Figura 1: Biagio d'Antonio – The Adoration of the Child with Saints and Donors.
E possuímos a data exacta porque Flavio Josefo, em suas Guerras da Judeia, livro II, capítulo 9, diz-nos que foi no nono ano de seu reinado quando Arquelau foi chamado pelo César à Roma, e deposto. Herodes, o Grande, tinha morrido no ano 4 antes de nossa era, acrescentemos nove anos, e nos encontramos com que essa deposição de Arquelau teve lugar no ano 4 ou 5 de nossa era. Assim sendo, o Jesus do evangelho segundo Mateus tinha já onze anos quando nasceu, nas mesmas condições e no mesmo lugar, do Jesus do evangelho segundo Lucas. Tanto em um caso como no outro, e de cara ao anátema do Concílio de Trento, sempre estaremos equivocados. Um provérbio afirma que «Não há dois sem três...». E, com efeito, temos ainda uma terceira data, que desta vez nos vem dada por são Irineu. Auditor, quando era jovem, de são Policarpo, um dos quatro «padres apostólicos» (que tinha conhecido aos Apóstolos), sustenta, como ele e «os Antigos», quer dizer, os primeiros presbíteros tirados dentre os famosos setenta discípulos, como todas essas «testemunhas», que Jesus «tinha mais de cinquenta anos quando ensinava». «Morreu a uma idade que confinava com os cinquenta, e na soleira da velhice...» Como foi crucificado no ano 33 ou 34 de nossa era, teria que ter nascido no ano 16 ou 17 antes desta. E já estamos outra vez longe de Mateus e de Lucas. De qualquer maneira, outros detalhes nos permitem pensar que é são Irineu quem revela a verdade, sem imaginar a importância de sua revelação. Por isso conservamos a data de 16 ou 17 antes de nossa era como ano do nascimento de Jesus. -- JESUS OU O SEGREDO MORTAL DOS TEMPLÁRIOS, Robert Ambelain.
Jesús Maestro 3.2.11. Jesús celebró tres Pascuas - 22,6. Los judíos que disputaban con el Señor Jesucristo dieron a entender claramente lo mismo. Pues cuando el Señor les dijo: «Abraham vuestro Padre se alegró al ver mi día: lo vio y se alegró. Ellos le respondieron: Aún no tienes cincuenta años ¿y has visto a Abraham?» (Jn 8,56-57). Esto se dice de una persona que ya ha cumplido los cuarenta y que, sin haber aún llegado a los cincuenta, sin embargo ya no está en los treinta. Porque si aún estuviera en los treinta, le hubiesen dicho: «Aún no tienes cuarenta años». Pues si ellos querían mostrarlo como mentiroso, no habrían extendido mucho la franja de la edad que adivinaban en él; sino que hablaban de una edad de la que estaban seguros, si es que conocían los registros del censo, o bien calculando por la edad que manifestaba, y así sabían que tenía más de cuarenta, pero ciertamente que no tenía treinta años. Es, en efecto, impensable, que ellos erraran con veinte años, si querían hacerlo ver más joven que los tiempos de Abraham. Ellos hablaban de lo que veían, y lo que veían no era una apariencia, sino la verdad. No estaba, pues, muy lejos de los cincuenta años, y por eso le decían: «Aún no tienes cincuenta años, ¿y has visto a Abraham?» --, 3. Estructura del Pléroma Contra los Herejes, San Ireneo De Lyon.
A verdade é que a idade de Jesus à data da crucificação é um dos muitos erros informativos do gentio Lucas que, pelos vistos, terá aceitado a data de acordo com as especulações gnósticas.
How old was Jesus when He was crucified? We do not know for sure the exact age of Jesus when He was crucified, but He was probably 33 years old. Here is the argument. Jesus was baptized. But the reason He was baptized was to "fulfill all righteousness," (Matt. 3:15). He had to fulfill the legal requirements for entering into the priesthood after the order of Melchizedek (Psalm 110:4; Heb. 5:8-10; 6:20). Priests offered sacrifice to God on behalf of the people. Jesus became a sacrifice for our sin (1 Pet. 2:24; 2 Cor. 5:21) in His role as priest. To be consecrated as a priest, Jesus had to be: 1) washed with water - baptism - (Lev. 8:6; Exodus 29:4, Matt. 3:16). 2) Anointed with oil - the Holy Spirit - (Lev. 8:12; Exodus 29:7; Matt. 3:16). Additionally, He may have needed to be 30 years old, Num. 4:3, "from thirty years and upward, even to fifty years old, all who enter the service to do the work in the tent of meeting." Therefore we can conclude that Jesus began His earthly ministry at the age of 30. Since it went on for 3 1/2 years before Jesus was crucified, it is safe to say that He was 33 at the time of His death.
Voltando às fontes canónicas verificamos que para conciliar os soberanos reinantes no tempo do suposto nascimento de Jesus referidos, ter-se-ia que estabelecer o ano 6 a. C. ou próximos, no qual Herodes reinava e Saturnino finalizava o recenseamento e o último ano de seu governo. “Não há, no entanto registo histórico de um recenseamento nesta época, embora fosse um evento importante, que não deixaria de ser citado em algumas das fontes históricas, sendo por tanto mais uma das lendas relativas ao nascimento de Jesus.” (Ivan René Franzolim).
Pesquisador levanta dúvidas sobre idade de Jesus ao morrer
Fundador do cristianismo pode ter morrido com até 39 anos.
Datas do governo de Pilatos e de Herodes ajudam a estimar isso.
"Historicamente, não se pode dizer que Jesus morreu com 33 anos", explica Ramón Teja Casuso, professor de História Antiga da Universidade da Cantábria. "Cada povo parte de seu feito mais importante para medir o tempo. E Dionísio, o Exíguo, o monge e matemático que estabeleceu no século VI qual era o ano em que Jesus nasceu, estava errado", assegura Teja.
Investigações históricas posteriores demonstraram que Herodes, o Grande, que era rei da Judéia durante o nascimento de Jesus e suposto responsável pela perseguição e massacre das crianças com menos de dois anos, teria morrido, na realidade, no ano 4 a.C., e, por isso, Cristo teria nascido no ano 5 a.C. ou 6 a.C., paradoxalmente. [1]
Lucas 2: 1 E aconteceu naqueles dias que saiu um decreto da parte de César
Augusto, para que todo o mundo se alistasse 2 (Este primeiro alistamento foi feito
sendo Quirino presidente da Síria). 3 E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.
XIII 1. Y ocurrió, algún tiempo más tarde, que un edicto de César Augusto obligó a cada uno a empadronarse en su patria. Y este primer censo fue hecho por Cirino, gobernador de Siria. - El Evangelio Del Pseudo-Mateo.
Mateus 2:1-2 E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém, Dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus
Reinaba en ese tiempo en Judea Herodes, por decreto de César Augusto, y Pilato era gobernador, durante el sacerdocio de Anás y Caifás. Entonces, por decreto de Augusto, todo el mundo fue censado; allí que cada uno fuera a su propia tierra, y se presentaran por sus propias tribus para ser empadronados. - Evangelio de Bernabé.
II 1. El año 309 de Alejandro, ordenó Augusto que cada individuo fuese empadronado en su país. Y José se aprestó a ello, y, llevando consigo a María, su esposa, partió para Bethlehem, su aldea natal. - El Evangelio Árabe de La Infancia.
"Consta terem sido efectuados recenseamentos, na Judéia sob Augusto por obra de Sêncio Saturnino, Prefeito da Síria entre 9 e 6 a.C." Tertuliano (Adversus Marcionem 4,19; 4,7).
A era selêucida, Anno Graecorum (lit. "ano dos gregos") ou Ano de Alexandre foi um sistema de numeração dos anos imposto pelo Império selêucida. Este calendário foi usado na Síria por vários anos, pelos judeus até o século XV e por alguns árabes até recentemente. Para efeitos práticos de conversão entre este calendário e o gregoriano pode-se considerar que ele começou em 1 de Setembro de 312 a. C., ou seja, subtrai-se 311 anos e quatro meses. Assim, pelo “Evangelho Árabe da Infância” Jesus nasceu no ano -2 da era cristã mas ainda dois anos depois da morte de Herodes o que se explica sabendo-se que segue o mesmo erro de informação de Lucas sobre o censo de Quirino.
É quase seguro que a referência a Públio Sulpício Quirino (6-12 d.C) não é original mas uma interpolação tardia para situar na história a data do nascimento do Salvador mas desastrada porque Herodes morreu no ano 4 antes de Cristo sendo assim é difícil conciliar Lucas com Mateus, mais uma vez.
No entanto:
1) Não se tem notícia de censo universal ordenado por Augusto;
2) Quirino não foi Governador da Síria no tempo do rei Herodes.
Assim parece mais correcta a referência posterior de Tertuliano a Caio Sêncio Saturnino que foi governador da Síria de 9 a 6 a. C.
De facto, alguns historiadores querem acreditar com os cristãos que pretendem a historicidade de Lucas que Quirino pudesse ter sido governador da Síria de 11 a 9 a.C., ou que tivesse um cargo de autoridade semelhante nesse período e que teria iniciado o recenseamento, finalizado pelo governador Gaio Sêncio Saturnino, que governou a Síria entre 9 a 6 a.C. o que parece duvidoso tanto mais que não temos provas de nenhum segundo governo da mesma província na história romana.
Segundo S. Justino, mártir (século II), Quirino era unicamente procurator, ou seja, assistente de Saturnino que era, de fato, o governador da Síria, como afirma Tácito.
(...) O testemunho da Lápis Tiburtinus confirma o fato de Quirino ter sido legado na Síria duas vezes. Uma delas entre 10 e 7 aC por ocasião da guerra dos homonadenses, quando a administração civil estava nas mãos de outro administrador ou governador, incluindo Saturnino (8-6), em cujas ordens foi feito o censo, segundo Tertuliano. A outra como legatus após o ano 6 dC. -- (Pe. Ignácio, dos padres escolápios)
...
... ... ... ... ... ... ... ...
...KING BROUGHT INTO THE POWER OF...
AUGUSTUS AND THE ROMAN PEOPLE AND SENATE...
FOR THIS HONORED WITH TWO VICTORY CELEBRATIONS...
FOR THE SAME THING THE TRIUMPHAL DECORATION...
OBTAINED THE PROCONSULATE OF THE PROVINCE OF ASIA...
AGAIN OF THE DEIFIED AUGUSTUS SYRIA AND PH[OENICIA]...
... ... ... ... ... ... ... ... ...
Alguns tentaram apelar para uma inscrição sem cabeçalho (e, portanto, sem nome), como provando que Quirino ocupou o governo da Síria duas vezes, mas a inscrição não diz isso, nem pode pertencer a Quirino. A inscrição em questão é um fragmento de uma pedra funerária descoberta em Tivoli (perto de Roma) em 1764, e agora é exibida (com uma reconstrução inventiva das partes em falta) no Museu do Vaticano. (...)[2]
O problema mais óbvio com esta peça de "evidência" é que nem sequer menciona Quirino! (...). Numerosos candidatos possíveis foram propostos e debatidos, mas a noção de que poderia ser Quirino só foi apoiada pelo desejo de alguns estudiosos do século 18 e 19 (especialmente Sanclemente, Mommsen e Ramsay). Mas é improvável que seja dele. Não conhecemos nenhuma segunda derrota de um rei na carreira de Quirino, embora Tácito escreva seu obituário nos Anais 3.48, onde certamente uma dupla homenagem teria sido mencionada, especialmente porque uma "celebração de vitória" era um grande negócio, (...).
