quinta-feira, 19 de setembro de 2013

DEUSES DO ANTIGO EGIPTO – SETE / SOBECO & SATETE, por Artur Felisberto.

clip_image002
Figura 1: Sobek ou Sebek (Sebek, Sochet, Sobk, Sobki, Soknopais, em grego Suchos, Petesuchos) é o deus-crocodilo, no Antigo Egipto, por vezes identificado com Ré ou Set e tido como filho de Neit. Oriundo das regiões do Faium, este deus está associado à astúcia, paciência e à crise, a tudo que interrompe o curso natural das coisas. Por exemplo, ele é a crise que provoca a morte.
Como é contado no Livro do Morto, Hórus o Ancião recrutou a ajuda de Sobeko para matar o tio Set. Sobek ajudou Horus noutra ocasião quando ele salvou os quatro filhos de Hórus das águas de Nuno. Sobeko era o deus dos crocodilos. Os antigos Egípcios que moraram em cidades perto das águas do Nilo adorarvam-no para aplacar os crocodilos. Por exemplo, as pessoas de Crocodilopolis (Arsinoe) isolavam crocodilos machos em piscinas e os adornavam com jóias.
A importância de crocodilos para cultura egípcia antiga é demonstrada pelo numeroso crocodilos mumificados que foram encontrados em tumbas.
Sobek fue el dios cocodrilo, de carácter benéfico, creador del Nilo que habría surgido de su sudor; dios de la fertilidad, la vegetación y la vida en la mitología egipcia. Está relacionado con el punto cardinal Norte. 
Los griegos le llamaron Suchos, que quiere decir "cocodrilo" y le identificaron con Helios.
Iconografía: Representado como cocodrilo u hombre con cabeza de cocodrilo, con la corona Atef. En el periodo tardío de Egipto también puede aparecer con cabeza de halcón, toro, carnero o león. 
Mitología: Se le creía emergido de las aguas del caos en la creación del mundo. Era "Señor de las aguas". En el aspecto maligno se le representa como un demonio del Duat; se le asoció a Seth porque generaba peligro y desorden; en alguna versión del mito de Osiris se dice que Seth se escondió en el cuerpo de un cocodrilo para escapar sin castigo por su crimen; sin embargo él colaboró en el nacimiento de Horus y ayudó a destruir a Seth; también rescató a los cuatro hijos de Horus de las aguas del Nun, por orden de Ra. Su morada estaba al Este de la montaña de Baju, por lo que recibía el nombre de "Señor de Baju"; también tiene allí un templo. En la localidad de Gebelein, Neith era su madre, aunque en Sais era su hijo. 
Sincretismo: Se le asoció con Amón, con Ra (como Sobek-Ra), Horus, Herishef y Seth; este último figuraba también como su padre. 
Culto: Su culto se remonta a las primeras dinastías egipcias. Su principal culto estaba en Shedet, Cocodrilópolis (El-Fayum), en el lago Moeris, luego en Nubt (Ombos) y Tebas. Adorado en Shedet junto a Neith y Senuy, y en Kom Ombo, donde es esposo de Hathor o de Heket y padre de Jonsu. Su fiesta se celebraba el cuarto día del mes de Joiak.
É assim evidente que Sobeco foi uma variante de Set que se foi progressivamente separando deste à medida que Set ia caindo em desgraça político-religiosa na mitologia de Osíris de triunfo imparável durante o domínio de Amon em Tebas.
Sobeko era o deus das águas e seria também deus das chuvas nos países onde chovia e era originário e por isso seria na origem um manda chuva ou um “Chuveco” possivelmente o mesmo que Chnum.
Sobeko < Chuve-cu > Chuvetu = Tu-Chuwe > Teshuve.
Sobek, deus das águas e às vezes chamado “deus crocodilo”, e, por isso, simbólico do poder faraónico. Acreditava-se que no dia da criação Sobek veio do “Águas Obscuras” para organizar o mundo. Ele também pode ser representado em forma completamente crocodilo com uma coroa de plumagens podendo raptar e destruir, considerando-se isto como um espectáculo de poder real. (...).Possuindo a força e natureza de um crocodilo que os egípcios temiam e respeitavam, Sobeco era um símbolo do poder do Faraó.
Os crocodilos que vivem eram uma presença constante e um perigo nas águas das margens sinuosas do Nilo que também era importante para o sustento dos egípcios. Fazia então bom sentido ter o Nilo que poderia satisfazer estas bestas ferozes como seu deus.
Sobeco teve um lado escuro que o acompanhou durante o tempo lhe foi prestado culto. No Livro do Morto, apresentava-se como quatro crocodilos que se cria que atacavam o defunto no submundo. Este lado escuro às vezes o pôs no papel de Set. Em uma versão do conto de Osiris, Isis teve que colocar Hórus num pequeno barco de canas de papiro o proteger das ameaças de Sobeco. A sua forma de um crocodilo - um das criaturas de Set – uniu-o de perto ao inimigo de Hórus. Foi acreditado que Set se transformou em crocodilo para escapar de Hórus, e que Sobeco foi castigado por permitir isto.
Sobeco, como com muitos dos outros deuses protectores, também teve um lado benigno. Em uma versão diferente do conto de Osíris, era Sobeco que levava às costas o corpo morto de Osíris para os bancos do Nilo. Os quatro filhos de canópicos de Hórus – (...) – acreditava-se que tinham saído de um lótus que emergiu das águas de Nuno. Sob as ordens de Rá, os quatro deuses foram salvos por Sobeco que os puxou para terra em uma rede.[1]
A região do Faium, suposta pátria de origem de Sobeco, era uma as mais ricas e importantes regiões do Baixo Egipto e, por isso o seu deus não poderia nunca cair em desgraça sem o apoio deste rico oásis dos crocodilos. Mas Sobeco seria adorado em todo o delta pantanoso e em Aváris capital dos faraós dissidentes, Sete acabaria por vir a ser um deus traidor.

