destruirlo en el año 9 de la Hégira con universal sentimiento de los habitantes, quienes lloraron amargamente la pérdida de su divinidad que se cree seria la luna. => Alleta = Diosa que personificaba a la luna. Una de las tres hijas del Dios supremo, según la antigua teología árabe preislámica. Las dos otras se llaman Menaeh y Aluzza.

Artemisa, deusa da Lua e da caça como Innana ou Ishtar, foi seguramente irmã de Febo Apolo, mas pode ter acontecido que tenha sido também esposa e, enquanto Sibila / Cibel, tão deusa mãe quanto Artemisa e por isso mesmo mãe deste mesmo deus solar, num ciclo completo de místico incesto cósmico!

[10.12.1] There is a rock rising up above the ground. On it, say the Delphians, there stood and chanted the oracles a woman, by name Herophile and surnamed Sibyl. The former Sibyl I find was as ancient as any; the Greeks say that she was a daughter of Zeus by Lamia, daughter of Poseidon, that she was the first woman to chant oracles, and that the name Sibyl was given her by the Libyans. [10.12.2] Herophile was younger than she was, but nevertheless she too was clearly born before the Trojan war, (...). The Delians remember also a hymn this woman composed to Apollo. In her poem she calls herself not only Herophile but also Artemis, and the wedded wife of Apollo, saying too sometimes that she is his sister, and sometimes that she is his daughter. --- Pausanias Description of Greece 10.12.

O epíteto de Herophile, literalmente “a amiga de Hera, não seria uma confissão velada duma afinidade mais do que sentimental com a deusa suprema dos gregos que foi Hera? Quem era essa rameira de nome senão a própria Artemisa?

Lamia < Roma < Rama < Lamia  < Ramiha < Urmika < Kar me ki

> Arkime > Artimes.

Se existiu a família Capuleto teria sido possível que Apoleto pudesse ter sido um diminutivo virtual de Apolo fazendo assim jus ao contexto do divino nome da Aurora, a Sr.ª do Loreto, sua mãe, de que Leto seria também uma forma abreviada. De resto, Artemisa < Karti-Misha, a irmã gémea de Melkart, ou a princesa lua, a filha da nocturna *Kurkima.

Assim, Leto a suposta mãe de Apolo e Artemisa, deve ser variante de Leda e ambos epítetos duma arcaica «filha» da Deusa Mãe correlacionada com Afrodite pois, é muito estranho que múltiplas representações artísticas de “Leda e o cisne” se possam confundir com figurações conhecida da deusa do amor, de que, aliás, o cisne e a pomba eram aves simbólicas!

*Kurkima < (Ki)-Urki-(Ama) => *Urki > Rute > luto > Leto.

Leda < Leth > Leto=> Latona.

             Leth < Lat < Urat < Uresh < Urkaki => Orfeu

Ka + Kur kaki => Afrodite.

Para correlacionar, pelo menos no plano alegórico a reminiscência desta intriga mítica, lá estiveram presentes ao nascimento de Apolo os «sete cisnes», que não seriam senão os sete sábios Apkallu enviados por Enki para instruírem os homens nas divinas artes da sabedoria![1] Assim se demonstra que os deuses solares olímpicos descendem da linhagem fálica, ofídia e gnóstica do deus Enki do fogo e das águas primordiais. Porém, como seguramente este deus era também um deus tormentoso e uraniano, do Céu e do Ar, visto ser suspeito que Enki tenha sido outrora um nome equivalente a Enlil, ou seja uma variante fonética de Urano.

Enlil < En | Laur / Raur < Jur / Hur < Kur

Enlil < En | Laur / Raur < Kur-lu |

Esta variante tormentosa é a explicação para o lado taurino dos deuses supremos e dos exércitos a partir de Escuro. Ora, a esta faceta de Eia teriam que corresponder animais totémicos do género das aves de rapina como foi o caso das águias imperiais e jupiterianas e também as aves de longo colo reptiliano de que derivou a Fénix e o mito centro-americano das serpentes emplumadas.

 

CISNES HIPERBÓREOS

Tão logo nasceu Apolo, Zeus enviou ao filho uma mitra de ouro, uma lira e um carro, onde se atrelavam alvos cisnes. Ordenou-lhes o pai dos deuses que se dirigissem todos para Delfos, mas os cisnes conduziram Apolo para o país dos Hiperbóreos, que viviam sob um céu puro e eternamente azul e que sempre prestaram ao deus um culto muito intenso.

Chegou Apolo ao país do Hiperbóreos?

Hiperbórea, ou País dos Hiperbóreos (em grego antigo, Ὑπερϐόρεοι, Hyperbóreoi, "acima do Vento Norte") é o nome de um país mítico que, segundo a mitologia grega, existia no extremo norte, além do local de onde sopra Bóreas, o Vento Norte e que era inteiramente devotado a Apolo.

Os gregos pensavam que Bóreas, o deus do vento norte, vivia na Trácia. A Hiperbórea, portanto, era uma nação desconhecida, localizada na parte norte da Europa e da Ásia. Quer dizer que o que os gregos mitificaram sobre o povo dos Hiperbórios seria uma mistura de todo o pouco que se sabia dos povos nórdicos.

Na época clássica, o país dos hiperbóreos era concebido como um paraíso ideal, de clima doce e suave, de céu eternamente azul, onde o Sol só se punha uma vez por ano e Apolo era o único deus cultuado. Essa região de sonhos era habitada por cidadãos pacíficos e afáveis, que viviam ao ar livre, nos bosques sagrados e campos ferazes. Eram longevos, mas quando se cansavam de uma vida tão pródiga e feliz, lançavam-se, com a cabeça coroada de flores, do alto de um penhasco e morriam tranqüilos nas ondas do mar. Conhecedores profundos da magia, deslocavam-se no ar e tinham a faculdade de descobrir tesouros.

Era geralmente descrito como uma terra continental, delimitada pelo rio Oceano ao norte e pelos míticos montes Rifeus (Rhipaion em grego, Riphaeus em latim, às vezes identificados com os Cárpatos) ao sul. Seu principal rio era o Erídano, que fluía para o sul, tirando suas águas diretamente do Oceano. O Erídano era margeado por álamos que produziam o âmbar e suas águas coalhadas de bandos de cisnes brancos. Abençoada por eterna primavera, essa terra produzia duas colheitas de trigo por ano, mas a maior parte do país era coberta de ricas e belas florestas, "o jardim de Apolo". Hiperbórea era uma teocracia governada por três sacerdotes do deus Apolo, gigantes filhos de Bóreas e conhecidos como Boréades. Sua capital continha um templo circular dedicado aou deus onde hecatombes de asnos eram sacrificadas em sua honra. Esse povo musical também celebrava sua divindade com um constante festival de música, canções e danças, sobre o qual voavam em círculos os cisnes brancos hiperbóreos, juntando sua doce canção aos hinos a Apolo.