Embora não seja improvável, sabemos de outro homem, Lucius Calpurnius Piso, que governou a Ásia e que derrotou dois vezes os reis da Tracia e recebeu pelo menos uma "celebração de vitória", assim como um Triumfo e que também pode ter governado a Síria.
(...) No entanto, mesmo que não tivéssemos um candidato como Piso, declarar que este é um epitáfio de Quirino ainda é pura especulação.
Ainda mais importante, esta inscrição não diz realmente que o governo da Síria foi realizado duas vezes, só que um segundo legado foi realizado e que o segundo posto aconteceu na Síria. Pelo que resta da pedra, parece bastante óbvio que o primeiro posto foi o de procônsul da Ásia. Isso significa que mesmo que esta seja a carreira de Quirino, tudo que prova é que ele já foi o governador da Síria. -- The Date of the Nativity in Luke (6th ed., 2011), Richard Carrier.
Lápide funerária de Aemilius Secundus que foi adquirida em Beirute por comerciantes de Veneza antes de 1674, e pode ter sido configurada originalmente. Esta apenas confirma o que já se sabe: que Quirino foi governador e realizou um recenseamento na Síria em 6 d. C.
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QUINTUS AEMILIUS (SON OF
QUINTUS) |
Para se conciliarem as datas, ter-se-ia que estabelecer o ano 6 a. C. ou anos próximos para que com Herodes reinando Saturnino finalizasse o recenseamento referido por Lucas mas agora com o grave inconveniente de que não há registo histórico de um recenseamento nesta época, embora fosse um evento importante, que não deixaria de ser citado em algumas das fontes históricas. Na verdade, um censo nesta altura seria sobretudo improvável estando Herodes no poder porque Herodes era rei companheiro (rex socius) por graça de Augusto e decreto do Senado, ou seja, um “rei cliente” económica, política ou militarmente independente apenas subordinado em assuntos internacionais.
Messala e Atratino introduziram Herodes, elogiaram grandemente os serviços que seu pai e ele haviam prestado ao povo romano, lembrando que Antígono, ao contrário, não somente era um inimigo declarado, tal como o provavam as suas ações precedentes, como também demonstrara total desprezo pelos romanos ao receber a coroa das mãos dos partos. Essas palavras incitaram o senado contra Antígono, e António acrescentou que na guerra que se travaria contra os partos seria, sem dúvida, muito vantajoso constituir Herodes rei da Judéia. Todos aceitaram a proposta, e o favor que Herodes ficou devendo a António foi tanto maior quanto era inesperada aquela extraordinária graça, pois os romanos não costumavam outorgar coroas senão aos de família real. Ele havia pensado apenas em pedir a coroa da Judéia para Alexandre, irmão de Mariana e neto de Aristóbulo do lado paterno e de Hircano do lado materno. (Herodes depois mandou matar Alexandre, como diremos a seu tempo.) Podemos acrescentar que a pressa de António aumentou ainda esse favor, pois esse importante assunto foi concluído em sete dias. -- Antiguidades Judaicas, Flábio Josefo.
Porém, como Herodes tinha apoiado Marco António teve que ter alguma cautela com Octávio Augusto tento feito tudo para lhe agradar o que leva alguns a pensar que não seria tão independente quanto isso, o que não é o caso porque a Judeia já tinha este estatuto de independência em relação à Síria desde os hasmoneus. Assim, se Herodes dificilmente receberia da parte de Augusto ordens tão limitadoras da soberania interna como era fazer um censo muito menos as receberia indirectamente da parte de um Governador da província da Síria a que a Judeia ainda não estava anexada.
Es el mismo Cirenio mencionado en Lc II, 2. Publio Sulpicio Quirino, senador romano. Cónsul en Roma en el año 12 a.C. y no mucho después llevó a cabo una campaña contra los ingobernables homanedensios del centro de Asia Menor. En el 3 a.C. fue designado procónsul de Asia; en 3-4 d.C. fue consejero del heredero forzoso imperial, Cayo César, durante la expedición armenia de éste último; del 6 al 9 d.C. fue legado imperial de Siria- Cilicia. Murió en Roma, en el año 21.
Quando Quirino foi nomeado legatus (delegado) da Síria no ano 6 d. C. foi também encarregado de fazer o único censo na província da Síria do início da Era Cristã de que há provas documentais e lapidares.
No entanto, para o fazer teve ordens para unir os territórios do etnarca Arquelau à Síria mas tal só foi possível porque entretanto este etnarca foi o menos estimado dos filhos de Herodes porque foi cruel e despótico ao ponte de as queixas dos judeus terem irritado de tal modo César que Arquelau foi deposto no ano 6 e exilado para Viena, na Gália. Mas como os poderosos não são muito diferentes uns dos outros, também gostam pouco de ceder a pressões de súbditos rebeldes pelo que os judeus, pensando que iam à lã, ficaram tosquiados porque as províncias da Judéia, Samaria e Edumeia foram fundidas iniciando-se então a perda da independência da Judeia que passou a ficar sob o controle directo de Roma e indirecto da Síria o que não poderia ocorrer sem impacto político notório pois que deu lugar à insurreição de Judas, o Galileu, coisa que nunca foi registada no tempo de Herodes.
“Cirénio, senador romano, homem de grandes méritos e que depois de haver passado por todos os degraus da honra fora elevado à dignidade de cônsul, foi, como dissemos, designado por Augusto para governar a Síria, com ordem de fazer o inventário do que havia em seu território. Copónio, que comandava o corpo de cavalaria, foi mandado com ele para exercer domínio sobre os judeus. Mas como a Judéia acabara de ser anexada à Síria, foi Cirénio, e não ele, quem fez o inventário e se apoderou de todo o dinheiro que pertencia a Arquelau. Os judeus, de início, não toleravam aquele inventário, mas Joazar, sumo-sacerdote, filho de Boeto, persuadiu-os a não se obstinarem na oposição”[3].
Quirino foi também encarregado de vender os bens patrimoniais de Arquelau na Palestina, possivelmente para pagar as despesas do processo porque os romanos eram tão legalistas quanto necessitados do numerário que a administração do seu império lhe propiciava.
Actos 5: 37 Depois deste levantou-se Judas, o galileu, nos dias do alistamento, e levou muito povo após si; mas também este pereceu, e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos.
Even if Quirinius had been governor a previous time, conveniently during the reign of Herod the Great, and conducted a census, that census could not have included Judaea, for Judaea was not under direct Roman control at that time, and not being directly taxed. There is no example of, or rationale for, a census of an independent kingdom ever being conducted in Roman history. Therefore, the census Luke describes could only have been taken after the death of Herod, when Judaea was annexed to the Roman province of Syria, just as Josephus describes. All attempts to argue otherwise have no merit: Luke did not mean a census before Quirinius, could not have imagined Quirinius holding some other position besides governor, and could not have mistook him for someone else. -- The Date of the Nativity in Luke (6th ed., 2011), Richard Carrier.
Assim é quase seguro que também Tertuliano se enganou porque confundiu Gaio Sêncio Saturnino, governador da Síria do ano 6 a. C. com Cneu Sêncio Saturnino que também foi governador da Síria mas no ano 19-21 d. C. Riscos inevitáveis de quem fala de cor sem os textos na mão como era o caso dos autores antigos. Na verdade, os autores antigos que corrigiram e comentaram o evangelho de Lucas todos fizeram confusão com o censo do ano 6 depois de Cristo. Porém isto não significa que o texto de Lucas seja menos fidedigno do que o de Mateus ou vice-versa porque todos os relatos da infância de quem quer que seja são sempre fantasias de velhas coscuvilheiras muito mais delirantes quando se trata de crentes e beatas. No entanto a relação da infância de Jesus com Herodes, com matanças absurdas, com delegados de reis magos e com fugas para o Egipto são mais plausíveis de serem lendárias do que os delírios pastoris de Lucas onde não falta a retórica miraculosa dos exércitos de mil anjinhos barrocos cantando hinos celestiais.
4. De acuerdo con todo esto, el autor mencionado añade, en el libro 18 de sus Antigüedades, las siguientes palabras textualmente: «Pero Cirenio, miembro del Senado, después de pasar por todos los demás cargos, siendo un cónsul grande por su dignidad, vino a Siria con unos pocos hombres, enviado por César como juez de la nación y censor de los bienes.» 5. A continuación dice: «Pero Judas el gaulanita, de la ciudad de Gaula, tomando consigo al fariseo Sadoc, inició una revuelta arguyendo que el censo sólo conducía a la esclavitud, y exhortaba al pueblo a preocuparse por la libertad.» -- Eusébio de Cesareia, História Eclesiástica.
Sobre Quirino: (o Quirinius) De fuentes tan confiables como las de los historiadores romanos Cornelio Tácito, Cayo Suetonio y Dio Cassius, además del judío Flavio Josefo, se sabe que Quirinius fué gobernador de Siria recién a partir de año 6 d. C., misma época en que Judea pasó a la directa jurisdicción de Roma. Este solo dato anula la validez histórica del pasaje del Ev. de Lucas donde se pretende datar el nacimiento de Jesús. Sin embargo, se ha especulado con varias teorías para "acomodar" los datos evangélicos con los históricos.
Una de ellas plantea que en realidad el Lucas 2:2 habla de Quintilius Varus, quien fue gobernador de Siria desde el año 6 a.C. y hasta después de la muerte de Herodes el Grande, por lo que tal personaje encajaría bien en el relato.
Sin embargo, aun sin recurrir a las evidencias que ofrecen las fuentes históricas, hay dos elementos en el mismo texto del evangelio que dan por tierra esta idea: En primer lugar, "Quirinius" es el equivalente al apellido del personaje en cuestión, mientras que "Quintilius" era el primer nombre o "nombre de pila" de quien se pretende poner en su lugar (o sea, el verdadero gobernador de Siria para la época). No tendría sentido alguno que el hagiógrafo citara como referencia a un personaje de la época por su primer nombre. Sería algo similar a aludir a "Poncio" en vez de "Pilatos" o de "Poncio Pilatos". La segunda razón, es que la confusión entre nombres solo resiste cierto debate si no se presta atención a la forma griega de ambos términos (lengua original de los textos evangélicos): En griego "Quirinius" se escribe: KURHNIOS en cambio, "Quintilius" corresponde a KUNTHLIOS (recuérdese que los manuscritos griegos tempranos se redactaban con todo el texto en mayúsculas), por lo que no hay confusión posible a menos que se pretenda forzar mucho las cosas.
(…) Por último está la cuestión que surge de la interpretación que el escritor cristiano Tertuliano hace del pasaje de "Lucas": En su versión del evangelio, Tertuliano usa el nombre de "Saturnius" en vez de Quirinius o Quirino, lo que parece hacer referencia a "Sentius Saturninus", gobernador romano de Siria entre los años 8 a 6 a.C. Esto podría hacer coincidir al personaje con el segundo censo de César Augus
to, pero de todos modos la idea deja de tener sentido al considerar que Judea no estaba bajo jurisdicción romana en ese momento.