Ver: MIRTILO (***)

However, it appears the followers of Seth may have resisted the followers of Horus and the First Dynasty pharaoh, Menes, when he united Upper and Lower Egypt. This struggle for control of Egypt seems to be reflected in the mythology. At this point, Seth is portrayed as questioning the authority of his brother, Osiris. The Osiris cults took this opportunity to discredit the followers of Seth; he was now considered to be Osiris' evil brother. And the story was told that Seth was evil since birth, because he ripped himself from his mother's womb by tearing through her side. In the Osiris legends, it is Seth who tricks and murders Osiris. He is also the antagonist of Horus. By the Twenty-sixth Dynasty, Seth was the embodiment of evil. He was depicted with red eyes and hair. The ancient Egyptians believed red represented evil.
clip_image004
Figura 2: Reconstitution de la fresque minoenne découverte dans le palais de la XVIIIe dynastie à partir des débris retrouvés sur le site.
No “Êxodo Descodificado”, um documentário para televisão de Simcha Jacobovici reporta-se uma etimologia improvável para o nome de Aváris (Hatwaret/Auaris), sugerindo que o nome do lugar deriva da palavra hebraica para "hebreu" (hebreu עִבְרִי, tiberina. ʕivɾi, israel. ivri). Neste caso, significaria algo como "o lugar dos hebreus", e assim identifica o Hicsos Asiáticos com os hebreus bíblicos. Não obstante, apesar uma origem de Canaanite/Hebraica ser plausível, é difícil mostrar como a raiz Canaanita / Hebreu ʕ.b.ɾ (עבר), com o sentido de "passar" (de onde um "hebreu" seria o mesmo que um "caminhante", um (judeu) “errante”, um nómada), poderia linguisticamente tornar se ħt wʕrt em egípcio. O que sabemos ao certo é que foi capital dos Hicsos, nome que Josefo traduziu no século I por reis pastores (na realidade Hicsos es el término helenizado de la denominación egipcia: heqa-jas-ut (hq3 ḫ3s u t) que significa Gobernantes Extranjeros.), e que, além de ser a cidade onde apareceu o carro de combate hitita que vira a fazer as glórias militares de Ramsés, e onde se encontra o terceiro maior local arqueológico relativo à civilização minóica depois de Creta e de Tera.
Avaris (Egyptian: .t wʕr.t, Hat-war-et, Greek: αυαρις, Auaris), ahora está en ruinas, pero las excavaciones muestran que fue un dinámico centro de comercio. El descubrimiento de un templo erigido en el período de los hicsos han proporcionado objetos procedentes de todas las zonas del mar Egeo. Este templo tiene aún pinturas murales de tipo minoico que pueden ser anteriores a las que se encontraron en el palacio de Cnosos en Creta. Ha sido excavada una gran tumba de ladrillo, al oeste del templo, en donde se han encontrado objetos tales como espadas de cobre. También han sido desenterrados objetos que evidencian contactos con las primeras civilizaciones mediterráneas.
Dada a rivalidade entre os hititas e os egípcios que se segui à queda de Aváris o mais plausível geopoliticamente é que esta fizesse parte do império Anatólico, na altura ainda possivelmente sob influência da cultura minóica. Aliás, a influência preponderante, no delta do Nilo, das culturas do mar egeu terá sido uma constante ao longo da história e o fenómeno dos “povos do mar”, uma história mal contada escrita pelos vencedores egípcios. Assim, Hat-war-et poderia também ser entendida como cidade dos povos dos Hatis, que na altura fariam parte da cultura Egeia. Os Fenícios e os Hebreus seriam parentes próximos desta cultura como o sugere a relação de Abraão com Lot.
Aunque la teoría más popular es la de los hicsos como pueblos sirio-palestinos o cananeos, es importante no descartar las principales tesis indoeuropeístas: Meyker, 1928 (1952-58), defendió la teoría de los hicsos como indo-arios o indoeuropeos, mientras que Procksch, 1914, y Pieper, 1925, defendieron la identidad entre hicsos e hititas, y Dayton, 1978, con los micénicos o minoico-micénicos, antes incluso de que aparecieran las relevadoras evidencias creto-micénicas en los palacios reales de Tell el-Daba (Avaris), lo que sin duda apunta a una estrecha relación de linaje, o alianzas, entre la realeza creto-micénica y la de los hicsos.
clip_image006
Figura 3: Hórus, Ramsés e Sete.
O importante destas pontas de icebergue e reportarem-nos para a origem mítica do nome desta cidade que aparece nos registos egípcios como refundada por faraós com nome de Set. Aváris foi reconstruída mais tarde por "Ramsés-II" que a rebaptizou de Pi-Ramsés (Casa dos Ramsidas), significando que seria a sede de sua dinastia. Pi-Ramsés, é uma das cidades que foram erguidas nos reinados de Set-I (Seti Merenptah
clip_image008

clip_image009
clip_image010
clip_image011
clip_image012
clip_image013
clip_image013[1]
clip_image015clip_image013[2]clip_image013[3]
clip_image017

clip_image019
, Ramsés-I, Set-II e Ramsés-II, com trabalho escravo dos israelitas, segundo a bíblia.
Quer isto dizer que muito provavelmente o deus protector de Aváris seria o mesmo que os Egípcios adoravam como sendo Set, como a descoberta dum templo dedicado a Set um pouco a norte do local arqueológico de Aváris, ou seja, local onde os Ramsidas reedificaram a cidade com o nome de Pi-Ramsés. Isto levanta a hipótese de Aváris ter sido na fonética egípcia Hatwaret uma forma variante de *Set-Waret.
La région d’Avaris était le berceau des Ramessides. En effet, non seulement Séthi Ier y avait fait construire un palais, mais en plus le site de la future Pi-Ramsès comprenait un sanctuaire dédié à Seth, le dieu dynastique. Rappelons que le père de Ramsès II portait le nom de Séthi, ce qui veut dire "Celui qui appartient à Seth".
Na verdade os antigos ainda que pusessem em questão a legitimidade de quem detinha o poder temporal nunca se atreviam a por directamente em causa a soberania divina. Pelo contrário, os re-conquistadores egípcios de Aváris fizeram mesmo questão de associarem a sua dinastia ao deus da importante e estratégica cidade de Aváris.
Mitologicamente, a primeira ideia que nos surge a partir do nome Aváris e o nome do deus Sacar, do deserto de Saara e Sacara.
O nome "Sakara" deriva de Sokar, nome de um deus da mitologia egípcia considerado como protector da necrópole e que junto com o deus Ptah e o deus Nefertum formava a tríade (agrupamento de três divindades) de Mênfis. Alternativamente, há também quem procure relacionar este nome com o de uma tribo que ali viveu no passado, os Beni Sokar.
Sokar, Seker ou Sokar-is O seu nome significa "o que está encerrado". Era representado como um falcão ou como um homem mumificado com cabeça de falcão com uma coroa atef (coroa branca do Alto Egipto com duas plumas).
Era o deus de Sakara, a necrópole da cidade de Mênfis, uma das várias capitais que o Antigo Egipto teve. Já era adorado nesta região na época pré-dinástica, acreditando-se que nestes tempos teria associações com a fertilidade. Desde a V dinastia (Império Antigo) foi identificado com Ptah, deus principal de Mênfis, dando origem a uma fusão das duas divindades conhecida como Ptah-Sokar.
Assim, a relação intermediária entre Sobeco e Set passam por Socar para conseguir chegar a Ptah e Chu. Na verdade, o nome grego de Sobeco, Pe-Te Such(os), seria uma forma sincrética foneticamente alterada ao sabor do helenismo de Ptah + Chu, forma mal digerida do egípcio Sokno-pais.
Voltando a Aváris / Het-war-et deparasse-nos o nome da poderosa deusa crocodilo, Taurt / Tawaret, esposa de Set e que mais não seria que uma deturpação ou variante do teónimo egeu Tea-Karet, seguramente a deusa mãe de Creta, a deusa da fertilidade que veio a ser Ker ou Keres, Ceres e Kali.

