A passagem do pão e do vinho para o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo (transubstanciação) só é celebrada pela igreja Católica Romana. Na Igreja Ortodoxa é visto como mistério. No luteranismo como consubstanciação. Na tradição Reformada como real presença. Nas outras denominações protestantes de tradição evangélica acontece apenas uma ceia, na qual o pão e o vinho não deixam de continuar a serem pão e vinho.
A razão pela qual a retórica católica é de todas as igrejas cristãs a mais beata deve ter a sua razão de ser na evolução do cristianismo romano dentro do politeísmo latino do qual os católicos herdaram quase tudo com o falso legado de Constantino incluindo o misticismo das antigas mitologias de mistérios. Se a eucaristia não é possível hoje em dia sem a Sagrada Hóstia, tal facto fica a dever-se quase exclusivamente a mitologia do borrego expiatório que acabou no catolicismo como a morte do cordeiro pascal que tira os pescados do mundo!
A palavra Hóstia, em latim, quer dizer vítima, que entre os hebreus, era o cabrito sem mácula, imolado em sacrifício a Deus.
Por isto mesmo é que a retórica católica é a mais mística e beata de todas as retóricas cristãs e a respeito do seu mistério fundador não podia fugir a esta regra.
Segundo o Catecismo da Igreja Católica, a Eucaristia é "o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até ao seu regresso, confiando assim à sua Igreja o memorial da sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da vida eterna." (n. 271).
Etimologicamente a eucaristia seria também segundo a retórica imaginativa dos católicos apenas um "reconhecimento" ou "acção de graças", o que parece limitar-se a ser a eucaristia para os não católicos, enquanto “memorial da paixão”.
Eucaristia (do grego εὐχαριστία, cujo significado é "reconhecimento", "acção de graças") é uma celebração em memória da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Também é denominada "comunhão", "ceia do Senhor", "primeira comunhão", "santa ceia", "refeição nocturna do Senhor". (…)
Χάρις = II. graça ou sentido favor, influencia, quer por parte do doador ou do Receptor: 1. por parte do Doador, graça, graciosidade, bondade, benemerência, mercês, etc. 2. por parte do Receptor, o sentido de favor recebido, gratidão, agradecimentos, graças. χαρά 1 χαίρω = alegria, felicidade…enviada por algum deus para exaltar o coração.
De facto, não se entenderia muito bem uma retórica mística na qual os crentes se limitariam a participar diariamente na eucaristia apenas como reconhecimento da morte e ressurreição pascal de Cristo. Para tal bastaria o ritual da consagração da Hóstia que veio a ser a missa de Quinta-feira Santa.
Ágape, ag'a-pe (Gr. agapt, amor), era, na história eclesiástica, o banquete de amor ou de caridade, em uso entre os cristãos primitivos, quando os ricos faziam contribuições liberais para alimentar os pobres.[1]
O cristão comum não procurava nos ágapes outra coisa diferente duma “refeição de graça” que a «caridade» dos ricos paleocristãos propiciava.
Uma das coisas do cristianismo primitivo de que os romanos também não gostavam nada era a “comunidade de bens” começada a praticar nos actos com a comunhão dos santos que se mostra não somente com coisas espirituais, mas também e sobretudo com as coisas materiais... como disse S. Paulo: “mas, não digo isto para que os outros tenham alívio, e vós opressão, mas para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade; como está escrito: O que muito colheu não teve de mais; e o que colheu pouco, não teve de menos” (2ª Coríntios 8:13-15).
44Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. 45E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. 46E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, 47louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos. (Actos II, 41-45 que se repete por palavras idênticas em IV, 32-34).
