quarta-feira, 16 de junho de 2021

II AMORES PARTICULARES E OCULTOS DE JESUS - 2 O MISTERIOSO DISCÍPULO AMADO por arturjotaef

clip_image001

Figura 1: A última Ceia de Leonardo.[1]

João: 13: 23 Ora, um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava, estava reclinado no seio de Jesus. 24 Então, Simão Pedro fez sinal a este, para que perguntasse quem era aquele de quem ele falava. 25 E, inclinando-se ele sobre o peito de Jesus, disse-lhe: Senhor, quem é? (...)

João: 21: 20 E Pedro, voltando-se, viu que o seguia aquele discípulo a quem Jesus amava, e que na ceia se recostara também sobre o seu peito, e que dissera: Senhor, quem é que te há-de trair?[2]

Abraham Rihbany (The Syrian Christ, 65), a native of the East early last century, bore with some patience the minister pretations of modern Westerners (he named Robert Ingersoll particularly) who read the Bible through their eyes and tastes and missed certain points about what was being said and done. The particular instance of John 21:20 represents a custom "in perfect harmony with Syrian customs. How often have I seen men friends in such an attitude. There is not the slightest infringement of the rules of propriety; the act was as natural to us all as shaking hands. The practice is especially indulged in when intimate friends are about to part from one another, as on the eve of a journey, or when about the face a dangerous undertaking. Then they sit with their heads leaning against each other, or the one's head resting upon the other's shoulder or breast." By the same token, Easterners will use "terms of unbounded intimacy and unrestrained affection" to one another: "my soul," "my eyes," "my heart." Paul's holy kiss (Rom. 16:16, etc) is no more of a homosexual exchange. -- [3]

Comentário: Tem pai que é cego e filho que é gago!(J)!

Confundir a cultura judaico-cristã com a cultura maometana dos sírios de hoje é já quase um insulto para estes mas confundir o que seria de esperar do comportamento social dum mestre religioso celibatário do começo da cristandade com o que são as atitudes desinibidas dos sírios comuns dos tempos actuais é a americanice que convém a quem quer “tapar o sol com a peneira”! Na verdade, o mais grave, sob o ponto de vista moral, nem é a atitude excessivamente carinhosa e submissa do “discípulo amado” que se estranha nesta cena mas, sobretudo, o facto do autor do evangelho segundo S. João ao publicar a amizade particular entre Jesus e o discípulo amado, tornou pública e notório o escândalo duma discriminação afectiva que passa sempre por suspeita no boca-a-boca da maledicência!

A conotação de homossexualidade platónica do 4º Evangelho roça quase a transexualidade na tradição católica. Mesmo Leonardo da Vinci, que deu à Mona Lisa um sorriso irónico e másculo, na sua tão belíssima, quanto tecnicamente desastrada, ”Última Ceia”, deu a São João o ar de mulher apaixonada, seguramente por força da ideia que este autor faria dum homem tão intensamente amado por Jesus como parece ter sido o “discípulo amado” se é que não imaginaria já o que só os modernos ousaram: que este discípulo seria, por detrás duma máscara veneziana, Maria Madalena travestida em homem por Jesus, como reza um apócrifo!

Seria razoável, durante um certo tempo, pensar que as predileções particulares do artista tenderiam a fazê-lo representar o supra-sumo da beleza masculina de um modo um tanto efeminado, porém, com certeza, o que nós vemos é uma mulher. Tudo o que se relaciona a "ele" é chocantemente feminino. Ainda que o afresco seja muito antigo e bastante castigado pelo tempo, qualquer pessoa é capaz de notar as mãos finas e graciosas, a figura bela e élfica, o colo distintamente feminino e a gargantilha dourada colocada em seu pescoço. Essa mulher, porque é disso que se trata, além de tudo veste-se com trajes que a diferenciam, tornando-a alguém especial. Seu traje é a imagem espelhada do traje do Redentor: enquanto um veste uma túnica azul e uma capa vermelha, o outro veste uma túnica vermelha e uma capa azul do mesmo estilo. Nenhum outro, na mesa, veste roupas que sejam como a imagem espelhada das roupas de Jesus. Nenhum outro na mesa é, porém, uma mulher. -- -- A GRANDE HERESIA, O Segredo da Identidade do Cristo, Lynn Picknett & Clive Prince.

 

Ver: MARIA MADALENA (***) & Ver: PEDERASTIA E PEDOFILIA INICIÁTICA NO MUNDO ANTIGO (***)

 

No meio-mundo de sombras platónicas em que todos andamos às apalpadelas não há ninguém perfeito nem com inteira razão mas apenas maneiras diversas de ver a luz da salvação ao fundo do túnel da vida!

Jesus recebeu a luz num ambiente cultural que estava à parte do brilho do novo-riquismo helénico e ainda muito próximo das fontes de “água viva” do deus sumério da criação, Enki, que os essénicos pensavam encontrar com baptismo no Jordão, e do fogo dos filhos da luz de Aura Mazda, que os zelotas julgavam defender! Jesus era judeu e conhecia bem a tradição Egípcia! Jesus era seguramente um terapeuta essénicos que terá recolhido na diáspora alexandrina a maneira oriental de receber a luz da sua salvação evangélica!

 

Ver: JESUS, O MAGO (***)

 

A morte e ressurreição de Lázaro não terão sido mais do que um temerário rito de iniciação mística onde os evangelhos canónicos omitiram a parte que ficou sempre secreta em todos os mistérios antigos. No entanto, como “o gato escondido fica sempre com o rabo de fora” um dia aconteceu o milagre duma estranha teofania num manuscrito do sec. XVII mal escondido, possivelmente não muito casualmente, entre as folhas dum velho alfarrábio monástico!

Morton Smith encontrou uma carta de Clemente de Alexandria em 1958, no mosteiro de Mar Saba perto da cidade de Jerusalém. O Evangelho Secreto de Marcos só é conhecido pelas referências nesta carta.

Embora tenha havido alguma controvérsia em a respeito deste documento, hoje é geralmente aceite que a carta é autêntica e fez parte da correspondência escrita por Clemente. Na sua introdução a “Os Evangelhos Completos”, Stephen Patterson anota: "A letra manuscrita pode ser datada à volta de 1750. Smith publicou a carta em 1973. As discussões que desde muito cedo (inevitavelmente) surgiram estiveram minadas por acusações de falsificação e fraude, sem dúvida em parte devido aos seus controversos comentários. Porém, hoje há acordo quase unânime entre os estudantes de Clemente que a carta é autêntica". -- Kirby, Peter. "Secret Mark." Early Christian Writings. 2008. 14 Jan. 2008.

A descoberta do Evangelho Secreto de Marcos revelou-se surpreendentemente elucidativa sobre o que ficou omisso nos textos canónicos depois do encontro do “jovem rico” com Jesus, em parte por ter ficado no secretismo inefável dos mistérios antigos, noutra meia parte por assim ter sido desejados pelos intervenientes e no terço restante por sempre ter sido incómoda para os cristãos romanos e pós constantinianos a verdadeira vida dum Jesus candidato messiânico da oposição judaica e, por isso, profundamente comprometido com estranhos misticismo orientais e com as lutas contra a ocupação romana da Palestina lideradas pelos nazorenos e zelotas!

 

Ver: JESUS, O MAGO (***) & O JOVEM RICO (***)

        & EVANGELHO SECRETO DE MARCOS

 

Para passar ao lado da questão da homossexualidade platónica de Jesus, alguns cristãos modernos mais ousados deixam-se tentar pelo demónio do transformismo imaginando que o “discípulo amado” seria Maria Madalena. Porém, como se infere de várias passagens dos escritos cristão primitivos, canónicos inclusive, Jesus amava tanto Maria Madalena quanto o jovem e virgem Lázaro! Claro que Madalena também foi considerada uma discípula e até apostola dos apóstolos mas, é duvidoso que Jesus, para amar Madalena como tudo leva a crer que amou, tivesse necessitado de a ter mantido no anonimato! Ora, tanto quanto a historicidade de Cristo é admissível pela mera heurística dos textos do novo testamento, sejam eles ortodoxos ou apócrifos, as conotações com uma homossexualidade iniciática de Jesus, vagamente encontradas ao longos de suaves sugestões eróticas que teriam necessariamente que perpassar por uma obra angelical de onde a mulher esta quase afastada de cena, indiciam que esta teria sido praticada com Lázaro, o “jovem rico” dos evangelhos e possivelmente o seu adolescente cunhado.