Muitas coisas ditas sobre os povos Hiperbóreos reportam-se aos mitos do paraíso perdido e são assim inteiramente míticas e comuns a outros mitos do género como o da Atlântida e o paraíso cristão. Outras referência seriam uma mistura do pouco que se sabia sobre os povos nórdicos e outros povos com os quais os antigos minóicos teriam tido relações mas que na época grega seriam inacessíveis, como pode ter sido o caso dos maias. Porém, como no Polo Norte o sol nasce e se põe apenas uma vez ao ano tal facto deve ter levando à conclusão mágica de que "um dia" para as pessoas que ali residiam tinha a extensão de um ano o que teria levado a conclusão errónea de que quem ali vivia mil dias acabaria por ser como se fosse capaz de viver mil anos.

Por outro lado há nestes mitos uma lógica de tipo mágico por petição de princípios inversa. Como Apolo enquanto deus solar passava no inverno por uma período de frio supunha-se então que passaria o inverno nas terras do frio que inegavelmente eram reconhecidas como sendo no norte da Europa. Então passou-se a conclusão mítica de apenas Apolo era o único deus olímpico venerado pelos Hiperbóreos.

Esses últimos enviavam presentes misteriosos, embalados em palha, que primeiro chegavam a Dodona e depois eram passados de povo em povo até chegar ao templo de Apolo em Delos (cf. Pausânias).

Não apenas Teseu e Perseu visitaram os Hiperbóreos à procura dos segredos de Apolo como também Jasão ali foi em busca do velo de ouro guardado por um dragão e Hércules procurou as maçãs de ouro do jardim das hespérides guardadas pela serpente Ladon. Obviamente que esta serpente seria a forma arcaica de Latona, mãe de Apolo e que teria sido também a Piton de Delos, o que faz de Apolo um matricida encoberto.

Como deus dos Hiperbóreos, Apolo sacrificava hecatombes de burros (Píndaro: loco cit.), o que o identificava com o «jovem Horus», cuja vitoria sobre o seu inimigo Set os Egípcios celebravam todos os anos conduzindo burros selvagens sobre um precipício (Plutarco: Isis e Osíris 30). Horus vingava-se contra Set do assassinato de seu pai Osíris - O rei sagrado e bem-fadado da Tripla deusa-Lua Isis, ou Lat, que o respectivo sucessor sacrificava a meio do Verão e em meados do Inverno, e do qual Horus era a própria reincarnação. O mito de Leto perseguida pela serpente Piton corresponde ao mito de Isis perseguida por Set (durante os setenta e dois dias mais quentes do ano). Por outro lado, Piton é identificado com Tifon, o Set grego no hino Homérico a Apolo, e no escólio a Apolónio de rodes. – OS MITOS GREGOS, DE Robert Gaves.

O divertido de todos os mitos antigos é que eles são o exemplo mais claro de como as religiões se esforçaram por defenderem o indefensável envolvendo-se em contradições que permitiam agradar a gregos e a troianos de acordo com as conveniências políticas do momento. A queda em desgraça de Leto / Lewiatan fez com que esta deusa lunar viesse a cair em desgraça na fenícia como deusa serpente das sete cabeças, que seriam as sete bocas do vulcão do mar Egeu que destruiu a civilização cretense, vencida por Baal com a ajuda de da deusa da morte Mot / Mavet. Anat também proclamou os seus louros na destruição desta serpente o que mais não é do que a relação entre Atena e a Medusa.[2]

 

POLÓNIA, TERRA DE APOLO HIPERBÓREO.

Se algum fundo de verdade geográfica nestes mitos a ínica região que pode ter sido a estância de inverno de Apolo seria precisamente a Polónia.

Na verdade, se a Polónia não está separada do sul pelos montes míticos do Rifeus que seriam um erro geográfico relativos Cordilheira do Rif, no norte do Marrocos, estariam separados por montes que também tinham relações míticas com os extremos do mundo mítico que foram o Tártaros, e que na verdade chegaram a ser identificados com os Cárpatos.

As montanhas Tatra, Tatras ou Tatra (em polaco e eslovaco Tatry), formam uma cordilheira na fronteira da Polónia e Eslováquia e é o sector mais alto dos Cárpatos.

O nome da Polónia é foneticamente sugestivo de ser a terra de Apolo. Existem províncias polacas que ainda se identificam mais com o nome de Apolo.

Opol-skia, Mal-opol-skia, Biel-c-opol-skia. Algumas parecem ter nome relacionado com o étimo lúpico de Apolo como Lubuskia e Lubelskia e a província central da Polónia parece ter relações com a mãe de Apolo, Lodkia, cuja capital é Lodi. A capital da polónia e Varsóvia ou Warszawa que parece ter nome derivado do da antiga cidade babilónica Warka, toponímia que se repete na cidade de Carcóvia. Assim tudo aponta para que esta região entre a Rússia e a Alemanha tenha sido originalmente colonizada por povos que não teriam vindo do sul minóico mas do oriente babilónico e que teriam como patrono Bel Marduque numa variante próxima do nome grego de Apolo e que seria Opol, uma adaptação à fonética local de Apalu / Apkalu. Este povo colonizador explícito seria reponsável pela civilização da Cultura lusaciana que pelo tipo de culto dos mortos, em que “os funerais eram feitos por cremação e os sepultamentos são raros” faz lembrar povos babilónicos com pouca ou nenhuma crença na ressurreição dos mortos.

Como deus dos Hiperbóreos, Apolo sacrificava hecatombes de burros (Píndaro: loco cit.), o que o identificava com o «jovem Horus», cuja vitória sobre o seu inimigo Set os Egípcios celebravam todos os anos conduzindo burros selvagens sobre um precipício (Plutarco: Isis e Osíris 30).

Leto, a deusa fenícia Lat ou Lotan, seria a deusa dos letões, lituanos e lapões.

Antoninus Liberalis is not alone in hinting that Leto came down from the land of the Hyperboreans in the guise of a she-wolf, or that she sought out the "wolf-country" of Lycia, formerly called Tremilis, which she renamed to honour wolves that had befriended her for her denning. Another late source, Aelian, also links Leto with wolves and Hyperboreans: Wolves are not easily delivered of their young, only after twelve days and twelve nights, for the people of Delos maintain that this was the length of time that it took Leto to travel from the Hyperboreoi to Delos." (…) Antoninus Liberalis is not alone in hinting that Leto came down from the land of the Hyperboreans in the guise of a she-wolf, or that she sought out the "wolf-country" of Lycia, formerly called Tremilis, which she renamed to honour wolves that had befriended her for her denning. Another late source, Aelian, also links Leto with wolves and Hyperboreans: Wolves are not easily delivered of their young, only after twelve days and twelve nights, for the people of Delos maintain that this was the length of time that it took Leto to travel from the Hyperboreoi to Delos."