A admissão nas divisões de pão e outros alimentos era um dos meios mais eficazes de propaganda dos apóstolos. Segundo os «Actos», num só dia inscreveram-se uns três mil pobres diabos na distribuição de víveres e de doutrina. Estes aceitavam a doutrina sem a compreenderem, pois resultava ainda imprecisa e confusa mesmo para próprios apóstolos, como o confirma a querela surgida entre S. Paulo e S. Pedro sobre a circuncisão. As massas dos convertidos às novas doutrinas só se impuseram à sua perseverança com a condição de com elas poderem encher a barriga “porque ninguém prega o Evangelho a estômagos vazios”.
(7) Por otra parte, afirmaban que toda su culpa y su error habían consistido en la costumbre de reunirse un día determinado, al amanecer, y cantar alternativamente un himno a Cristo como a un dios (quod essent soliti stato die ante lucem convenire carmenque Christo quasi deo dicere secum invicem) y obligarse con juramento (sacramento), no a perpetrar cualquier delito, sino a no cometer robos o atropellos o adulterios, a no faltar a la palabra dada, ni a negarse, si les invitaban, a efectuar un depósito. Realizados estos ritos, tenían la costumbre de separarse y de reunirse de nuevo para tomar una comida (rursusque coeundi ad capiendum cibum), pero común e inocente. – Plínio el joven.
À medida que o movimento cristão se alargava aos gentios, onde o direito romano seria mais exigente no que respeita à propriedade, a partilha da economia privada foi sendo substituída pela refeição comunitária que se passou a chamar a “ceia do amor” ou ágate.
Figura 1: O ágape é um tema frequente na arte paleocristã, como neste Arcosolium das catacumbas dos Santos Marcellinus e Pedro, Via Labicana, Roma.
Esquerda: “AGAPE MISCE NOBIS” = O amor mistura-nos.
MISCE = unir, ter relacionamento carnal, praticar o coito (Cic.)/ misturar / despir / excitar.
Direita: IRENE·PORGE·CALDA = IRENE, nome da deusa de paz, PORGE = oferece CALDA = bebida de vinho com água quente.
CAʹLIDA, or CALDA, the warm drink of the Greeks and Romans, which consisted of warm water mixed with wine, with the addition probably of spices. This was a very favourite kind of drink with the ancients, and could always be procured at certain shops or taverns, called thermopolia (Plaut. Cur. ii.3.13, Trin. iv.3.6, Rud. ii.6.45), which Claudius commanded to be closed at one period of his reign (Dion Cass. lx.6). Figura 2: Recipiente de calda para banquetes romanos. Because all these word arrangements vary in combination with one another, it appears that the Early Christians where saying that agape love, wine (Bacchanalian orgies), and their mixing of carnal sex are all synonymous for the purpose of bringing peace to the world. |
A teologia católica faz um esforço tremendo para justificar o quanto o sacramento da eucaristia se afastou das suas origens no ágape tanto nas formas substantivas do ritual quanto na sua justificação espiritual. A verdade porém é a de que o ágape não era, em termos substantivos e práticos, mais do que a adaptação à realidade paleocristã dos banquetes e festins romanos que quando envoltos de espiritualidade se aproximavam das saturnálias, das orgias e dos bacanais.
To pagans, the predawn worship of Christians and their acts of faith were a mystery, which was made no more understandable by the martyred bishop of Lyons, who, when asked who was the Christian god, replied only that "If you are a fit person, you shall know."Attalus, too, said only that the name of his god was not like that of a man. Such secrecy elicited lurid notions of immorality, and there were accusations of "Thyestean banquets [cannibalism] and Oedipean incest, and things we ought never to speak or think about, or even believe that such things ever happened among human beings" (Eusebius, V.1.14).
Marcus Cornelius Fronto, an orator and rhetorician who was the tutor of Marcus Aurelius and later his correspondent, condemned the Christians in a lost speech, fragments of which are preserved by Minucius Felix in the Octavius, a dialogue between the pagan Caecilius and the Christian Octavius that sought to refute such charges. One was that "They are initiated by the slaughter and the blood of an infant, and in shameless darkness they are all mixed up in an uncertain medley" (IX). Another was "the charge of our entertainments being polluted with incest" (XXXI). Justin, who was martyred during the reign of Marcus Aurelius (the record of the trial, based on an official court report, still survives), also mentions "those fabulous and shameful deeds — the upsetting of the lamp, and promiscuous intercourse, and eating human flesh" (First Apology, I.26), calumnies that inspired fear and hostility.