Ver: MIRTILO (***) & KALI (***)

O mitema primordial da Virgem Mãe primordial com o “deus menino” ao colo vai evoluir para o trio familiar da mãe terra que acasala com o filho céu e da origem à primeira geração de deuses. Este primeiro filho divino parece ser também a primeira criatura vivente, ou seja o primeiro deus descido do céu à terra por força do paradigma do deus Sol que nasce no colo da virgem mãe a oriente para morrer nos braços da sua mãe a ocidente. A mitologia egípcia, com o seu sincretismo de conveniência cria alguma dificuldades de identificação no que respeita a comparações funcionais com mitos de outras culturas e o papel de , que deveria ser o de Úrano, deus do céu diurno, aparece como disco solar no Egipto nas, em parte isto aconteceu por força do papel do mito osiríaco que adquire preponderância popular autónoma obrigando a mitologia tradicional a readaptar-se. No entanto, o deus da segunda geração foi na suméria Enki e no mundo egeu foi Saturno / Crono, ora filho, ora esposo das deusas de fertilidade agrícola. Este deus que acabou como símbolo da época dourada do neolítico ainda tinha nas saturnais latinas todas as aparências dum deus de morte e ressurreição solar típicas do deus Canaanita Sacar que no Egipto foi seguramente Socar. Então, voltando ao nome da cidade de Set no Delta podemos novamente suspeitar que *Set-Waret seria uma corruptela do nome de Saka(u)r-et, nome que nos reporta também para a cobra *Kafura e para os estranhos cultos anatólicos dos Cabirus.

SETE
clip_image021
Figura 4: Suetekh, Suti, Seth, Set.
Set é o deus egípcio da violência e da desordem, da traição, do ciúme, da inveja, do deserto, da guerra, dos animais e serpentes. Set era encarnação do espírito do mal e irmão de Osíris, o deus que trouxe a civilização para o Egipto. Set era também o deus da tempestade no Alto Egipto. Era marido e irmão de Néftis. É descrito que Set teria rasgado o ventre de sua mãe Nut com as próprias garras para nascer. Ele originalmente auxiliava Rá em sua eterna luta contra a serpente Apep na barca lunar, e nesse sentido Set era originalmente visto como um deus bom.)
Suetekh = Suet-(ekh) => Suti > Seth > Set.
Representation: Man with the head of an unknown animal. Some times he takes the form of a crocodile. He is represented as a hippopotamus or a black pig in his battles with Horus.
Relations: Son of Geb and Nut. Brother of Isis, Nephthys, and Osiris. The husband of Nephthys or sometimes the husband of Taurt.
Ora, suspeita-se que Set seria um deus sacrificial primordial como Awi-lu, o deus Sumério de cujo sangue foi criada a humanidade.
Avári(s) < Awali < Awi-la / Awi-lu.
               < Ka-wir-u > Habiru => Hebreu, Ibero
                                   > Haberu > hareub > Árabe, e muitos outros, tais como kafres, cabirus, gabirús, etc.!
Razão teria Plutarco quando referia que os judeus adoravam Dionísio, maneira latinizada de dizer que adoravam ou tinham resquícios rituais de uma antiga adoração a Set, o deus que os gregos já só conheciam na forma satírica de Pan e Paposilenos, facto mais próximo da realidade e que o mesmo Plutarco deveria ter investigado e analisado. Na verdade, Adonai era nem mais nem menos que Adónis e os levitas, seriam a sobrevivência da casta sacerdotal e Osíris que teria saído do Egipto com os Hebreus durante o monoteísmo de Akenaton, quando este expulsou do Egipto todos os leprosos, que seriam maioritariamente judeus.
A simplicidade aglutinante do nome de Enki deve ter dado origem a outros nomes monossilábicos como Atis < Ash-ash > Hadad > Hades, literalmente filho (da 2ª geração) do filho (da 1ª geração) da Virgem Mãe primordial, e que seria a origem patronímico dos hititas. Outra variante deste nome foi seguramente Set, Ptah e compostos como Atum(no), Adónis, Dionísio, etc. Estes deuses seriam por definição psicopompos. O mito arcaico que correspondeu no mundo grego à tragédia cósmica entre Úrano / Crono sofreu no Egipto a inclusão abrupta do mito Osíris / Hórus e o sincretismo entre ambos deve ter sido difícil, de resultados contraditórios de que subsistem ecos na evolução do livro dos mortos egípcios.
Enquanto deus da fertilidade tanto Sobeco como Set devem ter sido senhores dos ventos, das tempestades e terramotos como o Deus Sabaot dos judeus e, por isso, variantes arcaicas de Chu, como a etimologia dos seus nomes o prevê. De facto, no Egipto antigo este papel ficou definido para Chu, mas podemos provar que este não era senão uma variante carinhosa e diminutiva do nome de Enki, que também foi chamado na caldeia como Du, Gu, Ku e Zu, para não especular que teria tido variantes a ocidente que poderão ter evoluído com relativa autonomia como Baco e Bês (notar que este deus é suposto esposo de Taurt, logo candidato legítimo a variante arcaica ou local de Set).
Um deus caldeu com as mesmas funções de senhor dos ventos e das tempestades foi Ishkur / Enlil, irmão gémeo de Enki / Kur, que no Egipto viria a ser ora ora Osíris. Ishkur era uma variante fonética de Haharanu, forma evolutiva de Kiki-kur-na, o Sr. (deus) filho do Kur, de que viria a derivar o nome do sírio Sacar e do etrusco Fuflan. Alias, Set, esposo de Tavaret poderia ter sido também *Ta-wer de que sobreviveram as variantes So-ker e Keper (Kefer). Alias, Taweret manifesta o seu poder protector, a esconder o seu lado negro mortal, transportando o Sá. Se entendermos que Set foi o “deus menino” primordial então: Sa-et, filho da deusa do Sá, étimo seguro do latino salus e «saúde». Por outro lado, o nome de Osíris, enquanto arcaico irmão gémeo de Set / *Ta-wer, partilha com este a relação funcional deste com So-ker... e ambos a relação étmica. A este propósito recordemos que o deus da saúde indo se chama Kubera.

