Mar. 11, 11 E Jesus entrou em Jerusalém, no templo, e, tendo visto tudo ao redor, como fosse já tarde, saiu para Betânia, com os doze. 12 E, no dia seguinte, (...) 15 E vieram a Jerusalém; e Jesus, entrando no templo, começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo; e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. 16 E não consentia que ninguém levasse algum vaso pelo templo. 17 E os ensinava, dizendo: Não está escrito: A minha casa será chamada por todas as nações casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões. 18 E os escribas e príncipes dos sacerdotes, tendo ouvido isso, buscavam ocasião para o matar; pois eles o temiam porque toda a multidão estava admirada acerca da sua doutrina. 19 E, sendo já tarde, saiu para fora da cidade. | Mat: 21, 11 12 E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. 13 E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração. Mas vós a tendes convertido em covil de ladrões. 14 E foram ter com ele ao templo cegos e coxos, e curou-os. | Luc. (...) 45 E, entrando no templo, começou a expulsar todos os que nele vendiam e compravam, 46 dizendo-lhes: Está escrito: A minha casa é casa de oração; mas vós fizestes dela covil de salteadores. |
João 2: 13 E estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. 14 E achou no templo os que vendiam bois, e ovelhas, e pombos, e os cambistas assentados. 15 E, tendo feito um azorrague de cordéis, lançou todos fora do templo, bem como os bois e ovelhas; e espalhou o dinheiro dos cambistas, e derribou as mesas, 16 e disse aos que vendiam pombos: Tirai daqui estes e não façais da casa de meu Pai casa de vendas. 17 E os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me devorará. 18 Responderam, pois, os judeus e disseram-lhe: Que sinal nos mostras para fazeres isso? 19 Jesus respondeu e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei. 20 Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos, foi edificado este templo, e tu o levantarás em três dias? 21 Mas ele falava do templo do seu corpo. 22 Quando, pois, ressuscitou dos mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isso; e creram na Escritura e na palavra que Jesus tinha dito. |
Salmo 69:9 “Pois o zelo da tua casa me devorou, e as afrontas dos que te afrontam caíram sobre mim.”
Os sinópticos tentaram minimizar a gravidade desta cena descrevendo-a sumariamente ao ponto de aversão sintética de Lucas se quase apenas uma inócua indignação de zelo sacerdotal meramente começada! A descrição detalhada de João é já mais violenta porque envolve o uso dum chicote de cordas entrelaçadas e a expulsão de tudo e todos, o derrube de mesas e o espalhar de dinheiro. O tratamento especial de pombos deixa a suspeita de que Jesus teria um resto de simpatia pelo sacrifico destas aves que eram o símbolo dos nazorenos.
A afirmação de Marcos “tendo ouvido isso, buscavam ocasião para o matar” é mais uma tentativa ingénua para minimizar a gravidade do sucedido!
O contexto imediato de ambos os relatos mostra que a primeira purificação ocorreu no início do ministério público de Jesus. A segunda ocorreu após Sua entrada triunfal em Jerusalém, logo antes de sua rejeição e crucificação. Não posso falar por ninguém mais além de mim mesmo, mas para mim, essas passagens das Escrituras retratam um homem macho - alguém que tinha coragem suficiente para recorrer à força física, se necessário. A noção atualmente popular que Jesus Cristo era um pacifista e nunca teria coragem de erguer um dedo contra outra pessoa é claramente errônea, de acordo com essas duas passagens. Será que o Senhor fez o azorrague de cordéis apenas para impressionar? Observe que o texto diz que Ele fez o azorrague "e lançou todos fora do templo, também os bois e ovelhas..." Meus amigos, Jesus Cristo - o perfeito e imaculado Filho de Deus - não somente exibiu premeditação (fazer o azorrague mostra o intento de suas ações subseqüentes), mas em justa indignação também usou esse azorrague - dando-lhes um incentivo adicional para deixarem aquele lugar! Não temos como saber exatamente quantas pessoas estavam presentes naquelas ocasiões, mas parece seguro assumir que eram bastante. Devido ao grande número de adoradores que rotineiramente utilizavam os serviços oferecidos (trocar moedas romanas por dinheiro judaico requerido para as ofertas do templo - e a venda dos animais a serem sacrificados), é provável que vários indivíduos ganhavam a vida ali. Ora, a natureza humana normalmente não se finge de morta quando são feitas tentativas de perturbar a forma de alguém ganhar a vida! Portanto, é altamente provável que aqueles homens não se retiraram pacificamente e devem ter oferecido resistência. Isso, é claro, somente serve para reforçar o nível de coragem e convicção mostrado por nosso Senhor. -- Autor: Pr. Ron Riffe Data da publicação: 28/6/2004.