Latvian (latviešu valoda), sometimes also referred to as Lettish, is the official state language of the Republic of Latvia. The Latvian and Lithuanian languages are considered to be the most archaic (the closest to the proto Indo-European language) of all the living Indo-European languages. According to one theory, the Indo-European tribes speaking the dialects that would become the Baltic languages probably settled in the area South of the Baltic coast in about the 13th Century B.C.E.

As línguas bálticas apareceram de forma estranha precisamente na época dos “povos do mar” o que levanta mais uma vez a suspeita de que os famosos indo-europeu nãos seriam mais do que descendentes de colonos e emigrantes mediterrânicos que progressivamente se terão misturado com os autóctones locais. Estes colonos bálticos terão saído quase seguramente das entranhas desfeitas do império hitita pois a Estónia deve seguramente o seu nome ao deus hitita do sol, Eshtanu. As restantes repúblicas devem o nome à deusa Leto que, por qualquer motivo hoje ignorado seria a padroeira destas tribos péri-mediterrânicas que por motivos das grandes migrações humanas do sec. XIII antes de Cristo migraram por todo o mundo. Quase que, seguramente, a lenda dos hiperbóreos bálticos adoradores de Leto teria ressurgido por esta altura pois a influencia xamânica dos lapões seria muito mais arcaica já que o fenómeno das longas noites polares não teria passado despercebida aos povos primitivos que terão inventado por causa disso a morte solar dos quarenta dias da Quaresma!

   Latvian ó Lat-viešu < Lat-Ki-shu > Let-tish

                   > Lat-unia > Letaunia > «Letónia».

Lithuania < Lith-vi-ana < Lat-Ki-anu > Latvian.

Para o caso importa-nos apenas frisar que Apolo era já conhecido na época do império hitita como Apaliunas, ou seja com um nome com ressonâncias lunares!

Sendo assim, é quase conclusivo que Leda seria uma deusa do amor e por isso faz sentido que tenha tido este papel entre os eslavos a quem os letões e os lituanos deverão o nome.

Em princípios do século 15, o Estatuto de Cracóvia proibiu o canto de certas "canções" pagãs que eram ouvidas nas festividades populares de verão porque eles mencionaram o nome de um ídolo Lado. Ao final do mesmo século, Jan Długosz concluiu (…) a partir deste facto que este Lado deveria ser o deus romano Marte.[3]

O resto que veio a acontecer por força de algum preconceito pan-eslavista seria obviamente pura conjectura com alguma probabilidade de ser verídica a partir da mitologia comparada, não se dera o caso de ousar fazer dos eslavos responsáveis pela guerra de Tróia ao fazerem da esposa deste deus arcaico eslavo a Leda de Esparta.

The word 'Lado' does indeed appear in many Slavic and Baltic wedding and folk songs, particularly those sung during Ivan Kupala and other summer festivals. Its meaning, if indeed it has any, is unclear; it appears to be a mere exclamation. While many of the folk songs containing such an exclamation actually do have some elements from the pre-Christian celebrations of summer solstice, they are not addressed to any god or goddess Lado.

No livro Deutsche Mythologie (1835), Jacob Grimm notou que os russos usaram a palavra “kupala" para descrever as fogueiras do solstício de verão, e registou que algumas pessoas explicaram a palavra como o nome de Kupulo, um deus das colheitas.

Para Jan Kochanowski, poeta Polaco, “ku palu” significaria, na direcção do pólo. E porque não do poste ou do phalo?

Algunos eruditos en mitología, como Sir James Frazer alegan que aquella fiesta del Kupala fue originalmente un rito pagano a la fertilidad aceptada después dentro del calendario del cristianismo ortodoxo.

No entanto, logo outros referem:

De acuerdo con Vasmer, el nombre de este día festivo combina las palabras Иван (Ivan) nombre eslavo para Juan Bautista y Купала (Baño) - al igual que el primer día del año cuando la iglesia aprobaba el bañarse y nadar en los ríos y lagunas.

Estando por demonstrar que o banho nos rios e lagunas necessitasse de aprovação eclesiástica, deixando assim sem tradição o banho gelado do fim do ano, fica-nos a dúvida de que ainda que assim tenha sido o mais provável é que assim já seria antes. Que Купала significa banho é um facto de evidência de dicionário tão óbvia que custa a acreditar que só este autor Vasmer tenha reparado que Иван Купала significaria apenas “O João do banho”. Enquanto cristianização de uma festa pagã anterior tudo aponta para que esta tivesse mantido em parte o nome do deus Kupulo a que eram dedicadas e o mais provável é que a cristianização desta festa de Verão tenha dado nome ao banho eslavo, senão porque este já fizesse parte delas pelo menos porque o mote principal destas tivesse passado a ser o banho de baptismo de S. João. Ora, se no início do cristianismo o baptismo de João parecia uma originalidade hoje pode confirmar-se que faria parte de uma tradição arcaica que remontava ao deus sumérios Oanes, um dos sete sábios apkallu, saídos das águas do golfo pérsico como homens peixe. Pois bem, o mais certo é que o deus das festas do solstício de Verão fosse entre os eslavos nem mais nem menos do que o equivalente grego Febo Aplo.

Oanesapkallu = *Ka-pa-llu > Kupala > Kupulo > «Capolas».

               Cefalos < *Ka-pa-llu > Hapallu > Apolo.

 

Ver: OANES (***) & APOLO KARNEIOS (***)

 

This was explained in detail by Croatian ethnologist Vitomir Belaj, who studied a great number of songs of summer festivities from various Slavic nations. While not all of them contain Lado-exclamations, all of them do include a central character named Ivan or Ivo, meaning John, which is loosely associated with St. John the Baptist, whose feast day occurs in summer. (…). Belaj concluded that in these songs the name of Ivan stands in place of the name of an older Slavic god who was venerated at summer festival which later, after the arrival of Christianity, became the festival of St. John the Baptist. Belaj identified this lost god as Jarilo, a major Slavic deity of vegetation, harvest and fertility. Thus, in the above Bedekovic's record of Lado-song, the "holy god" mentioned in the verses indeed does refer to a forgotten pagan deity, though not to Lado, but rather to Ive or Ivan, who is actually Jarilo.

Por vezes o hipercriticismo acaba por ser tão estulto como a ingenuidade dos que retiram conclusões apressadas de meras aparências. Obviamente que Vitomir Belaj comprova que nem sempre Lado era invocado nos festivais de S. João mas só deixa a dúvida de que este nome fosse uma mera interjeição mal explicada quem pensar que o Estatuto de Cracóvia do início do século 15 era formado por gente inteiramente desprovida de senso comum. E neste estatuto não se fala em Jarilo mas em Lado o que obviamente permite aceitar que seriam teónimo do mesmo deus menino das festas dos rapazes dos eslavos que por acaso teria sido o deus marcial Larano entre os etruscos e companheiro inseparável do Maris e de Letham, que poderá ser correlacionada com Leda & Leto.