La alteración de la versión de Tertuliano solo puede significar dos cosas: Que en efecto el evangelio original nombrara a "Saturninus" y no "Quirinius" y, por tanto, la escritura se refiere al gobernador de Siria entre el 8 a 6 a. C. y no el del 6 al 9 d. C. Si esto fuera así, habría que pensar que todas las versiones posteriores están equivocadas y que el texto fué alterado para hacerlo coincidir con el censo que en verdad tuvo repercusión en Judea (como se explica más adelante). La segunda posibilidad (seguramente, la más probable) es que el nombre original fuera el de "Quirinius" y que luego, ya sea el mismo Tertuliano o bien un escriba posterior, lo cambió por "Saturnius" al darse cuenta de la incongruencia de que el rey Herodes el Grande había muerto (10 años antes) para cuando dicho personaje asumió la gobernación de Siria. -- ¿En qué año nació Jesús de Nazareth? por PERCY ZAPATA MENDO
No texto de Tertuliano, a confusão entre Quirinus e Saturnius é tanto mais provável quanto Quirino e Saturno eram identidades míticas inter-permutáveis. O censo de Quirino foi usado por alguém que ouviu de cor a história do nascimento de Jesus como pretexto explicativo racionalista do nascimento do messias na cidade davídica de Belém que tinha que ocorrer forçosamente por razões irracionais de cumprimento de supostas profecias bíblicas ou sobretudo porque em Belém havvia uma gruta dedicada ao culto de Tamuz...e ao nascimento do filho de Deus.
According to Jerome, the Cave of the Nativity in Bethlehem, believed by Christians to be the place where Christ was born, had been a pagan cull site. “Bethlehem…belonging now to us…was overshadowed by a grove of Tammuz, that is to say, Adonis, and in the cave where once the infant Christ cried, the lover of Venus was lamented” (Ep. Iviii . 3).'
If we know from Jerome that the people of Bethlehem worshipped Tammuz, Adonis in the cave in Bethlehem, then it is such worship that must have been famous. Origen is clearly referring to this cave, but far from this being proof of the actual birthplace of Jesus, all his words really tell us is that the pagan people of Bethlehem believed that Jesus was born there. The probability is that the pagans arrived at this notion by an identification of Jesus with Adonis, not from any ancient tradition. Origen's failure to mention the pagan worship is quite understandable. He wished only to enhance his proof that Jesus was born in David’s city, and had he added that the pagans of the area honored Tammuz-Adonis in the cave he would have given ammunition to his adversaries. [4]
Como se verá adiante, no ano do censo local de Quirino Jesus já andaria por volta dos 25 e estranho seria se não tivesse seguido os acontecimentos de perto. Pelo contrário, João Batista deve ter sido Judas o galileu que acompanhou o fariseu sadoquista que seria Jesus. Ambos escaparam vivos, já que Josefo não refere a morte de nenhum deles o que, a ter acontecido teria dado brado! Obviamente que ambos passaram à clandestinidade e...mudaram de identidades regressando à vida activa cerca de duas décadas depois!
Se as datas canónicas estivessem certas então, João Baptista começou a pregar de novo por volta do ano 29 mas foi logo preso por questões de segurança por Arquelau que depressa o terá reconhecido.
Jesus já andaria em andanças políticas preparatórias por volta do ano 27 de forma muito mais cautelosa e discreta que só se tornou notado depois da morte de João Baptista.
NACIMENTO DE JESUS
Mariamne, foi a terceira esposa de Herodes o Grande, segundo com este nome de 25 a.C.- 4 a.C.
Mariamne II era filha do sacerdote judeu Simó Boeto. Herodes o Grande conheceu-a e, por causa da beleza dela, ela se apaixonou e se casou em 23 a.C até 5 a.C.
Existem assim duas propostas de data de casamento para Mariana II e uma única para o divórcio. Esta dilação de dois anos pode ser o tempo de noivado que terá começado a 25 a.C. ano portanto do nascimento secreto de Jesus. Como o Ano Domini supunha o ano Zero no ano 6 do Censo de Quirino todos os acontecimentos referidos a Jesus têm um adiantamento de 6 anos pelo que no ano zero Jesus teria a bonita idade de cerca de 18 anos.
Figura 2: Nascimento de Jesus de Tintoretto.
Só dois Evangelhos canónicos relatam o nascimento e parte da infância de Jesus o que demonstra que muito provavelmente estes acontecimentos eram irrelevantes para os primeiros cristãos e que por isso é mais que provável que estas perícopes natalícias terão sido acrescentados posteriormente aos evangelhos canónicos que os contêm por pressão dos crentes sujeitos à inveja competitiva do mais poderoso concorrente do cristianismo que era o Mitraísmo. Neste culto as festas do ano novo e o ritual da infância de Mitra era de primacial importância. Começavam com as celebrações do solstício do inverno a 25 de Dezembro, “dia do nascimento do deus sol” Mitra que, emergindo duma Pedra ignea; logo foi adorado por pastores como Jesus e depois naturalmente pelos reis magos da Pérsia onde o seu culto nasceu e se desenvolveu.
Figura 3: Adoração dos pastores de Andrea Mantegna.
Assim, o nome do presépio cristão pode ter tido ressonâncias com o nome da cidade persa de Persépolis, a capital cerimonial do império Aqueménida e onde se celebravam festas de ano novo e seguramente também as majestosas festas do Natal de Mitra.
Figura 4: Giorgione Adoration of the Shepherds – National Gallery of Art.
Na verdade, o termo «presépio» deriva do latim praesaepe, termo que é composto do latim prae (em frente) e saepes (sebe, recinto) e significa cercado onde as ovelhas e as cabras eram mantidas e por restrição semântica, manjedoura e depois berço natalício. No baixo latim das primeiras vulgatas evangélicas o presépio era chamado de cripta, que se tornou um greppia (berço) em italiano, krippe em alemão, crib (berço) em inglês, krubba em sueco e creche em francês. No entanto o termo popular das zonas italianas onde o mitraísmo tinha deixado fortes tradições o termo seria *persepoi que por conotação com o latino praesaepe da manjedoura dos evangelhos passou a «presépio».
Persépolis < Persépolis < Περσέ πολις, lit. "A cidade persa",
em persa antigo: Pars ó Parsha-gada > Pasárgada.
Persépolis > Presepo(l)is > *persepoi > «presépio» < Lat. praesaepe.
De facto, o termo presépio é usado na Itália e em países como a Hungria, Portugal e Catalunha que tiveram mais influência com o império romano ou com o papado romano porque curiosamente Portugal e a Hungria nunca reconheceram o papa de Avinhon.
Assim quase de certeza que o principal motivo de discordância entre os sinópticos reside na interpolação posterior de partes dos evangelhos de infância que andariam escritos mais como novelas imaginativas de clérigos pouco escrupulosos e hábeis em lendas pias, para satisfazerem a crendice popular influenciada pelo mitraísmo, e por outros cultos de morte e ressurreição solar, particularmente na palestina os de Adonis / Tamusz, do que como resultado de tradições fiáveis relativas à história da infância de Jesus.
No entanto é bem possível que Tiago o Justo, irmão de Jesus e primeiro bispo de Jerusalém fosse também um beato que se entretinha nos seus muitos tempos livres sem oração a contar as peripécias de seu irmão Jesus. Assim, poder-se-ia explicar a razão por que as novelas da infância de Jesus acabam todas por volta dos doze anos. Jesus terá saído de casa por esta altura para ingressar numa espécie de seminário essénio de onde só sairia na altura da revolta zelota do censo de Quirino, o que explicaria a confusão de Lucas. Pois bem, a verdade é que existe o “Evangelho Arménio da Infância” que se assume como “relato de Santiago, irmão do senhor”. Obviamente que o contexto romanesco e ainda mais exagerado nos efeitos retóricos de maravilhoso fantástico dos evangelhos canónicos da infância nos levam a ter quase a certeza de se tratar de uma novela bizantina não inteiramente inventada mas tecida em volta de um texto primitivo, hoje perdido, mas muito próximo do relato atribuído a S. Jerónimo conhecido como “Evangelho da Natividade de Maria” onde nada consta sobre, pastores magos e morte de inocentes.
A APRESENTAÇÃO DE JESUS NO TEMPLO
Figura 5: Circuncisão de Jesus pelo sumo-sacerdote seu avô Simão Boeto.
E é então que Lucas aparece com algum fundo de verdade:
Lucas 2: 22 E, cumprindo-se os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor 23 (segundo o que está escrito na lei do Senhor: Todo macho primogênito será consagrado ao Senhor) 24 e para darem a oferta segundo o disposto na lei do Senhor: um par de rolas ou dois pombinhos.
25 Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. 26 E fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor. 27 E, pelo Espírito, foi ao templo e, quando os pais trouxeram o menino Jesus, para com ele procederem segundo o uso da lei, 28 ele, então, o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse:
29 Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra, 30 pois já os meus olhos viram a tua salvação, 31 a qual tu preparaste perante a face de todos os povos, 32 luz para alumiar as nações e para glória de teu povo Israel.
33 José e Maria se maravilharam das coisas que dele se diziam. 34 E os abençoou e disse à Maria, sua mãe: Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel e para sinal que é contraditado 35 (e uma espada trespassará também a tua própria alma), para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.
Não sendo razoável acreditar que o Espírito Santo se tenha enganado na data e no local de nascimento e tenha inspirado a um mero homem justo para presidir à circuncisão de Jesus não nos custa admitir que tudo isto aconteceu porque assim estava planeado visto que este Simeão era nem mais nem menos que Simão Boeto, o avô materno de Jesus. Do mesmo modo, a profetisa Ana estaria nesta cena numa espécie de representação sobrenatural da sua avó materna de Jesus, Mariana I, a primeira esposa de Herodes assassinada por este já há muito.
Lucas 2: 36 E estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Esta era já avançada em idade, e tinha vivido com o marido sete anos, desde a sua virgindade, 37 e era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia. 38 E, sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a Deus e falava dele a todos os que esperavam a redenção em Jerusalém.
Devemos responder a isto que é impossível, já que se José tivesse tido filhos antes do nascimento de Jesus, de quem era o pai oficial, e especialmente filhos varões, não teria podido ir ao Templo, depois do nascimento de Jesus, a oferecer o sacrifício de substituição dos primogênitos: «Assim que se cumpriram os dias da purificação conforme à lei de Moisés, José e Maria o levaram a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: "Todo varão primogênito será consagrado ao Senhor"...» (Lucas, 2,22-24.) Pois bem, como Maria não tinha acesso à nave dos homens, a não ser só a das mulheres, o único que podia ir até a dos cohanim e oferecer o chamado sacrifício era José. E esse sacrifício só pode oferecer um homem uma vez em sua vida: ao nascimento de seu primogênito. Assim, possuímos a prova absoluta de que Jesus era o irmão maior; os outros irmãos, se os houve, seriam segundogênitos, quão mesmo suas irmãs. -- JESUS OU O SEGREDO MORTAL DOS TEMPLÁRIOS, Robert Ambelain
Três anos de surdas e secretas manobras de pura conveniência política de alto nível de estado (mesmo Herodes poderia não acreditar que seria o pai da criança) levaram à súbita substituição do velho Jesus / José no cargo de sumo-sacerdote que terá sido razão bastantes para que o deposto Jesus resolvesse fugir para o Egipto ou para a Babilónia.
It is also important to mention here a coptic tradition based on a recorded vision of Theophilus of Alexandria which has the Holy Family roaming Egypt (they even reached the monastery of Al Muharak!!) for 3½ χρόνια -which makes Jesus 5½ years old when they returned to Nazareth. For anyone accepting this tradition, the Jesus chronology is pushed back to 10 B.C and his age during the term of Pilate would have been 36-46.
Subtilmente Herodes (e em devido tempo) terá vindo a saber desta história inacreditável e, pensado que deste filho não teria grande mal a esperar enquanto estivesse à guarda dos essénios, nada tentou contra ele apesar da maledicência da lenda da matança dos inocentes apenas contada por Mateus entre os canónicos.
Assim, o nome de Jesus seria mesmo também Menahem e daí a estranha referência dos canónicos ao nome que ele nunca mais usou, Emanuel.
Mateus, 1: 21 E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. 22 Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: 23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL. (Isaiah 7:14 Septuagint Emmanouel; A.V., Immanuel, traduzido é: Deus connosco). 24 E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher, 25 e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogénito; e pôs-lhe o nome de JESUS.