Sobe o ponto de vista penal desta vez Jesus ultrapassou as marcas do seu inconformismo ao atacar directamente o coração dos interesses económicos da classe instalada no poder dos judeus e de que os romanos se serviam para proveito próprio, pelos visto com intenção de construir o aqueduto de Jerusalém. Se a destruição de propriedade alheia e a expulsão de pessoas do seu local de negócio é crime em qualquer Código Penal, então Jesus desta vez pecou!
Obviamente que este acto isolado foi pouco consequente e só pode ser uma prova de machismo para homens inseguros! Jesus foi sempre relutante em relação a uma tomado do poder pela força e este gesto de messianismo subitamente musculado deve ter sido mais uma teatralização simbólicas do que um incitamento à tomada do poder mas os factos posteriores subentendidos noutras passagens da Paixão deixam antever que os zelotas terão levado à letra este gesto e aproveitado para tomarem o templo por uns dias ou semanas.
O simbolismo do gesto de Jesus tinha subjacente a revolta de Matias, o fundador do messianismo temporal judaico.
Matatias respondeu-lhes com voz forte: «Ainda que todas as nações que formam o império do rei renegassem a fé dos seus pais e obedecessem às suas ordens, 20eu, os meus filhos e os meus irmãos, obedeceremos à aliança dos nossos antepassados. 21Que Deus nos preserve de abandonar a lei e os seus preceitos! 22Não escutaremos as ordens do rei e não nos desviaremos da nossa religião, nem para a direita, nem para a esquerda.» 23Mal acabara de falar, eis que um judeu, à vista de todos, se aproximou para imolar no altar de Modin, conforme as ordens do rei. 24Matatias, ao vê-lo, e no ardor do seu zelo, sentiu estremecer as suas entranhas. Num ímpeto de indignação pela lei, atirou-se sobre ele e matou-o mesmo no altar. 25Ao mesmo tempo, matou o delegado do rei, que obrigava a sacrificar, e destruiu o altar. 26Com semelhante gesto mostrou o seu amor pela lei, como fizera Fineias, a respeito de Zimeri, filho de Salú. 27Então, em altos brados, Matatias levantou a voz através da cidade e disse: «Aquele que sentir zelo pela lei e permanecer fiel à aliança, venha e siga-me.» 28E fugiu com os filhos, em direcção às montanhas, abandonando todos os seus bens na cidade. -- 1.º Macabeus 2
Após terem recuperado Jerusalém e o Templo, os Macabeus ordenaram que o Templo fosse limpo, um novo altar construído no lugar daquele poluído e novos objectos sagrados fossem feitos. Quando o fogo foi renovado sobre o altar e as lâmpadas dos candelabros foram acesas, a “dedicação do altar” foi celebrada por oito dias de festas (Mac. 1 vers. 36).
Ou seja, é quase seguro que “a expulsão dos vendilhões do templo” não se tenha dado no Sábado anterior ao da Páscoa nem na festa dos Tabernáculos mas no pino do Inverno, durante a festa da Dedicação ou Chanucá.
Marc: 11, 15 E vieram a Jerusalém; e Jesus, entrando no templo, começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo; e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. 16 E não consentia que ninguém levasse algum vaso.
Decididamente desta vez Jesus ultrapassou as marcas ao atacar directamente o coração dos interesses económicos da classe instalada no poder dos judeus e de que os romanos se serviam para proveito próprio, pelos visto com intenção de construir o aqueduto de Jerusalém.
A simbologia, tão cara a Jesus, desta festa comemorativa coadunava-se com um pretexto insurreccional que era o facto de Pilatos pretender usar os tesouros do templo para fins meramente helenísticos, com algum proveito próprio, obviamente porque a corrupção em obras públicas não é uma descoberta moderna!
A afirmação de Marcos de que Jesus “não consentia que ninguém levasse algum vaso” sugere que houve pilhagens populares, como costuma acontecer em insurreições deste tipo, mas que de modo algum poderia haver uma nova profanação do templo.