 

Ver: O JOVEM RICO (***) & MARCOS (***) & LAZARO (***)

 

(…) Ramon K. Jusino, in his article ‘Mary Magdalene: Author of the Fourth Gospel?’ argues in favor of the possibility that Mary Magdalene could be the Beloved Disciple of the Gospel of John. (…) Jusino suggests, on the basis of the widely respected research of Raymond E. Brown on the Johannine Community, that this was done as part of a later process. [4] According to him, the female beloved disciple is made anonymous and male to be acceptable to mainstream ideology. Brown argues that the Johannine community in a very early stage became divided because of a christological argument. The more heterodox believers defended a very high christology, whereas the more orthodox believers wanted to be part of the mainstream emerging Church which defended Jesus’ corporeality. To those wanting to take part in the growing institutional Church, Jusino argues, ‘the claim that a female disciple of Jesus had been their community’s first leader and hero quickly becomes an embarrassment’. According to him, the other, more heterodox believers of the community held on to their tradition. This is the reason why Mary Magdalene in various heterodox writings appears to be the one loved most by Jesus. Jusino supports his argument by showing where and how the redaction of the text was done. Again, drawing on Brown, he shows that especially in 19,25-27 and 20,1-11, where Mary Magdalene and the male beloved disciple occur together, there are inconsistencies in the text, which reveal the hand of a redactor.[5]

Que houve manipulações dos textos canónicos, particularmente no evangelho segundo S. João, já não é novidade nem escândalo algum.

Não se pode negar, de facto, que os evangelhos tenham sido sujeitos a manipulações piedosas ao longo das sucessivas edições e, menos ainda, sujeitos a deturpações, particularmente no início da sua consolidação oral.

No entanto, as teses conspirativas que pressupõem manipulações premeditadas dos textos sagrados são postulados demasiado fáceis para apoiar hipóteses difíceis de sustentar por outros modos. De facto, a menos que tais manipulações fossem passíveis de demonstração factual por documentação arqueológica e comparação de textos recuperados entretanto, pressupor que os textos poderiam ter dito o que não disseram porque alguém os alterou é argumentação que pode valer para qualquer tipo de teses! Em teoria são aceitáveis, na prática são vias demasiado fáceis e pouco factuais para chegar à verdade. Por outro lado, há que dar conta de que antes de Constantino não existia uma unicidade teológica que garantisse a autoridade dos censores pelo que, sempre que pudesse acontecer algum caso de manipulação dos textos por pura premeditação ideológica haveria sempre alguém que a tal se oporia por razões contrárias, quanto mais não fosse, protestando e denunciando tal facto. Por bem menores bizantinices se multiplicaram heresias e sismas.

Assim, e r teses fantasiosas e sem enredo consistente apenas no postulado hipotético duma manipulação de textos é fazer ficção científica e não verosimilhança histórica! No caso duma censura premeditada do nome de Maria Madalena, não se compreende muito bem porque é que esta não foi total, uma vez que permite encontrar situações nas quais Maria Madalena e o “discípulo amando” (ou anónimo) se encontram ambos presentes.

Mesmo assim, se fosse azeda a sanha censora contra Maria Madalena, estranha-se não se ter escolhido outra perífrase do género “o discípulo pecador”, idêntica a outras que por vezes se encontra como é o caso de “aquela a quem foram retirados sete demónios”.

Dir-se-á que houve dois tempos e dois tipos de censura: um primeiro a substituir o nome de Maria Madalena por um eufemismo não identificável, “discípulo amado”. Numa segunda revisão alguém comparou o 4º evangelho com os restantes canónico e resolveu-se colocar novamente o nome indesejável desta meretriz mas de forma tão desastrada que o mesmo anónimo personagem acabou por ficar presente e em duplicado.

Inaceitável, obviamente porque tão canhestra manipulação teria sido pior emenda que o soneto. Então teriam pura e simplesmente eliminado o indesejável “discípulo amado” e em vez deste colocado Maria Madalena, tão simples quanto isto a menos que o segundo redactor estivesse embriagado bem como todos os seus primeiros leitores! Claro que resta a lógica do compromisso mitológico que gera paradoxos e incongruências protegidas pela infalibilidade dogmática da fé mas os evangelhos não apareceram na pré-história e teriam ficado ecos das acesas polémicas conciliares que teriam permitido tão estranhos compromissos.

O mais grave porém é que tais compromissos acabariam por manifestar inconsistências muito mais grosserias do que as apontadas pelos defensores da tese duma Madalena arrependida e travestida de “discípulo amado”.

João 19: 25 E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena. 26 Ora, Jesus, vendo ali sua mãe e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse à sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. 27 Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo recebeu-a em sua casa.

The idea, that Mary Magdalene could perhaps be identified as the disciple Jesus loved, first entered my mind, while I was studying John 19,25-27. If one considers this pericope as a meaningful unity, [6][ the interpretation, which views 19,25 as a parallelism and suggests that two women are standing under the cross, instead of four or three, [7][ seems the most logical one, verse 25 introducing what happens in verses 26 and 27. In these latter verses John describes Jesus as seeing two persons: his mother and the disciple he loved. This coincides with the interpretation that John in verse 25 also only means two people: the mother of Jesus, for the first time mentioned here by name as Mary of Clopas now that she is on the verge of losing her identity as a mother, and her sister-in-law or niece, Mary Magdalene. There would have been no one else there. The description of the two women also fits perfectly with a peculiar Johannine trait that William Watty discerned: the Gospel’s ‘massive effort at precision’ when introducing places or persons, not only giving names as such, but also several connections with other places or persons.

Blah, blah,blah! Eis um típico discurso do tipo que dá para tudo e não prova nada! Que o autor do 4º evangelho não se revela aqui um mestre do jornalismo, claro e conciso, mas isso em nada põe em causa a tal virtude de o autor ser um “esforço maciço de precisão” e, por isso descrever de forma exacta quem estava justa cruxem ao ponto de especificar que o marido duma das Marias era um tal de Clofas. Ora, como se comprovou já que junto à cruz estavam, de acordo com a tradição, Três Marias, ainda que possivelmente outras mulheres mais jovens, como seria o caso das irmãs de Jesus, Joana e Susana, a tese de que o discípulo amado seria Maria Madalena afigura-se mais rebuscada do que a mente dos eventuais censores do 4ª evangelho.

 

Ver: AS TRÊS-MARIAS NA VIDA DE JESUS (***)

 

Coisa diferente é o autor ser um pouco confuso na forma como se aproveita da oportunidade de estar ali a sua mãe e o “discípulo amado” para tratar com ambos um assunto de suprema urgência que nada tinha a ver com as restantes Marias. Ora, nada disto é extraordinário! Pelo contrário, é até naturalíssimo que numa situação de vida ou de morte e, Jesus, nunca foi um mestre de boas maneiras para coma a família!

Se Jesus disse: “mulher, eis aí o teu filho” e apenas se virou para o “discípulo amado” dizendo: “eis aí a tua mãe” obviamente que se terá que inferir que o principal propósito do uso da perífrase “discípulo amado” não seria tanto o de eliminar referências a Maria Madalena mas o de manter tal discípulo no completo anonimato. Quase de certeza, Jesus terá dito o nome deste discípulo só que o redactor deste evangelho não o quis nomear de forma premeditada para não o comprometer politicamente porque este teria a cabeça a prémio. Na verdade, quem precisava de anonimato era Lázaro, personagem que de fato desapareceu de cena depois do escândalo público da sua ressurreição.

Furthermore (prior to the day of Pentecost), Lazarus was the only person in the Bible, other than Jesus, who was the object of a murder plot by those “chief priests”. Nothing suggests that murder was a common practice for those men. Still, they decided that their predicament warranted taking this momentous step. They knew who it was they were plotting to kill when they “consulted that they might put Lazarus also to death” (Jn. 12:10). This is very relevant because we can reasonably conclude from the foregoing facts that, Lazarus was known unto the “chief priests”.

Esta tese é sobretudo fantasiosa porque não se entende a razão para rasurar o nome de Maria Madalena justa cruxem se de facto Cristo tivesse apenas pretendido deixar a sua mãe ao cuidado da sua mulher ou amante. Se Jesus não tivesse um elemento masculino a quem confiar a sua mãe nem sequer teria precisado de o declarar porque, duas gerações de viúvas, cada uma com um ente querido falecido, se apoiariam sempre nestas circunstâncias.