Ver: SALUS (***)

Haharanu: A god, functions and meaning of name unknown.
                                    > *Ta-wer.
Haharanu < Ash-kar-Anu < Ki-Ki-Kur-Anu > Ishkur-an
                                  > Sat-aur-an > Saturan- > «Sat-urno».
                                               => Sakar  / Soker.
Ha-tor < Taur-ash > Taur-et > Taurt / Taveret.
O segredo da origem étmica do nome de Sete pode estar afinal na etimologia do nome de Saturno, filho de Gea e de Urano. Este deus teria vindo de Creta com um nome próximo do deus latino Saturno, o deus que foi expulso do mundo grego e foi refugiar-se em Itália, precisamente porque seria o senhor dos vencidos com a queda de Creta no domínio micénico.
Se Sobeco era filho de Neit, Set era de Nut e se Sobeco era esposo de Ha-tor / Taveret esta seria também esposa de Set. Ambos podem ser representados por um crocodilo. Ambos teriam sido deuses da tempestade e arcaicas variantes locais de Chu, com etimologias semelhantes apontando neste sentido.
A relação étmica entre Set e Sobeco passa então a ser evidente.
Set < Seth < Setekh < Suetekh < Sutekh > Suty > Sut.
                                                      Sutekh < Chu-Te-kiko > Chu-te-isho
> Te-Chu-isho > Texuki-(ko) > Hit. Techuwe > Shupt(er) > Jupiter.
                                 > Te-Xu-Weko > Te-Xu-Peko > Pe-Te-Xuko
> Grec. Pe-Te Such(os) (=> Petasho) <=> Sok-no-pais = So-Wek-ino Pa-ish
                                                     Sebek < So-het > Sobek > Sobki > Sobk.
Atum's family tree, consisting of the nine gods of the Heliopolitan Ennead and envisioned by the Heliopolitan theologians, eventually led through Shu (air) and Tefnut (moisture) who begat Geb (earth) and Nut (sky) who in turn parented Osiris, Isis, Seth and Nephthys.
O mito recente faz de Set um filho de Geb mas é possível que tenha havido confusão pelo meio durante a evolução da mitologia egípcia que começa cada vez mais a ser considerada como importada e não como autóctone. A ideia de que esta importação teria sido do africano sul parece pouco sensata porque a mitologia africana de hoje não seria a desses tempos e mesmo assim, ainda hoje ela se revela sumária, pobre e pouco elaborada. A verdade é que a mitologia evoluiu progressivamente a par e passo com toda a cultura. Ela era a manifestação metafórica das crenças culturais das épocas que as criaram e revelam assim a imagem civilizacional de quem as criou. Ora, a única cultura que deixou marcas paleolíticas e neolíticas suficientemente complexas e precoces na história da humanidade foram as civilizações insulares mediterrânicas que tiveram os seus expoentes máximos mais arcaicos e mais bem organizados na cultura megalítica de Malta e nas manifestações minóicas de Creta.
Na verdade, retomando a arqueologia linguística verificamos que a equação que relaciona Sete com o hitita Techuva, deus das tempestades e das chuvas não deixa de fazer sentido à luz da própria origem mítica deste deus que seria originariamente um deus das tempestades e logo, um deus “manda chuva”!
Set was one of ancient Egypt's earliest gods, a god of chaos, confusion, storms, wind, the desert and foreign lands.
Como deus do Kur, foi também deus do lado negro da vida, deus guerreiro e montanhoso e por isso deus estrangeiro, como era a semântica original do Kur na suméria, e acabou deus do deserto por adaptação ecológica da semântica dum deus de tempestades mediterrânica à realidade desértica do Egipto que tinha como única fonte de água, não a chuva que seria raríssima mas a inundação do Nilo. Assim, o deus manda chuva deixou de o ser e passou a deus da ameaça caótica que eram tempestades de areia do deserto. A confusão que parece existir na mitologia é mais subtil porque parece que Techuva seria literalmente o mesmo que deus Geb.
Techuva < Te-Chuwe ó Te-Geb.
Assim, Sete só passou a ser filho de Geb por um qualquer erro na elaboração do panteão porque Sete teria sido o próprio Geb que mais não seria do que uma variante do nome de Chu na forma de Chu-Ki, literalmente, o filho da Terra. Na verdade, Chu, Geb, Set, seriam originalmente a mesma entidade cósmica primordial, o filho da Virgem Mãe do Caos primordial, o deus das forças da natureza, com todos os atributos que viria a ter o Deus monoteísta Yawé, seguramente uma corruptela Geb, tal como desse Jeu é corruptela. Claro que sabemos que Teshuva e Júpiter pertencem ao mesmo étimo dos deuses das tempestades. No entanto, Set pode ter iniciado a sua autonomização semântica no seio da cultura semita como Sabitti, deidades que deram nome ao número 7, razão pela qual terá sido sempre entendido pelos egípcios como sendo um estrangeirado, ou seja o equivalente sírio de Satan, por sua vez relacionado com os controversos e polémicos Sabitti.
Sebitti: "The Seven" group of seven warrior gods who march with Erra into battle. The Pleiades. Demonic and evil offspring in some traditions, good in others. Offspring of Anu and earth.
Sebitti < Sewetiti < Shewe-kiki > Seukike > Shuetek > Sutekh.
clip_image022clip_image023 (Variants: clip_image024clip_image025clip_image026clip_image027, clip_image028clip_image029, clip_image024[1]clip_image030clip_image031)