Que uma sedição destas não tivesse sido seguida de vandalismo e rapinas populares seria milagre a mais, mesmo para uma figura como Jesus! O brado que não seria se um católico esquerdista resolvesse fazer o mesmo nas lojas de recordações do Santuário de Fátima?
Jesus teve a coragem de voltar ao templo no dia seguinte onde teve a sua última oportunidade para convencer os judeus a darem-lhe o poder messiânico. O ambiente era o de festa e portanto cheio de judeus emigrantes e a sedição dos zelotes do dia anterior teria deixado as autoridades um pouco desprevenidas e receosas de tumultos populares ainda mais violentos pelo que decidiram não apelar à intervenção directa das tropas romanas, que se tivessem intervindo na altura teriam feito um autêntico massacre de graves repercussões internacionais, como outros ocorridos antes e depois.
Obviamente que a finalidade da fúria integrista e catarina da véspera seria a tomada do poder pela força e o facto de Jesus ter abandonado a cidade por ser tarde e regressado calmamente no dia seguinte prova que o seus capangas zelotas terão conseguido dominar a situação por algum tempo. Mas Jesus não terá logrado tomar o poder por não ter havido passagem de testemunho nem a aceitação tácita ou explícita da sua autoridade por parte dos notáveis do Templo. Como o poder legitima o exercício da violência autoritária só assim se explica que se encontrem indícios dum confronte de autoridades na passagem Marc. 11: 27-33.
Marc.11 27 E tornaram a Jerusalém; e, andando ele pelo templo, os principais dos sacerdotes, e os escribas, e os anciãos se aproximaram dele 28 e lhe disseram: Com que autoridade fazes tu estas coisas? Ou quem te deu tal autoridade para fazer estas coisas?
João, falando seguramente do mesmo é então mais explícito ao confirmar-nos que estes acontecimentos terão ocorrido durante a Festa da Dedicação.
João, 10: 22 E em Jerusalém havia a Festa da Dedicação, e era inverno. 23 E Jesus passeava no templo, no alpendre de Salomão. 24 Rodearam-no, pois, os judeus e disseram-lhe: Até quando terás a nossa alma suspensa? Se tu és o Cristo, diz-no-lo abertamente.
Ver: O MESSIAS (***)
Na verdade, as querelas semânticas só fazem escaramuça quando colidem de frente com a legitimidade do poder pelo que podemos inferir que, se os hossanas ao filho de David duns meses antes já tinham sido graves, algo aconteceu agora que ultrapassou as marcas da rebeldia natural dum profeta messiânico.
Que uma sedição destas não tivesse sido seguida de vandalismo e rapinas populares seria milagre a mais, mesmo para uma figura milagreira como Jesus! O brado que não seria se um católico esquerdista resolvesse fazer o mesmo nas lojas de recordações do Santuário de Fátima? Todo o mundo viria a saber disso e o mesmo aconteceria na época, pelo menos nos ambientes judaicos onde o caso passou no mínimo por ter sido uma grave profanação de templo levada a cabo pela seita dos nasorenos, como se refere nos Actos a respeito de Paulo!
Actos 24: 5 Temos achado que este homem é uma peste e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo, e o principal defensor da seita dos nazorenos; 6 o qual intentou também profanar o templo; e, por isso, o prendemos e, conforme a nossa lei, o quisemos julgar.
Obviamente que a finalidade da fúria nazorena, integrista e catarina, da “expulsão dos vendilhões” seria a tomada do poder pela força e algum motivo de particular indignação popular haveria para tamanha ousadia!
"Foi naquele tempo (por ocasião da sublevação contra Pilatos que queria servir-se do tesouro do Templo para aduzir a Jerusalém a água de um manancial longínquo), que apareceu Jesus (Flávio Josefo, História dos Hebreus, Antiguidades Judaicas, XVIII, III, 3 , ed. cit. p. 254).