Emmanou-el ó 'Imman'u-el,'
= u-El-| Emmanu > Menau-´em > Menahem.
"Emanuel's birth was one of several omens (including a man giving milk!) that Isayah had allegedly show King Ahaz as evidence that Yahweh would aid him against the kings of Syria and Israel (Isaiah 7). Emanuel, in fact, appears to have been Isaiah's son (Isaiah 7:13, 8:3-8), and certainly Isaiah made clear that his 'prophecy' of Emanuel's birth had been fulfilled at the time of writing [late eighth century B.C.E.]." -- William Harwood, Mythologies Last Gods: Yahweh and Jesus.
Assim sendo, ou parte da história sagrada se refere mesmo a Menahem o essénio que teve a mesma sorte de Jesus às mãos dos romanos ou foi o verdadeiro pai adoptivo desta criança clandestina filha de Mariana II e de Herodes.
Os espiões partos terão ouvido falar deste misterioso assunto de alta intriga política e os esbirros de Herodes terão cruzado informações que terão chegado aos ouvidos do rei o qual nunca veio a saber qual, das suas muitas amantes de ocasião, teria dado à luz num dia de passagem dum cometa, por mais que tivesse vasculhado a casa de mulheres grávidas já suas conhecidas abaixo dos dois anos! Algumas alcoviteiras terão especulado que teria sido com medo dos humores paranóicos de Herodes que tudo isto aconteceu e assim nasceu o mito da fuga a que depois se acrescentou o mito da “matança dos inocentes” por cruzamento doutras lendas relativas à vida familiar de Herodes. Mas é duvidoso que numa situação destas este Jesus / José tivesses levado consigo a criança a quem se terá limitado a dar o nome.
Se alguém fugiu para a babilónia seria algum Jesus / José, sacerdote e colega de Simeão Boétos, fosse porque pretendesse a mão de Mariana II fosse para não denunciar o rebento nascido do primeiro encontro ardoroso de Herodes com Mariana II. Os três anos que demoraram a preparar o pomposo casamento que Herodes lhe quis dar deram pano para mangas para muita manobra de bastidor, muita intriga palaciana e muita lenda!
MATANÇA DOS INOCENTES
Figura 6: The Massacre of the Innocents Peter Paul Rubens (1577–1640) (after) St John's College, University of Cambridge.
Mariamne tuvo tres hijos y dos hijas con Herodes. Uno de los varones falleció cuando estudiaba en Roma y los otros dos, Alejandro y Aristóbulo, fueron ejecutados por orden de Herodes, en el 7 adC, acusados de conspiración.
"According to Julius Marathus, a public portent warned the Roman people some months before Augustus' birth that Nature was making ready to provide them with a king; and this caused the Senate such consternation that they issued a decree which forbade the rearing of any male child for a whole year." - Suetonius, The Deified Augustus, 94.
A história da matança dos inocentes, além de não ter qualquer suporte histórico, por ser uma lenda recorrente relacionada com o nascimento de outros heróis míticos e fundadores de outras histórias e lugares, estará muito mal contada! O lado negro da história terá ocorrido por interferência retórica com o que corria a respeito do que deve ter acontecido na sequência do julgamento dos próprios filhos e parentes de Herodes que não deixou de perseguir os que ele temia roubarem-lhe o trono, até à morte.
6. Um certo Trifom, que era barbeiro de Herodes, veio contar em seguida que Tirom lhe havia pedido várias vezes para que cortasse a garganta do rei com a navalha quando lhe fizesse a barba, garantindo que ele seria muito bem recompensado e que poderia esperar, depois disso, qualquer favor da parte de Alexandre. Herodes imediatamente ordenou que prendessem o barbeiro e o mandou torturar, bem como a Tirom e seu filho, o qual, vendo o pai padecer os tormentos sem nada confessar e percebendo que a crueldade do rei não dava esperança alguma de que os aliviassem para ele também, disse que declararia toda a verdade contanto que os deixassem de torturar. Herodes prometeu que o faria, e ele contou que o pai, tendo obtido a liberdade de falar a sós com o rei, havia resolvido matá-lo e se expor a todas as consequências, tal o seu afeto por Alexandre. Essa declaração livrou Tirom dos tormentos, mas não se sabe se era essa a verdade ou se o filho falara daquele modo apenas para poupar o pai e a si mesmo de tantas dores.
720. Herodes baniu então de seu espírito qualquer compaixão que lhe viesse impedir de ordenar a morte dos dois filhos. E, não querendo dar lugar ao arrependimento, apressou-se em realizar a execução. Mandou então apresentar em público os trezentos oficiais do exército cujos nomes haviam sido citados, bem como a Tirom, o filho deste e o barbeiro, e os acusou diante do povo, que se lançou imediatamente sobre eles e os matou. Quanto a Alexandre e Aristóbulo, o impiedoso pai os enviou a Sebaste, onde, por sua ordem, foram estrangulados. Os corpos foram levados a Alexandriom, ao túmulo de seu avô materno, onde vários de seus antepassados estavam sepultados.
721. Não é de admirar, talvez, que um ódio alimentado por tanto tempo tenha crescido até esse ponto, conseguindo afogar no espírito de Herodes todos os sentimentos da natureza. Pode-se duvidar, todavia, e com razão, se foi justa a condenação desses dois príncipes, os quais, tendo continuamente irritado o pai, obrigaram-nos por fim a considerá-los mortais inimigos, ou se não deveríamos atribuí-la à dureza de Herodes e à sua violenta paixão pelo poder, pois ele, quando se tratava de conservar a sua absoluta autoridade, não tolerava a mínima resistência e se achava no direito de não poupar ninguém. Talvez se possa ainda atribuí-la à sorte, que é mais poderosa que todos os sentimentos humanos e pode levar os homens a tais resoluções.
(…) O que aumenta a sua culpa é o fato de que ele estava já numa idade em que jamais poderia alegar pouca experiência para deixar ir tão longe uma questão. Sua falta teria sido menor se a surpresa de um atentado contra a sua vida o tivesse impelido imediatamente cometer aquela ação, ainda que tão cruel. Porém, agir depois de tão grande demora e após tantas deliberações é indício de uma alma sanguinária e endurecida pelo mal, como o provaram os fatos seguintes, pois ele não perdoou nem mesmo aqueles a quem antes demonstrara amar sinceramente, embora pouco se tenha a lamentar por causa deles, porque eram culpados. Mas nisso se vê também a grande crueldade de Herodes. -- Flávio Josefo, HISTÓRIA dos HEBREUS de Abraão à queda de Jerusalém. Traduzido por Vicente Pe roso.
Quando ele [imperador Augusto ] ouviu que entre os meninos da Síria com menos de dois anos de idade que Herodes, o rei dos judeus, tinha mandado matar, seu filho também havia sido morto, ele disse: “é melhor ser o porco de Herodes do que seu filho”.— Saturnália, Macróbio.
Por altura de Macróbio já os romanos estariam cheios de ouvir falar das lendas cristãs que começavam a confundir com a realidade pois o que augusto disse foi apenas: “era melhor ser um porco (hus) de Herodes, do que seu filho (huius)”, porque os judeus não pondo comer carne de porco...nem o sacrificavam.
Josefo revela neste texto o seu espírito opinativo, tão crítico quão imparcial, em relação a tudo o que não era da sua simpatia pessoal. Seguramente Josefo participou na guerra da Judeia precisamente por se ter convertido ao ramo dos fariseus mas era por origem da casta sacerdotal, ou seja, um saduceu. Por outro lado, Herodes destronou os reis da dinastia hasmonea, que tinham governado Israel mais de um século. Essa dinastia tinha contado com o apoio dos saduceus e, por isso, Herodes era mal visto por estes.
Figura 7: Matança dos inocentes de Cornelis van Haarlem[5].
O impacto social causado pelo horror da forma como Herodes se livrou das conspirações familiares levaram César Augusto, de volta a Roma, a desabafar: "eu preferia ser um porco (hus) de Herodes do que seu filho (huios)", trocadilho de palavras e de conceitos porque o porco era um animal impuro e intocável para os judeus.
Por outro lado, os autores cristãos dos evangelhos da infância terão lido o apócrifo “a Assunção ou Testamento de Moisés” que refere:
6 Então serão levantados aos reis que suportam a regra, e eles se chamarão sacerdotes do Deus Altíssimo: e cometerão iniquidade no santo dos santos. E um rei insolente os sucederá, um que não será da raça dos sacerdotes, um tipo de homem ousado e desavergonhado, e ele os julgará como merecem. E ele cortará seus homens principais com a espada, e os destruirá em lugares secretos, de forma que ninguém pode saber onde seus corpos estão. Ele matará o velho e o jovem, e ele não se poupará. Então o temor de sua presença lhes será amargo em sua própria terra. E ele executará julgamentos sobre eles como os egípcios já havia executado, durante trinta e quatro anos, e ele os castigará. E produzirá filhos, (que) o sucedendo regerão por períodos mais curtos. A suas coortes um rei poderoso do oeste virá, e os conquistará: e ele os levará cativos, e queimará uma parte do seu templo com fogo, (e) crucificará alguns ao redor da sua colónia.
Voltando à historieta da matança dos inocentes, que seria apenas uma reminiscência vaga da morte dos próprios filhos de Herodes, podemos ter quase a certeza de que o anjo era um mensageiro essénio bem informado dos hábitos familiares de Herodes! O termo “matar” aparece apenas duas vezes e é o suficiente para subverter a história toda! Se em vez de matar se supuser que Herodes quis apenas conhecer o recém-nascido, verifica-se que a história passa a ter mais sentido.
Mateus, 2: A matança dos inocentes. 16 Então, Herodes, vendo que tinha sido iludido pelos magos,
irritou-se muito e mandou matar (saber de) todos os meninos que havia em
Belém e em todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo
que diligentemente inquirira dos magos. Então se cumpriu o que foi dito pelo
profeta Jeremias: “Ouviu-se um clamor em
Ramá, Choro e grande lamento; Era Raquel chorando a seus filhos, E não querendo
ser consolada, porque eles já não existem”.
Porém, a profecia de Jeremias falava de deportação para a Babilónia: «Assim diz Yavé: em Rama se ouviu uma voz, lamento e pranto amargo; Raquel chora a seus filhos, não quer consolar-se, porque já não estão. Mas, assim fala Yavé: aparta sua voz do pranto, aparta as lágrimas de seus olhos, porque haverá uma recompensa para suas penas. Eles voltarão do país inimigo! Há uma esperança para seu futuro. Seus filhos retornarão a seus limites. (Jeremias, 31, 15-17.)
E quando Herodes soube que ele havia sido gozado pelos Magos, em fúria ele enviou assassinos, dizendo-lhes: Matem as crianças de até dois anos de idade. E Maria, tendo ouvido que as crianças estavam sendo mortas, ficou com medo, tomou o menino e o enfaixou, escondendo-o num curral. E Isabel, tendo ouvido que eles estavam procurando por João, tomou-o e o levou para as colinas, procurando um lugar para escondê-lo. E não encontrava nenhum. E Isabel, reclamando em voz alta, disse: “Ó montanha de Deus, receba mãe e filho”. E imediatamente, a montanha se abriu e a recebeu. E uma luz brilhou sobre eles, pois um anjo do Senhor estava com eles, vigiando-os ” — Protoevangelho de Tiago.
Lucas não refere nada sobre uma história que a ter acontecido alguma referência teria deixado, pelo impacto melodramático que teria no papel missionário que os evangelhos tinham.
