terça-feira, 15 de junho de 2021

I SAGRADA FAMÍLIA 2.2. S. TIAGO O SUCESSOR DE JESUS por arturjotaef

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The Gospels give prominence to an inner circle of three: Peter, John son of Zebedee and John's brother James. And Galatians has the Three Pillars in Jerusalem: Peter, John son of Zebedee, and Jesus' brother James. What happened here? Surely the gospels' inner group of three is intended as preparatory for the Pillars, to provide a life-of-Jesus pedigree for the Pillars. But then why are there two different Jameses? Mustn't they originally have been the same? Eisenman says they were, but certain factions wanted to play up the authority of the shadowy college of the Twelve against the earlier authority of the Heirs and found it politic to drive a wedge between James the brother of Jesus and the Twelve, so James becomes James the Just on the one hand and James the brother of John on the other.

Another attempt to distance James the Just from the Companions of Jesus was the cloning of James the Just as James the son of "Alphaeus," which name Papias says is interchangeable with "Cleophas," who happens to be the father of Simeon, James' successor as bishop of Jerusalem and his brother as well. And eventually James the son of Alphaeus and James son of Zebedee both replace James the Just in the circle of disciples. Meanwhile, Thomas has similarly undergone mitosis into Judas of James, Thaddaeus, Theudas (=Thaddaeus + Judas), Lebbaeus, and Judas Iscariot. Simon the Zealot is Simon bar Cleophas and may be Simon Cephas as well. -- Robert Eisenman, James the Brother of Jesus: The Key to Unlocking the Secrets of Early Christianity and the Dead Sea Scrolls.

Tiago irmão de Jesus. Esse é o testemunho mais detalhado de Hegésipo, em que concorda plenamente com Clemente. Tiago era de fato tão admirável e tão celebrado entre todos por sua retidão, que mesmo os mais sábios dos judeus pensavam que a morte de Tiago fora a causa do cerco imediato de Jerusalém.

Quando Paulo apelou a César e foi enviado a Roma por Festo, os judeus, desapontados em sua esperança de vê-lo atingido pela trama por eles armada, voltam-se contra Tiago, o irmão do Senhor, a quem os apóstolos haviam confiado o assento episcopal em Jerusalém. Suas medidas nefastas contra ele foram as seguintes. Eles o conduziram para um lugar público e exigiram que renunciasse à fé em Cristo diante de todo povo, mas contrariando as expectativas de todos, em voz firme e muito acima do que esperavam, declarou-se por completo diante de toda a multidão e confessou que Jesus Cristo era o filho de Deus, nosso Salvador e Senhor. Não conseguindo mais suportar o testemunho daquele que, por causa do elevado nível que tinha atingido na virtude e na piedade, era considerado o mais justo dos homens, mataram-no, usando como ensejo a anarquia reinante, já que Festo havia morrido na judéia, deixando o distrito sem governante nem líder. Ora, quanto ao modo pelo qual Tiago morreu, já foi declarado pelas palavras de Clemente: que ele foi lançado de uma ala do templo e espancado com um malho até a morte. Hegésipo, que pertence a geração seguinte à dos apóstolos, fornece o relato mais exato a seu respeito em seu quinto livro, como se segue: "Ora, Tiago, o irmão do Senhor que, por haver muitos com esse nome, era chamado justo por todos deste os tempos do Senhor até o nosso, recebeu o governo da igreja juntamente com os apóstolos.

Este era santo desde o ventre de sua mãe.

Ele não bebia vinho nem bebida fermentada, e se abstinha de alimento animal; nenhuma navalha passava pela sua cabeça; jamais se ungia com óleo e jamais ia aos banhos. Somente ele tinha permissão de entrar no santuário. Jamais vestia roupas de lã, mas de linho. Ele costumava entrar sozinho no templo, sendo com frequência visto de joelhos, intercedendo para que o povo fosse perdoado, de modo que seus joelhos ficaram duros como os de um camelo por causa de suas súplicas habituais, ajoelhando-se diante de Deus. Assim, por sua piedade extrema era chamado justo e Oblias (ou Zadique e Osleã ) que significa justiça e proteção do povo, conforme os profetas declararam a seu respeito.

Assim, alguns das sete seitas dentre o povo, mencionados acima por mim em meus comentários, inquiriram-lhe qual seria a porta para Jesus, e ele respondeu que ele era o Salvador. Pelo que alguns creram que Jesus é o Cristo.