Mas ele estava em muito oposto à lei e não observava o sábado de acordo com os costumes ancestrais, contudo não fez nada de impuro, sujo, nem mesmo manualmente, pois trabalhava só com a palavra. (…) E muitas almas foram subvertidas, pensando que por ele as tribos de Israel se livrariam das mãos dos romanos. Era seu hábito frequente permanecer no Monte das Oliveiras, em frente da cidade; e era também lá que ele [gratuitamente] curava pessoas. Eali se juntaram cerca de 150 sicários e uma multidão das pessoas, creditando que apenas pelo poder da sua palavra ele faria tudo o que eles queriam. Eles esperavam que ele entrasse na cidade, matasse as tropas romanas e Pilatos, e reinasse sobre eles. Mas ele, nada fez por isso. Depois, quando notícias disto chegaram aos líderes judeus, eles reuniram-se em assembleia com aos chefes dos sacerdotes e disseram: Nós somos impotentes como um arco frouxo e demasiado fracos para atacarmos os romanos. Deixai-nos ir informar Pilatos do que nós ouvimos para nos livrarmos desta angústia; Se a qualquer momento ele ouvir tudo disto de outros, nós seremos privados dos nossos bens, matar-nos-á, e exilará os nossos filhos. E eles foram informar Pilatos. E ele veio e matou muitas daquelas pessoas e trouxe aquele charlatão. -- Versão eslávica de Josefo, GUERRA JUDIA. [1]
Pelos vistos as coisas correram muito mal para o lado dos revoltosos como descreve Josefo noutro ponto da sua História da Judeia.
Después movió otra revuelta. Tienen los judíos un tesoro sagrado, al cual llaman Corbonan, y mandó-lo gastar en traer el agua, la cual hizo que viniese de trescientos estadios lejos; por esto, pues, el vulgo y todo el pueblo echaba quejas, de tal manera, que viniendo a Jerusalén Pilato, y saliendo a su tribunal, lo cercaron los judíos; pero él habíase ya para ello proveído, porque había puesto soldados armados entre el pueblo, cubiertos con vestidos y disimulados; mandó-les que no los hiriesen con las espadas, pero que les diesen de palos si se movían a algo. Ordenadas, pues, de esta manera las cosas, dio señal del tribunal, a donde estaba, y herían de esta manera a los judíos, de los cuales murieron muchos por las heridas grandes que allí recibieron, y muchos otros perecieron pisados por huir miserablemente. – Capítulo VIII, Del regimiento de Pilato y de su gobierno. -- Las Guerras de los Judíos, Flavio Josefo.
Esta táctica do soldado encoberto virá a ser referida por Josefo noutro contexto.
(…) Para realizar o seu intento, prometeu uma grande quantia a um certo Dora, de Jerusalém, a quem Jônatas considerava um amigo íntimo. Esse homem perverso, para cumprir o acordo de matar Jônatas, assalariou alguns ladrões. Eles vieram à cidade sob pretexto de devoção, mas com punhais escondidos sob as vestes, e, misturados aos servidores de Jônatas, mataramno. Esses assassinos não foram castigados por esse crime e continuaram a aparecer do mesmo modo nas festas que aconteceram depois. Misturando-se à multidão, matavam também aqueles que odiavam ou os que haviam determinado matar a troco de dinheiro. -- Flávio Josefo, HISTÓRIA dos HEBREUS de Abraão à queda de Jerusalém. Traduzido por Vicente Pedroso.
Não podemos garantir se as coisas terão acontecido exactamente assim ou se o episódio descrito no tempo de Floro por Josefo relativamente à revolta de um falso profeta egípcio, precisamente no monte das Oliveiras, não terá sido o que ocorreu com a expulsão dos vendilhões do templo.
Pero mayor daño causó a todos los judíos un hombre egipcio, falso profeta: porque, viniendo a la provincia de ellos, siendo mago, quería-se poner nombre de profeta, y juntó con él casi treinta mil hombres, engañándolos con vanidades, y trayéndolos consigo de la soledad adonde estaban, al monte que se llama de las Olivas, trabajaba por venir de allí a Jerusalén, y echar la guarnición de los romanos, y hacerse señor de todo el pueblo.
Habíase juntado para poner por obra esta maldad mucha gente de guarda; pero viendo esto Félix, proveyó en ello; y saliéndoles con la gente romana muy armada y en orden, y ayudándole toda la otra muchedumbre de judíos, dióle la batalla. Huyó salvo el egipcio con algunos; y presos los otros, muchos fueron puestos en la cárcel, y los demás se volvieron a sus tierras. -- Capítulo XII, De las revueltas que acontecieron en Judea en tiempo de Félix. -- Las Guerras de los Judíos, Flavio Josefo.