The 'Set animal' has long, squared ears and a long, down-turned snout, a canine-like body with an erect forked tail. He may have been a composite animal that was part aardvark (the aardvark that the ancient Egyptians would have seen was the nocturnal Orycteropus aethiopicus which was between 1.2-1.8 meters long and almost 1 meter tall, and was generally a reddish color because of the thin hair, allowing the skin to show through), part canine (perhaps the salawa, a desert dwelling creature) or even a camel or an okapi. The sign for his name, from the Middle Kingdom hieratic onwards, tended to replace the sign for 'donkey' and 'giraffe', so he was possibly linked to the giraffe, as well.
clip_image033
Figura 5: The aardvark (Afrikaans for “earth pig”) is a plump mammal with a distinctive long snout and long ears. It has little hair on its body and its skin is pinkish grey in colour. It weighs about 50 kg and its hindquarters are heavier than its front.quarters. The aardvark preys mainly on ants and termites and feeds by inserting its long sticky tongue into termite mounds.
It is a solitary animal. The young are born in dens after a gestation period of about seven months and they stay with their mother for about a year.
clip_image034clip_image035dshr (= red)+ t = makes the word for desert, clip_image034[1]clip_image036clip_image037dshrt
A fonte da mitologia mandaena pode não ter sido exactamente a mesma da Tora mas existem semelhanças suficientes entre Adam (Paghra) & Hawa (Kasia) e o bíblico casal Adão & Eva para aceitar que divergem no que respeita aos nomes do primeiro par de filhos sobreviventes deste casal primordial que eram, como se viu, semelhantes aos da tradição védica e na bíblia eram Caim & Abel.
"As concerning the Divine Twin-gods they are Heru-netch-her-tefef and Heru-khent-en-Ariti (Horus the Advocate of his father [Osiris], and Horus the sightless). "Others say that the double Divine Soul which dwelleth in the Divine Twin-gods is the Soul of Ra and the Soul of Osiris, and yet others say that it is the Soul which dwelleth in Shu, and the Sould which dwelleth in Tefnut, and that these two Souls form the double Divine Soul which dwelleth in Tetu. "I am the Cat which fought near the Persea Tree in Anu on the night when the foes of Neb-er-tcher were destroyed." -- (From the Papyrus of Nebseni, Brit. Mus. No. 9900, Sheet 14, ll. 16ff.)
O mito dos divinos gémeos era assim uma realidade vívida no antigo Egipto, claro que neste caso na forma de “bons irmãos”. Porém, o caso mais célebre de “maus irmãos” na história do Egipto foi o de Osíris & Seth.
Sete, o segundo homem e o terceiro dos filhos, é a criatura que pressagiou o seu destino ao nascer prematuramente, dado que abriu o ventre da sua mãe Nut, fazendo-a sofrer cruelmente; Sete é o deus da maldade, o espírito negativo e o representante do deserto sem vida, a personificação da morte. Naturalmente, Set odeia desde a infância o primogénito Osíris; esta é a fábula constante do bom irmão diante do mau; é a lenda exemplificadora do mau assassinando o bom, tentando evitar a sua clara superioridade, tentando apagar com a morte a distância entre ambos.
Ao assassinar Osíris, Sete só conseguiu divinizar ainda mais o seu odiado irmão, porque o Osíris triunfante sobre a morte ia estabelecer-se como a personificação divina do ciclo, e voltaria a nascer e morrer eternamente, reinando na vida eterna do céu e deitando sobre o seu traidor irmão na terra, ao ficar com as suas posses e ser a figura amada pelas duas irmãs Ísis e Néftis, a figura adorada e homenageada por todos os egípcios, a divindade bondosa que governava as estações e o benéfico Nilo em proveito dos homens.
Não foi demasiado difícil a Sete terminar com a vida do seu bom irmão, o grande rei Osíris, apesar da constante vigilância que Ísis mantinha sobre as suas idas e vindas, dado que ela sim conhecia bem o seu malvado irmão e não confiava de maneira nenhuma nas suas artes. Depois de tentar uma e outra vez assassiná-lo sem êxito, finalmente Sete tramou um plano que lhe permitia iludir Ísis e assim mandou construir um sarcófago muito rico e belo, com o tamanho exacto do seu irmão.
Com o sarcófago em seu poder, Sete organizou uma grande festa, à qual convidou Ísis e Osíris, junto com outras setenta e duas personagens, que não eram outras que os seus aliados no sinistro plano. Terminada a festa, Sete comentou que tinha idealizado um jogo, que consistia em ver quem de todos os presentes cabia melhor naquela magnífica arca, e para o feliz tinha reservado um grandioso prémio. Os convidados provaram sorte, mas nenhum dava o tamanho adequado, de maneira que chegou a vez de Osíris e ele sim que enchia completamente o vão do sarcófago. Mas não havia tal prémio algum; os presentes lançaram-se em tropel e encerraram o rei dentro dele; depois lançaram-na ao Nilo e o rio arrastou o sarcófago e a sua carga para o mar. Ísis saiu em perseguição do baú e Néftis uniu-se ela rapidamente na procura, enquanto Sete e as suas seis dúzias de cúmplices celebravam precipitadamente a suposta vitória do usurpador. As duas irmãs entretanto, encontraram a caixa onde Osíris tinha sido encerrado e comprovavam então que este já era apenas um cadáver. Com os seus tristes lamentos e prantos, as irmãs comoveram os deuses e estes decidiram trazer de novo à vida ao infeliz Osíris, mandando-as que amortalhassem o seu corpo embalsamado em ligaduras, dando assim a pauta para o posterior rito funerário, ou que reunissem os seus restos para poder insuflar de novo a vida no seu destroçado corpo, segundo a versão correspondente.