Se alguns ainda conseguem pensar que as lendas do cristianismo primitivo pouco ou nada têm a ver com equívocos linguísticos aqui temos um bom exemplo! Se Eusébio fosse versado em hebreu ou e não fora um historiador demasiado versátil na forma como fez a revisão da história do cristianismo de acordo com as conveniências teológicas reinantes, teria dado conta de que afinal Tiago estaria apenas a responder com uma tautologia porque estaria a afirmar o óbvio: que seu irmão era Jesus, o que em hebreu quer dizer “salvador”! Está claro que ninguém mata um justo por tão pouco nem se passa a acreditar que Jesus teria sido o Messias com tais argumentos! No entanto, fica patente que o facto de o nome hebraico de Jesus significar Salvador foi uma das razões do sucesso do cristianismo primitivo que assim consegui que todos os discursos helenísticos mais aceitáveis sobre deuses e mestre de salvação passassem a ser considerados como referências a Jesus.

Por outro lado, os equívocos semânticos que deixaram alguns rastos perdidos na ganga de ignorância e indecisão dos textos recebidos permitem-nos hoje descortinar, por detrás da fumaça de incenso que obscurece tudo o que se refere a Jesus, o Cristo, que os nomes referidos nos textos sagrados como sendo justos se refeririam afinal a membros da casta sacerdotal sodoquista.

Assim, por sus piedade extrema era chamado justo e Oblias (ou Zadique e Osleã ) que significa justiça e proteção do povo, conforme os profetas declararam a seu respeito.

Obviamente que o texto é em si mesmo pouco claro pois parece querer afirmar que justos e Oblias seriam o mesmo que Zadique e Osleã deixando perceber que seriam justos no contexto dos conceitos de justiça e protecção do povo! Neste caso zadique seria uma má aliteração de sadoque e oblias outra deturpação de Osleã e os hebraistas que esclareçam as dúvidas. Para o caso, o que importa é referir que todos os textos sagrados que traduziram o cognome justo de figuras do novo testamento o fizeram quase seguramente do nome hebreu que seria sadoque, coisa que sob o ponto de vista da história moderna nos reporta para a seita essénia e para a linha sacerdotal dissidente dos sadoqueistas que teve em Onias, o fundador do templo judaico do Egipto, um dos seus expoentes. Adiante se verá que só assim se entende o que Hegésipo virá a afirmar de estranho sobre Tiago.

Mas essas seitas acima mencionadas não criam nem na ressurreição nem que alguém viria para dar a cada um de acordo com suas obras, mas os que acreditaram nisso, acreditaram por causa de Tiago.

Mais uma vez o óbvio está lá para que seja lido. Alguns das sete seitas que procuravam em Tiago a porta da salvação, que foi traduzido como sendo para Jesus (o Salvador), eram os saduceus, a casta do sumo sacerdócio. Tiago seria por direito de nascimento sumo-sacerdote e por isso mesmo santo desde o ventre de sua mãe”.

Tiago foi executado por blasfêmia por conta de sua atuação (como os antigos escritores da Igreja nos contam) como Sumo Sacerdote opositor entrando no Santo do Santos no dia do perdão. Como um essênio (como mostrado por suas práticas ascéticas, suas vestes de linho brancas etc.) ele celebraria o Yom Kippur em um dia diferente, que seria a maneira de não esbarrar com Ananus fazendo a mesma coisa que é a razão pela qual por irregularidades ritualísticas ele teria sido executado, como o Mishnah exigia para infrações como essa. – Eisenman, Robert, James The Brother of Jesus, Robert Price, Tradução: Mário Porto.

A expressão de que ele (Tiago) costumava entrar sozinho no templo costuma ser entendida pelos eruditos como significando não apenas templo mas o santo dos santos onde só o sumo-sacerdote em exercício poderia entrar sozinho.

Ora, desde que muitos, mesmo dos governantes, creram, houve um tumulto entre os judeus, escribas e fariseus, dizendo havia o perigo de todo o povo esperar Jesus como o Messias. Assim reuniram-se e disseram a Tiago: "Rogamos que refreies o povo que se extravia após Jesus como se ele fosse o Cristo. Rogamos que persuadas correctamente a respeito de Jesus todos os que vêm para o dia da Páscoa, pois todos nós confiamos em ti. Assim coloca-te numa ala do templo para que possas estar bem visível no alto e para que tuas palavras possam ser facilmente ouvidas por todo povo, já que por causa da Páscoa todas as tribos estão reunidas, e também alguns gentios". Assim, os já mencionados escribas e fariseus colocaram Tiago num ala do templo e gritaram para ele: "Ó justo, em quem todos devemos acreditar, uma vez que o povo está se desviando após Jesus que foi crucificado, declara-nos: Qual é a porta Jesus que foi crucificado?. E ele respondeu em alta voz: "Por que me perguntas a respeito de Jesus o filho do homem? Ele está assentado nos céus à direita do grande Poder e está para vir nas nuvens do céu". E muitos foram confirmados e gloriavam pelo testemunho de Tiago dizendo: "Hosana ao Filho de Davi".