Não pudemos garantir se o timing dos acontecimentos foi exactamente o proposto pelas teses do ateísmo positivista. Jesus conhecia as profecias e sabia tirar partido delas e também sabia usar de truques mágicos quando as circunstâncias eram adequadas. Talvez Jesus esperasse por um levantamento popular generalizado que não veio a acontecer mas é duvidoso que Jesus fosse tão frouxo ao ponde de acreditar que poderia tomar o templo apenas com duas espadas.
Pharisees were the Jewish loyalists; they were the party of the common people. It was the Sadducees who were the Roman quislings. The Zealots were materialistic or humanistic Pharisees, rejecting the notion that God was going to help them escape Roman tyranny. They taught that it was their responsibility to free themselves and not to depend upon God. Although Jesus is said to have had several Zealots among his disciples, Jesus was clearly of the opposite persuasion in that he hoped for supernatural intervention in Judaea's political affairs. This is shown by the clear references to his attempts to fulfill various prophecies in Zechariah, which goes on to describe a miraculous "cleaving" of the Mount of Olives. Another clue is that he instructed his disciples to bring only a few swords to fight off the expected legions who would take the tip from Judas, whose job was to entice the Romans over to where God was going to strike: the Mount of Olives. Unfortunately for Jesus, God didn't follow through; he was arrested and killed as a rebel against Rome. Rebellion was the only crime that earned crucifixion; if Jesus was crucified, it was because he was convicted of rebellion against Rome. -- [2]
Pelo contrário, Jesus teria a respeito dum afrontamento armado directo contra a potência romana ocupante a mesma percepção que teve Gandi 20 séculos mais tarde contra os Ingleses.
De resto a cena das duas espadas deve estar aqui desfasada no tempo, ou seja, antecipada em cerca de 3 meses em relação à “expulsão do templo” que ocorreu na festa da Dedicação e deve ser referida ao momento da rendição que veio a acontecer segundo os canónicos poucos dias antes da Pascoa seguinte.
Depois, quando notícias disto chegaram aos líderes judeus, eles reuniram-se em assembleia com aos chefes dos sacerdotes e disseram: Nós somos impotentes como um arco frouxo e demasiado fracos para atacarmos os romanos. Deixai-nos ir informar Pilatos do que nós ouvimos para nos livrarmos desta angústia; Se a qualquer momento ele ouvir tudo disto de outros, nós seremos privados dos nossos bens, matar-nos-á, e exilará os nossos filhos. E eles foram informar Pilatos. E ele veio e matou muitas daquelas pessoas e trouxe aquele charlatão. -- Versão eslávica de Josefo, GUERRA JUDIA. [3]
A evidência é a de que, de facto, Jesus liderou de mau grado, como todos os vários Messias que aparecerem depois da época dos Macabeus, um processo de libertação do povo de Israel como a versão, ainda que obviamente apócrifa mas provavelmente copiada de versões menos apócrifas, mas perdidas, uma revolta contra a dominação romana, única razão que poderia justificar a universalidade do nome mecânico de Jesus, o Cristo.
Então, o sumo-sacerdote declarou que, sob pena de anátema, ninguém deveria dizer uma só palavra em defesa de Jesus; e falou com Herodes e para o governador, nestes termos: “Em todo caso nós temos uma má sorte em nossas mãos, pois se nós matarmos este pecador agiremos ao contrário do mandato que temos de César, e se nós o deixarmos viver e ele se fazer o rei, como irá este assunto acabar? Então Herodes levantou-se e afrontou o governador, dizendo: “Livrai-vos de, por favorecerdes esse homem, este país se revoltar: porque eu vos acusarei diante de César, como um traidor”. Então o governador temeu o Sinédrio e fez-se amigo de Herodes (pois até ai eles tinham ódio de morte um ao outro), e eles acordaram ambos a morte de Jesus, e disse ao sumo-sacerdote: “Assim que saibais onde está o malfeitor, enviai-o, porque nós vos daremos os soldados que precisareis para tal”. – Evangelho de Barnabás.[4].
Obviamente que sabemos que o apócrifo de Barnabé é uma das poucas manipulações no seio da cultura árabe com o intuito premeditado de colocar os evangelhos de acordo com o Corão mas nada nos impede de aceitar que esta manipulação não tenha sido feita sobre um dos muitos evangelhos que circulavam nas primeiras comunidades de cristão e que, por isso mesmo tenha o seu fundo de verdade, sobretudo porque esta acaba por ser mais do que óbvia perante os acontecimentos da Paixão de Jesus.