Do mesmo modo, também o relato suposto, na pessoa de Jesus, “A História de José Carpinteiro”, nada refere.
3 E Maria, minha mãe, trouxe-me ao mundo quando retomava de Belém, perto do túmulo de Raquel, a mulher do patriarca Jacó, a mãe de José e Benjamim.
Capítulo 8
1 "Satanás deu um conselho a Herodes o Grande, pai de Arquelau, aquele que fez decapitar meu querido parente João.
2 E assim ele me procurou para tirar-me a vida, porque pensava que meu reino era deste mundo.
3 Meu Pai manifestou isto a José numa visão, e este pos-se imediatamente em fuga levado consigo a mim e à minha mãe, em cujos braços eu ia deitado. Salomé também nos acompanhava.
Figura 8: Gentile da Fabriano – Adorazione dei Magi.
Os Três Reis Magos (em grego: μάγοι, transl. magoi) da tradição cristã, são personagens que teriam visitado Jesus logo após o seu nascimento, trazendo-lhe presentes. Foram mencionados apenas no Evangelho segundo Mateus.
Mateus 2: 1 Depois que Jesus nasceu em Belém da Judéia, nos dias do rei Herodes, magos vindos do Oriente chegaram a Jerusalém 2 e perguntaram:
"Onde está o recém-nascido rei dos judeus? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo".
3 Quando o rei Herodes ouviu isso, ficou perturbado, e com ele toda a Jerusalém. 4 Tendo reunido todos os chefes dos sacerdotes do povo e os mestres da lei, perguntou-lhes onde deveria nascer o Cristo. 5 E eles responderam:
"Em Belém da Judéia; pois assim escreveu o profeta: 6 ‘Mas tu, Belém, da terra de Judá, de forma alguma és a menor entre as principais cidades de Judá; pois de ti virá o líder que, como pastor, conduzirá Israel, o meu povo’ ".
7 Então Herodes chamou os magos secretamente e informou-se com eles a respeito do tempo exato em que a estrela tinha aparecido. 8 Enviou-os a Belém e disse:
"Vão informar-se com exatidão sobre o menino. Logo que o encontrarem, avisem-me, para que eu também vá adorá-lo".
9 Depois de ouvirem o rei, eles seguiram o seu caminho, e a estrela que tinham visto no Oriente foi adiante deles, até que finalmente parou sobre o lugar onde estava o menino. 10 Quando tornaram a ver a estrela, encheram-se de júbilo. 11 Ao entrarem na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram. Então abriram os seus tesouros e lhe deram presentes: ouro, incenso e mirra.
12 E, tendo sido advertidos em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram a sua terra por outro caminho.
Em boa verdade, não parece ter acontecido nada deste género no reinado de Herodes o Grande a menos que neste caso se esteja a referir ao séquito do sumo-sacerdote Ananel que Herodes mandou vir da Babilónia por temer a sombra dos asmodeus.
O temor de que uma pessoa de origem ilustre fosse constituída no sumo sacerdócio levou Herodes a mandar vir da Babilónia um sacerdote chamado Ananel, oriundo de uma das mais obscuras famílias, e investiu-o nesse cargo. Alexandra, mãe de Hircano e viúva de Alexandre, filho do rei Aristóbulo, de quem ela tivera um filho de nome Aristóbulo, como o avô, e uma filha de nome Mariana, mulher de Herodes, ficou muito sentida com a injustiça que este fez ao filho, preterindo-o para honrar com tão excelsa dignidade um homem de nenhum mérito. (…)
634. Logo depois, o rei Herodes tirou o sumo sacerdócio de Ananel, o qual, embora fosse da família dos sacerdotes, passava por estrangeiro porque era da raça dos judeus que moravam em grande número além do Eufrates. Herodes honrara-o com aquela dignidade logo que subira ao trono, mas apenas porque era um grande amigo. E tirou-a somente porque julgou necessário, para acalmar as divergências em família, pois aquele cargo era concedido não por algum tempo, mas para sempre, e não se podia tirá-lo de alguém sem cometer uma injustiça.
636. Esse príncipe, que então contava dezessete anos, revestido com os ornamentos de sumo sacerdote, subiu ao altar para oferecer a Deus os sacrifícios ordenados na Lei. A sua extraordinária beleza e a figura esbelta, que sobrepujava em muito os de sua idade, fizeram brilhar de tal modo em sua pessoa a majestade de sua descendência que ele atraiu sobre si os olhos e o afeto de toda aquela grande multidão. Esse fato renovou no espírito do povo a lembrança dos grandes feitos de Aristobulo, seu avô. O povo não pôde esconder a sua alegria, e as aclamações e votos ao jovem príncipe foram manifestados com excessiva liberdade, não recomendável sob o reinado de um soberano tão invejoso e cioso de sua autoridade como Herodes.
(…) Herodes fez com que Aristobulo fosse banhar-se com eles, e então aqueles que ele havia levado para esse fim atiraram-se também à água e, como brincadeira, fizeram Aristobulo mergulhar, mas não o deixaram emergir, até que ele morreu afogado. Esse foi o triste fim de Aristobulo, que contava apenas dezoito anos e somente por um ano exercera o sumo sacerdócio. Herodes logo o restituiu a Ananel.
(…) A verdade, porém, é que ele julgava que a sua segurança dependia daquela morte. No entanto não podia deixar de se comover pela morte de um príncipe de tão rara beleza, tirado do mundo na flor da idade. Fosse como fosse, ele fazia todo o possível para dar a entender que não era culpado daquele crime, e não poupou despesas para lhe organizar um magnífico funeral.
(…) 659. Por fim, o soberano, com grande dificuldade, restabeleceu-se de sua doença. Mas as forças refeitas do corpo e do espírito tornaram-no tão colérico e tão violento que não havia crueldade a que não fosse levado, pelo menor motivo. Não poupou nem mesmo os seus mais íntimos amigos: mandou matar Costobaro, Lisímaco, Gadias, cognominado Antípatro, e Doziteu, (...). – Flávio Josefo, Antiguidades.
Figura 9: Fuga para o Egito. Gentile da Fabriano.
Quanto à fuga para o Egipto ela terá acontecido porque quem adoptou a criança era do grupo sadoquista de Onias que tinha templo no Egipto e terá ocorrido durante os 3 anos de prazo que Herodes tinha dado a Miriam II.
De resto, quem inventou essa história em contraponto com mitos de hindus de Crisna, ou a virou do avesso
ou estaria apenas a levantar poeira para desviar as atenções duma verdade muito mais estranha e incómoda!
No entanto, afinal, sendo Herodes um idumeu forçado pela dinastia hasmoneia a converter-se ao judaísmo, talvez tenha secretamente aderido ao partido dos essénios com os quais se dava bem, sendo mesmo amigo de Manaém. Muito possivelmente Herodes, que no geral era um extremoso pai de família de prol numerosa que acabava por matar apenas na maioridade, quereria saber apenas onde iria nascer o filho da jovem Miriam para o entregar aos cuidados dos essénios! Dir-se-á que Herodes deveria saber de Miriam se esta tivesse alguma coisa a ver com ele. Obviamente que nem a pobre rapariga saberia pois Herodes ter-lhe-á dito que só voltaria a aparecer-lhe daí a três anos ou seja, quando a criança tivesse três anos!
Salomé era filha de Herodes o Grande (Herodes I) e da sua esposa Elpis. Esta não deverá ser confundida com Salomé cuja a mãe era Herodias, e que fez um papel na morte de João Batista.
Pois, não deveria mas se calhar até poderia ser. Com as incertezas que existem sobre estes tempos quem deve ou não deve confundir o quê?
Or le roi, également furieux contre les innocents et les coupables, les enferma tous ensemble dans l’hippodrome et, [175] ayant mandé sa sœur Salomé et Alexas, mari de celle-ci, leur dit qu’il allait bientôt mourir puisqu’il était parvenu à ce comble de souffrances -- Antiquites Judaïques, livre 17.
Restaria saber a quem os essénios entregaram o cuidado desta criança que haveria de ser o rei do mundo! Nos primeiros meses pode ter havido uma família recentemente grávida também de quem Jesus pudesse ser irmão colaço e há de facto lendas que fazem de Tiago irmão gémeo de Jesus. Talvez uma família adoptiva de essénios do Egipto, de nomes vulgares como Maria e José, que terão trazido de volta a criança ainda em vida de Herodes o grande pois quem terá ficado com a responsabilidade de educar e criar esta preciosa criança terá sido, como já ficou dito, Manaém.
Assim, Manaém pode ter sido Alfeu, de nome grego dado por Herodes, possivelmente por vestir de branco como todos os essénios.
Capítulo 6, Herodes descobre a conspiração feita por Antípatro, seu filho, para envenená-lo:
731. (...) Acusaram também uma das mulheres do rei, filha do sumo sacerdote, de ter tomado parte nesta conspiração, mas ela nada confessou. Herodes repudiou-a, riscou do seu testamento a Herodes, o filho que dela tivera e que tinha citado como seu sucessor ao trono, no caso de Antípatro morrer antes dele, tirou o sumo sacerdócio de Simão, seu pai e seu sogro e o confiou a Matias, filho de Teófílon. História dos Judeus de Flábio Josefo Livro XVII.
Mariamne II foi implicada na trama de Antipater contra Herodes seu marido em 4 A.C e Herodes divorciou-se dela e retirou o sogro Simão Boeto do cargo de sumo sacerdote. Assim, uma vez divorciada volta a casa do pai Simão Beto, possivelmente Simão o Leproso e por isso avô de Jesus.
Assim, Miriam II, que em vez de enviuvar foi repudiada muito cedo e livre do suspeitoso e irascível marido, recebeu o jovem filho, já casadoiro, nas bodas de Cana, mas sem qualquer direito sucessório. Se casou ou não com Manaém / Alfeu não o sabemos mas que teve filhos de Herodes é seguro. Assim a virgindade perpétua de Maria pode ter resultado também do facto de ela não ser efectivamente mãe dos irmãos de Jesus, que seriam apenas irmãos adoptivos da família de Manaém / Alfeu. Por sua vez, S. José que era o velho sacerdote fugido para a Babilónia terá ficado entre os judeus como responsável legal da paternidade putativa de Jesus pelo que terá aparecido mais tarde como José de Arimateia.
Lucas 2: 39 E, quando acabaram de cumprir tudo segundo a lei do Senhor, voltaram à Galiléia, para a sua cidade de Nazaré. 40 E o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.
A interpolação do nome da cidade da Nazaré poderá ter ocorrido cedo entre os gentios para justificar o estranho nome dos cristãos que até serem chamados como tal pela primeira vez em Éfeso, eram apenas nazorenos. Lucas já não volta a referir o nome do pai de Jesus.
Sin embargo, la presencia de Menahem, de la línea davídica, entre dos miembros de la línea herodiana, refuerza la tesis de Daniel Massé, según la cual la quinta esposa de Herodes el Grande, Cleopatra de Jerusalén, era viuda de un «hijo de David», y pariente de María, la madre de Jesús.
A INFANCIA DE JESUS
A infância de Jesus como a de todos os filhos ilegítimos terá sido turbulenta e difícil.
Figura 10: A visão mítica de santinho popular da infância de Jesus.
O Evangelho Árabe Da Infância. XLI 1. Quando chegou o mês de Adar, Jesus reuniu as crianças ao seu redor e disse: Dá-nos um rei. E ele coloco-os na estrada grande. E eles espalharam as suas roupas no chão, e Jesus se sentou neles. E eles teceram uma coroa de flores e colocaram na cabeça dele, como um diadema. E eles foram colocados ao lado dele, formados em dois grupos, à direita e à esquerda, como camareiros que permanecem em ambos os lados do monarca.