Então os mesmos sacerdotes e fariseus disseram uns aos outros:"Fizemos mal em conceder tal testemunho a Jesus, mas vamos e o lancemos do alto para que temam crer nele". E gritaram dizendo: "Ah, ah, o próprio justo está enganado", e cumpriram o que está escrito em Isaías: "Tomemos o justo, pois nos causa repulsa. Portanto eles comerão o fruto de suas obras" (Is 3 ). Assim subiram e lançaram o justo dizendo uns aos outros: "Apedrejemos Tiago, o justo", e começaram a apedrejá-lo, uma vez que não morreu de imediato quando lançado, mas virou-se e se ajoelhou, dizendo:

"Imploro a ti, ó Senhor Deus e Pai, que os perdoes, pois não sabem o que fazem".

E assim o apedrejavam quando um dos sacerdotes dos filhos de Recabe, filho de Recabim, de quem testemunhou o profeta Jeremias, clamou:

"Parai! Que estais fazendo? O justo está orando por vós". E um deles, lavandeiro, atingiu a cabaça do justo com o malho que usava para bater as roupas. Assim Tiago sofreu martírio e o sepultaram no lugar junto ao templo, e seu túmulo ainda permanece. Ele tornou-se verdadeira testemunha tanto a judeus como a gregos de que é o Cristo. Logo depois disso Vespasiano invadiu e tomou a Judéia".

Esse é o testemunho mais detalhado de Hegésipo, em que concorda plenamente com Clemente. Tiago era de fato tão admirável e tão celebrado entre todos por sua rectidão, que mesmo os mais sábios dos judeus pensavam que essa fora a causa do cerco imediato de Jerusalém, que teria ocorrido por nenhum outro motivo, senão o crime contra ele. Josefo também não hesitou em acrescentar esse testemunho em suas obras: "Essas coisas", afirma, "aconteceram aos judeus para vingar Tiago o justo, que era o irmão daquele chamado Cristo, e a quem os judeus mataram apesar de sua destacada rectidão".

O mesmo autor também narra sua morte no vigésimo livro de suas antiguidades, com as seguintes palavras:

 

 

 

 

"Ora, quando Cesar ouviu a morte de Festo, envidou Albino como governador da Judéia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mas o Anano que, conforme mencionamos, havia recebido o sumo sacerdócio, era especialmente audaz e ousado quanto a disposição.

Ele também era da seita dos saduceus, os mais cruéis de todos os judeus na execução do julgamento, conforme já explicamos.

Assim, tendo esse caráter, e pensando que tinha uma oportunidade adequada em relação a morte de Festo e Albino ainda estar a caminho, Anano convoca uma assembléia de juízes e levando o irmão de Jesus chamado Cristo, cujo nome era Tiago, e alguns outros, apresentou uma acusação contra eles, como se tivessem violado a lei e os entregou para serem apedrejados como criminosos. Mas os que na cidade eram considerados mais ponderados e mais estritos na observância da lei ficaram grandemente irados com isso e o comunicaram secretamente ao rei, rogando-lhe que escrevesse a Anano para que desistisse de fazer tais coisas, dizendo que não agiria legalmente mesmo antes. Alguns deles também foram encontrar-se com Albino quando chegou em Alexandria e explicaram que era ilegal Anano convocar o sinédrio sem seu conhecimento.

Albino, influenciado por esse relato, escreve irado para Anano, ameaçando chamá-lo para um ajuste de contas. Mas pelo mesmo motivo, o rei Agripa o destituiu do sumo sacerdócio quando o havia exercido por três meses, e nomeou Jesus, filho de Dameu, como seu sucessor".

IX 1-3. Albinus succède à Festus. Méfaits des sicaires. - 4-5. Mesures prises par Agrippa - 6.  Réclamations des lévites. Le roi refuse de réparer une partie du Temple.

"E agora Cesar, tendo ouvido sobre a morte de Festus, enviou Albinus à Judeia, como procurador. Mas o rei privou José (filho do sumo-sacerdote Simão cognominado Cabi) do sumo sacerdócio, e outorgou a sucessão desta dignidade ao filho de Ananus [ou Ananias], que também se chamava Ananus. Agora as notícias dizem que este Ananus mais velho provou ser um homem afortunado; porque ele tinha cinco filhos que tinham todos actuado como sumo-sacerdote de Deus, e que tinha ele mesmo tido esta dignidade por muito tempo antes, o que nunca tinha acontecido com nenhum outro dos nossos sumos-sacerdotes.