O que terá acontecido é que Jesus andou pelo templo até à chegada dos romanos e então, como o milagre da sua vinda triunfal só se daria depois da sua morte e ressurreição, decidiu fugir para locais seguros da Judeia.
João 11: 54 De sorte que Jesus já não andava manifestamente entre os judeus, mas retirou-se dali para a região vizinha ao deserto, a uma cidade chamada Efraim; e ali demorou com os seus discípulos. 55 Ora, estava próxima a Páscoa dos judeus, e dessa região subiram muitos a Jerusalém, antes da Páscoa, para se purificarem. 56 Buscavam, pois, a Jesus e diziam uns aos outros, estando no templo: Que vos parece? Não virá ele à festa? 57 Ora, os principais sacerdotes e os fariseus tinham dado ordem que, se alguém soubesse onde ele estava, o denunciasse, para que o prendessem.
De facto, conjugando a informação do evangelho de Barnabé com a versão eslávica de Josefo ficamos a conhecer os motivos próximos da insurreição judaica descrita nos quatro evangelhos como “expulsão dos vendilhões” do templo. Pilatos pretendia construir um aqueduto para ir buscar águas a um manancial longínquo o que só poderia regozijar a população de Jerusalém. O problema estava no financiamento que Pilatos pretendia que fosse a expensas do tesouro do templo e esse já era uma matéria de interesse nacional para todos os judeus que viam neste tesouro não apenas o prestígio da sua nação, do seu templo e a garantia da sua independência como a sua única fonte de apoio social.
A inimizade de Pilatos para com Herodes resultava das intricadas relações de poder na Palestina daquele tempo.
Noutros tempos Antipas era mais sensível à tradição judia. As suas moedas não mostram nenhuma imagem, o que teria violado as prescrições judias contra idolatria. Qaundo Pilate, governador de Judeia de DC 26 a 36, afrontou os Judeus colocando escudos votivos no palácio real de Jerusalém, Antipas e os irmãos solicitaram com sucesso a sua remoção.[5]
Por seu lado Pilatos via neste tesouro uma boa oportunidade de brilhar na história na sua carreira como grande helenista sem grandes custos para o império e com a vantagem adicional de garantir também o seu enriquecimento pessoal pois a corrupção dos altos dirigentes a pretexto de grandiosas obras públicas não é uma invenção da corrupção administrativa moderna. A revolta, que se suspeitava que Jesus iria levar a cabo no templo, poderia servir de pretexto a Pilatos para acusar os zelotas do desvio do tesouro e quem poderá alguma vez saber os meandros secretos e cumplicidades obscuras que ter acontecido? Sabemos que Jesus estava bem informado do que se passava na casa de Herodes porque uma das mulheres do seu harém era ali. Seria Jesus um discreto e secreto informador de Pilatos decorrendo daí a simpatia que este nutria por Jesus e que os canónicos disfarçam mal e Herodes denuncia no evangelho de Barnabás? Teria a esposa de Pilatos também uma criada estrategicamente ali colocada pelos essénicos e conhecida de Jesus?
De qualquer modo não é assim tão estranho que Pilatos não tenha entrado imediatamente no templo logo após a “expulsão dos vendilhões” do templo!
O quadro em que o evangelho pinta Pilatos como um homem bondoso é também uma completa falta de senso. O Imperador Tibério queria manter a paz e a ordem numa área sensível mas politicamente importante do império. Para adquirir a confiança de pelo menos alguns dos elementos da população ele permitiu aos judeus privilégios religiosos: eles podiam praticar a sua própria religião; estavam isentos de serviço militar; Os soldados romanos não podiam insultar a religião judia sob pena de morte e estavam sujeito as penalidades judia de morte se pisassem solo do templo para além do pátio dos gentios. -- A Tentativa de Jesus, © Dr M que D Magee Conteúdos Atualizaram: 28 1998 de Outubro.[6]
Mesmo depois de confrontado e ameaçado por Herodes este apenas se limitou a disponibilizar-se a ajudar as autoridades do templo com os soldados que estas necessitassem. E tudo isto deve ter demorado algumas semanas de negociações, o tempo durante o qual Jesus andou à vontade pelo Templo sob a vigilância discreta dos zelotas! Com a chegada dos romanos e, como o milagre da sua vinda triunfal só se daria depois da sua morte e ressurreição, então decidiu fugir para locais seguros da Galileia, possivelmente entre os essénicos do deserto transjodânico numa qualquer cidade de refúgio nas montanhas de Efraim.