Mas já agora valerá a pena lançar aqui um pouco de dúvida intrigante! Sabendo-se das más relações que Jesus vinha tendo nos últimos tempos com a sua família também não se entendo a razão pela qual Jesus teria tido o particular cuidado de confiar a sua mãe a um estranho “discípulo amado” quando esta tinha ainda filhos ou, na tese mais ortodoxa, sobrinhos vivos, como seria o caso de Tiago, o irmão do Senhor, com os quais andava sempre. Será que Jesus perante a perspectiva da morte no horizonte resolveu pela primeira vez revelar um desvelo filial que nunca tinha revelado antes em nenhum passo dos evangelhos? Sabendo-se que um dos traços principais da personalidade de Jesus era a rejeição fanática da hipocrisia é duvidoso que tivesse aqui uma fraqueza demasiado humana. A verdade é que o ícone “Maria mãe de Jesus” não tem qualquer correspondência nos textos canónicos que tratam da vida adulta de Jesus e os apócrifos pouco mais fazem do que reforçar a ideia de que a mitologia católica e ortodoxa criou tal mito, bem como o da mater dolorosa, como substituto de Ísis / Hórus e Ísis /Osíris!

Assim, a ter havido alguma manipulação terá sido no nome da Maria que Jesus teria encomendado ao “discípulo amado”, que, afinal, seria Maria Madalena (por sinal, irmã deste mesmo “discípulo amado”). Uma viúva jovem é sempre mais vulnerável, pelo menos sexualmente, do que uma viúva idosa já sexualmente pouco ou nada activa, como seria o caso da cinquentona mãe de Jesus. Por outro lado, ainda que Este esperasse ressuscitar (a verdade é que Jesus chegou a temer o pior em mais do que um momento de desespero da sua Paixão) a sua recuperação física iria ser longa e mesmo depois desta iria ter forçosamente que ficar condenado a uma longa clandestinidade na qual Jesus não queria envolver a mulher que Ele amava acima de todos os discípulos.

Ora para que as coisas fossem assim mais verosímeis e conforme à tradição gnóstica de precedência de Maria Madalena sobre a mãe de Jesus bastaria muito pouco:

25 E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena. 26 Ora, Jesus, vendo ali esta sua mãe e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a esta sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. 27 Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe!

Existe aqui um pequeno senão! Esta última vontade dum condenado soa um pouco a desnecessária redundância sendo Maria Madalena & Lázaro os tais irmãos que Jesus muito amava. Mas enfim, Jesus fez questão que Lázaro, já iniciado na adultícia, passasse a ter uma relação com a irmã mais adulta e responsável como se de sua mãe se tratasse uma vez que esta estava em risco de ficar viúva!

De facto, quer a mulher em causa fosse a mãe de Jesus, quer esta fosse a sua esposa ou amante a frase “eis aí a tua mãe” seria sempre em sentido figurado continuando válida para uma irmã do mesmo “discípulo amado” porque o que estava em causa era a ideia de que Jesus estava a confiar a mulher que ele mais amava (fora a mãe ou a esposa!) ao discípulo que mais amava também para que este a tratasse com o supremo desvelo dum filho para com a própria mãe!

Na verdade, depois de reler varias vezes os versículos 19: 25-27 de João não se torna patente qualquer inconsistência narrativa. Quanto muito encontramos uma coisa estranha que é o facto de todos os discípulos terem fugido menos o “discípulo amado”, o que só provaria que tal amor seria intenso, no fogo da paixão cega, e mútuo! Porém, a haver inconsistência seria de natureza circunstancial na medida em que se pode inferir que seria de boa tradição só permitir na proximidade de vítimas crucificadas a presença de familiares do sexo feminino (acompanhadas ou não de crianças e adolescentes como sempre foi de boa tradição nas famílias mediterrânicas alargadas). Ora o “discípulo amado” seria quase seguramente um adolescente e este seria João Marcos, razão pela qual vamos encontrar Maria, a mãe de Jesus, na casa deste João Marcos no domingo do Pentecostes, precisamente porque desde aquela hora o discípulo recebeu (ambas) em sua casa” e não tanto por causa desta promessa mas porque natural seria que viúva e sogra viúva ficassem juntas e porque a casa era também de Maria Madalena.

Por outro lado, o nome de Maria Madalena nunca constitui uma tabu em nenhum evangelho e todos os canónicos são unânimes em referirem explicitamente que foi Maria Madalena a primeira a encontrar o Cristo ressuscitado e não o “discípulo amado” que aliás aparece referido ao lado de cenas onde aparece também Maria Madalena.

João, Capítulo 20 1 E, no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro 2 Correu, pois, e foi a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram. 3 Então, Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao sepulcro. 4 E os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais apressadamente do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. 5 E, abaixando-se, viu no chão os lençóis; todavia, não entrou. 6 Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis 7 e que o lenço que tinha estado sobre a sua cabeça não estava com os lençóis, mas enrolado, num lugar à parte. 8 Então, entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.

Além do mais esta cena demonstra que, por esta altura, o discípulo amado já era companhia inseparável de Pedro possivelmente porque Jesus assim o tinha decidido na medida em que Pedro era, no grupo dos seus discípulos, o homem sua confiança. Como a seu tempo se verá esta cena da ressurreição descrita no 4º evangelho, embora a mais completa e exaustiva de todas está bastante confusa e mas que pode ser recomposta de modo a termos uma visão sinóptica desta cena.

O facto de este “discípulo amado” ser quase de certeza João Marcos, filho da dona do palacete onde vamos encontrar Maria, mãe de Jesus e os discípulos no dia de Pentecostes, irá explicar muitos equívocos dos textos sagrados de maior confiança histórica.

Peter refers to Mark as "his son" in 1 Peter 5:13, so it is likely that Peter was involved in Mark's conversion. Peter at that time would have been about 35 years old, and Mark was substantially younger, so Peter could have been a father-figure to him. Some have speculated that Peter was actually Mark's biological father, although there is nothing specific written in the Bible about that. We do know that Peter was married (1 Corinthians 9:5), but his wife's name is not known. Although it is quite likely that the "young man" spoken of in Mark 14:51-52 was Mark himself, he is first mentioned by name in Acts 12:25. -- Daily Bible Study (…) Mark was one of the fortunate few to have seen and heard Jesus Christ during His human lifetime. -- Daily Bible Study

Se Marcos tiver sido o “jovem nu” do jardim de Getsemen no evangelho de Marcos então terá sido também o “jovem rico” dos sinópticos e, quase seguramente foi também Lázaro e o “discípulo amado” do evangelho segundo João. Então, vamos descobrir neste evangelho que entre Pedro e o “discípulo amado” ou “outro discípulo” existiu uma grande cumplicidade que, dada a diferença de idades, terá também resultado numa grande e desnudada amizade filial, de Pedro por Marcos.

Como até então Pedro e João Zebedeu apareciam quase sempre juntos como líderes do grupo de discípulo, coisa que voltou a acontecer durante algum tempo depois nos actos dos apóstolos, os exegetas tardios caíram facilmente no equívoco de confundirem esta amizade recente entre Pedro e João Marcos com velha amizade de Pedro e João Zebedeu!

De facto, em todas as passagens em que o “discípulo amado” ou “outro discípulo” é referido no evangelho de João este está sempre acompanhado por Simão Pedro como se este, na ausência do Mestre o tivesse substituído no seu coração de jovem apaixonado, tão cheio de vida quanto de calor e que por isso mesmo facilmente se despia e punha a nu a alma dos que com ele conviviam.

João: 13: 23 Ora, um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava, estava reclinado no seio de Jesus. 24 Então, Simão Pedro fez sinal a este, para que perguntasse quem era aquele de quem ele falava. (...) 18: 16 E Pedro estava da parte de fora, à porta. Saiu, então, o outro discípulo que era conhecido do sumo-sacerdote e falou à porteira, levando Pedro para dentro. (...)

21: 7 Então, aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: É o Senhor. E, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se ao mar. (...) 20 E Pedro, voltando-se, viu que o seguia aquele discípulo a quem Jesus amava, e que na ceia se recostara também sobre o seu peito, e que dissera: Senhor, quem é que te há-de trair?