Mas este Ananus mais jovem, que, como já dissemos, assumiu o sumo sacerdócio, era um homem temperamental e muito insolente; ele era também da seita dos Saduceus, que são muito rígidos ao julgar ofensores, mais do que todos os outros judeus, como já tinhamos dito anteriormente; quando, portanto, Ananus supôs que tinha agora uma boa oportunidade: Festus estava morto, e Albinus estava viajando; assim ele reuniu o sinédrio dos juízes, e trouxe diante dele o irmão de Jesus, o que era chamado Cristo, cujo nome era Tiago e alguns outros; e quando ele formalizou uma acusação contra eles como infratores da lei; ele os entregou para serem apedrejados; mas para aqueles que pareciam ser os mais equânimes entre os cidadãos, e igualmente mais precisos quanto as leis, eles não gostaram do que foi feito; eles também enviaram ao rei (Herodes Agripa II); pedindo que ele ordenasse a Ananus que não agisse assim novamente, porque isto que ele tinha feito não se justificava; alguns deles foram também ao encontro de Albinus, que estava na estrada retornando de Alexandria, e informaram a ele que era ilegal para Ananus reunir o sinédrio sem o seu consentimento.

Albinus concordou com eles e escreveu iradamente a Ananus, e o ameaçou dizendo que ele seria punido pelo que havia feito; por causa disso, o rei Agripa lhe tirou o sumo sacerdócio, quando ele o tinha exercido por apenas três meses, e fez Jesus, filho de Damneus, sumo-sacerdote."

São tais os relatos a respeito de Tiago, de quem se diz que teria escrito a primeira das epístolas gerais (universais ); mas deve-se observar que é considerada espúria. De fato, não muitos dos antigos a mencionam, nem a chamada epístola de Judas, também uma das sete chamadas epístolas universais. Entretanto sabemos que essas cartas, e o restante, têm sido empregadas publicamente na maioria das igrejas. -- Fonte: História Eclesiástica, Eusébio de Cesaréia (CPAD)

Este Jesus seria filho do mesmo Timeu referido nos evangelhos.

«Chegaram em Jericó. Jesus estava saindo de Jericó, junto com seus discípulos e uma grande multidão. O filho de Timeu, Bartimeu, cego e mendigo, estava sentado à beira do caminho. Quando ouviu dizer que Jesus, o Nazareno, estava passando, começou a gritar: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!”. Muitos o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim!”. Então Jesus parou e disse: “Chamai-o”. Eles o chamaram e disseram: “Coragem, recolhe as tuas forças, Jesus te chama!”. O cego jogou o manto, deu um pulo e foi até Jesus. Então Jesus lhe perguntou: “O que queres que eu te faça?” O cego respondeu: “Mestre, que eu veja!”. Jesus disse: “Vai, a tua fé te curou”. No mesmo instante ele viu e seguia Jesus pelo caminho.» (Mc. 10,46-52)

Ora, algo nos tenta a suspeitar que este cego de nascença seria um dos exageros dos evangelistas. Possivelmente tratar-se-ia ou duma cegueira histérica ou duma doença oftálmica benigna senão mesmo duma pura encenação! O facto de o nome do pai do cego ter ficado referido no texto de Marcos só pode explicar-se por se tratar de alguém com importância na história do cristianismo primitivo ao ponto de ter possivelmente seguido Jesus a partir desse momento. Quem sabe se tudo não passou duma brincadeira dum dos irmãos de Jesus e, afinal, Alfeu ser de facto José Timeu que veio a ter o pseudónimo de Arimateu, por confusão dos escrivãs primitivos ou desde sempre para evitar a identificação do pai de Jesus. Não existe nada de improvável que Jesus, enquanto Bartimeu, ou, quem sabe, Bartolomeu, tenha passado pelo sumo sacerdócio como seu irmão Tiago. Afinal nos últimos anos do judaísmo foram tantos os que foram nomeados para o cargo conforme as conveniências políticas efémeras da ocasião que seguramente nem todos ficaram bem registados e documentados!

Do mesmo modo, um tal Jésus, filho de Sapphas, um dos sumos-sacerdotes da guerra judaica pode ter sido nem mais nem menos do que Jesus filho do que no evangelho de João aparece como Clofa, ou seja de José Sapphas, o Alfeu, por ser primogénito na sua casa.

A linha davídica de Jesus não poderia derivar duma qualquer família de carpinteiros rurais como os cristãos crédulos pretendem e muito menos as suas pretensões messiânicas e sacerdotais! Claro que a história relata alguns candidatos messiânicos de aparências humildes mas também sabemos que uma das causas da guerra da Judeia terá sido a súbita decadência a que algumas famílias ilustres judaicas se viram bruscamente votadas.

Os irmãos de sangue que são imputados a Jesus são assim: Tiago, José, Judas, e Simão. De todos, por ser aquele de que há mais informação histórica incontestada, o que mais polémicas têm suscitado é Tiago!

James, the English equivalent of the Greek Jacobus, apparently a common name in the first century.

1 James, the son of Zebedee (…)

2 James, the son of Alphaeus. Identified in the apostolic lists as one of the Twelve (Matt. 10:3; Mark 3:18; Luke 6:15; Acts 1:13), little else is known about him. He is sometimes identified with the ‘James the younger’ of Mark 15:40.