IX. « Cependant, comme les mauvaises plantes sont les plus fertiles, et que les vices gagnent tous les jours de plus en plus, cette maudite secte s'augmente aussi tous les jours. C'est pourquoi il faut travailler de bonne heure à extirper cette exécrable société : ils s'entre-connaissent à de certains signes cachés, et s'entr'aiment presque avant que de se connaître. La luxure fait une partie de leur religion : ils s'appellent communément frères et sœurs, pour transformer une débauche ordinaire en inceste ; on dirait que ces malheureux se plaisent aux crimes. Et certes s'il n'en était quelque chose, le bruit n'en serait pas si grand : on dit encore qu'ils adorent une tête d'âne consacrée par je ne sais quelle sotte superstition, religion véritablement digne de leur vie. Ils ont aussi en vénération, à ce qu'on dit, les parties honteuses de leurs prêtres ; vous diriez qu'ils adorent la nature de leurs pères. Je ne sais si ces soupçons sont faux ou véritables, mais véritablement ces cérémonies et ces dévotions cachées et de nuit sont toutes propres à les faire naître. Et celui qui dit qu'ils adorent un homme qui a été pendu pour ses crimes, et que le bois d'une croix fait une partie de leurs cérémonies, celui-là leur attribue des autels dignes de leurs méchancetés et leur fait adorer ce qu'ils méritent. D'ailleurs, les cérémonies qu'ils observent quand ils admettent quelqu'un à leurs mystères, ne sont pas moins publiques qu'horribles. On met devant ce nouveau venu un enfant couvert de pâte, afin de cacher le meurtre qu'on veut faire commettre : c'est là-dedans qu'il donne, par leur commandement, plusieurs coups de couteau; le sang coule de toutes parts, ils le sucent avidement, et ce crime commun est le gage commun du silence et du secret. Mystères pires que tous les sacrilèges!
On sait aussi quels sont leurs banquets, et l'orateur de Cyrta en fait mention dans sa harangue. Ils s'assemblent tous en un jour solennel, femmes, enfants, frères, sœurs, et enfin de tous âges et de tous sexes, et après avoir bien bu et mangé, lorsque la chaleur du vin et des viandes commence à les échauffer et à les provoquer à la luxure, ils attachent un chien au candélabre et lui jettent un gâteau si loin qu'il n'y peut atteindre, afin qu'en sautant il renverse le flambeau. Ainsi s'étant défaits du témoin de leurs crimes, ils se mêlent au hasard, et par ce moyen sont tous incestueux de volonté s'ils ne le sont tous d'effet, puisque le péché de chacun est le souhait de toute la troupe. – Octavius, Minucius Felix.
Se os cristãos resistiam muito ou pouco às tentações da carne que a “mistura” de corpos reclinados nas camas dos triclinium, que os banquetes dos ágapes de caridade cristã propiciavam, a verdade é que teriam pecado muitas e bastas vezes porque os pagãos os acusaram disso.
Figura 3: Arcosolium da Catacumba de S. Pedro e S. Marcelino, Roma.
Como algunos se mostrarán remisos a admitir que la embriaguez estuvo al orden del día en los piadosos «ágapes» de los primeros siglos, nos limitaremos a señalarles este comunicado de la Ciudad del Vaticano, con fecha del lunes 26 de octubre de 1970, y reproducido al día siguiente en el periódico France-Soir: «Unas pinturas murales inconvenientes han sido descubiertas este año en las catacumbas de Roma. Muestran a los primeros cristianos bebiendo y festejando durante unos funerales. Al revelar el sábado este descubrimiento, el Osservatore Romano, órgano del Vaticano, subraya que esas pinturas no tienen nada en común con otros frescos cuyo tema es la celebración de la misa por cristianos reunidos alrededor de una mesa. Lo “inconveniente” para el Osservatore Romano es en especial “la abundancia de botellas en pie o tumbadas” representadas en esas escenas de banquete». Evidentemente, nos gustaría saber qué evoca el término «en especial». . -- Robert Ambelain, El hombre que creó a Jesucristo.