Que necessidade teria o autor deste evangelho de frisar que Pedro estava nu no barco e se vestiu para se lançar ao mar quando normalmente acontece o contrário? Que receio teria Pedro de mostrar ao Senhor que estava nu se os pescadores da época assim andariam naturalmente no mar? Esta estranha e maliciosa revelação do autor deste evangelho tem a mão de Marcos que tinha o especial descuido de ou ser apanhado nu ou fazer com que fossem outros a serem apanhados nus na sua companhia e seria ainda mais tarado por fruta madura do que Alcibíades!

 

Ver: As TRÊS-MARIAS da vida de Jesus (***) & MADALENA (***)

 

One of the mysteries of the Gospel of John is the identity of the disciple Jesus loved. Modern exegetes have offered a number of suggestions as to the identity of the tantalizingly anonymous figure: John Mark, John the son of Zebedee, John the Elder, Apollos, Paul, a Paulinist, Benjamin, Judas Iskariot, Philip, Nathanael, Judas, Jesus’ brother, Matthias, a disciple of the Baptist, Thomas, an Essene monk from Jerusalem, Lazarus, Andrew, or a symbolic figure, representing the Johannine community, the Hellenistic brand of the Church or the ideal Christian disciple. .[8]

Um dos principais argumentos de que o “discípulo amado” não pode ser o autor do 4º evangelho é das coisas mais simples e eficazes em termos argumentativos. Seria dum extremo mau gosto e duma presunção e vaidade incomensuráveis que o autor deste evangelho a si mesmo se denominasse “discípulo amado” de Jesus. Já houve quem tivesse visto nisto um acto de humildade mas, enfim, a caridade cristã tem permitido transformar os mais variados pecados em virtudes e, se o do orgulho é um dos maiores, que maior vaidade moral pode haver do que a de alguém se proclamar o “discípulo amado” de Jesus? Só perante outras evidências mais fortes e mais objectivas se poderia perdoar este pecado de imodéstia a um autor que, se fosse mesmo S. João, filho do fanático filho de Zebedeu, nem a reconhecida provecta idade lhe serviria de desculpa.

If the Apostle John was "the disciple whom Jesus loved", then it seems reasonable to expect that the scriptural evidence would support this idea. But this is not the case. On the contrary, the facts preserved in God's Word actually prove that John could not have been this author! (…) If there is not a single verse that even suggests that this "other" disciple was the Apostle John, then shouldn't you question this idea? The Bible is infallible, but the opinions, traditions and interpretations of preachers and 'scholars' are not. So, it makes sense that we should always be willing to have the Bible correct us. The suggestion that this "other disciple" was the Apostle John is a very popular idea and it has become a widely accepted presupposition. This idea is almost always portrayed as an unquestioned fact, however this assertion does not stand up to Biblical scrutiny. Those who teach this idea end up having to use everything but the scriptures, when they are pressed to defend this teaching. (…)

The fact that the other Gospels never refer to “the disciple whom Jesus loved” or the “other disciple” is significant. You’ll soon see that this “other disciple” was set apart from the rest of the disciples in a very special way by the actions of Jesus – a key piece of evidence that will help us identify him. The notion that humility was the reason that John did not use his name has other shortcomings. Consider what the Bible tells us about John and his brother. They’re named “The sons of thunder” by Jesus (Mk. 3:17) and we are told they sought power to call fire down from heaven to consume people (Lu. 9:54). They also proposed that they should be the ones sitting on the right hand and left hand of Jesus in his kingdom (Mk. 10:35-41, Mt. 20:20-24). Does that sound like humility? Mark 10:41 says, “when the ten heard it they began to be much displeased with James and John”. Clearly it was not humbleness on the part of John and James but a lack there of, that caused this indignation among the remainder of “the twelve”!

John used his name five times in the Book of Revelation. Moreover, nothing in the Bible suggests that John had a motive to hide his identity from the readers of ‘his’ Gospel. We can therefore conclude that the presumption, that the Apostle John referred to himself as “the disciple whom Jesus loved” in the Gospel of ‘John’ because he was being humble, is unfounded. It has no scriptural support whatsoever. The Disciple Whom Jesus Loved, de J. Phillips.

A verdade porém é quase seguramente outra tão estranha como o 4º evangelho!

De todos os nomes propostos para a identidade do “discípulo amado” o mais provável é Lazaro e João Marcos cabendo demonstrar de seguida que estas personagens eram a mesma pessoa e o Jovem Rico.

O primeiro equívoco a respeito da identidade do discípulo amado resulta da óbvia constatação de que o “discípulo amado” se supõe ser, por tradição, o autor do 4º evangelho na base de que no final deste mesmo livro ambas as entidades se subscrevem como os autores que testificam a veracidade dos factos ali revelados.

João: 21: 20 E Pedro, voltando-se, viu que o seguia aquele discípulo a quem Jesus amava, (...) 21 Vendo Pedro a este, disse a Jesus: Senhor, e deste que será? 22 Disse-lhe Jesus: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Segue-me tu.

23 Divulgou-se, pois, entre os irmãos o dito de que aquele discípulo não havia de morrer. Jesus, porém, não lhe disse que não morreria, mas: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? 24 Este é o discípulo que atesta essas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. 25 Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e, se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém!

exhlqen oun outos o logoV eiV touV (aquele) adelfouV oti o maqhthV ekeinoV ouk apoqnhskei ouk eipen de autw o ihsouV oti ouk apoqnhskei all ean auton qelw menein ewV ercomai [ti proV se] outoV (este) estin o maqhthV o marturwn peri toutwn kai o grayaV tauta kai oidamen oti alhqhV autou h marturia estin  = Alexandrian

Exivit ergo sermo iste in fratres quia discipulus ille non moritur et non dixit ei Iesus non moritur sed si sic eum volo manere donec venio quid ad te hic est discipulus qui testimonium perhibet de his et scripsit haec et scimus quia verum est testimonium eius = Latin Vulgate

A acreditar que o Espírito Santo inspirou os livros sagrados, a confusão que resulta da informação conjugada de que “aquele discípulo que não havia de morrer (...) é este discípulo que atesta essas coisas” se não é pecado contra o Espírito Santo é infracção grave contra a lógica gramatical porque implicaria a injunção absurda de que “este = aquele” (Grec. TouV / outoV, Lat. Ille / hic) ou que a personagem por detrás deste artigo indefinido teria o dom da ubiquidade! Se o texto tivesse sido escrito em língua portuguesa, tal com está, este discípulo que não havia de morrer seria S. Pedro por ser este o que mais próximo estava do narrador que atesta essas coisas. Obviamente que não vamos inferir tal coisa porque isso seria retirar informação da confusão meramente circunstancial. De facto, não é a primeira vez que erros redactoriais do evangelho de S. João são motivo de equívocos sobre os quais se constroem grandes mistérios tal como terá acontecido com a redacção do Timeu de Platão cuja gramática rebuscada motivou o mito da Atlântida.

Quer dizer que, primeiro terá existido a informação, possivelmente por via da tradição oral, de que o evangelho segundo S. João era do Filho de Zebedeu e, depois, da redacção enviesada dos últimos versículos deste texto inferiu-se que ali era atestado que este era também o “discípulo amado”!

Contra erros redactoriais pouco se pode fazer se não existirem fontes de comparação complementares ou meios de comprovar por outras fontes o erro intrínseco na informação.

O 4º evangelho deve ter aparecido em circulação em Éfeso trazido de Alexandria seguramente escrito pelo anónimo “discípulo amado”. Porém, terá circulado desde muito cedo a informação, possivelmente por via da tradição oral, de que o evangelho segundo S. João teria sido escrito por um tal João e, depois, da redacção enviesada dos últimos versículos deste texto inferiu-se que ali era atestado que o “discípulo amado” era o Filho de Zebedeu porque não seria credível que João Marcos tivesse escrito dois evangelhos tão diferentes.

Ora, provar-se-á em capítulo próprio sobre o 4º evangelho que muito provavelmente foi João Marcos quem escreveu este evangelho mas de acordo com a versão de sua irmã Maria Madalena tal como havia escrito o de S. Marcos de acordo com a versão de Pedro. Porém, se o evangelho de Marcos, segundo a versão de Pedro foi sempre do conhecimento oficial já o 4º evangelho ficou sempre no duplo anonimato, por um lado porque ninguém aceitaria um evangelho inspirado por uma mulher; segundo porque sendo Lázaro um mero pseudónimo de João Marcos a encobrir o anonimato do “discípulo amado”, subscreve-lo seria o mesmo que levantar esse anonimato com o risco de desacreditar por completo tanto os autores como evangelho que mesmo assim acabou por ficar sempre o mais misteriosos e polémicos dos canónicos.