3 James, the brother of Jesus. The relationship of Jesus to ‘the brothers of the Lord’ (1 Cor. 9:5; cf. Matt. 13:55; Mark 6:3; Acts 1:14; Gal. 1:19) is much debated. Possibilities include literal brothers (or half-brothers or stepbrothers) of Jesus, more distant relations of Jesus (e.g., cousins), or close friends and associates of Jesus. Though apparently not followers during Jesus’ ministry (Matt. 12:46-50; Mark 3:31-35; Luke 8:19-21; John 7:3-5), the brothers are reportedly with the Twelve and others after Jesus’ resurrection and ascension (Acts 1:14), and James is identified as one to whom Jesus appeared (1 Cor. 15:7). Eventually, James emerges as the recognized successor (along with the elders) to the leadership role originally exercised by Peter and the apostles (Acts 15 and following). Paul acknowledges James’s role of leadership (Gal. 2:1-12), and Acts 15 reports his persuasive defense of the Gentile mission. Both the Jewish historian Josephus and the Christian Hegesippus (according to the fourth century church historian Eusebius) report that James was put to death by the priestly authorities in Jerusalem a few years before the destruction of the Temple in a.d. 70.

4 James, the father (kjv: ‘brother’) of Judas (one of the Twelve; Luke 6:16), otherwise apparently not mentioned in the nt.[1]

Claro que o nome de Jacob seria frequente entre os judeus por ser nome de um dos patriarcas fundadores da mitologia judaica mas, mesmo assim, os autores sagrados deveriam ter sido mais cuidadosos na sua identificação de forma a não permitirem confusões de personagens.

Santiago el de Alfeo o Santiago el Menor (para distinguirlo del otro apóstol del mismo nombre, Santiago el Mayor o el de Zebedeo) fue uno de los doce apóstoles de Jesucristo. Era hijo de Cleofás (Alfeo),hermano de José, y de María, y hermano de Judas Tadeo (Marcos 15:40). Algunas tradiciones le han identificado con el Santiago que Pablo de Tarso denomina en sus cartas "Santiago el hermano del Señor", una de las tres columnas de la Iglesia y que presidía la comunidad cristiana de Jerusalén, siendo su primer obispo, a partir de la tradición transmitida por Eusebio de Cesarea que los identificaba.

Sin embargo, los modernos exegetas tienden a distinguir ambas figuras. Sí que le consideran autor de la Epístola de Santiago. (* En la tradición de la Iglesia Ortodoxa se distinguen dos santos, Santiago que se festeja el 25 de octubre y Santiago el Menor cuya fiesta es el 9 de octubre.)

Si se acepta esta teoría, el sentido de la palabra hermano es la de "pariente", siendo Alfeo el padre de Santiago, y su madre la que nombra Juan en Juan 19:25. Según el historiador judío Flavio Josefo, un Santiago, al que nombra como "hermano de Jesús", murió por iniciativa de Ananías: Ananías era un saduceo sin alma. Convocó astutamente al Sanedrín en el momento propicio. El procurador Festo había fallecido. El sucesor, Albino, todavía no había tomado posesión. Hizo que el sanedrín juzgase a Santiago, hermano de Jesús, quien era llamado Cristo, y a algunos otros. Los acusó de haber transgredido la ley y los entregó para que fueran apedreados. (Antigüedades judías, 20.9.1)  La historiografía data este evento en el año 62.

"Eis os nomes dos doze apóstolos: o primeiro, Simão, chamado Pedro; depois André, seu irmão. Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão. Filipe e Bartolomeu. Tomé e Mateus, o publicano. Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu." (São Mateus 10,2-3)

"Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe? Não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?"(São Mateus 13,55)

"Entre elas se achavam Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu."(São Mateus 27,56)

"Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer Filhos do Trovão. Ele escolheu também André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador;"(São Marcos 3,17-18)

"Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nós também suas irmãs? E ficaram perplexos a seu respeito."(São Marcos 6,3)

"Achavam-se ali também umas mulheres, observando de longe, entre as quais Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o Menor, e de José, e Salomé,"(São Marcos 15,40)

"Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para ungir Jesus."(São Marcos 16,1)

"Simão, a quem deu o sobrenome de Pedro; André, seu irmão; Tiago, João, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Simão, chamado Zelador; Judas, irmão de Tiago; e Judas Iscariotes, aquele que foi o traidor."(São Lucas 6,14-16)

"Eram elas Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago; as outras suas amigas relataram aos apóstolos a mesma coisa."(São Lucas 24,10)

"Tendo entrado no cenáculo, subiram ao quarto de cima, onde costumavam permanecer. Eram eles: Pedro e João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelador, e Judas, irmão de Tiago."(Atos dos Apóstolos 1,13)