Ver: OSIRIS (***)

De facto, no mito judeu estamos diante duma variante do mito dos gémeos só que desta vez já não na variante amigável de Castor & Polux, mas em antagonismo como na versão do mito de Osíris/Seth.
É mais do que óbvio que Abel é não apenas foneticamente aparentado com Apolo pois que, tendo este sido pastor de vacas, tal como Páris, de capríneos e Adónis, de ovelha, foi também funcionalmente aparentado com este deus solar.
De facto:
                               Abel < Aphel <= Apkallu.
Pollux < Phaull-ush = Ash-Phallu < Apkallu
Castor < *Kiash Thaur = Ki-ishkaur = Iscur de Ki
   Kish < *Kiash-Anu > Kajinu > Cayin > Lat. Cain > «Caim» º
Ar-wi-um < Harkimu > Hermiku > Hermes.
Ar-wi-um < Ar-kium(nu) ó Ar- | *Ki-ama > *Kime | º Artemisa.
Noemma = Noémia < Nau-Hemia < Anu Kimea.
Qayin aka Cain aka Ar-wi-um. Serpent King of Kish.
Artemisa era a irmã caçadora de Apolo, que transparece no mito bíblico esmaecida na forma de Noemma a descendente de Caim e irmã de Thubal-Caim, este nome já de facto a versão emparelhada dos gémeos Abel & Caim.
Early writers say Cain and Abel had twin sisters, Luluwa and Aklemia, and that Seth had a sister Noraia.[2]
Kalîmath aka Aklia aka Climia aka Aklemia aka Kali aka Azura.
Aklemia < Climia < Kalîmath < Kiar-Maat > Alkimia < Artimita
> *Artim-isha > Artemisa, irmã de Apolo
e esposa gramatical de Hermes ó Arwium.
Luluwa < Lu-luwa < Lilika ó Lilit.
Abel é mencionado no Gênesis 4: 2, como sendo um pastor de ovelhas. Em seguida, a narrativa diz que o seu irmão mais velho, Caim, um agricultor, ofereceu a Deus os "frutos da terra", enquanto Abel teria oferecido o sacrifício de uma ovelha. Deus teria ficado agradado com o cheiro da carne cozida, dando menos importância às oferendas de Caim. Enciumado, Caim matou Abel.
Se Abel / Abílio / Aprílio / Abril podem ter a sua origem étmica no nome do deus sumério Awilu, sacrificado como Abel, mas em nome da criação da humanidade como Jesus. Já o nome de Caim parece não ter correspondência suméria nem caldeia.
Cain & Abel são traduções tradicionais do que hebreu nomeia como Qayin (קין) and Havel (הבל). O texto original não fornece as vogais. O nome de Abel tem as mesmas três consoantes da raiz que se pensou originalmente ter o significado de "respiração", mas é principalmente conhecido da Bíblia como uma metáfora pelo que é "enganoso". [...] Julius Wellhausen, e muitos eruditos que o seguem, propôs que o nome seria independente da raiz. Eberhard Schrader avançou previamente o acádico (antigo dialecto assírio) ablu (o "filho") como a etimologia mais provável. [18] No Qur'an, Abel é nomeado como Habil, mas Cain não é ali nomeado, porém a tradição islâmicos regista o nome dele como Qabil. Cain é chamado Qayen na versão etíope do Géneses.
A tradição judaica pode, neste caso, não ser tão fidedigna como a ismaelita e o par de gémeos primordiais ter tido nome parecidos derivados precisamente do nome da grande deusa mãe anatólica, Cibel.
Qabil < Kewir < Cibel > Kewir > Habil > Abel.
                         < Kaki-| ur <=> an > Kakino > Kajin > Kain.
Se a informação do relator bíblico tivesse sido um pouco mais apurada talvez este tivesse dado conta que Tubal/Caim/Noemma correspondiam ao verdadeiro trio de filhos de Deus/Zeus/Enki/ pelo lado da lua que foi Ewa/Leto. Aliás, estas ressonâncias míticas repetem-se no nome de Lamech (< Ramesh < Urmish < *Karmesh) e Sellae (< Killa < Kur la => Selene) e acaba no nome de Seth precisamente com a interessante referência de que "sed et Seth natus est filius quem vocavit Enos (< Anu-ish, lit. «filhos de Anu» > Anu + Ama > Anu-me > Nume > An-um > «Ão») iste coepit invocare nomen Domini."
Então, teria sido nas ilhas mediterrânicas onde Sete foi adorado como “deus do fogo da terra e dos filhos da cobra”, que começou a religião! Esta verdade espantosa que reporta os deuses, os Enos, An, «numes» ou «eons/ãos» ou «anões» para e época da adoração do fogo reporta-nos para os cultos paleolíticos do fogo cavernícula!
Pois bem, Sete era um deus bem conhecido no Egipto onde foi responsável pela morte crepuscular de Osíris formando assim o par de gémeos antagónicos Sete & Osíris.
«Tornou Adão a conhecer sua mulher, e ela deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Sete; porque, disse ela, Deus me deu outro filho em lugar de Abel; porquanto Caim o matou.»
Se a forma do mito bíblico de Caim & Abel nada tem a ver com a rivalidade dos irmãos gémeos primordiais egípcios Sete & Osíris existe no entanto uma leve correlação entre ambos os mitos. Sete ocupava no mito egípcio o lugar de Caim enquanto no mito bíblico substituía a perda de Abel. Não é muito mas tem duma vaga reminiscência quanto baste para permitir inferir que ouve contactos entre ambos os mitos.
Se uma das variantes do nome de Set era Suetekh, os Egípsios lá saberiam por quê!
A verdade é que clip_image038 = Shu-at-ekh < Chu-at-Eka, lit. «deus pai do fogo do céu»??
A statement in Plutarch's De Iside et Osiride, informs us that Typhon was called Seth, and Bebo, and Smy, "all of them words of one common import, and expressing certain violent and forcible restraint and withholding, as likewise contrariety and subversion; we are, moreoever, informed by Manetho that the lodestone is by the Egyptians called the 'bone of Horus,' as iron is, the 'bone of Typho.'" This information is of considerable interest, for it makes the identity of Set and Typhon certain, and it is, moreover, supported by the evidence of the inscriptions. The name Seth is, of course, Set; Bebo is the Egyptian, Baba and Smy is Smai, the well-known Egyptian name for Set as the Arch-Fiend. The associates of Set were called Smaiu, and the determinative, shows that the idea of "violence" was implied in the name. That iron was connected with Set or Typhon is quite clear from the passage quoted by Dr. Brugsch in which Thoth is said to have obtained from Set the knife with which he cut up the bull. -- [3]
Ekh = Baba, lit. «pai»!
Smy < Shamy < *Kamish < *Kima-Chu,
lit. «esposo de *Kima/Damkina > Damo. Amish < *Kamish.
Como a história dá voltas e reviravoltas, algumas de 180 graus, os amish são hoje uma seita de pacifistas fanáticos o que é suspeito de corresponder a um exagero cultural reactivo ao estigma de Caim que lhe foi imposto pela vitória do baixo Egipto sobre o deus Seth do Delta.
"The wickedness of Cain is repeated in Ham. But the descendants of both are shown as the wisest of races on earth; and they are called on this account "snakes", and the "sons of snakes", meaning the sons of wisdom, and not of Satan, as some divines would be pleased to have the world understand the term. Enmity has been placed between the "snake" and the "woman" only in this mortal phenomenal "world of man" as "born of woman". Before the carnal fall, the "snake" was Ophis, the divine wisdom, which needed no matter to procreate men, humanity being utterly spiritual. Hence the war between the snake and the woman, or between spirit and matter." - M. P. Blavatsky, Isis Unveiled.

Ver: SATAN (***)