In Greek lore the swan was a bird sacred to the god Apollon. Large flocks were believed to inhabit the mythical northern river of Eridanos in Hyperborea, where they circled the god's holy shrine singing hymns. It was also believed that the Hyperborean folk, upon reaching old age, would themselves transform into swans after bathing in the bitumen swamp of the river. Furthermore, the usually mute swan was said to sing a dirge as death approached, the sweetest of all the bird-songs.

 

ORFEU, a alma de cisne de Apolo

Por intermédio de arcaicas relações de cumplicidade mágicas e telúricas de Apolo Lóxias, Asarluxi, Lux e, sobretudo, de Lugh com a Deusa Mãe podemos estabelecer a mais insuspeita das relações entre os deuses apolíneos da luz solar e o deus dos mistérios infernais que foi Orfeu. Os mitos das decidas de heróis e deuses aos infernos não eram senão metafóricos sonhos ou transes místicos de “ritos de passagem” em que teria sempre que existir uma óbice quase impossível de alcançar para justificar o paradoxo da “morte e ressurreição solar” a “contrario senso” da irreversibilidade absoluta da morte!

No caso do mito de Orfeu e Euridice é patente a condição, (quase) impossível de realizar, de que Orfeu poderia levar Eurídice, mas não poderia olhá-la antes de terem alcançado o mundo superior…não porque fosse impossível tal feito mas porque um dos interditos relativos aos mortos teria que se realizar, a saber: ou a impossibilidade de os mortos voltarem ao mundo dos vivos ou de estes não serem observados enquanto estando no mundo dos mortos. Esta lógica é a variante de que nada se sabe do mundo dos mortos porque nunca nenhum voltou a este mundo para contar como foi!

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Figura 1: Hermes, o «sol-posto» e deus dos mortos, preside ao casamento de Orfeu e Euridice.

Grande herói da Trácia, Orfeu era conhecido não pelas suas qualidades de guerreiro, mas pelas suas qualidades musicais.

Filho de Apolo e da musa Calíope, recebeu do pai uma lira como presente e aprendeu a tocar com tanta dedicação e beleza, que ninguém conseguia ficar indiferente ao encanto da sua música. Tanto os seres humanos como os animais, e diz-se que até as árvores e os rochedos, se rendiam ao seu fascínio. Orfeu amava apaixonadamente a ninfa Eurídice.

No dia do casamento de ambos, esteve presente Himeneu para abençoar a união, mas o fumo da sua tocha fez lacrimejar os noivos, o que não trouxe augúrios favoráveis. Pouco tempo depois, Eurídice passeava com as ninfas, quando foi surpreendida pelo pastor Aristeu, que, ao vê-la, se apaixonou perdidamente e tentou conquistá-la. Na sua fuga, Eurídice pisou uma cobra e morreu da mordedura que esta lhe fez no pé. Orfeu, inconsolável, tocou e cantou aos homens e aos deuses, mas nada conseguiu.

Decidiu, então, descer ao reino dos mortos para conseguir recuperar Eurídice. Perante o trono de Hades e Perséfone, Orfeu cantou o seu desgosto e o seu amor dizendo que, se não lhe devolvessem Eurídice, ele próprio ficaria ali com ela, no reino dos mortos. Todos os fantasmas que o ouviam choravam e Hades e Perséfone ficaram tão comovidos que lhe devolveram Eurídice. Mas com uma condição:

Orfeu poderia levar Eurídice, mas não poderia olhá-la antes de terem alcançado o mundo superior. Caminhando na frente, Orfeu, que estava quase a chegar aos portões de Hades, com receio de ter sido enganado por Hades, virou-se para trás para confirmar se Eurídice o seguia. Esta, com os olhos cheios de lágrimas, foi levada para o mundo dos mortos, por uma força irreversível.

Por um momento ele a viu, perto da saída do túnel escuro, perto da vida outra vez. Mas enquanto ele olhava, ela se tornou de novo um fino fantasma (ou em outras versões uma estátua de sal), seu grito final de amor e pena não mais do que um suspiro na brisa que saía do Mundo dos Mortos.

Orfeu tentou alcançá-la, mas sem êxito. Profundamente triste, Orfeu ficou na margem do rio, durante sete dias, sem comer nem dormir, suplicando a volta de Eurídice. Depois, vagueou triste e solitário pelo mundo, sem nunca mais querer saber de mulher alguma e repelindo todas aquelas que o tentavam seduzir, até que um dia, as mulheres da Trácia, enfurecidas pelo seu desprezo, o mataram. O seu corpo foi atirado ao rio Ebro e levado até à ilha de Lesbos, onde, durante muito tempo, a cabeça de Orfeu, presa numa rocha, proferia oráculos. A sua lira foi colocada num templo de Lesbos.

O mais interessante deste mito é que este foi copiados pelos judeus por óbvia importação por via oral na medida em que o deturparam de acordo com as conveniências políticas e religiosas segundo a perspectiva dos Amorreus que tomaram conta do império sumérios e da Babilónica depois do desastre mundial decorrente da destruição do império minóico pelo fogo telúrico de Santorini.

Assim, é possível que o episódio de Lote no capítulo 19 do Génesis seja uma referência aos filhos de Letos, Apolo e Artemisa, como deuses dados a amores do mesmo sexo, prática sexual de pederastia iniciática que seria um costume arcaico cretense, depois grego e por fim corrente no mundo Sírio! Este costume teria sido ritual e religiosamente sublimado nos cultos dos eunucos de Cibele, que tudo aponta que fossem originários do culto dos curetas dedicados à Deusa Mãe Rea, no monte Ida da ilha de Creta.

De propósito ou por mera coincidência, Orfeu seria um avatar de Apolo e por isso filho deste deus e de Calíope, a da Bela Voz, a mais velha, sábia e a rainha das musas a musa, deusa da epopeia, da sapiência e da grandiloquência. Assim, a lenda de Orfeu é uma variante do mito de Adónis de que Morfeu seria a forma mortal de Apolo. Orfeu, apesar de deus dos cultos infernais como Morfeu, pode ter em comum com o luminoso, diurno e celestial Apolo mais do que a harpa das músicas de embalar e adormecer, da hipnose e do encantamento, já que semanticamente têm ambos Urkaki > Loxias em comum.

Ur Kih(us) => Urso - Filho do deus do Céu; veio à Terra com o dever de fazer reinar nela a honestidade e a justiça. Era um animal bastante venerado pelos lapões. O urso protegido pelos Uldra só poderia ser morto por uma bala de prata, fundida de noite, perto de um cemitério. O Urso dos lapões era um «lobisomem»!