"Ele, acenando-lhes com a mão que se calassem, contou como o Senhor o havia livrado da prisão, e disse: Comunicai-o a Tiago e aos irmãos. Em seguida, saiu dali e retirou-se para outro lugar."(Atos dos Apóstolos 12,17)

"Depois de terminarem, Tiago tomou a palavra: Irmãos, ouvi-me, disse ele."(Atos dos Apóstolos 15,13)

"No dia seguinte, Paulo dirigiu-se conosco à casa de Tiago, onde todos os anciãos se reuniram."(Atos dos Apóstolos 21,18)

"Depois apareceu a Tiago, em seguida a todos os apóstolos"(ICor 15,7)

"Dos outros apóstolos não vi mais nenhum, a não ser Tiago, irmão do Senhor."(Gálatas 1,19)

"Tiago, Cefas e João, que são considerados as colunas, reconhecendo a graça que me foi dada, deram as mãos a mim e a Barnabé em sinal de pleno acordo"(Gálatas 2,9)

"Pois, antes de chegarem alguns homens da parte de Tiago, ele comia com os pagãos convertidos. Mas, quando aqueles vieram, retraiu-se e separou-se destes, temendo os circuncidados."(Gálatas 2,12)

"Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos da dispersão, saúde!"(São Tiago 1,1)

"Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos eleitos bem-amados em Deus Pai e reservados para Jesus Cristo."(São Judas 1,1)

Este apóstolo poderia ter aparecido em português com o nome de Tiago, Jaime, por via anglo-saxónica, ou Jacob.

Claro que os filhos de Zebedeu podem ser excluídos da lista dos Tiagos candidatos a irmãos do Senhor, não porque seja necessária a tese de Robert Eisenman, que faz destes, duplos dos irmãos de Jesus, mas pela simples razão de que seriam primos do mestre porque filhos da sua tia Salomé, também uma herdodiana, afastada da linha da sucessão por ter descontentado seu irmão Herodes ou outra qualquer razão a descobrir, se fosse possível tal façanha!

A confusão que importa esclarecer será então entre Tiago o apóstolo e Tiago, o irmão de Jesus.

A tese mais espalhada é a de que os irmãos de Jesus não acreditavam na missão de Jesus a não ser depois da Sua ressurreição.

Mateus 12: 46 E, falando ele ainda à multidão, eis que estavam fora sua mãe e seus irmãos, pretendendo falar-lhe. 47 E disse-lhe alguém: Eis que estão ali fora tua mãe e teus irmãos, que querem falar-te. 48 Porém ele, respondendo, disse ao que lhe falara: Quem é minha mãe? E quem são meus irmãos? 49 E, estendendo a mão para os seus discípulos, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos; 50 porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai, que está nos céus, este é meu irmão, e irmã, e mãe.

Marcos 3: 31 Chegaram, então, seus irmãos e sua mãe; e, estando de fora, mandaram-no chamar. 32 E a multidão estava assentada ao redor dele, e disseram-lhe: Eis que tua mãe e teus irmãos te procuram e estão lá fora. 33 E ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos? 34 E, olhando em redor para os que estavam assentados junto dele disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos. 35 Porquanto qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã, e minha mãe.

Lucas 8: 19 E foram ter com ele sua mãe e seus irmãos e não podiam aproximar-se dele, por causa da multidão. 20 E foi-lhe dito: Estão lá fora tua mãe e teus irmãos, que querem ver-te. 21 Mas, respondendo ele, disse-lhes: Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a executam.

João 7: 3 Disseram-lhe, pois, seus irmãos: Sai daqui e vai para a Judeia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes. 4 Porque não há ninguém que procure ser conhecido que faça coisa alguma em oculto. Se fazes essas coisas, manifesta-te ao mundo. 5 Porque nem mesmo seus irmãos criam nele.

Esta tese foi extraída, sobretudo de João 7: 3 a 5, a partir duma possível extrapolação “porque nem mesmo seus irmãos criam nele”! Na verdade, o conselho dos irmãos, longe de poder ser apenas um mero reparo cínico e irónico, poderia ser também e sobretudo um encorajamento. A tese de que nem os irmãos acreditavam nele deve ter sido uma intriga tardia surgida na altura em que a casa dos familiares de Maria Madalena (a inspiradora do evangelho de João), que enquanto esposa de Jesus nas bodas de Cana seria a legítima herdeira de Jesus, enquanto primeira-dama, teria sido preterida a favor de Tiago, o irmão de Jesus, para cabeça da igreja de Jerusalém.