Sat-nâal. Guardian of the Holy Mountain aka Seth (Biblical) aka Sed aka Sheth.
Como se pode assim dar conta as dúvidas gnósticas seriam também muitas, ou seja, nunca ninguém consegue alcançar toda a verdade mesmo quando muito se tentou nem quando fez de tal teimosia tanto orgulho que se ficou com o nome de ofitas, “os filhos da cobra Sofia”! A verdade porém é que Satã < Chu-a-tan, lit. “a cobra emplumada” ou pelo menos < *Ka-tan, lit. “o espírito vital (de morte e ressurreição) da cobra”!
The Ophites reputedly said: "We venerate the serpent because God has made it the cause of Gnosis for mankind. Ialdabaoth (the Demiurge who was the "god of the Jews") did not with men to have any recollection of the Mother or of the Father on high. It was the serpent, who by tempting them, brought them Gnosis; who taught the man and the woman the complete knowledge of the mysteries from on high. That is why [its] father Ialdabaoth mad with fury, cast it down from the heavens." - St. Epiphanius, Adversus Haereses
Ialdabaoth < Jalthabaoth < Haldis + Bast
                   < Kar-Sabaoth => *Kur-ka-Kiat < *Iscur-ish, lit. «Zeus (Kaku), o filho de Iscur = Crono!
Foi com Seth < Suti < *Shutu < Shuti < *Ashuki =
*Kiashu (> diacho) > *Phiat > Phtah > *Poth > Toth.
It has been said above that the serpent and the Set animal were the common symbols of Set, but instances are known I which he is represented in the form of a man, wearing a beard and a tail, and holding the usual symbols of divinity. In the example figured by Lanzone the god is called "mighty-one of two-fold strength," and is accompanied by Nephthys, who wears upon her head a pair of horns and a disk Now, as Set was the personification of the powers of darkness, and of evil, and of the forces of the waters which wre supposed to resist light and order, a number of beasts which dwelt in the waters, or at least partly on land and partly in water, were regarded as symbols of him and as beings wherein he took up his habitation. Among these were the serpent Apep, the fabulous beast, Akhekh, which was a species of antelope with a bird's head surmounted by three uraei, and a pair of wings, the hippopotamus, the crocodile, the pig, the turtle, the ass, etc. [4]
Apheph < Akhekh < *Akek < Kako.
E Caco era a forma vulcânica de Enki, um dos seus filhos enquanto Vulcano ou um dos seus infindáveis heterónimos!
Serpent: The mythological predecessor of the Serpent is the Sumerian god Enki, "Lord Earth," the Babylonian Ea, the god who rules the Earth and with it the lives of all creatures. The ancient Semites associated the serpent with the Moon-god, perhaps for its power to rejuvenate itself.
Quanto à origem do nome do nome de todos os deuses da terra e do Céu, Ki pode ter sido bem simples! Ki/Cy pode ser o onomatopaico do som sibilante Siiiiiiii!, emitido pela serpente cascavel reforçado pela música hipnótica e frenética dos címbalos dos curibantes aos gritos. De facto, a serpente era o animal totémico da deusa Mãe Terra, símbolo do poder fálico e da sedução sensual dominado pelas mulheres. Todos são unânimes em considerar a serpente como o animal que mais simboliza as forças telúricas pelo que é em si mesma um autêntico ideograma do conceito de «Terra». Assim, a partir do som sibilante das serpentes derivou Siiii cuja imagem fónetica ficou gravada no alfabeto latino na figura da serpente! de Sissi > Ki > Ci de Cibele e Phi das cobras cuspideiras e felinas em que se tornaram os ofídios fálicos. A esposa de Enki/Tiphon foi Neftis no egipto porque era Nephitis < Enki-atite, lit. “esposa de Enki”, nome que poderia ter sido também apenas Phiash > Ashphi > Shaphia > Sophia > Safo! E, quando Ki estava ainda unida ao Céu era An + ki = Enki > Ea o deus andrógino da indeterminação, da ambivalência e da equidade como o egípsio Atum ou seja, o Abismo das águas primordiais sobre as quais pairava, segundo a bíblia, o Espírito de Deus! O espírito de Deus era a sua fêmea e chamava-se Sofia.
«Sofia» < Sophi + An < Shaphian < Ka + Phi + An.
The kingdom of Set was supposed to be placed in the northern sky, and his abode was one of the stars which formed the constellation of Khepesh (< Kephish < *Kaphiat), or the "Thigh," (...). A little consideration will show that the northern sky was the natural domain of Set, for viewed from the standpoint of an Egyptian in Upper Egypt the north was rightly considered to be the place of darkness, cold, mist, and rain, each of which was an attribute of Set; and we may not in passing that the Hebrews called the region of darkness, or the winter hemisphere, Sephon, a name which appears to be connected beyond a doubt with Saphon, "North." [5]
Por isso é que Set foi Saturno e Satã < Chu-a-tan era a grande cobra de fogo Piton = Saphon < Kaphi-An < *Kaki-An > Kiphian = Tifon!
De qualquer modo, as ilhas mediterrânicas ficavam ao norte do Egipto!
Seth era um deus do Alto Egipto e porque também era deus do deserto e dos países estrangeiros veio possivelmente de Creta onde teria sido *Phiat ou da Líbia porque presente no Shetlan da Etrúria e no Saturno latino podendo ter andado pela Lusitânia na forma de Setúbal, nome compósito entre Seth & Osíris/Apolo (< Ki-Tubal < Kiut bal ou Seth Obal <= Seht/Ausar mas, neste caso, a Isis bíblica pode ter sido Ada e esta ter sido uma variante de Eva < Ewa < Eka < Aka > Ada, pois que este nome pode corresponder a um feminino de Adão!) e ter mesmo dado o nome à «Sicília» < Kikyria < *Ki-Kuria / Kaphura > Sat-ur + an > Satrurno.
A origem cretense é a mais provável porque ali teria sido Saturno, o deus da idade dourada da época mítica da Atlântida minóica.
Primeiro porque era estrangeiro, depois porque seria de tez pálida e amarelenta de olhos claros e cabelos rubro como os nórdicos e depois porque tinha fama de bissexual. Ora, como as cenas que a bíblia descreve em Sodoma seriam tópicas da sociedade cretense, tal como os autores clássicos referem em múltiplos mitos relativos à civilização cretense mítica, podemos inferir que Set foi um deus do delta em resultado duma antiga colonização minóica do baixo Egipto.
Na Cananeia os gémeos eram a aurora, Sacar, e o crepúsculo, Shalem. O interessante é que neste par de divinos gémeos se pode ver reflectida a relação metafórica da mitologia com antinomias astrais, neste caso bem contrastadas
Shaharu & Shalemu, 'El's twin sons, Venus at dawn and at dusk, which is especially prominent during this time, when the Sun is in the sign of Gemini.
Sacar < Sacaru < Sakarru < *Ka-Kur-lu > Haphaullo > Apolo.
Shalem < Kur-amu < Urki-mu > Lahmu > Lamashu => Hermes

Ver: SACAR (***) & MIRTILO (***)

Mas mais interessante ainda é poder demonstrar que já existia no subconsciente da cultura mítica antiga a suspeita de que Hermes & Apolo eram um par de gémeos astrais relacionados respectivamente com o “sol-posto” e com o “sol-nascente”!