A Sudden Disappearance Even stranger than the silence of the other three Gospels on these Lazarus matters, is the abrupt disappearance of Lazarus from the Gospel of ‘John’. Despite the sudden fame of Lazarus and his seemingly strong influence on the Jews (Jn. 12:11), after John 12:17 the Gospel of ‘John’ never mentions Lazarus again! The sequence of events in the scriptures can highlight two important truths. The first of these is revealed by the fact that Lazarus is named in only eleven verses in the Gospel of ‘John’ (in chapters 11 & 12). Lazarus is not mentioned before John 11:1 and after John 12:17 he seems to vanish. What is even more remarkable is discovering that this friend whom “Jesus loved” (Jn. 11:5 ) is last mentioned in John chapter 12 – and the obscure, unnamed “disciple whom Jesus loved” is first mentioned in the very next chapter (Jn. 13:23)!

The knowledge of the identity of “the disciple whom Jesus loved” is what differentiates these two groups! The readers of the author’s ‘book’ did not know the author’s identity. In contrast, the disciples of Jesus knew “the disciple whom Jesus loved”. His identity was not a mystery to them! Something about this “other disciple” led the rest of the disciples that were present at this event to jump to their erroneous conclusion – that Jesus’ words, “If I will that he tarry till I come” meant “that disciple should not die” (Jn. 21:23). The rumor “that disciple should not die” did not spring from a misunderstanding about what Jesus said. This error happened because of whom Jesus was speaking about! Suppose for a moment that Peter and the rest of the disciples knew that this individual was Lazarus (who had already died and been brought back from the dead). In this case, a reason for those disciples jumping to the conclusion that they did, suddenly becomes evident. Jesus had publicly displayed his willingness to have his friend Lazarus loosed from the bonds of death, and this miracle took place not all that long before this misunderstanding occurred. Clearly this was a very special privilege, not granted to all of the ‘disciples’, nor their families and friends. In John 12, which is the last place that the author mentions Lazarus, three verses stress just how famous Lazarus became. For example, John 12:9 says, “and they came not for Jesus’ sake only, but that they might see Lazarus also, whom he had raised from the dead”. Think about the implications of that. “They came not for Jesus’ sake only”! How do you think this would have effected Lazarus? Would he have enjoyed ‘the spotlight’ and basked in the glory this brought to him? There is no evidence that Jesus’ friend Lazarus took advantage of this situation or ‘milked’ it for his own ego. The sudden disappearance of Lazarus from the pages of this Gospel actually indicates quite the contrary. This author must have had a reason for cloaking his identity. If Lazarus was this author, then it made sense for him to hide his identity – due to the fact that Lazarus knew that he could become a distraction that might diminish the focus on Jesus. The Disciple Whom Jesus Loved, de J. Phillips

Assim, importa demonstrar que a informação da tradição de que S. João do Apocalipse é o mesmo S. João do 4º evangelho é falsa. Por outro lado, a autoria dos evangelhos segundo S. João, pode ser discutida como realidade independente da identidade do “discípulo amado” que quase seguramente seria alguém muito próximo de Maria Madalena, também quase segura fonte de inspiração do 4º evangelho.

 

Ver: EVANGELHO DE JOÃO SEGUNDO MADALENA (***)

 

No caso vertente é impossível saber com rigor, por causa dum erro gramatical insuperável, se quem atesta a autenticidade do Evangelho segundo S. João é também o “discípulo amado” ou se é apenas Pedro, aquele que a tradição supõe ter sido o inspirador do evangelho de Marcos.

No entanto, a convicção com que se fica, é a de que este discípulo que não havia de morrer só pode ter sido Lázaro precisamente porque já tinha sido ressuscitado uma vez.

A demonstração, precisamente apenas à luz dos textos sagrados, ou seja, dos canónicos, de que o “discípulo amado” não poderia ter sido João, o filho de Zebedeu (e do trovão (J)!) e que este só poderia ser Lázaro está magistralmente exposta no livro The Disciple Whom Jesus Loved, de J. Phillips[9]. O facto de ser possível chagar a esta mesma conclusão por análise e reflexão independentes só reforça esta mesma tese.

As you’ll see, the author called himself “the other disciple” for a very important reason – because he was “other” than “the twelve”.

Since he did not have the stamina to stand with Jesus at Gethsemane, why should we believe that just a short time later John abruptly changed – and that John (and only John) found the fortitude in himself to be enduring for Jesus that fateful night? The Bible does not indicate that John acted notably different from the rest of Jesus’ disciples on that night.

This “other disciple” exhibited a boldness and moral strength that set him apart from the rest of the disciples. He was the one that stayed with Jesus until the time of his death. He was the first of the disciples at Jesus’ vacant tomb on resurrection day (Jn. 20:2-4). Furthermore when he went into the tomb that morning, the scripture says he “believed” (Jn. 20:8) – the first disciple after the resurrection to do so. Although all of this speaks well of the “other disciple”, it does not in any way suggest that this person was the Apostle John. On the contrary, all of the facts indicate that the “other disciple” and the Apostle John were two different people – because they behave differently !

Remember that it is wrong to assume that someone is not present at an event simply because a passage of scripture doesn’t mention their presence!

Acts 4:13 informs us that the high priest didn’t know that John “had been with Jesus”. It was only then that the high priest (and those rulers) came to the conclusion that Peter and John were “unlearned and ignorant men” – and also that they “had been with Jesus”. The foregoing facts show that the high priest did not know John (or Peter) before this incident. (…) Consequently, the Apostle John could not have been the “other disciple” because we know from Acts 4:13 that John was not known to the high priest! The Disciple Whom Jesus Loved, de J. Phillips.

João, 18 15 E Simão Pedro e outro discípulo seguiam a Jesus. E este discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus na sala do sumo sacerdote. 16 E Pedro estava da parte de fora, à porta. Saiu, então, o outro discípulo que era conhecido do sumo sacerdote e falou à porteira, levando Pedro para dentro. 17 Então, a porteira disse a Pedro: Não és tu também dos discípulos deste homem? Disse ele: Não sou. 18 Ora, estavam ali os servos e os criados, que tinham feito brasas, e se aquentavam, porque fazia frio; e com eles estava Pedro, aquentando-se também. 19 E o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina. 20 Jesus lhe respondeu: Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se ajuntam, e nada disse em oculto. 21 Para que me perguntas a mim? Pergunta aos que ouviram o que é que lhes ensinei; eis que eles sabem o que eu lhes tenho dito. 22 E, tendo dito isso, um dos criados que ali estavam deu uma bofetada em Jesus, dizendo: Assim respondes ao sumo sacerdote? 23 Respondeu-lhe Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal; e, se bem, porque me feres? 24 Anás mandou-o, manietado, ao sumo sacerdote Caifás. 25 E Simão Pedro estava ali e aquentava-se. Disseram-lhe, pois: Não és também tu um dos seus discípulos? Ele negou e disse: Não sou. 26 E um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha, disse: Não te vi eu no horto com ele? 27 E Pedro negou outra vez, e logo o galo cantou.

Só assim se compreende o à-vontade com que o “discípulo amado” percorre as cenas da paixão aparecendo nos locais mais arriscados sem qualquer incidente. Pelo contrário, Pedro que o acompanhava sempre nestes últimos dias só entrou no pátio da casa de Anás porque o discípulo amado conhecia bem a porteira da casa e, mesmo assim, passou ali um mau bocado já que teve que mentir veemente 3 vezes! Estas três mentiras só o terão salvado por respeito ao discípulo amado que seria de tal modo visita assídua da casa que “entrou com Jesus na sala do sumo-sacerdote” porque ninguém suspeitou que um jovem rico andasse metido com insurrectos. Obviamente que só a desenvoltura da insensatez juvenil salvou o discípulo amado dum mau bocado também e possivelmente sobretudo a sua boa linhagem que o faria parente da casa como outras fontes o apontam. Pois bem, apenas João Marcos, filho duma rica Maria com palácio em Jerusalém estaria à altura dum estatuto de privilégio e honraria que permitiriam ao seu rico jovem filho entrar no palácio de Anás, seu parente, para assistir ao que ali se passou com Jesus, tendo ao mesmo tempo permitido ao intrépido Pedro aproximar-se da boca do lobo sem ter arriscado a vida! Obviamente que os judeus não sabiam quem era o tal Lázaro ressuscitado por Jesus pois que o teriam prendido nessa altura. Mas a polícia secreta dos judeus trabalhava tão bem nessa altura quanto hoje e depressa o terá identificado razão porque teve de fugir para casa de seu tio Barnabé em Chipre donde chegou muito tempo depois com a verdadeira identidade de João Marcos.