2. E a quem passava pelo caminho, as crianças os atraíram à força e lhe diziam: Prostrem-se diante do rei, vejam o que ele deseja e depois prossigam. (…). 5. Logo depois, um homem veio de Jerusalém. E as crianças foram até ele e o prenderam, dizendo: Vem cumprimentar o nosso rei.
E terá sido na sequência deste episódio que aconteceu o seguinte:
Evangelho Arménio da Infância. "Yeshua diz: Eu sei como fazer um remédio que dê morte e vida. Posso curar males com uma simples palavra que aprendi com meu pai. E eles disseram: Parece que você é filho de um juiz ou nobre e descendente de um rei. Yeshua Disse: vós o dissestes: Eles dizem: que Javé o ajuda a obter a herança de seu pai.
Yeshua tinha cinco anos.
E Yosef era carpinteiro (em grego, tekton: construtor ou carpinteiro para montar, talvez ele trabalhasse no palácio de Séforis para Herodes Antipas) e fazia carroças e cangas para bois. E um homem rico disse a Yosef: Mestre, faça de mim uma cama ótima e bonita. E Yosef ficou angustiado, porque um dos troncos que ele usaria era mais curto que o outro. Porque Yosef não era habilidoso no comércio de carpinteiros. Mas Yeshua disse-lhe: Não sofra. Pegue a tábua de um lado, eu pego do outro, e vamos esticar. E quando Yosef o viu, ele o abraçou, dizendo: Bendito seja Jeová, que me deu um filho assim.
E, quando veio a semeadura, Yosef foi semear, e Yeshua foi com ele. E quando Yosef começou a semear, Yeshua pegou um punhado de trigo e o espalhou no chão.
Um professor ensinou seus discípulos. E eis que uma dúzia de passarinhos desceu sobre onde estavam os discípulos com o mestre. E Yeshua, observando isso, levantou-se e riu. E, vendo-o rir, o professor ficou com raiva. E ele o agarrou pela orelha e perguntou: O que você viu que fez você rir? E Yeshua respondeu: Mestre, aqui está minha mão cheia de trigo. Eu o mostrei àqueles pássaros, e eles se apressaram em vir buscá-lo. E Yeshua estava lá até que os pássaros dividissem o trigo. Mas o professor o expulsou de lá.
E quando chegou a hora da colheita, Yosef foi recolher. E Yeshua juntou as espigas do trigo que semeara, as colocou no fogo, as assou e as comeu.
E Yeshua tinha seis anos. E sua mãe o mandou buscar água. E quando Yeshua chegou à fonte, havia uma grande multidão, e seu jarro quebrou. E nas roupas que vestia, ela coletou água e a trouxe para Miryam, sua mãe. (…)
Uma grande chuva caiu no chão. E Yeshua estava tocando ao lado de uma cisterna. E, tirando a lama daquele poço, ele a modelou e a transformou em uma dúzia de passarinhos. E Yosef veio ao menino Yeshua e disse-lhe: Por que você fez o que não é permitido que seja feito no dia de sábado? Mas Yeshua, abrindo as mãos, disse aos pássaros: Levante-se e voe.
E Yeshua sentou-se
perto das fontes. E, juntando poeira, ele a jogou na água. E, quando as
crianças foram beber, viram a água corrompida e choraram. E Yeshua pegou uma
jarra, encheu com água e derramou sobre eles.
E um menino, filho de Anás, o escriba, pegou um ramo de oliveira e destruiu a
fonte que Yeshua havia feito. E quando Yeshua o viu, ficou zangado e disse:
Maldito, o que essas fontes fizeram com você? E o menino machucou Yeshua no
lado. Mas Yeshua disse-lhe: Maldito, você não terminará o caminho que começou a
percorrer. E o menino caiu no poço e morreu. E os pais dela trouxeram o corpo
dela.
E quem o viu exclamou: De onde é essa criança? E eles ficaram com raiva de
Yosef. E eles disseram-lhe: Não é conveniente que uma criança assim esteja
entre nós. Tire-o daqui.
E quando Yosef viu o que Yeshua havia feito, ficou furioso e o agarrou pela orelha. E Yeshua ficou zangado e disse a Yosef: Basta que você me olhe, mas não me toque. Você não sabe quem eu sou. E se você soubesse, não iria me chatear. Se você não fosse meu pai segundo a carne, eu não precisaria ensinar o que você acabou de fazer. E Yosef disse-lhe: Por que você me amaldiçoa? Eis que os habitantes desta cidade nos odeiam. Mas Yeshua disse: Eu não sou afetado por esses discursos. E vou calar a boca para você, mais do que eles vêem o que fazem.
E Yeshua fez oito anos.
E o povo pediu a Yosef
e Miryam que enviassem Yeshua para aprender cartas na escola. Miryam disse:
Poderíamos dedicá-lo à profissão de escriba, para que esteja sob um professor e
para que vivamos em paz. E Yosef concordou.
E um homem chamado Zaqueu disse: Eu o instruirei, para que ele não permaneça
ignorante. E Yosef respondeu: Ninguém pode ensiná-lo. Você acha que essa
criança é como as outras?
E quando Yeshua chegou à casa do médico, ele encontrou um livro em um canto e,
pegando-o, ele o abriu. Mas ele não leu o que estava escrito nele, mas abriu a
boca e ensinou a Lei. E todos os participantes ouviram atentamente, e o
professor pediu que ele ensinasse mais extensivamente. E muitas pessoas se
reuniram para ouvir os discursos que saíram da boca.
E Yeshua disse: Eu sei compor um remédio, que dá morte e vida. Posso curar
doenças com uma simples palavra que aprendi com meu pai. Meu pai tem o poder de
fazer tudo isso. E eles lhe disseram: Parece que você é filho de um juiz ou
nobre e descendente de um rei. Yeshua respondeu: Você disse isso. E eles lhe
disseram: O Senhor te ajuda a obter a herança de seu pai. Mas Yosef, sabendo
disso, estava assustado.
Evangelio armenio de la infancia. "Yeshua dice: Conozco como hacer un remedio que da la muerte y la vida. Puedo curar los males con una simple palabra que he aprendido de mi padre. Y decían: Parece que eres hijo de juez o noble y descendiente de un rey. Yeshua dice: Tu lo has dicho. Dicen: Yahveh te ayude a obtener la herencia de tu padre".
Yeshua tenía cinco años.
Y Yosef era carpintero (en griego, tekton: constructor, o carpintero de armar, quizá trabajaba en el palacio de Séforis para Herodes Antipas84), y hacía carretas y yugos para los bueyes. Y un rico dijo a Yosef: Maestro, hazme un lecho grande y hermoso. Y Yosef estaba afligido, porque uno de los maderos que iba a emplear era más corto que el otro. Porque Yosef no era hábil en el oficio de carpintero. Mas le dijo Yeshua: No te aflijas. Toma el madero de un lado, yo lo tomaré del otro, y tiremos. Y, al verlo Yosef, lo abrazó, diciendo: Bendito sea Jehova, que me ha dado tal hijo.
Y, al advenir la sementera, Yosef fue a sembrar, y Yeshua iba con él. Y cuando empezó a sembrar Yosef, Yeshua tomó un puñado de trigo, y lo esparció por el suelo.
Un maestro enseñaba a sus discípulos. Y he aquí que una docena de pajarillos descendieron sobre donde estaban los discípulos con el maestro. Y Yeshua, al observar esto, se paró, y se puso a reír. Y, viéndolo reír, el maestro se encolerizó. Y lo agarró de una oreja, y le preguntó: ¿Qué has visto que te haya hecho reír? Y Yeshua le contestó: Maestro, he aquí mi mano llena de trigo. Yo lo he mostrado a esos pájaros, y ellos se han apresurado a venir por él. Y Yeshua estuvo allí hasta que los pájaros se repartieron el trigo. Mas el maestro lo echó de allí.
Y llegado el tiempo de la siega, Yosef fue a recolectar. Y Yeshua recogió las espigas del trigo que había sembrado, las puso al fuego, y las asó, y las comió.
Y tenía Yeshua seis años. Y su madre lo envió a buscar agua. Y como llegase Yeshua a la fuente, había mucha multitud, y se rompió su cántaro. Y en la ropa que vestía, recogió agua y la llevó a Miryam, su madre. (…)
Una gran lluvia cayó sobre la tierra. Y Yeshua andaba jugando junto a una cisterna. Y, tomando el barro de aquel pozo, lo modeló, y le dio forma de una docena de pajaritos. Y Yosef vino al niño Yeshua, y le dijo: ¿Por qué has hecho lo que no está permitido hacer en día de sábado? Mas Yeshua, abriendo las manos, dijo a los pájaros: Levantaos y volad.
Y Yeshua se sentó cerca de las fuentes. Y, recogiendo polvo, lo arrojó al agua. Y, cuando los niños fueron a beber vieron el agua corrompida, y lloraban. Y Yeshua tomó un cántaro, lo llenó de agua y la echó sobre ellos.
Y un niño, hijo de Anás el escriba, tomó un ramo de oliva, y destruyó la fuente que había hecho Yeshua. Y, cuando Yeshua lo vio, se enojó, y dijo: Maldito, ¿qué te habían hecho estas fuentes? Y el niño lastimó a Yeshua en un costado. Mas Yeshua le dijo: Maldito, no acabarás el camino que has comenzado a recorrer. Y el niño cayó al pozo, y murió. Y sus padres llevaron su cuerpo.
Y los que lo vieron, exclamaron: ¿De dónde es este niño? Y se enojaron con Yosef. Y le decían: No conviene que semejante niño esté entre nosotros. Aléjalo de aquí.
Y viendo Yosef lo que había hecho Yeshua, se enfureció, y le agarró de una oreja. Y Yeshua se enojó, y dijo a Yosef: Bástete mirarme, mas no me toques. Tú no sabes quién soy. Y si lo supieras, no me contrariarías. Si no fueses mi padre según la carne, no haría falta que te enseñase lo que acabas de hacer. Y Yosef le dijo: ¿Por qué maldices? He aquí que los habitantes de esta ciudad nos odian. Mas Yeshua dijo: A mí no me afectan esos discursos. Y me callaré por ti, mas que ellos vean lo que hacen.
Y Yeshua cumplió la edad de ocho años.
Y pidió el pueblo a Yosef y Miryam que enviasen a Yeshua a aprender las letras a la escuela. Miryam dijo: Podríamos dedicarlo a la profesión de escriba, para que quede bajo un maestro, y para que nosotros vivamos en paz. Y Yosef estaba de acuerdo.
Y un hombre llamado Zaqueo dijo: yo lo instruiré, para que no permanezca en la ignorancia. Y Yosef contestó: Nadie puede enseñarle. ¿Crees que este niño es como los demás?
Y llegado Yeshua a la morada del doctor, encontró un libro en un rincón, y tomándolo, lo abrió. Más no leía lo que estaba escrito en él, sino que abría la boca y enseñaba la Ley. Y todos los asistentes lo escuchaban atentos, y el maestro le pidió que enseñase con más extensión. Y mucha gente se reunió para escuchar los discursos que salían de su boca.
Y Yeshua decía: Conozco cómo componer un remedio, que da la muerte y la vida. Puedo curar los males con una simple palabra que he aprendido de mi padre. Mi padre posee el poder de hacer todo eso. Y le decían: Parece que eres hijo de juez o noble y descendiente de un rey. Yeshua contestaba: Tú lo has dicho. Y le decían: Yahveh te ayude a obtener la herencia de tu padre. Mas Yosef, sabiendo esto, estaba espantado.