SATET
Satet era a divina companhera de Chnum na trindade Helefantina que semanticamente terá sido de facto a esposa de Sete.
De Satit se pode afirmar que tem conotações fonéticas com a deusa dos Hindus, Sita cujo fundo semântico pode estar na origem do nome dos Citas.
clip_image040
Satet (Setet, Sathit, Satit, Sati, Setis, Satis) era considerada a deusa das plantações, o cetro de talo de flor de lótus era característica dessa deusa. Representando a necessidade da afinidade com o ambiente para a realização da criação. Satet era responsável pela inundação do Nilo (que gerava a fertilidade dos solos no Antigo Egito).
Satis (also spelt Satjit, Sates, Satet, and Sati) was the pricipal female counterpart of Khnemu. She was worshipped with him at Elephantine (Abu). Her sister was the goddess, Anquet. The island of Sahal, two miles south of Elephantine was the center of her worship. Her temple at Elephantine was one of the principal holy places in Egypt. - by Chen Zhao, Clarksville Middle School.
Sita “is a goddess of spring, agriculture and the earth. She is the Corn Mother, the field which brings forth bounteously”
The Creation Myth of Hermopolis Magna
The fundamental factors necessary for the creation process were arranged in four male-female pairs:
primordial water (Nun and Naunet);
air or hidden power (Amun and Amaunet);
darkness (Kuk and Kauket);
and formlessness or infinity, interpreted as flood force (Huh and Hauhet).
Modern scholars refer to these divine personifications of the basic elements of the cosmos as the Ogdoad (Greek for "group of eight;" in Egyptian it is called khmun).
Este mito da criação de Hermopolis Magna é o único que envolve quatro casais divinos e que por isso seria a versão paternalista corrente dum mito mais arcaico que se reportaria, como na mitologia suméria, à deusa mãe do mar e do caos primordial, Tiamat, que no Egipto seria Mut. O facto de esta Ogdoada (> octuada > *outuada > oitava») levar o nome de khmun explica em parte porque teria sido que, numa epoda de predomínio da tradição oral, tivesse aparecido no mito da criação Elefantina o deus carneiro Chenum como deus criador.
Na verdade, as duas últimas deusas referidas são arcaicas deusas do fogo telúrico! Amaunet seria uma redundância do nome de Mut enquanto mãe de Anu, que possivelmente seria também Naunet, enquanto mãe e esposa de Anu / Nuno.
                                          > (Am)-Anu-et > Anuet.
Ama-anu-et > Amaunet = (Anu)- | Ama-tu > Mut |.
Huh < Kuk => Heket ó Hecat < Hebat < Kakiat < Ka-Kiash.
Claro que Anu, sendo deus do céu seria seguramente o mesmo que Chu! O que não seria imediatamente claro é que este deus seria Sete, marido literal de Setet, esposa de Chnum!
Satet < Sathit > Sat-jit > Satit > Satis > Sati.
                       > Set-et > Setis.
Se no Egipto, Satet era responsável pela inundação do Nilo, que gerava a fertilidade dos solos, «saturando-os» literalmente de égua e lama podemos entender a origem de mais um étimo corrente no latim.
«Saturar» < Lat. saturare, v. tr. = dissolver, em líquido ou gás, a máxima quantidade de uma substância; • encher completamente; • fartar; • impregnar.
Obviamente que o Lat. saturare estaria relacionado com a fartura da era dourada de Saturno mas tanto este como Sete, seriam deuses de fertilidade agrícola e de saturação fertilizante!
Em conclusão, Sita foi Chaya < Gaia, ou seja em tempos remotos a deusa da terra era simultaneamente deusa campestre, deusa do fogo e depositária das inundações fertilizantes provocadas pelos desejos líquidos do divino Enki.
Este nome pode ter semelhanças étmicas com Kaksisa.
Kaksisa: Babylonian star-god: Sirius.
E pode muito bem ser uma espécie de filha do casal que teria por deusa consorte Anukit < Anuhit < Anath, esposa Hitita de Eia.
Anath. Her sacred animal was the gazelle. She was believed to be the dispenser of cool water, and wore a feathered crown on her human head.
Quer dizer que tinha características de deusa da caça como Atena Potínia, equivalente de Artemisa.
Porém, o mais interessante é encontrar como deus do Nilo, Hapi, o filho de Horus.
Hapi - (Golden Dawn) One of the Four Sons of Horus, Hapi was represented as a mummified man with the head of a baboon. He was the protector of the lungs of the deceased, and was protected by the goddess Nephthys. The name Hapi, spelled with different hieroglyphs, in most but not all cases, is also the name of the god who was the personification of the River Nile, depicted as a corpulent man (fat signifying abundance) with a crown of lilies (Upper Nile) or papyrus plants (Lower Nile).
Hapi era uma divindade da mitologia egípcia que personificava as águas do rio Nilo durante a inundação anual a que o Antigo Egipto estava sujeito entre meados de Julho e Outubro. Hapi não tinha templos a si dedicados, mas era associado à região da primeira catarata do Nilo (ilha de Biga, onde se dizia que residia) ou ao vértice do Delta do Nilo, perto da cidade do Cairo. Apesar disso, o deus era popular um pouco por todo o Egipto.
Mas, seria mesmo filho de Horus? Se não fosse um protegido de Nephthys seria caso para acreditar no bom sucesso das manipulações genealógicas divinas feitas pelos exímios sacerdotes egípcios. Porém Nephthys é literalmente um nome aparentado com Neptuno pelo que seria estranho que não fosse ou não tivera sido uma deusa aquática.
Hapi < Ahephi < A-Kephi(ura) < Kakiko, o filho de Enki?
Ora Hapi, seria a cobra de água (aceitando que a significou água na suméria)! De facto existiu na mitologia Egípsia um deus cobra de água de nome Apep < Aphephi < Ahephi, ou seja descendentes com Hapi do mesmo deus arcaico comum.
With the approach of night the strength of the Ra, the sun god of Heliopolis, diminished. The solar barque "entered the realm of night and met the powers of darkness. The chief of these was the serpent Apep who tried to swallow the barque; a nightly struggle ensued, and when the sun reappeared on the eastern horizon the next day prayers of thankfulness were offered that Ra was triumphant and the sun would continue to shine." - Richard Patrick, Egyptian Mythology.



[1] As told in the Book of the Dead, Horus the Elder enlisted the help of Sobek to kill his uncle Seth. Sobek helped Horus on another occasion when he rescued Horus’ four sons from the waters of Nun. The Ancient Egyptians, who lived in cities that depended on water, worshipped him to placate the crocodiles. For instance, the people of Crocodilopolis (Arsinoe) would husband crocodiles in pools and adorn them with jewels. The importance of crocodiles to ancient Egyptian culture is demonstrated by the numerous mummified crocs that have been found in tombs.
Sobek, God of the water sometimes called 'crocodile god', symbolic of pharaonic might. It was believed that on the day of creation Sobek came from the 'Dark Waters' in order to arrange the world. He can also be completely crocodile in shape with a crown of plumes and can snatch and destroy, this considered a show of royal power. The river banks and swamps and other haunts of the crocodile became employed in the titles of Sobek. Ancient Egyptians travelled the Nile for trade, fished in it, and used its waters to irrigate their fields. The crocodiles who lived in the water were a constant presence and danger.  
Possessing the strength and nature of a crocodile, which Egyptians would both fear and respect, he was a symbol of the Pharaoh's power.
The Nile, which was full of crocodiles, was important to the livelihood of the Egyptians. It therefore made good sense to have a god which could appease these ferocious beasts.
Sobek had a dark streak that stayed with him for the time he was worshiped. In The Book of the Dead, he was showed as four crocodiles who were believed to attack the deceased in the underworld. This dark side sometimes put him in the camp of Set. In one version of the tale of Osiris, Isis had to place Horus into a little boat of papyrus reeds to protect him from a menacing Sobek. His form of a crocodile - one of Set's creatures - linked him closely to the enemy of Horus. It was believed that Set turned himself into a crocodile to escape from Horus, and Sobek was punished for allowing this.
Sobek, as with many of the other protective gods, also had a benign side. In a different version of the tale of Osiris, it was Sobek who carried the dead body of Osiris to the bank of the Nile on his back. The four mummiform sons of Horus - Imsety, human headed protector of the liver, Hapy, baboon headed protector of the lungs, Duamutef, jackal headed protector of the stomach and Qebehsenuef, falcon headed protector of the intestines - were believed to have come out of a water lily that rose from the waters of Nun. Under the orders of Ra, the four gods were rescued by Sobek in a net, and brought them to land. Copyright 2002-2007 AncientWorlds LLC
[2] The worship of women throughout the ages, by lucat.
[3] Design, Layout and Graphic Art by Jimmy Dunn, an InterCity Oz, Inc. Employee.
[4] Design, Layout and Graphic Art by Jimmy Dunn, an InterCity Oz, Inc. Employee.
[5] Design, Layout and Graphic Art by Jimmy Dunn, an InterCity Oz, Inc. Employee.

1 comentário:

  1. Boa Tarde,
    Gostaria de parabeniza-lo pelo seu blog.
    Tem ajudado muito nos meus estudos!
    Você poderia me dizer qual foi a sua área de estudo para chegar até aqui?
    Obrigada!

    ResponderEliminar