(Números 35:13-15) - E das cidades que derdes haverá seis cidades de Refúgio para vós. Três destas cidades dareis além do Jordão, e três destas cidades dareis na terra de Canaã; cidades de Refúgio serão. Serão por Refúgio estas seis cidades para os filhos de Israel, e para o estrangeiro, e para o que se hospedar no meio deles, para que ali se acolha aquele que matar a alguém por engano. (Josué 20:7-8) - Então designaram a Quedes na Galiléia, na montanha de Naftali, e a Siquém, na montanha de Efraim, e a Quiriate-Arba (esta é Hebrom), na montanha de Judá. E, além do Jordão, na direção de Jericó para o oriente, designaram a Bezer, no deserto, na campina da tribo de Rúben, e a Ramote, em Gileade da tribo de Gade, e a Golã, em Basã da tribo de Manassés.
Sendo assim, a versão eslávica de Josefo estaria mal acabada porque desde a festa de Outono dos Tabernáculos até à Pascoa da Primavera seguinte Jesus terá andado meio ano a ser julgado à revelia pelo Sinédrio e só desceu a Jerusalém para ressuscitar Lázaro porque já tinha decidido desencadear de seguida a sua Paixão, de acordo com o seu próprio calendário messiânico.
Ver: LÁZARO (***)
João 11: 46 Mas alguns deles foram ter com os fariseus e disseram-lhes o que Jesus tinha feito. 47 Depois, os principais dos sacerdotes e os fariseus formaram conselho e diziam: Que faremos? Porquanto este homem faz muitos sinais. 48 Se o deixamos assim, todos crerão nele, e virão os romanos e tirar-nos-ão o nosso lugar e a nação. 49 E Caifás, um deles, que era sumo-sacerdote naquele ano, lhes disse: Vós nada sabeis, 50 nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo e que não pereça toda a nação. 51 Ora, ele não disse isso de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação. 52 E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus que andavam dispersos. 53 Desde aquele dia, pois, consultavam-se para o matarem.
Claro que, como ficou registado no evangelho de Barnabás e veio a acontecer segundos os sinópticos, os judeus não podiam decretar a pena de morte senão por apedrejamento. Mas este teria que ter o apoio público do povo, o que os saduceus desconfiavam que não teriam. Há quem diga que nem os fariseus estavam de acordo com a morte de Jesus. Mesmo assim, Jesus voltou à clandestinidade porque já tinha decidido desencadear a sua Paixão apenas de acordo com o seu próprio calendário messiânico.
54 De sorte que Jesus já não andava manifestamente entre os judeus, mas retirou-se dali para a região vizinha ao deserto, a uma cidade chamada Efraim; e ali demorou com os seus discípulos. 55 Ora, estava próxima a Páscoa dos judeus, e dessa região subiram muitos a Jerusalém, antes da Páscoa, para se purificarem. 56 Buscavam, pois, a Jesus e diziam uns aos outros, estando no templo: Que vos parece? Não virá ele à festa? 57 Ora, os principais sacerdotes e os fariseus tinham dado ordem que, se alguém soubesse onde ele estava, o denunciasse, para que o prendessem.
De resto, o facto de Jesus ter abandonado a cidade por ser tarde não significa que todos os seus capangas zelotas o terão conseguido. A troca de presos do episódio de Barrabás e os dois salteadores que foram presos com Jesus são prova disso. Assim, temos pelo menos um motivo plausível pelo qual Jesus passou a delinear a sua entrega a partir deste dia. Seria Barrabás um prisioneiro tão importante para Jesus que tenha passado a ter como objectivo principal da sua estratégia messiânica a sua morte e ressurreição?