«Vampiros» < Phan-Kyros < *Kian-kauros > Centauros.

Claro que os mitos nórdicos dos «vampiros» serão variantes modernas do arcaico animismo de que a licantropia era, até há bem pouco tempo, a variante mediterrânica mais comum, mas que tinha tido na época arcaica da cultura antiga a expressão mais bela em Apolo Liceu, o “lobo branco” e amante da “Lua Cheia”.

 

Ver: MANDRAGURA (***)

 

Lugh < Lugahi < Ur Kaki > Urash, a lua em sumério

                          > «Lux» <=> Urki-ush > Ur-Phius > Urfeu.

São vários os mitos do «sol-posto» em que um heroi ou um deus desce aos infernos para libertar a sua amada. Hércules foi um deles.

Outro, foi Orfeu, “a hero who went to Hades to restore his dead wife, Eurydice to the realm of the living”.

Eurydice < Hauri Dite, “deusa da Aurora” < Ahuri-tite > Afrodite.

Claro que Orfeu pode ter tido relações de parentesco com Oeagrus mas, mais pelas leis da etimologia do que pelas da hereditariedade mítica. De facto,

Orfeu < Orphus < Orcus, variante do nome de Pluto/Hades.

<= Ur kius < Kur Kaki > Kaki Kaur > Hahigrau  Oeagrus > Eagrus > Ogro.

Pluto < Phruto, lit. o (divino) «fruto» (solar) da deusa mãe

< *Kar-Uto, lit. o “deus garoto”

< Kur-Uto, o “sol-posto” nos montes (Kur) da deusa mãe!

Em qualquer dos casos, pode bem ter-se dado o caso de Orfeu ter encarnado de facto numa personalidade histórica.

Once there was a Troll whose name was Wind-and-Weather, and Saint Olaf hired him to build a church. If the church were completed within a certain specified time, the Troll was to get possession of Saint Olaf.

Como muitos génios humanos que o peso da carga lendária transformou em divindade pode ter sido um filho ilegítimo dum rei Trácio e que, por isso, teve por nome um possível epíteto de Apolo, o mensageiro de Zeus, com convinha antigamente a todos os “filhos da mãe”!

No entanto, mesmo a mãe de Orfeu, é suspeita de ser apenas a arcaica Deusa Mãe dos cretenses, *Ker-tu!

Olaf < Auraphi < Orphai < Orfreu.

Car-i-ope (< Kali Ops, lit. “a cobra de fogo”) < Kerhoke < *Kur-Kaki

> *Ker-tu.

However, major impediments stand in the way of interpreting Appaliunas as a Luwian expression meaning "father lion": (1) in the IE languages closely related to Hittite (including Luwian, Palaic), the normal term for ‘father' is atta (IE atta); interestingly, however, Greek has áppa, "father" (IE appa) and páppa (IE pap[p]a, "father") as well as tatâ (IE tata) though not *átta, all meaning "father". Obviously, IE has both possibilities. Since IE has both appa and atta, I believe we can provisionally assume that some sub-dialect of Luwian, from which the epithet might come, had *appa for "father".

Ao ponto (1) poder-se-ia acrescentar o albanês baba e o infantilismo luso «dáda / papá», com o mesmo sinónimo de pai, para se confirmar o que já se sabia e foi desenvolvido a respeito da etimologia do nome dos sábios Apkallu como sendo príncipes e «delfins» (= «golfinhos») de sabedoria» porque filhos do Deus Sol, Kur/Enki, o filho de Deus Pai do céu, Urano!

Foram muitos os heróis lendários antigos que foram transformados em cisnes pelo rei de todas estas aves do paraíso que foi Zeus. Um deles foi Orfeu e suspeita-se que em parte porque os órficos parecem ter guardado as tradições mais secretas do saber mitológico antigo. Orfeu seria a alma mais secreta de Apolo e, por isso mesmo, um filho da sua mais bela ave, o cisne.

 

CIGNUS

Orpheus was transformed into a swan after his murder, and was said to have been placed in the sky next to his Lyre.

Parece que a preferência por Orfeu nãos seria um mero acaso porque já seria assim chamada na Caldeia.

Our Cygnus may have originated on the Euphrates, for the tablets show a stellar bird of some kind, perhaps Urakhga, the original of the Arabs' Rukh, the Roc, that Sindbad the Sailor knew.

Árab. Rukh < Ura-| kh-ga + An = Kiganu <*Kikano > Kignu > Lat. Cygnus.

Quando se afirma que: "swans are sacred to Apollo, because of their beautiful "swan songs" talvez se esteja apenas à flor da sensibilidade sonora da verdade.

Aelian, On Animals 11. 10: "I have mentioned the swans from the Rhipaion Mountains in the country of the Hyperboreans on account of their daily and assiduous service of [Apollon] the son of Zeus and Leto."

A este propósito se entende o arcaico nome de Juno na forma Iwno / Siwini, nome que afinal seria uma variante de um epíteto de Arina!

How the laurel branch of Apollo trembles! How trembles all the shrine! Away, away, he that is sinful! Now surely Phoebus knocketh at the door with his beautiful foot. See’st thou not? The Delian palm nods pleasantly of a sudden and the swan in the air sings sweetly. Of yourselves now ye bolts be pushed back, pushed back of yourselves, ye bars! The god is no longer far away. And ye, young men, prepare ye for song and for the dance. -- Hymn II. to Apollo, Hymns of Callimachus, Translated bay A. W. Mair. (For the association of the swan with Apollo cf. Hymn to Delos 249; Plato, Phaedo, 85; Manilius v. 381 "ipse Deum Cygnus condit.”)

"The Urartu, a tribe of powerful warriors in times of war, were farmers in times of peace. They were ruled by monarchs who also bore the title of chief-priest or envoy of Haldi, the major deity. Other deities in the Urartu pantheon included Teisiba, god of the heavens, who was known as Teshub among the Hittites and the Hurrians, and Siwini, the sun goddess."

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Figura 3: A constelação Cignus (Cyg), ao lado da Lira.

Porém Hera, irmã e esposa de Zeus, com ciúmes, persegue e proíbe Leda de viver no Olimpo.

Assim, Zeus compensa Leda, convertendo-a em deusa e reservando-lhe um espaço no céu, na forma de uma estrela na constelação de Cisne.

Figura 4: Disputa entre Hércules & Apolo pelo trípode de Delos!

Iwno < Hiwinu < Siwini.

«Cisnes» < | Titan < Thithan < «Cignus»[4] < Kýknos < *Kikano.

< Kaku/Kiki An, «o fogo do céu» > Shiwani

> Engl. «swan» > Siwini, Urart. deusa do sol

ó Siwi- | an / = Tei | -Siwi < Dei Shiwa> Teisiba.