Y el maestro le dijo: Hermano, yo he recibido a tu hijo para instruirlo. Pero he aquí que él está lleno de sabiduría. Llévatelo a tu casa. Y Yeshua dijo: Has dicho verdad. Todas las palabras que salen de mi boca son verdaderas. Y yo he sido antes que todos los hombres, y la gloria de los siglos me ha sido dada, mas nada se os ha dado a vosotros. Y entonces el niño, recogiéndose en sí mismo, se gozó, y dijo: Os he hablado en parábola, porque sé que sois débiles e ignorantes. Y Yosef lo llevó a casa.
Y un tintorero dijo a Yosef: Puedes confiarme a tu hijo para que aprenda el oficio de tintorero. Yosef dijo: Toma al niño. Y preguntóle: ¿Qué edad tiene? Yosef dijo: Nueve años y dos meses. Y, habiendo entrado en el taller, tomó Yeshua todos aquellos trajes, y los echó en una tina de índigo. Cuando el tintorero volvió, se puso a gritar, y agarrando a Yeshua, le dijo: ¿Qué me has hecho? Cada uno desea un color a su gusto, y tú has venido a estropear la obra.
[Evangelio de los Egipcios] Yeshua pasó junto a una alfarería, donde muchos obreros fabricaban ollas y pucheros. Y le dijeron: ¿Quién eres tú, niño? Pareces un niño noble y debes tener padres ilustres. Déjanos trabajar. Y Yeshua repuso: No haré nada. Y estuvo ayudándoles. Y cuando fue la hora de marchar, Yeshua quedó escondido en la alfarería, y cuando los obreros se hubieron alejado destrozó todo el trabajo que había de cuatro a cinco días a entonces. Y a la mañana siguiente el dueño de la alfarería vio que no quedaba nada entero. Y dijo: Pienso que el niño que nos ayudó debe haber causado este desastre. Y fueron a decírselo a Yosef.
Y tenía Yeshua cerca de doce años. Y subiendo un día Yeshua con unos niños a la azotea de una casa, se puso a jugar con ellos. Y uno cayó al patio. Y todos los niños huyeron, mas Yeshua se quedó. Y, habiendo llegado los padres del niño, decían a Yeshua: Tú eres quien lo has tirado. Y lo amenazaban. Y Yeshua, saliendo de la casa, se puso en pie ante el niño caído, y le dijo: Shim’on, Shim’on, levántate y di si yo te he hecho caer.
Y su madre se entregó a un gran dolor. Y Yeshua llegóse al cadáver del niño, y se inclinó sobre él, y sopló sobre su pecho. Y le dijo: Niño, yo te ordeno no morir. Y dijo a la madre: Toma a tu hijo, y dale de mamar, y acuérdate de mí.
Y un niño partía madera, y se hirió un pie. Y, sobreviniendo allí mucha gente, Yeshua se acercó también al niño, y le curó el pie. Y díjole Yeshua: Levántate, y parte tu leña, y acuérdate de mí.
Y un día Yosef envió a Ya’aqov85 a recoger paja. Yeshua siguió a su hermano. Y una víbora mordió a Ya’aqov, y cayó al suelo. Y Yeshua puso sus labios sobre la herida, y Ya’aqov quedó curado. -- Diatessaron de Shim’on.
Sobre os relatos da infância existe um texto muito comedido chamado Evangelho Pseudo-Tomé, mas que poderia ser parte da versão original perdida do Evangelho da Infância de Tiago. É duvidoso que Tiago tenha presenciado os factos ocorridos com Jesus, durante a fuga para o Egipto porque estes três anos a de passagem pelo Egipto que a tradição relata terão ocorrido clandestinamente muito antes da morte de Herodes até que Mariana II se casou com este grande rei. Não sabemos com quem viveu Jesus depois dos 3 anos, mas seguramente que não foi com Mariana II. Quanto muito terá sido com Maria, a mãe dos filhos de Alfeu.
Textos apócrifos sobre os primeiros anos do Nazareno retratam um garoto de pavio curto - e revelam crenças do cristianismo primitivo.
Veja-se, por exemplo, o que aconteceu quando um menino começou a desfazer as represas de brinquedo que o garoto divino tinha feito na beira de um riacho:”Jesus, então, irritou-se quando viu o que tinha acontecido e disse a ele: ‘Tolo injusto e irreverente! o que as poças d’água fizeram para te irritar? Eis que agora também tu secarás como uma árvore, e nunca terás nem folha, nem raiz, nem fruta’. No mesmo instante, o menino secou completamente”.
E essa não foi a única vítima entre os garotos da região.”Algum tempo depois, Jesus caminhava pelo vilarejo quando uma criança passou correndo e esbarrou em seu ombro. irritado, Jesus disse: ‘Não seguirás mais o teu caminho’. Naquela mesma hora, a criança caiu e morreu.” o menino divino ainda faz os aldeões que vão reclamar dele com José ficarem cegos e amaldiçoa um de seus professores. Por outro lado, ressuscita um amiguinho que caiu do telhado de uma casa, cura pessoas e faz a madeira crescer milagrosamente para que José consiga terminar um de seus trabalhos de carpintaria.
Levando em conta essa sucessão de histórias amalucadas, alguns especialistas, como o franco-alemão Oscar Cullman (1902-1999), quase chegam a agradecer a deus pela não inclusão do Evangelho da infância de Tomé no Novo Testamento – para Cullman, o texto sofria de”falta de bom senso, controle e discrição”. Apesar desses defeitos, uma das explicações para a popularidade da história, avalia bart Ehrman, é a própria concepção que as pessoas tinham sobre a infância na Antiguidade.
Explica-se: diferentemente de nós, os habitantes do império romano não acreditavam que as pessoas adquirissem lentamente suas personalidades e características ao longo da vida. para eles, um futuro rei, guerreiro ou filósofo manifestava desde sempre as qualidades de quem assumiria esses papéis na vida adulta.
Retratar um Jesus superpoderoso desde pequeno era uma forma de prefigurar os poderes divinos do Nazareno quando crescido para audiências impérioromano afora. Seguindo esse raciocínio, as ações aparentemente violentas e arbitrárias do menino Jesus seriam apenas um sinal de como ele usaria sua potência sobre-humana para enfrentar as forças do mal. -- A infância oculta de Jesus, Por Reinaldo José Lopes
A história que se segue, ainda contada pela mesma fonte ingénua, possivelmente Miriam II, a mãe de Jesus a viver em Éfeso, na altura que Lucas a escrevia, é de tal modo estranha e enternecedoramente verídica que seria pena se não tivesse acontecido em parte assim, pelo menos. Ora Mariana II estava apenas a contar de cor o que lhe tinham contado a ela porque desde os 3 anos que não acompanhava este filho primogénito secreto, acolhido pelos essénios como Mestre de Justiça e Salvador dos judeus.
Jugando un día en la azotea de una casa, un niño cae al patio y muere. Inmediatamente Yeshua es acusado de haberlo empujado. Asustado, creyéndose por encima de la muerte, se acerca al cadáver y sopla sobre él, conminándole a levantarse: "Shim'on, Shim'on, levántate y dí si yo te he hecho caer.
(...) Yo te ordeno no morir". Tras la muerte de Shim'on, la situación de la familia en Nasrath se hace difícil. Yosef decide entonces intentar regresar a Jerusalén, lo que hacen aprovechando la pascua del año 9 dC. -- Diatessaron de Shim’on.
Na verdade quase todos os evangelhos da infância de Jesus o descrevem como uma criança hiperactiva, inteligente mas rebelde, como quase todas as crianças criadas por pais adoptivos. Por outro lado, é muito provável que Jesus tenha sido educado como sendo um candidato real secreto tanto por linha hasmodeia materna como por linha herodiana paterna e com algum sangue sacerdotal e portanto pouco terão deixado transparecer na sua relação com a criança especial que Jesus era porque também não saberiam muito bem dos mistérios que cercavam o seu nascimento. Mesmo assim, poucas vezes Jesus terá sido tão literal e sincero como nas passagens seguintes dos evangelhos árabes da infância:
Figura 11: Jesus entre os doutores da Lei.
Lucas 2: 41 Ora, todos os anos, iam seus pais a Jerusalém, à Festa da Páscoa. 42 E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa. 43 E, regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o souberam seus pais. 44 Pensando, porém, eles que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia e procuravam-no entre os parentes e conhecidos. 45 E, como o não encontrassem, voltaram a Jerusalém em busca dele. 46 E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. 47 E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas.
48 E, quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para connosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te procurávamos. 49 E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai? 50 E eles não compreenderam as palavras que este lhes dizia.
Evangelho
Pseudo-Tomé: 3 Aproximando-se Maria, sua mãe, lhe disse: "Meu filho, por
que agiste assim conosco? Veja com que preocupação temos estado a te
procurar." Jesus, porém, respondeu: "E
por que me procuravas? Não sabias acaso que devo ocupar-me das coisas que se
referem ao meu Pai?" 4 E os escribas e
fariseus lhe diziam: "Es tu acaso a mãe deste menino?" Ela respondeu:
"Assim é". E eles retrucaram: "Pois feliz de ti entre as
mulheres, já que o Senhor teve por bem bendizer o fruto do teu ventre, porque
semelhantes glória, virtude e sabedoria não ouvimos nem vimos jamais."
El Evangelio Árabe De La Infancia: LIII 1. Y, mientras se cambiaban estas
conversaciones y otras semejantes, sobrevino María, que, durante tres
días, erraba con José en busca de Jesús. Y lo encontró sentado entre los
doctores, preguntándoles y respondiéndoles. Y le dijo: Hijo mío, ¿por qué nos
has tratado de esta suerte? He aquí que tu padre y yo te buscamos con extrema
fatiga. Y Él repuso: ¿Por qué me
buscáis? ¿No sabéis que debo estar en la casa de mi Padre? Ellos no
comprendieron la palabra que les había dicho. Y
los doctores interrumpieron: ¿Es éste tu hijo, María? Ella contestó: Sí. Y
ellos dijeron: ¡Bienaventurada eres, oh María, por tal maternidad!
«Aos cinco anos se alcança a idade requerida para estudaras Escrituras; aos dez para estudar a Michna; aos treze para observar os Mandamentos...» Talmud , tratado Aboth, V, 24
Vimos que os pais de Jesus, José e Maria, não se preocupavam com ele durante toda uma jornada de viagem, por um caminho perigoso, à volta da Páscoa de Jerusalém, e que ao fim, quando se deram conta de seu desaparecimento, retornaram a Jerusalém e, ao cabo de três dias de busca inútil, encontraram-no «no Templo, sentado em meio dos doutores, lhes escutando e lhes fazendo perguntas. Quantos lhe ouviam ficavam estupefatos de sua inteligência e de suas respostas». (Lucas, 2, 46-47.) O texto é bastante claro. Jesus faz perguntas aos doutores da lei, estes lhe respondem, ele os escuta. Eles perguntam, a sua vez, e ele lhes responde inteligentemente. Estamos assistindo aqui a uma vulgar sessão de catecismo judaico. Desta cena tão singela, comum a todos os pequenos judeus, como veremos em seguida, nos quis fazer, uma vez mais, um episódio sublime. E este fato se converteu, tanto nos pintores como nos «historiadores sagrados», em um lugar comum bem conhecido de todos: Jesus ensinando aos doutores da Lei. (...)
Porque, segundo Lucas (2, 42), Jesus, nesse episódio, contava só com doze anos de idade. Pois bem, é precisamente esta última precisão que nos permite situar a natureza exacta de tal episódio, que no curso dos séculos se converteria em uma importantíssima cerimónia ritual: a Bar Mitzva. No judaísmo, quando um homem alcança, aos treze anos, a maioridade religiosa, adquire, por esse mesmo feito, a maioridade jurídica e o pleno estatuto de homem. (...)