Ver: LÁZARO (***) & BARRABÁS (***)
É assim que já se pode entender porque a constante obsessão de Jesus pela sua morte e ressurreição relatada pelos sinópticos. Por um grave erro de cronologia na sequência dos eventos principais da curta história messiânica de Jesus estes seis meses irão parecer tão longos aos discípulos que primeiro os testemunharam na pregação oral dos evangelhos, que acabarão por aparecer como tendo ocupado toda a vida pública de Jesus. No entanto e em boa e razoável verdade Jesus só terá passado confrontar-se com a inevitabilidade da sua Paixão depois dos episódios da festa da Dedicação, ou seja, cerca de 3 meses antes da Pascoa Judaica e da sua morte e ressurreição. Estes 3 meses são afinal também a razão da sua tripla predição da paixão que lhe seria mensalmente renovada na memória de acordo com o calendário lunar do seu próprio calendário messiânico
Ver: A TRIPLA PREDIÇÃO DA PAIXÃO (***)
[1]But he was in much opposed to the law and did not observe the sabbath according to the ancestral customs, yet did nothing dirty, unclean, nor with use of hands, but worked everything by word only. (…) And many souls were aroused, thinking that by him the Jewish tribes would free themselves from the hands of the Romans. But it was his habit rather to remain in front of the city on the Mount of Olives; and there he also [freely] gave cures to people. And there 150 servants and a multitude of people joined him, seeing his power, how by word he did everything he wished. They bade him enter the city, kill the Roman troops and Pilate, and reign over these. But he did not care [to do so]. Later, when news of this came to the Jewish leaders, they assembled to the chief priests and said: We are powerless and [too] weak to oppose the Romans, like a slackened bow. Let us go and inform Pilate what we have heard, and we shall be free of anxiety; if at some time he shall hear [of this] from others, we shall be deprived of property, ourselves slaughtered, and [our] children exiled. And they went and informed Pilate. And he sent and killed many of the people and brought in that wonderworker. -- Slavonic version of Josephus, Jewish War.
[2] From: Positive Atheism editor@positiveatheism.org To: Boston, Mike msboston@unocal.com Subject: Re: Positive_Atheism_Letters_Section Date: Tuesday, October 19, 1999 6:22 AM.
[3] But he was in much opposed to the law and did not observe the sabbath according to the ancestral customs, yet did nothing dirty, unclean, nor with use of hands, but worked everything by word only. (…) And many souls were aroused, thinking that by him the Jewish tribes would free themselves from the hands of the Romans. But it was his habit rather to remain in front of the city on the Mount of Olives; and there he also [freely] gave cures to people. And there 150 servants and a multitude of people joined him, seeing his power, how by word he did everything he wished. They bade him enter the city, kill the Roman troops and Pilate, and reign over these. But he did not care [to do so]. Later, when news of this came to the Jewish leaders, they assembled to the chief priests and said: We are powerless and [too] weak to oppose the Romans, like a slackened bow. Let us go and inform Pilate what we have heard, and we shall be free of anxiety; if at some time he shall hear [of this] from others, we shall be deprived of property, ourselves slaughtered, and [our] children exiled. And they went and informed Pilate. And he sent and killed many of the people and brought in that wonderworker. -- Slavonic version of Josephus, Jewish War.
[4] 'The high priest therefore spoke that under pain of anathema none should speak a word in defence of Jesus; and he spoke to Herod, and to the governor, saying 'In any case we have an ill venture in our hands, for if we slay this sinner we have acted contrary to the decree of Caesar, and, if we suffer him to live and he make himself king, how will the matter go?' Then Herod arose and threatened the governor, saying: 'Beware lest through your favouring of that man this country be rebellious: for I will accuse you before Caesar; as a rebel.' Then the governor feared the Senate and made friends with Herod (for before this they had hated one another to death), and they joined together for the death of Jesus, and said to the high priest: 'Whenever you shall know where the malefactor is, send to us, for we will give you soldiers.' – Gospel of Barnabas.
[5] At other times Antipas was more sensitive to Jewish tradition. His coins carried no images, which would have violated Jewish prescriptions against idolatry. When Pontius Pilate, governor of Judea from AD 26 to 36, caused offence by placing votive shields in the royal palace at Jerusalem, Antipas and his brothers successfully petitioned for their removal.
[6] the gospel picture of pilate as a kindly man is also nonsense. the emperor tiberius wanted to keep peace and order in a sensitive but politically important area of the empire. to get the confidence of some at least of the population he allowed the jews religious privileges: they were free to pursue their own religion; they were exempt from military service; roman soldiers were not allowed to insult the jewish religion on pain of death and were subject to the jewish penalty of death if they stepped beyond the court of the gentiles in the temple. -- the trial of jesus, © dr m d magee contents updated: 28 october 1998.
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