Juno sempre foi, afinal, a esposa do cisne jupiteriano Teisiba / Tesup, herdado da cultura hitita e ainda presente entre os neo-hitita de Urartu!

O mais interessante e insuspeito é que o nome de Siwini deve ter chegado aos japoneses na forma de Susanoo, (Susano'o-no-mikoto; também romanizado como Susano-o, Susa-no-o, e Susanowo) o deus que no xintoísmo é o deus do mar e das tempestades da mitologia japonesa.

Susanowo é o irmão de Amaterasu, a deusa do sol e de Tsukuyomi, o deus da lua. O par Susanovo e Amaterasu são seguramente equivalentes do par grego Artemisa & Apolo. Por esta analogia ficamos a suspeitar que Siwini seria uma variante de Arina e ambas filhas de *Te-shuva que seria pai de *Anpu-lo / Apolo.

Siwini < Shu-Wi-Ana < Chu-Ki-Ana ó Te-Chu-Ki

                                     > Shu-Wi-Anu + Uku > Susa | nowo > Egipt. Anpu.

                                                                                                   > Susanoo

> Susano.

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Figura 5: Cygnus Transformed into a Swan and Phaeton's Sisters into Poplars, 1731 Impressão giclée por Bernard Picart.

 

Cicno, hijo de Apolo con Tiria, la hija de Anfínomo, era un hermoso cazador que vivía en la región comprendida entre Pleuronia y Calidón y, aunque fue amado por muchos, los rechazó a todos y sólo uno, Filio, perseveró.

Kyknos, a son of Sthenelus, king of the Ligurians, and a friend and relation of Phaëton. He was the father or ancestor of Cinyras and Cupauo. While he was lamenting the fate of Phaëton on the banks of the Eridanus, he was metamorphosed by Apollo into a swan, and placed among the stars. (Ov. Met. ii. 366, &c.; Paus. i. 30. § 3; Serv. ad Aen. x. 189.)

Susano seria assim uma forma de Apolo, filho do deus das tempestades hititas que foi levado para o Japão como irmão de Arina mas com o papel de pai de ambos, o deus das tormentas.

Neste bailado do “lago dos cisnes” em honra da serpente emplumada que era o sol, também havia lugar para a esposa do sol que ora era a luz do sol ora a lua, a fêmea do cisne!Sabemos ainda que Hércules disputou com Apolo a primazia da morte da *Káfura feminina de Delos que seria afinal a cobra do crescente lunar que parece ter sido Latona, conhecida na bíblia como o monstro Leviatan, mas a verdade é que ambos disputavam o lugar de deuses solares!

Se Cicno, o filho de Apolo era um cisne também este deus o teria sido porque a ele eram consagrados cisnes enquanto “cobras emplumadas” (como todas as aves de pescoço longo, como o pelicano de Tote) e então também sua irmã Atemisa o teria sido, porque com eles se acarinhavam, bem como sua mãe Leto que se o não foi em vida passou a ser ao ser transformada numa estrela da constelação do Cisne.

 

LETES, O RIO DO LUTO e da morte na memória,

por arturjotaef

Sendo Leto uma variante da temível Deusa Mãe primordial, senhora da vida e da morte, várias relações míticas e semânticas terão sido possíveis entre esta deusa e a morte.

Lateo-latere-latui-latum is an intransitive verb meaning to be hidden, or "latent". Compare the Greek LANQANW - LANQEIN.

Lat. leto = matar.

Uma dela terá sido o nome do rio Letes que, de acordo com a mitologia clássica, no inferno (Hades). Era onde os mortos se banhavam e esqueciam sua existência anterior. Na Comédia de Dante, Letes é um rio do purgatório onde as almas penitentes se banham e se purificam para que possam ter acesso ao Paraíso. Letes também é o córrego que flui através da gruta que Virgílio e Dante atravessam para chegar do inferno ao purgatório (A Casa de Al'isse de Carlos Vaz)”.

Lete era también una náyade, hija de Eris (‘Discordia’ en la Teogonía de Hesíodo), si bien probablemente sea un personificación separada del olvido más que una referencia al río que lleva su nombre.

Ora, mais uma vez e nem de propósito, a tradição latina refere precisamente uma entidade etrusca, Letham e a sua relação com os lares presididos por Héstia e por Lara, Larunda e Larissa e pelos Marish, espíritos caseiros e “maricas” mas aguerridos porque deles terá derivado o nome Marte do deus da guerra dos romanos.

Laran é um Custos Agri [o Protector dos campos], e, com Marish e Letham, zelam pelo território do Casal. Deus de guerra. Jovem com capacete e lança.

Esta por sua vez deve ter derivado de entidades mais arcaicas já conhecidas da cultura etrusca com o nome de Leinth, quase seguramente mãe de Letham / Lethans e forma arcaica de Latona.

Leinth: é a deusa de morte cujo nome significa: idosa, velha ou mulher velha. Apesar disto ela era representada como uma Deusa jovem. No entanto isso tem pouco significado porque os deuses não tinham idade e eram supostamente eternamente jovens. Na arte, foi retratada com a face ocultada. As deusas da aurora eram as deusas mães dos infernos pelo que assim se entende a função que Leinth teve entre os etruscos.

O nome de Leinth está relacionado com muitas palavras obscuras do etrusco, como leine, “morrer”; leinie, “morto ou inerte, parado”.

(to) Let = deixar (v.) < O.E. lætan (…) < P. Gmc. *lætan (cf. O.S. latan, O.Fris. leta, Du. laten, Ger. lassen, gótico. letan ""to leave, let""), from PIE *le(i)d - deixar para trás, partir, render" (cf. L. lassus "desfalecido, cançado, " Lith. leisti "deixar, soltar). O senso primário parece ser "deixar passar por cansaço, negligenciar". Obsoleto let (n.) obstáculo "é de O. E. lettan "impedir, demorear" de P.Gmc. *latjanan, relacionado com o Mod. Eng. tarde.

Resumindo e concluindo o PIE *le(i)d poderia muito bem estar relacionado com o etrusco leinie enquanto estado próximo de morte aparente por torpor, fadiga extrema e grande cansaço.

Alias este sentido está evidente no bem conhecido conceito paramédico da «letargia» = s. f. estado mórbido em que as funções da vida estão atenuadas por forma tal que parece estarem suspensas; • (fig.) sono profundo; • estado de apatia moral ou intelectual; • estado de insensibilidade característico do chamado transe mediúnico.

«Letargia» < Lat. lethargia < Gk. lethargikos, < leth- | argos | < Lete, filha de Eris, a deusa da discórdia.

«Letal» = adj. relativo à morte < L. L. lethalis, < L. letalis < Letum.