Figura 4: Três casais num triclinium de verão. Pompeia. É evidente que os romanos não tinham grande autoridade moral para criticarem a imoralidade dos ágapes cristãos porque a decadência do império romano ficou famosa pela licenciosidade dos seus banquetes que facilmente descambavam em orgias. |
(…) XXX. « Pour ce qui est du banquet incestueux, c'est une calomnie que les démons ont inventée pour souiller la gloire de notre chasteté, et détourner les hommes de notre religion par l'horreur d'un si grand crime. Aussi te qu'en a dit votre orateur, c'est plutôt une injure qu'un témoignage. Et certes! vous êtes coupables d'incestes plutôt que nous. Les Perses épousent leurs mères; en Egypte et dans Athènes on se marie avec ses sœurs : vos histoires et vos tragédies, auxquelles vous prenez tant de plaisir, font gloire des incestes, et les dieux que vous adorez les commettent avec leurs mères, avec leurs filles, avec leurs sœurs. Il ne faut donc pas trouver étrange s'il y en a tant parmi vous, puisque vous avez vos dieux pour exemple. Vous pouvez vous rendre coupables sans le vouloir, en exposant vos enfants de tout sexe et les abandonnant à la pitié publique, ou en ayant commerce avec toutes les femmes que vous fréquentez; car qui empêche que vous ne rencontriez plus tard ces fruits inconnus de vos débauches? Ainsi vous nous accusez de faux incestes, et ne vous souciez point d'en commettre de véritables. Mais les chrétiens ne mettent pas la chasteté en dehors, ils la mettent dans l'esprit, et ils ne s'étudient pas tant à paraître chastes qu'à l'être en effet. Un mariage nous suffit ; nous ne voyons qu'une femme, ou bien nous n'en voyons point. Pour nos banquets, ils ne sont pas seulement chastes, ils sont sobres ; car nous ne nous amusons point à nous charger l'estomac de vin ni de viandes, mais nous tempérons l'allégresse des festins par la gravité de notre entretien. Que si nous sommes chastes dans nos assemblées, nous ne le sommes pas moins ailleurs. – Octavius, Minucius Felix.
Figura 5: Con el nombre de asároton oikos o asároton oecon encontramos en la sala destinada a los banquetes romanos, triclinium, un tipo de mosaico caracterizado por simular un “suelo sin barrer”, en el que se hallan representados diversos desperdicios de comida que parecen que han sido lanzados al suelo en ese momento. Entre los escombros se suelen mostrar raspas de pescados, moluscos, verduras, etc. Estos restos nos proporcionan una valiosa información sobre la cantidad y variedad de alimentos que se llegaban a servir en una “cena romana”.
Tamanho era o gosto dos romanos por jantares luxuosos e festas, que costumavam evoluir para orgias, que alguns políticos resolveram baixar leis para moderar a farra. Uma delas, a Antia Lex do século 1º, limitava os gastos com essas comemorações e instituía que os magistrados só poderiam jantar fora se fosse na casa de determinadas pessoas. Está claro que ninguém obedeceu. Acabou sobrando para o autor, Antius Resto porque, segundo o filósofo Macrobius, como todos continuavam com suas orgias, para não contrariar a própria lei ele nunca mais foi visto jantando fora.
As críticas dos romanos relativas à licenciosidade dos ágapes bem poderiam lembrar a fábula do lobo que estando a montante acusou um infeliz cordeiro de lhe turvar a água porque, para alguém decidido a ter razão a todo o custo, qualquer argumento serve, ainda que seja uma mentira”.