Mas que este discípulo amado não poderia ser João Zebedeu provam-no os actos dos apóstolo onde se atesta que este era desconhecido do sumo-sacerdote e tão indigno do círculo da aristocracia sacerdotal quanto Pedro se mostrara já ser na cena da Paixão.

Actos, Capítulo 4, 5  E aconteceu, no dia seguinte, reunirem-se em Jerusalém os seus principais, os anciãos, os escribas, 6 e Anás, o sumo sacerdote, e Caifás, e João, e Alexandre, e todos quantos havia da linhagem do sumo sacerdote. 7 E, pondo-os no meio, perguntaram: Com que poder ou em nome de quem fizestes isto? (...)

13 Então, eles, vendo a ousadia de Pedro e João e informados de que eram homens sem letras e indoutos, se maravilharam; e tinham conhecimento de que eles haviam estado com Jesus. 14 E, vendo estar com eles o homem que fora curado, nada tinham que dizer em contrário.

Imaginemos que o mistério do discípulo amado é bem mais incrível do que parece e que este Alexandre era filho de Simão de Sirene e, por isso, estava ali acompanhado de seu irmão João Marcos e que Pedro e Simão só se livraram de apuro com a ajuda subtil e diplomática destes. O “discípulo amado” só terá sentido que o seu anonimato começava a fraquejar depois do martírio de Estêvão!

Actos 12 11 E Pedro, tornando a si, disse: Agora, sei, verdadeiramente, que o Senhor enviou o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de tudo o que o povo dos judeus esperava. 12 E, considerando ele nisso, foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam. 13 E, batendo Pedro à porta do pátio, uma menina chamada Rode saiu a escutar. 14  E, conhecendo a voz de Pedro, de alegria não abriu a porta, mas, correndo para dentro, anunciou que Pedro estava à porta. 15 E disseram-lhe: Estás fora de ti. Mas ela afirmava que assim era. E diziam: É o seu anjo. 16 Mas Pedro perseverava em bater, e, quando abriram, viram-no e se espantaram. 17 E, acenando-lhes ele com a mão para que se calassem, contou-lhes como o Senhor o tirara da prisão e disse: Anunciai isto a Tiago e aos irmãos. E, saindo, partiu para outro lugar.

Como se comprova o clima de medo na casa de João Marcos era notório e este não devia estar em casa pois teria seguramente querido saber o que se passava com o seu recente amigo Pedro. A verdade é que Pedro parece não ter passado do átrio!

Na verdade, este só volta a aparecer como João Marcos muito mais tarde, no final do capítulo 12 dos actos. Ora, o contexto deste capítulo parece demonstrar que entretanto muita coisa aconteceu.

Actos capítulo 12 21 E, num dia designado, vestindo Herodes as vestes reais, estava assentado no tribunal e lhes dirigiu a palavra. 22 E o povo exclamava: Voz de Deus, e não de homem! 23 No mesmo instante, feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória a Deus; e, comido de bichos, expirou. 24 E a palavra de Deus crescia e se multiplicava. 25 E Barnabé e Saulo, havendo terminado aquele serviço, voltaram de Jerusalém, levando também consigo a João, que tinha por sobrenome Marcos.

Coincidência ou não tanto, João Marcos só aparece em cena depois da morte de Herodes o que permite pressupor uma alteração importante nas relações de força da política de Jerusalém suficientemente auspiciosa para que o tímido e mimado João Marcos pudesse reaparecer em cena a descoberto do anonimato.

 

Ver: MARCOS (***)

 

Mesmo entre os crentes existe já a convicção de que o “discípulo amado” que aparece no 4º evangelho era Lázaro, como fica bem esclarecido no inteligente escrito “The Disciple Whom Jesus Loved”, de J. Phillips, de que se expõem as razões conclusivas.

Lázaro é o único homem chamado na Bíblia que também é identificado como sendo "amado" por Jesus (para o período anterior à ressurreição de Jesus). Duas vezes se afirma que Jesus "amou" Lázaro - três vezes se contamos a opinião dos judeus de João 11:36. (...)

A evidência mostra que o apóstolo João não era o "outro discípulo" porque:

1 • Os outros três escritores evangélicos tratam conspicuamente estes dois de forma muito diferente. Eles incluem João, mas omitem abertamente o "outro discípulo". Isso sugere que eles eram duas pessoas diferentes.

2 • "O discípulo que Jesus amou" escreveu de forma a tentar permanecer anónimo, mas a evidência indica que o apóstolo João não procurou esconder sua identidade. Por outro lado, no Livro do Apocalipse vemos que João estava disposto a se identificar abertamente, porque o faz várias vezes.

3 • "O discípulo que Jesus amava" gozava de um vínculo único com Jesus. Isso não pode ser dito sobre João, já que nem mesmo seu papel no "círculo interno" sugere que João desfrutou de um relacionamento equivalente a isso.

4 • Estes dois se comportaram de forma diferente na noite em que Jesus foi preso. João abandonou Jesus três vezes no Getsêmani para cair cheio d sono.

Mas o "outro discípulo" entrou no palácio do sumo-sacerdote com Jesus e só o vemos sair de cena quando Jesus o dispensou - em um momento que foi até ao dia seguinte.

5 • A ideia de que "o discípulo que Jesus amava" era João baseia-se na suposição equivocada de que este autor devia ser um dos "doze". As pinturas dos "doze" sozinhos com Jesus na última Páscoa ajudam a promover essa noção. No entanto, os detalhes na Bíblia realmente indicam que eles não estavam sozinhos (incluindo o fato de que eles eram convidados na casa de alguém quando esse evento ocorreu). Além disso, observe-se a frase "outro discípulo". "Outro" sugere que o autor não era um dos "doze", mas sim que ele era um dos discípulos adicionais que estavam continuamente com Jesus.

6 • Se "o discípulo que Jesus amou" se juntou a Jesus e aos "doze" depois da ceia, então essa pessoa não poderia ser João. No entanto, isso é exactamente o que é indicado pelo próprio registo de eventos do autor naquela Páscoa - que salta sobre a "mesa do Senhor" e abre com a lavagem dos pés (depois que Jesus se sentou novamente).

7 • O "outro discípulo" era um conhecido associado de Jesus e era conhecido pelo sumo-sacerdote. Mas o sumo-sacerdote não estava familiarizado com João, nem sabia da associação de João com Jesus até depois do Pentecostes.

8 • O esforço do autor para permanecer anónimo argumenta contra este ser João, já que o autor se refere aos "filhos de Zebedeu" na viagem de pesca (o que tenderia a minar seu próprio esforço se o autor fosse João. (...)

A evidência indica que Lázaro era o "outro discípulo" porque:

1 • A escritura revela que a relação que Jesus teve com os dois era idêntica. Jesus amava Lázaro. Jesus amava "o discípulo que Jesus amava". Além disso, Lázaro é identificado na Bíblia. Ele era o único homem identificado pelo nome que se diz ter essa relação com Jesus.

 2 • Os outros três autores evangélicos tratam esses dois de forma semelhantes. Eles não nos dizem que Lázaro era amigo de Jesus ou que Lázaro tomara com Jesus ou mesmo que Lázaro foi ressuscitado dentre os mortos! Da mesma forma, eles não mencionam "o discípulo que Jesus amou" e ignoram o importante papel que este indivíduo desempenhou na vida de Jesus.

3 • O Evangelho de 'João' os trata de forma paralela. Lázaro de repente aparece no final do texto e ele só é mencionado algumas vezes. Pouco tempo depois, "o discípulo que Jesus amava" também aparece repentinamente no texto e ele também, é referido apenas algumas vezes.