O conceito obsoleto do inglês let é obviamente um correlativo dos latinos di-lat-ione e di-lat-are que pode ter ocorrido como conotação e corolário do que é esticado delongadamente até ao «laxismo» e à «lassidão» que são termos etmicamente conotados com a morte aparente que terá motivado a mitologia da letalidade e da amnésia dos comatosos pós traumáticos. Estes conceitos terão estado também na origem da variante inglesa para deixar, to leave, mas agora a cargo da deusa Libitina.

To leave < O.E. læfan "to let remain, remain, bequeath," from P.Gmc. *laibijan (cf. O. Fris. leva "to leave," O.S. farlebid "left over"), causative of *liban "remain," (cf. O.E. belifan, Ger. bleiben, Goth. bileiban "to remain"), from root *laf- "remnant, what remains" (see life, live), from PIE *lip-/*leip-. The Gmc. root has only the sense "remain, continue," which also is in Gk. lipares "persevering, importunate".

To Live < O.E. lifian (Anglian), libban (W.Saxon) "to be alive," also "to supply oneself with food, to pass life (in some condition)," from P. Gmc. stem *libæ (cf. O.N. lifa, O. Fris. libba, Ger. leben, Goth. liban "to live"), from PIE base *leip- "to remain, continue" (cf. Gk. liparein "to persist, persevere;" see leave). Related: Lived; living. life  < O.E. life (dat. lif), from P. Gmc. *liba- (cf. O.N. lif "life, body," Du. lijf "body," O.H.G. lib "life," Ger. Leib "body"), properly "continuance, perseverance," from PIE *lip- "to remain, persevere, continue, live" (see leave). ó living (adj.) early 14c., "the fact of dwelling in some place," from O.E. lifiende, prp. of lifan.

Sendo o estado de “morte aparente” algo que ainda existe entre a vida e a morte natural seria que a natureza limite intrinsecamente dúbia e ambígua permitisse a géneses de semânticas que poderia ora ser sinónimas de morte, ora de vida! No entanto, estar-se-ia longe de suspeitar que o PIE *lip- (ou *leip-?) parece ter optado pelo optimismo absoluto de aceitar o remanescente do estado de “morte aparente” como sendo quase que exclusivamente significativo enquanto sinónimo do que sobreviveu porque permanece e continua precisamente na medida em que começa a alimentar-se e a passar (como efectivamente) vivo. Na verdade, os termos germânicos para a vida tem menos de raiz semântica zoológica ou biológica vitalista e reportam sobretudo para uma semiologia ora abstracta, relativa à substancia do que permanece na mudança da existência, ora formal e concreta, relativa à substancialidade que alimenta o corpo capaz de habitar um determinado espaço ecológico.

??? But this usually is regarded as a development from the primary PIE sense of "adhere, be sticky" (cf. Lith. lipti, O.C.S. lipet "to adhere," Gk. lipos "grease," Skt. rip-/lip- "to smear, adhere to." ???

Obviamente que acreditar que a raiz semântica do “elan vital” e da força da vida que faz ressuscitar os mortos aparentes, que estará subjacente ao termo PIE *lip-, derive de ninharias lipídicas como o unto e o sebo que, mais do que juntar lubrificam e disjuntam, ou de gomas e colas pegajosas e importunas, além de pouco provável é virar o sentido da importâncias das coisas de pernas para o ar! Na verdade, quando “o amor acaba” e o “elan vital” se vai do corpo e este deixa de habitar um cero espaço vital a etimologia do verbo to live inglês reporta-se rapidamente para o verbo to leave enquanto essência deprimente da perda de objecto, do abandono das guerras perdidas do deixar este mundo por outro melhor, desistindo-se de viver ou simplesmente morrendo estupidamente!

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Figura 6: Some scholars believe there was also a ritual for removing the bodies of dead gladiators, with a man dressed as Charon (ferryman of Hades) testing the body to make sure he was really dead and then a slave dragging the body with a hook through a gate called the Porta Libitinensis (Libitina was a death goddess), as depicted in this modern drawing. (Barbara F. McManus, The College of New Rochelle).

Seemingly contradictory meaning of "depart" (early 13c.) comes from notion of "to leave behind" (as in to leave the earth "to die;" to leave the field "retreat").

Notar que quando a “morte aparente” acabava em morte efectiva do vivo ficava o remanescente corporal a quem eram votadas «libações» a cargo da deusa Libitina.

Na mitologia romana, Libitina era a deusa da morte, dos cadáveres e dos funerais. Seu nome, também era usado como um sinónimo para morte (Horácio Odes 3.30). O rosto de Libitina era raramente retratado e raramente se lhe ofereciam sacrifícios, ao invés, do que acontecia a Orcus, seu equivalente masculino.

É muitas vezes confundida com Vénus (devido não só a semelhança entre Libitina e Libido, mas também ao fato de que, em Roma, um templo de Vênus fique junto ao bosque de libitina) ou com Proserpina (antiga deusa da germinação que se tornou rainha do reino dos mortos). Como deusa da morte, era mais frequentemente evocada em funerais, era uma tradição levar moedas a seu templo quando alguém morresse, os encarregados disso eram chamados de libitinarii.

Libitina < Riwi-tiana < | Urphi |

< *Urki | Diana > (Ki) Ur Tina (> Aldina) > Lutina.

Proserpina < (A)phros-Harpina < Kur-Kur Ki-Ana.

Na verdade não era apenas Libintina que seria confundida com Venos mas Leda e Leto também seriam confundidas com Afrodite.

 

Ver: AS DIVINAS ESPOSAS DA COBRA EMPLUMADA (***)

 

A “lividez cadavérica” foi seguramente um dos termos que foi criado no ritual de remoção dos cadáveres dos gladiadores mortos como critério de certificação do seu real estado de morte irreversível e não de morte aparente.

Lividez” = Palidez. Qualidade do que é lívido; o que tem livores;

“Lividez cadavérica” (livor mortis) = Med. leg. Ausência de cor nas partes pendentes de um cadáver, devido à cessação da circulação sanguínea e consequente estagnação e deposição do sangue nas partes de declive. (hipostáticas).

A mesma confusão entre Libitina e Vénus teria ocorrido com a semântica da deusa etrusca Alpan, Alpanu, Alpnu, deusa “da boa vontade” que foi segura e etimologicamente anterior a Libitina, nos cultos de morte e ressurreição solar do deus hitita pascal que foi Telepino.

Alpan, Alpanu, Alpnu < (te)lepina < Lepitina > Libitina.

O termo latino que deu origem à letalidade deriva seguramente tanto da ninfa da mortalidade etrusca, quanto do Lethes grego quanto dos conceitos que rodeavam a sacralidade das mortes aparentes.

Letum "death," of uncertain origin. Form altered in L.L. by association with lethe hydor "water of oblivion" in Hades in Greek mythology, from Gk. lethe "forgetfulness."