- Pois se não foste tu, foi o teu pai! - rosnou o lobo, saltando em cima do pobre inocente.
Figura 6: Banquete funerário etrusco de que o ágape das catacumbas cristã seria a tradição continuada.
Se foi o filho de Tarquínio, o Soberbo, quem violou uma patrícia foi o pai quem pagou por isso com o fim da monarquia romana porque ninguém apreciava mais do que os etruscos da licenciosidade de um lauto banquete fúnebre na esteira da boa tradição dos simpósios gregos que em nada desmereciam dos opíparos banquetes sibaritas de Sardanapolos.
Figura 7: Simpósio grego.
Mas se nem todos os romanos foram amantes de orgias privadas desde os tempos etruscos foram alguns adeptos de orgias órficas que passaram a tradição dos etruscos para os paleocristãos!
Enfim, se não foram todos cristãos que se chamaram vulgarmente por irmãos para mais facilmente se conhecerem biblicamente nos ágapes então foram outros paleocristãos também chamados setianos, ofitas, carpocracianos, etc, e que mais não seriam do que variantes judaico-cristãs gnósticas de cultos de mistérios órficos, pitagóricos e dionisíacos, sabásicos, de mistura com muitos outros cultos misteriosos de ritos de passagem e de morte e ressurreição solar egípcios e orientais.
Figura 8: Novamente, três casais numa cena romana de banquete sexual. Insula della Domus dei Casti Amanti. (Restauro cibernético do autor).
Even Clemens Alexandrinus (d.c. 220 a.d.) found in the Epistle of Judas a prediction concerning the Karpocratians and related sects ("Stromata" III., 2). He relates, among other things, that among the Karpocratians, men and women, after the common meal, after the lights are extinguished, have sexual commerce with each other.
Epiphanius xxvi., 5, describes as follows the conduct of the so-called Gnostics:
Epiphanius described the agape practiced by Ophite Christians, while making it clear that these heretical sexual activities filled him with horror: "Their women they share in common; and when anyone arrives who might be alien to their doctrine, the men and women have a sign by which they make themselves known to each other. When they extend their hands, apparently in greeting, they tickle the other's palm in a certain way and so discover whether the new arrival belongs to their cult. …Husbands separate from their wives, and a man will say to his own spouse, "Arise and celebrate the love feast (agape) with thy brother." And the wretches mingle with each other…after they have consorted together in a passionate debauch…The woman and the man take the man's ejaculation into their hands, stand up…offering to the Father, the Primal Being of All Nature, what is on their hands, with the words, "We bring to Thee this oblation, which is the very Body of Christ." …They consume it, take housel of their shame and say: "This is the Body of Christ, the Paschal Sacrifice through which our bodies suffer and are forced to confess to the sufferings of Christ." And when the woman is in her period, they do likewise with her menstruation. The unclean flow of blood, which they garner, they take up in the same way and eat together. And that, they say, is Christ's Blood. For when they read in Revelation, "I saw the tree of life with its twelve kinds of fruit, yielding its fruit each month" (Rev. 22:2), they interpret this as an allusion to the monthly incidence of the female period."
The contents of these documents are so revolting that one would be glad to agree with //. Usener, " Das Weihnachtsfest," Bonn, 1889, 110, and others, who contest their credibility. Epiphanius, the chief witness, they say, lived too long after the occurrences (he died, at the age of about 100, in 403 a.d.). But he appeals, xxvi. 17, 18, to the oral information of credible men, to original writings of the Gnostics, and to personal intercourse which, as a quite young man, he had with these "Gnostics". Nevertheless, I hold with R. Seeberg it is very probable that the account of the use of the embryo, which is found only in Epiphanius, should be considered unhistorical.
After all, Epiphanius was credulous enough to say about even the Montanists, that they employed in their sacrifices the blood of a child, whose body they had pierced with needles, xlviii.