Das referências dos outros sinópticos apenas se pode inferir que Jesus andaria aborrecido pontualmente com a família, incluindo nesta a própria mãe, precisamente por razões relativas à forma como Jesus estava a conduzir o processo messiânico em que a politica familiar de Jesus estava obviamente empenhada também! De resto, se as coisas fossem tão anti-naturais como os dogmáticos, adeptos da “virgindade perpétua da Virgem Maria” pretendem então, também a Mãe de Jesus preferia tomar o partido dos supostos primos ou teria sido uma boa oportunidade para o evangelista ter sido claro colocando os parentes de Jesus no seu devido lugar tratando-os apenas como primos e não como parentes tão próximos quanto irmãos de sangue! Enfim, se os sagrados escritores acreditavam na “virgindade perpétua de Maria” então andaram muito mal inspirados de Espírito Santo!

Lucas 6: 15 Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelote; 16 Judas, filho {ou irmão} de Tiago, e Judas Iscariotes, que foi o traidor.

Alexandrian: kai ioudan iakwbou kai ioudan iskariwq oV egeneto prodothV

Latin Vulgate: Iudam Iacobi et Iudam Scarioth qui fuit proditor

As más traduções permitem todo o tipo de equívocos! Tanto o grego quanto o latim referem Jacob no genitivo o que só pode significar o que for mais adequado no contexto. Obviamente que, se a intenção fosse a de excluir os irmãos de Jesus do círculo dos seus discípulos a partir do preconceito de que estes não teriam acreditado na forma mística e transcendente como Jesus entendeu a sua missão messiânica então este Judas passaria a ser filho de um tal Tiago diverso do que era tido por irmão de Jesus e teríamos um Judas que também não seria irmão de Jesus como discípulo.

A verdade é que só o simples facto de este poder ser o irmão mais velho candidato ao trono dos judeus já era uma vantagem social e politica (se bem que também uma carga de responsabilidades e trabalhos) para a família! Claro que o apóstolo Judas só poderia ser irmão de Tiago, filho de Alfeu, até porque outros contextos o confirmam.

De qualquer dos modos é evidente que poderia haver alguma tensão política entre Jesus e os seus irmãos, particularmente com Tiago porque este, sedo o seu sucessor imediato, poderia sentir alguma pressa em chegar ao sumo sacerdócio messiânico e sadoquista que a família sacerdotal davídica de Jesus representava. É mesmo possível que os irmãos de Jesus soubessem que ele era apenas seu meio-irmão e teria por isso pouca legitimidade davídica por não ser filho do pai deles de quem a linha do levirato sadoquista descendia.

De resto, a personalidade de S. Tiago, que se veio a revelar muito mais rigidamente nazarena, zelota e tradicionalista, ou seja muito mais fanática no judaísmo radical, seria fonte de algum atrito entre ambos. De resto, é interessante notar que a tradição de rigidez moral e de rigor sexual do cristianismo monástico deve ser procurada da herança de S. Tiago e não na de um Jesus acusado de frequentar as más companhias de bêbados, prostitutas e publicanos.

Actos 1: 13 E, entrando, subiram ao cenáculo, onde habitavam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, (filho) de Tiago.[2]

Judas 1 1 Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos chamados, queridos em Deus Pai e conservados por Jesus Cristo:[3]

Judas acaba por esclarecer as dúvidas na sua epístola ao afirmar-se claramente como irmão do mesmo Tiago que referido no contexto dos actos só poderia ser o filho de Alfeu. Seria este Tiago o irmão de Jesus?

Claro que sim, porque é que não haveria de ser?

Com o mesmo termo eram referidos como irmão de Jesus outros cuja consanguinidade nunca foi contestada, como foi o caso dos filhos de Zebedeu.

Mateus 13: 55 Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, e José, e Simão, e Judas?

Na verdade, dos irmãos de Jesus apenas José não aparece na lista dos apóstolos o que não é suficiente para concluir que os restantes irmãos também não eram, de igual modo, nomes da lista conhecida dos apóstolos! Sabemos de Tiago, irmão de Jesus, que veio a ser o bispo de Jerusalém com a anuência dos restantes apóstolos o que permite inferir com segurança que este era um deles tal como os restantes irmãos pois de outro modo seriam coincidência de nomes a mais. Quanto a José, quem sabe se não seria ele o José de Arimateia?

A Igreja Paulina e romana e o papado herdeiro do legado de Constantino irão obliterar por completo a importância de S. Tiago como primeiro papa de Jerusalém. No entanto não deixa de ser estranho que a tradição do culto de S. Tiago tenha chegado muito cedo ao extremo da Europa e permanecido na tradição cristã nos caminhos de Compostela alternativos à demanda de Jerusalém. Também não deixa de ser muito estranha que as primeiras vítimas do que vira a ser a Inquisição espanhola teriam sido os priscilianos oriundos da Galiza cujos restos mortais se encontram envoltos nas brumas das lendas compostelenses.