4 • Eles nunca aparecem no texto ao mesmo tempo. A última referência a Lázaro ocorre antes da introdução do "discípulo que Jesus amava". O autor cessa toda a menção a Lázaro no texto, e é só nesse ponto que o autor começa a se referir a si mesmo como "o discípulo que Jesus amava".

5 • O tal subitamente famoso desaparece e, de repente, o tal anónimo aparece. O autor nos fala sobre o desejo público de Lázaro que brota (mas, posteriormente, ele nunca mais menciona Lázaro). Somente após o seu relato, o autor começa a usar uma série de frases anónimas para se referir a si mesmo - o "outro discípulo", "um de seus discípulos, a quem Jesus amou", etc. • As experiências de Lázaro produzirão a resposta que vemos no "discípulo que Jesus amava". Depois que Jesus exibiu seu amor por Lázaro criando-o de entre os mortos, Lázaro era diferente de outros seres humanos. [Ele era mesmo diferente de si mesmo (antes deste milagre)]. A relação do "outro discípulo" com Jesus e o comportamento desse discípulo e autor são dignos do que poderíamos esperar de um Lázaro mudado.

6 • A Bíblia revela que ambos se sentaram com Jesus. A última vez que Lázaro é visto na Bíblia, ele está sentado em uma mesa com Jesus. Da mesma forma, a primeira vez que "o discípulo que Jesus amava" é visto, ele está inclinado a Jesus em uma mesa.

7 • Quando confrontado com a evidência de "linho", o "outro discípulo" torna-se o primeiro a acreditar na ressurreição de Jesus. Esta reacção convém a Lázaro - a única pessoa nas escrituras mais propensas a se mover profundamente com a visão da "roupa de linho" e do "lençol" (já que ele estava usando itens similares no momento em que ele foi ressuscitado).

8 • Os restantes discípulos acreditaram erradamente que "o discípulo que Jesus amava" não morreria o que aponta para este ser Lázaro. O rumor que resultou e a maneira como o autor o administra em seu Evangelho, ambos sugerem que os discípulos saltaram para esta conclusão por causa de algo sobre essa pessoa. [Ele já havia recebido um adiamento da morte.]

9 • O "outro discípulo" era anónimo e Lázaro tinha um motivo para se tornar anónimo. Os judeus queriam ver Lázaro depois que ele foi ressuscitado. Certamente ele sabia que o foco pertencia a Jesus e não a ele mesmo. Do mesmo modo, o objectivo declarado do autor era fazer com que as pessoas acreditassem em Jesus e esconder sua identidade, então ele deve ter sentido que isso era necessário para atingir esse objectivo. • Quando Jesus mencionou a morte de Pedro, este virou-se de Jesus para "o discípulo que Jesus amava". A resposta de Pedro indica que a sua mente associou "o discípulo que Jesus amou" com esse assunto. Da mesma forma, Lázaro seria associado a este tópico por todos aqueles que estavam familiarizados com ele.

10 • O "outro discípulo" era conhecido por ser um associado de Jesus e era conhecido pelo sumo-sacerdote, ambas as verdades válidas para Lázaro. Ele era um conhecido associado de Jesus - porque Jesus o ressuscitou dos mortos é que o público queria ver Lázaro. Além disso, percebemos que Lázaro era conhecido dos "principais sacerdotes" e dos fariseus, pois dele receberam testemunho ocular desse milagre e por isso também estavam planeando matar Lazaro (por causa impato publico a este). -- O discípulo a quem Jesus amou, de J. Phillips.[1]


[1] Lazarus is the only man named in the Bible that is also identified as being “loved” by Jesus (for the period prior to Jesus’ resurrection). Twice it is stated that Jesus “loved” Lazarus – three times if we count the opinion of the Jews from John 11:36. (…)

The evidence shows that the Apostle John was not the “other disciple” because:

1• The other three Gospel writers conspicuously treat these two very differently. They include John, but overtly omit the “other disciple”. This suggests they were two different people.

2• “The disciple whom Jesus loved” wrote in such a way as to attempt to remain anonymous, yet the evidence indicates that the Apostle John did not seek to hide his identity. Conversely, in the Book of Revelation we see that John was willing to openly identify himself, because he did so several times.

3• “The disciple whom Jesus loved” enjoyed a one-of-a-kind bond with Jesus. This cannot be said of John, since not even his role in the ‘inner circle’ suggests that John enjoyed a relationship that was equivalent to this.

4• These two behaved differently on the evening Jesus was arrested. John let Jesus down by falling asleep three times at Gethsemane. But the “other disciple” went into the palace of the high priest with Jesus and we only see him leave when Jesus dismissed him – at a time well into the next day.

5• The idea that “the disciple whom Jesus loved” was John is based on the mistaken assumption that this author had to be one of “the twelve”. Paintings of “the twelve ” alone with Jesus at his last Passover help promote this notion. However, details in the Bible actually indicate that they were not alone (including the fact that they were guests in someone’s home when this event occurred). Besides this, note the phrase “other disciple”. “Other” suggests that the author was not one of “the twelve”, but rather, that he was one of the additional disciples that were continually with Jesus.

6• If “the disciple whom Jesus loved” joined Jesus and “the twelve” after the supper, then this person could not be John. Yet this is just what is indicated by the author’s own record of events at that Passover – which skips the ‘Lord’s table’ and opens with the foot washing (after which Jesus sat down again). 6• If “the disciple whom Jesus loved” joined Jesus and “the twelve” after the supper, then this person could not be John. Yet this is just what is indicated by the author’s own record of events at that Passover – which skips the ‘Lord’s table’ and opens with the foot washing (after which Jesus sat down again).

7• The “other disciple” was a known associate of Jesus and he was known to the high priest. But the high priest was neither acquainted with John, nor was he aware of John’s association with Jesus until after Pentecost.

8• The author’s effort to remain anonymous argues against this being John, since the author refers to “the sons of Zebedee” on the fishing trip (which would tend to undermine his own effort if the author had been John). (…)

The evidence indicates that Lazarus was the “other disciple” because:

1• The scripture reveals that the relationship that Jesus had with the two of them was identical. Jesus loved Lazarus. Jesus loved “the disciple whom Jesus loved”. What’s more, Lazarus is singled out in the Bible. He was the only man identified by name that was said to have this relationship with Jesus.

2• The other three Gospel writers treat these two alike. They don’t tell us that Lazarus was a friend of Jesus or that Lazarus had supper with Jesus or even that Lazarus was raised from the dead! Likewise, they do not mention “the disciple whom Jesus loved” and they ignore the important role that this individual played in the life of Jesus.

3• The Gospel of ‘John’ treats them in a parallel manner. Lazarus suddenly appears late in the text and he is only referred to a few times. Soon thereafter “the disciple whom Jesus loved” also suddenly appears in the text and he too, is only referred to a few times.

4• They never appear in the text at the same time. The last reference to Lazarus occurs just prior to the introduction of “the disciple whom Jesus loved”. The author ceases all mention of Lazarus in the text, and it is only at that point that the author begins to refer to himself as “the disciple whom Jesus loved”.

5• The suddenly famous one disappears and then the suddenly anonymous one appears. The author tells us about the public craving for Lazarus that springs up (but subsequently he never again mentions Lazarus). It is only after his report of this that the author begins to use a series of anonymous phrases to refer to himself – the “other disciple”, “one of his disciples, whom Jesus loved”, etc. • The experiences of Lazarus would produce the response we see in “the disciple whom Jesus loved”. After Jesus exhibited his love for Lazarus by raising him from the dead, Lazarus was different from other human beings. [He was even different from himself (prior to this miracle)]. The relationship of the “other disciple” to Jesus and the behavior of this disciple and author befit what we could expect from a changed Lazarus .

6• The Bible reveals that both sat with Jesus. The last time Lazarus is seen in the Bible he is sitting at a table with Jesus. Similarly, the first time “the disciple whom Jesus loved” is seen he is leaning on Jesus at a table.

7• When confronted with the “linen” evidence, the “other disciple” becomes the first to believe in Jesus’ resurrection. This reaction befits Lazarus – the one person in scripture most likely to be profoundly moved by the sight of the “linen clothes” and the “napkin” (since he had been wearing similar items at the time that he was raised from the dead).

7• The “other disciple” was a known associate of Jesus and he was known to the high priest. But the high priest was neither acquainted with John, nor was he aware of John’s association with Jesus until after Pentecost.