(…) The partaking of semen virile and sanguis menstruus is ascribed also to the religious party of the Manichaeans, which was allied to the Gnostics, v. Cyrillus of Jerusalem's 6th Catechet. Discourse (348 A.D.), § 33, and Augustine, "De Moribus Manichaeorum," 18, 66, and "De haeresibus," 46.
The explanation of this action of many Gnostics is probably only partially to be sought in their dualistic conception of the world. The sparks of the higher power of light, which exist in the bodies of human beings, are gathered together by means of semen virile and sanguis menstruus, and brought to the Treasury of Light. In this way men earn reward from the highest good God (from whom the Creator-God has fallen away, with His angels and archons). First steps of the libertine conduct, without which rites like those described could hardly have arisen, are already adverted to in the New Testament: Rev. ii., 6, 15. (the Nikolaites), and the Epistle of Judas, especially vv. 7, 8, 10, 12. -- The Jew and Human Sacrifice: Human Blood and Jewish Ritual, an Historical and Sociological Inquiry (1909), Hermann Leberecht Strack
Enfim desde os cartagineses aos comunistas que existiu sempre pretexto para a crítica, cada vez menos fundada, de que os piores inimigos se não são todos uns perigosos e invejáveis debochados são pelo menos quase sempre os que “comem criancinhas ao pequeno-almoço”!
Os gregos não seriam menos amantes que o comum dos mortais mas, por vicissitudes da sua história linguística, feita de sincretismos vários, típica do helenismo, resultante da fusão de dialectos e diferentes línguas que em tempos arcaicos se desenvolveram no isolamento geográfico de ilhas e recantos de várias penínsulas em volta das recortadas costas do mar Egeu, parece que terão criados o gosto pelos requintes das nuances semânticas que os fez descobrir a filosofia. Assim sendo terão diversificados as diversas formas de amor e de afecto em pelo menos quatro termos.
Los Cuatro Amores es el título en español del libro The Four Loves escrito por C. S. Lewis y publicado por primera vez en 1960 en Londres1 y Nueva York. En este ensayo, Lewis aborda el tema del amor dividiéndolo en cuatro categorías, con la ayuda de los conceptos que toma prestados del idioma griego: Cariño (gr.: Στoργη´), amistad (gr.: Φιλíα), eros (gr.: ´Ερος) y caridad (gr.: Αγα´πη), al que él mismo llama "ese amor que Dios es".
Obviamente que todas as guerras religiosas começam por os equívocos semânticos que resultam a maior parte das vezes de más traduções muitas vezes em circunstâncias quase impossíveis. A riqueza linguística ibérica permite tantas ou mais cambiantes do «amor» em geral do que a língua grega (como por exemplo: «afecto», «simpatia», «amizade», «ternura, «paixão», etc) mas não contempla seguramente eros como significando outra coisa que não seja o nome mitológico do deus do amor.
Quanto ao facto de ágape corresponder ao amor cristão, que a igreja apostólica e romana estigmatizou na “caridade, é uma das muitas ficções criadas por dois mil anos de especulação ruminante da teologia cristã de que a de C. S. Lewis seria uma das últimas. Na verdade, o termo grego ágape teria sido pouco usado nos tempos homéricos e na época de Platão seria utilizada para o amor familiar em contraponto com o amor aos camaradas de armas ou de academia (filia), afectos que os gregos terão muito cedo sabido distinguir da paixão libidinosa e do amor sexual.
Parece assim que a derivação desviante do ágape terá começado com os judeus alexandrinos que ao traduzirem a septuaginta usaram intensivamente o ágape para traduzirem o termo hebreu de amor em geral.