Alrededor del año 354 d.C., tuvo lugar en España un importante intento de restauración de la iglesia al patrón escritural, cuyo representante más prominente fue Prisciliano, más tarde obispo de Ávila. La importancia de este movimiento de hermanos radica, entre otras cosas, en que con ellos la Cristiandad Organizada inició la práctica de ejecutar por mano del estado a aquellos que divergían de las prácticas y doctrinas eclesiásticas oficiales, mediante juicios espurios, donde se intentaba probar cargos de herejías maniqueas y gnósticas. La pena por dichas faltas era la muerte, de acuerdo con el derecho romano que imperaba en esos días.

(…) Por ello, en oposición a la enseñanza oficial, defendían el derecho de todos los creyentes a leer y estudiar sus Biblias, y rechazaban tomar la Cena del Señor con personas de dudosa espiritualidad y carácter mundano. (…) Por otra parte, consideraban que la salvación no se obtenía mágicamente por medio de «los sacramentos» de la iglesia oficial, sino como resultado de una conversión espiritual, que implicaba, a su vez, un decidido cambio de vida y conducta.

(…) Prisciliano era un «laico», pero su gran habilidad fue notada por la iglesia oficial y se le confirió el cargo de obispo de Ávila. Sus enseñanzas, su vida santa y su popularidad, sin embargo, provocaron una dura reacción del clero español. No sin razón, vieron en sus enseñanzas una gran amenaza contra las doctrinas y prácticas establecidas, pues tendía a disolver la distinción entre clérigos y laicos, al negar la eficacia de los sacramentos como medios de gracia, y a exaltar la Escritura como único medio de gracia a través de la fe. (…)

Los restos de Prisciliano, y los otros seis hermanos ejecutados con él, fueron llevados a España y enterrados con la honra que se daba a los mártires. Sin embargo, un próximo sínodo en Treves avaló el juicio de Prisciliano al sancionar oficialmente la autoridad de la Cristiandad Organizada para ejecutar a los herejes y disidentes. Esto fue ratificado por el sínodo de Braga, 176 años después. La parte de la historia de la Iglesia que no ha sido debidamente contada. Los priscilianos, Rodrigo Abarca.

Seja como for, transparece do que já se sabe que Prisciliano seguia uma tradição cristã que tinha uma forte tradição galega de rigor moral nazareno e que perdurou por muito tempo em Portugal, no norte de Espanha e em parte da França particularmente onde vieram a aparecer os cátaros. Que terá feito com que as opções religiosas de um recém-convertido ao cristianismo, como foi o caso de Prisciliano, se tivessem tornado subitamente tão populares no ocidente peninsular? Muito possivelmente o facto de ser esta a tradição que perdurava por estas regiões remotas do império romano desde possivelmente o início do cristianismo que terá sido muito precoce visto que muitos judeus e cristãos primitivos fugidos da guerra da Judeia se terão refugiado no extremo peninsular da Península Ibérica. De resto, também não será por acaso que a mais antiga e florescente comunidade de judeus na Europa tenha sido peninsular.

 

Ver: SÃO SALVADOR DO MUNDO, O BOM JESUS DO MONTE (***)

 

Assim sendo, há que fazer fé nas lendas que fazem da igreja bracarense a mais antiga da cristandade ocidental apesar de estas andarem evidentemente mal contadas desde logo por se ter feito confusão entre S. Tiago Maior, irmão de S. João Evangelista porque a Igreja romana e Paulina sempre se aproveitou destes primos de Jesus para obliterar o papel do irmão de Jesus, S. Tiago Menor. Obviamente que é impossível provar qual dos dois Tiagos terá trazido o cristianismo da Judeia para Braga, porque seriam ambos nazarenos e zelotas.

De qualquer modo, é um facto irrelevante porque de Tiago Maior, filho de Zebedeu, era como o seu irmão João um filho do trovãoe seria tão nazareno como S. Tiago Menor, o irmão de Jesus, filho de Alfeu e também chamado o Justo. Claro que foi um erro premeditado ter feito do S. Tiago, filho de Zebedeu um discípulo maior em oposição a S. Tiago menor porque em rigor foi este o sucessor de Jesus e por isso o maior ainda que como disse Jesus, precisamente a propósito das manias das grandezas dos filhos de Zebedeu, “se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos”.

Assim, é suspeito de que a tradição de S. Tiago de Compostela e de S. João de Braga se reportem não aos filhos de Zebedeu mas precisamente à linha messiânica dos zelotas desde Judas o galileu e que entraram na tradição cristã como S. João Batista e S. Tiago o justo e primeiro sumo-sacerdote, ou seja papa, da cristandade.

 



[1] Young People's Bible Dictionary, by Barbara Smith (Philadelphia: Westminster, 1965).

[2] Acts 1:13 "...James, the son of Alphaeus, and Simon Zelo'tes, and Jude the brother of James..."

[3] Jude 1:1 "Jude, a servant of Jesus Christ and brother of James..."

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