Outra deusa infernal seguramente relacionada com a morte também era a etrusca Letham, Lethns, Letha, Lethms, Leta, possivelmente a mesma que Leinth até porque vivia com Eita como aquela.

Letham < Leth(a)m-ish > Leth(a)ms ó Leth(a)n-s

< Leth(a)n-s < Leth(a)-na ó Letha

ó Etrusc. Lat-(i)va = The Greek mythological person, Leda.

Outras relações de Leto com a morte suspeitam-se decorrentes da sua relação com o destino fatídico e funesto das Queres comandadas de forma implacável por Némesis que seria uma forma de Leda ou de Leto. Esta, por sua vez, seria mãe de Artemisa, a última deusa da arcaica tradição da caça paleolítica, lunar, nocturna e de humores imprevisíveis e a quem teriam sido dedicados outrora sacrifícios humanos nos tempos em que esta seria entre os gregos Medusa e uma das Gorgônas.

Um dos aspectos divertidos em todos os mitos é que eles são o exemplo mais claro de como as religiões se esforçaram por defenderem o indefensável envolvendo-se em contradições que permitiam agradar a gregos e a troianos de acordo com as conveniências políticas do momento. A queda em desgraça de Leto / Lewiatan fez com que esta deusa lunar viesse a cair em desgraça na fenícia como deusa serpente das sete cabeças, que seriam as sete bocas do vulcão do mar Egeu que destruiu a civilização cretense, vencida por Baal com a ajuda de da deusa da morte Mot / Mavet. Anat também proclamou os seus louros na destruição desta serpente o que mais não é do que a relação entre Atena e a Medusa.[5]

Ver: MEDUSA (***)

 

Apollo also has a chthonic side, for he is a god of prophecy like the Babylonian sun god Shamash; during the dark quarter of the year he retires to the land of the Hyperboreans (probably Britain[6]), during which time Dionysus rules in Delphi. Hyperborea was the ancestral home of Leto of the Dark Robe, the mother of Apollo and Artemis, and a goddess of the night. The Hyperboreans helped Apollo found the Delphic oracle. (Oswalt 35-6, 148, 171; Larousse 113, 117)[7]

A história de Apolo é confusa. Os Gregos apresentam-no como sendo o filho de Leto, uma deusa conhecida no sul da Palestina com o nome Lat (ver 14. 2), mas simultaneamente ele foi um deus dos Hiperbóreos («os homens que viviam para lá do Vento do Norte»), que Hecateu (Diodoro Sículo: II. 47) identificou claramente com os Britânicos, embora Píndaro (Odes Piticas x. 50-55) os considerasse Líbios. Delos era o centro desse culto hiperbóreos, que irradiou, ao que parece, para sudeste até a Nabateia e à Palestina, para noroeste ate a Grã-Bretanha, passando por Atenas. Entre os diferentes estados que comungavam deste culto, havia um intercâmbio permanente de contactos (Diodoro Sículo: loco cit.). – OS MITOS GREGOS, DE Robert Gaves.

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Figura 7: Buluc Chabtan

Buluc Chabtan était le dieu de la mort soudaine et du sacrifice. On lui montre souvent brûlant des maisons avec une torche dans une main tandis qu'il les démolit avec une lance de l'autre en compagnie de Ah Puch . Le concept d'un dieu de guerre, un dieu de mort par la violence et du sacrifice humain, semble être incarné par Buluc Chabtan.

Por outro lado, o lado negro de Apolo revelado no facto de que, sendo um deus da pestes e da morte súbita, permite-nos correlacioná-lo com tradições minóicas muito mais arcaicas e de que restarão ecos na mitologia maia, onde Buluc, possível corruptela de *(A)pulu-co, era o deus da morte.

Buluc Chabtan é funcionalmente Apolo, e estaria possivelmente correlacionado foneticamente com um deus minóico. Ah Puch só pode aqui ser o seu irmão gémeo Hermes Psicopompo.

Buluc deve estar relacionado etimologicamente com a raiz Wulk- dos deuses vulcânicos e com os deuses do lobos como seria o caso de Apolo que na forna egípcia de anubos era um chacal.

Sendo filho duma deusa nocturna, lunar e poderosamente destrutiva como era a deusa mãe primordial, Apolo teria sido primitivamente o seu filho Vulcano, telúrico e aguerrido e, por isso, um deus da morte súbita, da morte e da peste que acompanham a guerra. Chabtan sugere uma relação fonética com o micénico Pajavan que teria dado origem a Apolo Pitian.

                          < Kulku < Kukul(can) < Kaphul > Apul > Apolo.

Buluc < Wulk + Anu > Vulcan(o)

Chabtan < | Kawi < Kaki-| Tan > Ishtan, o deus solar dos hititas.

                                    «capitão» ó Ka-phitan => Apolo Pitian.

Ah Puch < (Aka) Phixu > Pisco > Psico-(Pompo).

 

Ver: APOLLO PITÃO (***)

 

 



[1] Deste mito deriva o conto infantil da «Branca de Neve que foi Innana e dos sete anões (< Anianus)» que a salvaram da morte provocada pela bruxa má que era rainha mãe dos infernos, Ereshkingal!

Lotan is a seven headed serpent defeated by Baal with the help of Mavet. Anath also claims a role in the defeat of the Serpent.

[3] In the early 15th century, the Statute of Kraków forbid the singing of certain "pagan songs", which were heard at folk summer festivities, because they mentioned the name of an idol Lado. By the end of the century, previously mentioned Jan Długosz, a cannon of Kraków, concluded that this Lado must be the Roman god Mars. Maciej Miechowski in his "Chronica Polonorum", written in 1521, identified Lada (which he derived as a feminine form of neutral Lado) with Leda, mother of Castor and Pollux in Greek mythology. This assumption was pushed further in 1582 by Maciej Stryjkowski, another Polish historian.

[4] < «ciganos» ?

Lotan is a seven headed serpent defeated by Baal with the help of Mavet. Anath also claims a role in the defeat of the Serpent.

[6] Ou, de forma mais razoável, todos os povos da Europa do Norte tais como os Danes da Dinamarca que talvez tenham estado no Mediterrâneo no sec. XII a.C. fazendo parte dos «Povos do mar» tal como os Vikings do sec. X d.C. Os Hyperboreans que ajudaram Apolo a conquistar Delos, e que seriam também os Atlantes de Platão, seriam estes mesmos Danes adoradores do deus nordico Tor, e por isso também conhecido como Dórios, ou ibéricos do val do rio Douro? Nada obsta de facto de que estes Danes fossem os mesmos adoradores de Tuatha de Danaan que teriam permanecido longo tempo a norte do Douro antes de invadirem a Irlanda e de se terem fixado na Dinamarca a partir de Bigantia a norte da Galiza.

[7] V. Pontifex Maximus - Archiereus - High Priest (5), Pythagorean Tarot homepage.

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