Não é certo saber-se por qual razão o termo agapao foi escolhido pelos tradutores da septuaginta mas a semelhança de sons consoantes (aḥava = amor em hebreu) pode ter tido a sua quota-parte de responsabilidade sendo certo que não menor culpa pode ter resultado da pobreza linguística do hebreu na descrição distintiva de afectos e relações familiares. Fosse como fora, ἀγάπη θεῶν foi um epíteto de Ísis o que comprova que ágape era um termo comum entre os gregos do Egipto, possivelmente pela semelhança que teria com equivalente local do mesmo tipo do aḥava judeu da septuaginta. Deste modo os judeus alexandrinos acabaram a desenterrar um termo grego arcaizante (que por estranho sinal significava também, nas tragédias de Eurípedes, “mostrar afecto por um morto”) e que teria tido origem semita comum, possivelmente cretense.
ἀγάπη < haka-pha < Kaka-ka > Ahava > Heb. aḥava.
Assim, o obscuro termo grego ágape pode ter surgido como um mera transliteração de alguma língua semítica. Deste modo, o uso do substantivo ágape parece ser uma inovação dos escritores do Novo Testamento, claramente derivado do uso do verbo agapao na Septuaginta.
Obviamente que as vias derivativas arcaicas que transparecem nesta transliteração entre o amor hebreu e o ágape grego estão longe de ser óbvias. No entanto os encontros e contratempos culturais acabam por pôr a nu verdadeiros fósseis significantes como é o caso de *Kaka-Wet ser um epíteto plausível Hestia / Vesta, a deusa do fogo eterno dos lares sagrados que teria sido, esposa de Hefesto, por sinal mãe do deus do fogo.
Ver: DEUSES DO FOGO (***)
Pois bem, por conveniências e várias vicissitudes também os mitos andaram seguramente baralhados, e nada obsta a que, como em muitos outros mitos primordiais Hestia e Hefesto fossem a virgem e o deus menino que acabaram também por ser o casal primordial. Como ἀγάπη θεῶν, amor dos deuses (ou, por ser um genitivo feminino plural, das deusas) foi um epíteto de Ísis, suspeita-se que pelo menos esta deusa ainda revelava uma relação entre a virgem mãe e o “deus menino” uma relação com um possível epíteto arcaico de Vesta. Supostamente a esposa de Hefesto era Afrodite mas nunca lhe terá sido muito fiel pelo que alguns dizem que terá tido por esposa Aglaia, “a resplandecente”, “a que brilha”, “a esplendorosa e esplêndida”, seguramente por ser deusa do fogo e que a mais jovem e bela das três Graças que simbolizava a inteligência, o poder criativo e a intuição.
B. Χάρις, ιτος, ἡ, as a mythological pr. n., Charis, wife of Hephaestus, Il.
2. mostly in pl. Χάριτες, αἱ, the Charites or Graces, Lat. Gratiae, who confer all grace, even the favour of Victory in the games, Pind.:—in Hom. their number is undefined; Hes. first reduced them to three, Aglaia, Euphrosyne, Thalia.
Aglaia < Hagaraia < Kaka-uria ó *Kaka-Wet = Caca Vesta.
Enquanto deusa do fogo sexual era uma deusa da fertilidade como Isis e por isso acabou relacionada como as Graças do culto de Vénus / Afrodite.
E é assim que sem ter que estudar o catecismo católico passamos do amor das deusas deste, que os petulantes cristãos repudiaram por pura misogenia patriarcal machista, para a Caridade.
A «caridade» paleocristã foi sempre algo mais prático do que o puro e platónico amor cristão.
No entanto é bem possível que debaixo da poeira retórica dos evangelhos (e sobretudo da tradição), que mascara a vera efígie do cristianismo, se esconda uma semântica de significado e eficácia social muito mais profunda.
Kiddush (em hebraico: קידוש, literalmente, "santificação") é a bênção recitada sobre o vinho ou suco de uva para santificar o Shabat ou uma festa judaica. A Torá se refere a dois requerimentos referentes ao Shabat - "mantê-lo" e "lembrá-lo" (shamor e zachor). A Lei judaica portanto requere que o Shabat seja observado em dois aspectos. Uma pessoa deve "mantê-lo" se abstendo das trinta e nove atividades proibidas, e a pessoa deve "lembrá-lo" fazendo arranjos especiais para o dia, e, especificamente, através da cerimônia de kidush.