Assim, aquilo que foi pomposamente titulado «Jesus ensinando aos doutores da Lei» se limita, singela e humildemente, a seu exame de maioridade religiosa e civil. E quase com toda probabilidade foi devido ao fato de sua maioridade irrevogável, por isso José e Maria, muito ocupados com seus outros filhos menores, ficaram a caminho de volta sem preocupar-se com seu filho maior, que legalmente já estava emancipado. -- JESUS OU O SEGREDO MORTAL DOS TEMPLÁRIOS, Robert Ambelain.
A tese de que «Jesus entre doutores» estava a fazer a Bar Mitzva paro a sua de entrada na idade adulta tem o óbice de não ser do conhecimento dos pais a menos que Jesus não os tivesse avisado da data deste tirocínio o que, pelo que sabemos de outros evangelhos de infância e pelo texto seguinte que era bem reguila e menino para isso e muito mais.
Obviamente que quem não compreendeu estas palavras de Jesus foi Lucas, bem como todos os que as ouviram nestes últimos 20 séculos, precisamente porque não as quereriam compreender. Os pais de Jesus referidos por Lucas eram adoptivos e não o compreendiam porque como se disse pouco ou nada sabiam do misterioso nascimento de Jesus. Do mesmo modo também não é de espantar que os nomes dos pais de Jesus não sejam referidos na perícope de Jesus entre os doutores nem sua mãe seja tratada por Maria porque quem contou a história a Lucas saberia demais mas terá dito de menos e só o que por agora convinha tratar nos evangelhos.
Assim sendo, «Jesus entre os doutores» teria acabado de saber por algum sacerdote de língua mais solta que o segundo templo de Jerusalém tinha sido mandado construir por seu pai, o Grande Rei Herodes porque, por esta altura Jesus ainda não saberia de todos os segredos e podres herodianos que só veio a conhecer mais tarde pela boca solta de sua tia Salomé a qual só lhe apareceu na vida por volta dos 20 anos, trazida na bagagem familiar da sua repudiada mãe. De facto, Mariana II foi repudiada e deserdada por altura da morte de Herodes no ano 4 a. C não sendo, por isso, oficialmente uma viúva. Sendo filha do poderoso Simão Beto, deposto pelo mesmo Herodes na mesma altura e pelos mesmos motivos conspirativos, depressa encontrou com quem casar, mas, neste caso, talvez já não com José o carpinteiro mas com um irmão deste, um tal Alfeu se é que este não é senão José Alfeu, o das «alfaias» de mestre construtor, em grego tekton, um rico empreiteiro de obras de construção na cidade de Seforis.
Ora, Mariana só regressaria à vida de Jesus quando este tinha cerca de 20 anos então a história de «Jesus entre os doutores da lei» deve ter ocorrido uma meia dúzia de anos antes, mas com uma mãe adoptiva que desconhecemos e que morreu possivelmente, entretanto, razão porque a tradição considera tanto José como Alfeu como sendo viúvos. Por ouro lado, começamos também agora a entender a estranha antipatia que Jesus tinha pela sua família à época da sua vida pública.
Jesus estava entre sacerdotes e doutores da lei no templo que seu pai tinha construído e de tal modo maravilhado com essa descoberta espantosa que logo ali se assumiu como uma criança que acabava de apanhar uma perigosa bomba relógio. Por isso Jesus terá sido levado definitivamente para um reduto essénio no deserto da Judeia donde só voltaria a sair para aprender magia terapêutica no Egipto. Quando chegou a sua hora messiânica apareceu subitamente na Judeia como que saído do nada por altura do aparecimento de S. João Batista.
Lucas 2: 51 E
desceu com eles, e foi para Nazaré, e
era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no coração todas essas coisas.
52 E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os
homens.
Evangelho
Pseudo-Tomé: 5 Jesus
levantou-se e seguiu sua mãe. E era
obediente a seus pais. Sua mãe guardava todos esses fatos no seu
coração. Enquanto isso Jesus ia crescendo em idade, sabedoria e graça.
Graças sejam dadas a ele por todos os séculos dos séculos. Amém. Fim
El Evangelio Árabe De La Infancia: 2. Y Jesús volvió con sus padres a Nazareth, y los obedecía en todas
las cosas. Su madre conservaba en su corazón todas aquellas palabras. Y Jesús crecía en edad,
en sabiduría y en gracia ante Dios y los hombres.
É quase seguro que os evangelhos que seguiram Lucas à letra se enganaram como Lucas foi ao receber uma informação imaginativa da verdadeira mãe de Jesus que de nada sabia do que verdadeiramente aconteceu enquanto foi casada com Herodes, porque na verdade, Jesus continuou a fazer o que muito bem lhe parecia sem autorização dos pais adoptivos.
Y viendo Yosef el poder de Yeshua, y que crecía, lo llevó de nuevo al doctor. Y el doctor dijo a Yosef: ¿Qué letras quieres que aprenda tu hijo? Y Yosef le contestó: Enséñale primero las letras extranjeras y luego las hebreas. Y cuando el doctor escribió el primer versículo, que es A y B, se lo explicó a Yeshua varias horas. Mas Yeshua callaba y nada respondía. Y dijo luego al doctor: Si eres verdaderamente un maestro, y sabes las letras, dime la potencia de la letra A, y yo te diré la potencia de la letra B. Mas el maestro, irritado, le pegó en la cabeza. Y Yeshua lo maldijo, y el maestro cayó al suelo, y murió.
Y decían a Yosef ¿dónde está Yeshua, tu hijo? Mas Yosef repuso: Lo ignoro, porque circula por donde bien le parece y sin mi permiso.
Y todos hablaban contra Yeshua, diciendo: Todas las palabras que salen de su boca tienen una potencia fatal. Y decían a Yosef: He aquí la obra de tu hijo. Enséñale a orar, y no a maldecir, porque perderemos la razón.
Y Yeshua volvió a su casa, mas Yosef prohibió a Miryam que lo dejase pasar el umbral.
Yosef dijo: Mi alma está triste por causa de este niño. Puede ocurrir que cualquier día alguien lo hiera a traición, y muera. Pero Miryam, respondiéndole, dijo: Antes creo que el Señor lo protegerá contra todo mal.
Y dijeron a Yeshua: Hemos cuidado de que aprendieses todas las profesiones, y tú no te has prestado a nada. Y ahora, que eres ya mayor, ¿cómo quieres vivir sobre la tierra?
Y cuando Yeshua tuvo trece años (761), Arquelao fue deportado a Lion, en la Galia, nombrando en su lugar procurador de Judá a Poncio Pilato.
Y Yosef condujo a Yeshua al desierto86. -- Diatessaron de Shim’on.
El Evangelio Árabe De La Infancia: LIV 1. A partir de aquel día, comenzó a ocultar sus prodigios, sus misterios y sus parábolas.
2. Y se conformó con las prescripciones de la Thora, hasta que cumplió los treinta años (¿??), en que el Padre lo manifestó en el Jordán, por la voz que exclamaba desde el cielo: He aquí mi hijo amado, en el cual me complazco, mientras que el Espíritu santo daba testimonio de él, bajo la forma de una paloma blanca.
Ir para: EVANGELHO DE JOÃO-MARIA (***)
La segunda idea supone que Yeshúa abandona su casa a una edad de unos quince años, ingresando en una comunidad de esenios, en la que permanecerá durante quince años más. Esta teoría es aceptada como razonable por buen número de historiadores, aunque la única manera de ratificarla con los textos disponibles pasa por buscar correspondencias entre los escritos esenios conservados y el pensamiento de Yeshua.
Esta idea se matiza con añadidos propios. En el texto, Yeshúa es expulsado por Yoseff cuando tiene uos quince años, marchando a Qu´mran donde se encuenra ya su primo Yohanan, y permanece allí unos quince años más.
Finalmente, la tercera hipótesis es la de la expulsión de Yeshúa y el papel de Miryam de Dalah. Según la teoría, Miryam estaba casada con Yohanan (el matrimonioe staba permitido en la comunidad de Qu´mran), pero Yeshua se la disputa. Sorprendidos luchando, los tres son expulsados. Yeshua y Yohanan son abandonados en el desierto, probablemente atados entre sí. En su cautiverio, Yohanan y Yeshúa hablan. Yohanan, el adversario (satanah), le propone utilizar el origen de Yeshúa para aspira al trono de Jerusalén. Éste lo rechaza. Posteriormente, se separan. Inician ministerios separados, y cuando Yohanan muere, Yeshua se casa con Miryam. Poco a poco, el éxito del ministerio de Yeshúa le convence de su papel y finalmente marcha a Jerusalén.
El resto es historia conocida. -- Diatessaron de Shim’on.
Assim sendo, podemos concluir que em grande parte a personalidade contraditória e complexa de Jesus resulta em grande parte de este se tratar de um bastardo do tão grande quanto odiado Herodes por quem Jesus nutriria um secreto amor ódio, se sangue simultaneamente judeu e idumeu o que terá também em parte contribuído para fazer germinar nele uma visão sincrética e quase esquizofrénica do judaísmo e por outro a decidir-se criar uma forma de novo sacerdócio de inspiração judaica na linha do que havia sido instituído primeiro pelos hasmoneus e depois de Herodes e que iria acabar por entregar a S. Paulo por decisão do ramo herodiano da companhia de Jesus posterior à sua Assunção para Damasco.
[1] http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1077890-5603,00-PESQUISADOR+LEVANTA+DUVIDAS+SOBRE+IDADE+DE+JESUS+AO+MORRER.html
[2] Some have tried to appeal to a headless (and thus nameless) inscription as proving that Quirinius held the governorship of Syria twice, but the inscription neither says that, nor can it belong to Quirinius. The inscription in question is a fragment of a funeral stone discovered in Tivoli (near Rome) in 1764, and is now displayed (complete with an inventive reconstruction of the missing parts) in the Vatican Museum. (...) The most obvious problem with this piece of "evidence" is that it doesn't even mention Quirinius! (…). Numerous possible candidates have been proposed and debated, but the notion that it could be Quirinius was only supported by the wishful thinking of a few 18th and 19th century scholars (esp. Sanclemente, Mommsen, and Ramsay). But it is unlikely to be his. We know of no second defeat of a king in the career of Quirinius, though Tacitus writes his obituary in Annals 3.48, where surely such a double honor would have been mentioned, especially since a "victory celebration" was a big deal (…). Though that isn't improbable, we do know of another man, Lucius Calpurnius Piso, who did govern Asia and who defeated the kings of Thrace twice, and received at least one "victory celebration" for doing so, as well as the Triumphal Decoration, and who may also have governed Syria. From what remains of the stone, it seems fairly obvious that the first post was the proconsulate of Asia. Thus, to ignore him and choose Quirinius would go against probability. Yet even if we lacked such a candidate as Piso, to declare this an epitaph of Quirinius is still pure speculation. Even more importantly, this inscription does not really say that the governorship of Syria was held twice, only that a second legateship was held, and that the second post happened to be in Syria. From what remains of the stone, it seems fairly obvious that the first post was the proconsulate of Ásia. This means that even if this is the career of Quirinius, all it proves is that he was once the governor of Syria.
[3] – Antiguidades Judaica de Flábio Josefo, Livro Décimo Oitavo, Capítulo 1.
[4] Taylor, Joan E. Christians and the Holy Places, Oxford University Press, 1993, págs. 96-104.
[5] Notar que se trata de um pintor maneirista protestante que usa um tema católico com o pretexto de expor um homoerotismo quase explícito.
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