8• The author’s effort to remain anonymous argues against this being John, since the author refers to “the sons of Zebedee” on the fishing trip (which would tend to undermine his own effort if the author had been John). (…)

The evidence indicates that Lazarus was the “other disciple” because:

1• The scripture reveals that the relationship that Jesus had with the two of them was identical. Jesus loved Lazarus. Jesus loved “the disciple whom Jesus loved”. What’s more, Lazarus is singled out in the Bible. He was the only man identified by name that was said to have this relationship with Jesus.

2• The other three Gospel writers treat these two alike. They don’t tell us that Lazarus was a friend of Jesus or that Lazarus had supper with Jesus or even that Lazarus was raised from the dead! Likewise, they do not mention “the disciple whom Jesus loved” and they ignore the important role that this individual played in the life of Jesus.

3• The Gospel of ‘John’ treats them in a parallel manner. Lazarus suddenly appears late in the text and he is only referred to a few times. Soon thereafter “the disciple whom Jesus loved” also suddenly appears in the text and he too, is only referred to a few times.

4• They never appear in the text at the same time. The last reference to Lazarus occurs just prior to the introduction of “the disciple whom Jesus loved”. The author ceases all mention of Lazarus in the text, and it is only at that point that the author begins to refer to himself as “the disciple whom Jesus loved”. 8• The rest of the disciples mistaken belief that “the disciple whom Jesus loved” would not die points to him being Lazarus. The rumor that resulted and the manner in which the author handles it in his Gospel, both suggest that the disciples jumped to this conclusion because of something about this person. [He had already received a reprieve from death.]

9• The “other disciple” was anonymous and Lazarus had a motive to become anonymous. The Jews wanted to see Lazarus after he was raised. Certainly he knew the focus belonged on Jesus and not himself. Likewise, the author’s stated goal was to get people believing in Jesus, and hid his identity, so he must have felt that this was needed in order to achieve this objective. • When Jesus mentioned Peter’s death, Peter turned from Jesus to “the disciple whom Jesus loved”. Peter’s response indicates that his mind associated “the disciple whom Jesus loved” with this subject. In the same way, Lazarus would be associated with this topic by all those who were acquainted with him.

10• The “other disciple” was known to be an associate of Jesus and he was known to the high priest, both of which are true of Lazarus. He was a known associate of Jesus – it was because Jesus raised him from the dead that the public wanted to see Lazarus . Moreover, we realize that Lazarus was known to the “chief priests” and Pharisees, for they had received eyewitness testimony of this miracle and they were also plotting to kill Lazarus (because of the public’s response to him). The Disciple Whom Jesus Loved, de J. Phillips.

5• The suddenly famous one disappears and then the suddenly anonymous one appears. The author tells us about the public craving for Lazarus that springs up (but subsequently he never again mentions Lazarus). It is only after his report of this that the author begins to use a series of anonymous phrases to refer to himself – the “other disciple”, “one of his disciples, whom Jesus loved”, etc. • The experiences of Lazarus would produce the response we see in “the disciple whom Jesus loved”. After Jesus exhibited his love for Lazarus by raising him from the dead, Lazarus was different from other human beings. [He was even different from himself (prior to this miracle)]. The relationship of the “other disciple” to Jesus and the behavior of this disciple and author befit what we could expect from a changed Lazarus .

No entanto, este mesmo autor não vai além da evidência textual e tropeça na sua última inferência. Que Lázaro é o “discípulo amado” torna-se uma evidência clara incontornável depois de ler os textos canónicos com atenção. O que não fica claro é a identidade deste pois a mesma lógica torna esta identidade suspeita uma vez que se este fosse o seus verdadeiro nome das duas uma: Ou o autor subestimou a inteligência dos seus leitores acreditando que estes não iriam estranhar o seu súbito desaparecimento durante a Paixão, onde aparece escondido no anonimato do “discípulo amado”, pensando assim que a sua identidade estava segura, o que é muito pouco credível. Ou, pelo contrário, o autor anónimo, conhecia bem o terreno que pisava e melhor ainda sabia que os seus leitores poderiam identificar as duas identidades e, por isso, fez tudo para que ninguém até hoje pudesse identificar nenhuma delas em tribunal, o que só é possível aceitando que Lázaro não era senão o pseudónimo de alguém bem conhecido do sumo-sacerdote. Ou seja, havia judeus que sabiam que Jesus tinha feito escândalo público ressuscitando dos mortos um tal Lázaro mas não sabiam ao certo quem era ele e assim ficou até aos nossos dias a incerteza sobre a personalidade de Lázaro nem, por corolário, do “discípulo amado”.

 

Ver: LÁZARO (***)



[1] * Aos vinte e quatro anos, Leonardo foi preso sob acusação de sodomia, crime cuja pena era a morte. A acusação foi retirada, pois um dos jovens que fora preso junto com ele pertencia à família que dominava Florença. A experiência, porém, parece ter causado um efeito profundo em sua vida, e a partir de então ele nutriu suas obsessões no silêncio de sua privacidade.

[2] Then Peter, turning about, seeth the disciple whom Jesus loved following; which also leaned on his breast at supper, and said, Lord, which is he that betrayeth thee?

[3] Does John 21:20 Show That Jesus Was Gay? James Patrick Holding

See Jusino 1998, p.5, where he distinguishes three stages in the process, namely 50-80 A.D.: The community is led by Mary Magdalene; 80-90 A.D.: After the death of Mary Magdalene the community is divided by a christological schism (like Brown distinguishing Secessionists and Apostolic Christians); 90-100 A.D.: one group of the community, fearful of persecution, seeks amalgamation with the emerging institutional Church, the other holds on to the community’s tradition and cites Mary Magdalene as the Beloved disciple of Jesus, which is reflected in the Gospel of Mary and the Gospel of Philip.

[5] Esther A. de Boer, Mary Magdalene and the Disciple Jesus Loved

Exegetes have noted two problems: the difference in the women named in the Gospel of John and those named in the Synoptics, and, compared to 19,25, the sudden presence of the male disciple. Various solutions have been offered, which all presuppose the redaction of the text, and the copying of the list of women from tradition. Brown 1970, p.922 suggests that verse 25 indeed came to the evangelist from tradition, ‘but that the reference to the Beloved Disciple, here as elsewhere, is a supplement to the tradition.’ In my opinion, if John knew of such a tradition, the view that John felt compelled to copy the list of women is not very convincing, since John did not show the same urge with respect to the tradition of mentioning the names of the Twelve, which the authors of the Synoptics apparently did feel (Mark 3,13-19; Matthew 10,1-4; Luke 6,12-16). John rather shows that the Gospel holds its own views, for instance favouring other disciples than Peter, John and James, which were important according to the Synoptics and Paul. In John Peter  clearly plays a less important role, and James and John do not occur at all until perhaps in 21,2 (only very vaguely as ‘those of Zebedee’). Instead Andrew, Philip, Nathanael, Thomas and Judas (not Iskarioth), play a prominent role (e.g. 1,35-52 and 13,1-14,24).

In this case, Jesus’ mother and his mother’s sister are understood to be Mary of Clopas and Mary Magdalene. Exegetes today usually opt for four women. Earlier the interpretation which presupposed three women under the cross was popular. For this, see Klauck 1992, p. 2347-2351. Most exegetes mention the option of two women, but do not really discuss the possibility. Klauck 1992, p. 2343-2357 finds that the possibility should be taken more seriously. In his view: ‘Die nahezu reflexhafte Ablehnung der Zweierlösung ist konditioniert durch das fest umrissene Bild von den Familienverhältnissen Jesu, das wir durch Harmonisierung und Kombination verschiedener Daten gewonnen haben. Auch wenn das Johannesevangelium die einschlägigen synoptischen Stoffe kennen sollte, steht damit immer noch nicht fest, wie es sie selbst verstanden hat und aus seiner Sicht verstanden wissen wollte.’(p.2346)

[7] Watty 1979, p.209-210 gives numerous examples, e.g. Simon, also named Peter, is the son of John (1,14; 21, 15-17), Philip is of Bethsaida in Galilee, the birthplace also of Andrew and Peter (1,44; 12,21). However, Watty does not mention 19,25. In his view Jesus’ mother remains anonymous.

[8] Esther A. de Boer, Mary Magdalene and the Disciple Jesus Loved

[9] J. Phillips, © 2000 Read this book online or download the complete text for free at:

www.TheDiscipleWhomJesusLoved.com

Sem comentários:

Enviar um comentário