O termo Kiddush também é usado para se referir a refeição cerimonial servida em uma sinagoga após a recitação do kiddush na conclusão dos serviços.
Nela são servidas bebidas e em muitas vezes bolos, biscoitos, e peixe.
A eucaristia seria tão-somente a primeira comunhão do cristianismo no sentido de refeição comunitária.
Ahora, en apoyo de nuestras conclusiones, citaremos dos autoridades de la exégesis liberal: «Las pretendidas palabras de la institución eucarística sólo tienen sentido en la teología de Pablo, que Jesús no había enseñado, y en la economía del “misterio” cristiano, que Jesús no había instituido». (Cf. Abad Alfred Loisy, L'initiation chrétienne, p. 208).
«Pero entonces, ¿de dónde procede ese rito? ¿De dónde proceden esas palabras? No de Israel. Los judíos no ignoraban la comunión de la mesa, y muchos esperaban con firme esperanza el “festín mesiánico”; se habla de ello en los Sinópticos. Sus sectas, por ejemplo los essénios y los terapeutas, practicaban ágapes sagrados que se parecían mucho a los ágapes de sacrificio. Pero por doquier se trataba tan sólo de un signo de fraternidad; en ninguna parte se percibe rastro alguno de teofagia.» (Cf. Charles Guignebert, Le Christ, III.)
Escuchemos a Pablo: «Y cuando os reunís, no es para comer la cena del Señor, porque cada uno se adelanta a tomar su propia cena, y mientras uno pasa hambre, otro está ebrio». (Pablo, I Epístola a los Corintios, 11, 20-21.) Y Judas, en su única carta, nos dirá lo mismo: «Estos son los que mancillan vuestros ágapes, cuando con vosotros banquetean sin recato, hombres que se apacientan a sí mismos». (Epístola de san Judas, 12.)
Verdade oculta ou exagero ocasional inevitável a verdade é que a Igreja veio a proibir o ósculo da paz e o uso de leitos nos banquetes das igrejas o que acabou com os ágapes no concílio de Cartago do ano de 397.
ÁGAPE (del gr. άγάπη, afecto, amor):… Por otra parte los paganos sacaban todo el partido posible de estas comidas en común para combatir á los cristianos y daban torcidas y malévolas interpretaciones al ósculo de paz con que se despedían los asistentes de ambos sexos, suponiendo que tales reuniones eran, más que otra cosa, orgias y bacanales. Hay quien cree que no eran del todo infundadas tales acusaciones; lo cierto es que se dispuso que el ósculo de paz sólo se diera entre personas del mismo sexo y se suprimieran los lechos en los lugares en que se celebraba el ágape. A pesar de estas disposiciones, los abusos persistieron ó la calumnia fué en aumento, puesto que en 397 el concilio de Cartago los prohibió terminantemente. La voz Ágape era sinónima de limosna en el siglo ix. -- Diccionario Enciclopédico: Hispano-Americano de Literatura, Ciencias, Artes, Etc.
Entretanto, os ágapes vieram a ser substituídos pela Eucaristia quase seguramente porque o pensamento grego dominante da igreja se foi apercebendo de que a etimologia do termo ágape tinha sido um equívoco dos judeus helenistas de Alexandria e que o “verdadeiro amor de caridade” teria que ser a Eucaristia, até porque os ágapes tinham degenerado num amor demasiado literal
«Eucaristia» = εὐχαριστία = Eu + Kar + ist(-ia) < Χάρ-ι-τες.
Ver: DO SACRAMENTO DA EUCARISTIA A JESUS CRISTO,
por arturjotaef.
[1] AGAPE, ag'a-pe (Gr. agapt, love), in ecclesiastical history, the love-feast or feast of charity, in use among the primitive Christians, when a liberal contribution was made by the rich to feed the poor. -- Encyclopedia Americana, Volume 1
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