sexta-feira, 20 de setembro de 2013

DEUSAS TELÚRICAS, TELUS, TERRA, TARA E TALIA, por arturjotaef

 

TALIA

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Figura 1: Tália.
A Musa da comedia e da poesia jovial. Tália é representada como uma jovem alegre, coroada com hera; segura uma grinalda na mão direita e a mascara da comédia na mão esquerda. Como Musa dos pastores, ela segura, por vezes, um cajado.
 
No caso da figura em referência, em vez da grinalda esta deusa segura a pandeireta dos cultos festivos de sua mãe Cibel.
Como a máscara das artes satíricas é, quase sempre, um sátiro forçoso seria encontrar uma relação semântica entre ambas estas deidades. A verdade é que tal é possível como abaixo se verifica.
Tallay: Girl of Rain. A daughter or consort of Baal.
Tallay < Tallya > Tália.
Como é que uma deusa da chuva se transformou na musa da comédia é algo que não espanta habituados como estamos às voltas e reviravoltas que o mundo dá e muito mais ainda quando se trata de realidades de representação como a cultura religiosa sempre foi!
De resto, fácil se torna verificar que foi a deusa caldeia Istar, a duma miríades de ofícios (e funções míticas), a origem etimológica tanto de Tália como de Eos(ter) e Astéria, como aliás de tantas outras deusas, de tantas outros tempos e lugares. De qualquer modo, Talaia participaria na dança da chuva que em períodos de extrema canícula mediterrânica acabaria por ser uma tragédia que acabaria em comédia.
 
Ver EOS (***)
Tália < Tarya < Tarja < Tarisha < Ishtar > Ashtyr > Satyr > Sátiro.
                           «Ester» < Eoster <            > Ashter > Astéria.
Astéria foi Filha do titã Céu e de Febo, esposa de Perses e mãe de Hecate.
«Céu» < Coeu < Lat. Coelu < Kahilu < *Kaki-lu > Kawilu
> Zephiru = Zéfiro.
                                               Febo <= Phawi(lu/a) => Favonio º Zéfiro.
                                      «Zé» < Zeue < *Kaki(-lu) > Shawi > Shiva.
Quer assim dizer que a via etimológica evolutiva do nome de Zeus, Sr. incontestado dos céus, serviu de reforço ressonante para a fixação definitiva do fonema português «céu» por síncope do «ele» do latino coelu!
No entanto, o importante nesta história de referências míticas cruzadas é o facto de nos ficar a suspeita de que Zeus não só usurpou os domínios do céu de seu pai Crono como, uma parte, pelo menos, da semântica do seu nome ou do “reino dos céus”! Serve tudo isto para descobrir que afinal Astéria era filha de Zeus ficando assim explicada a razão porque pretendia “escapar aos intentos amorosos de Zeus”, afinal seu pai. Pois bem, parece que o mesmo já acontecia na Suméria com as variantes de Inana que eram seduzidas por Enki, suspeito de ora ser pai, ora avô delas!
Crono < Kauran < Kahiru + Anu < *Kaki-lu > Coelus.
Astéria transtornou-se em codorniz para escapar aos intentos amorosos de Zeus; depois atirou-se ao mar e foi transformou-se numa ilha rochosa, que tomou o nome de Ortígia (do grego ortux, codorniz), antes de receber o de Delos, quando sua irmã Leto ai deu à luz Apolo & Artemis.
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Figura 2: Codorniz vista por pintores ingleses.
Claro que, a «codorniz» deve ter aparecido pela primeira vez no mito por uma mera divagação cinegética, muito ao gosto dos mitógrafos antigos que, já então quando em funções de mestre-escola, se não sabiam ciências naturais inventavam figuras de retórica mitológica para explicarem tanto a ignorância admissível para a época como o que por essência era inexplicável em qualquer tempo e lugar.
«Codorniz» < Lat. Coturnice < Kau-Tur-Ni-kêt, lit. a “Vitória Satúrnica”
< Ka-Kurni-kika = Kau-Kur-An-ish = (Na) Hau-Turix > autrux
> Grec. ortux ó Aushtur > Astéria < Kau-Ash-Talya
> O. H. G. quahtala > It. Quaglia > O. Fr. quaille > Quail.
                                    Prov. Calha <                       > O. Sp. Coalla.
Quail = c.1300, quayle, from O. Fr. quaille, perhaps via M. L. quaccula (cf. Prov. calha, It. quaglia, O. Sp. coalla), from a Germanic source (cf. O. H. G. quahtala "quail," Ger. Wachtel), imitative of the bird's cry. Or the English word might be directly from Germanic. Slang meaning "young attractive woman" first recorded 1859.
Quer isto dizer que a relação da codorniz com um mito deste tipo pode ter sido muito arcaica por ter tido etimologias de termos em grego e em latino e na tradição germânica com parentescos muito afastados.
De Leto sabemos que foi vítima de metáforas zoomórficas em que Zeus se travestiu de cisne, tal como sabemos que esta variante de N.ª Sr.ª do Loreto e Deusa Mãe da aurora apareceu na mitologia grega talvez mesmo por força de arcaicas pretensões de Delos a sede dos cultos matriarcais.
Delos surgiu do mar em consequência de um golpe do tridente de Poseidon. Ela acolheu Leto que sobre ela deu à luz Apolo e Artemis. Para agradecer à ilha o ter consentido prestar refúgio aos filhos divinos, Zeus fixou-a no centro do arquipélago das Cíclades. Tornou-se, depois, sede do culto de Apolo. Era ai que se celebravam jogos, os Délios, que foram, diz-se, instituídos por Teseu razão pela qual, todos os quatro anos, havia uma delegação ateniense que vinha à ilha para venerar de modo especial o deus que ai nascera.
Uma ilha que surge do mar “em consequência de um golpe do tridente de Poseidon” só pode ser uma ilha de súbita origem vulcânica! Esta hipótese fica reforçada quando se adianta no mito que “Zeus fixou-a no centro do arquipélago das Cíclades”, seguramente porque existiu um período anterior em que esta ilha emergia e submergia no mar como sói acontecer em muitos casos de novas ilhas vulcânicas.
Esta seria seguramente recente para justificar o mito, mas, com poucas probabilidades de conter no seu seio um vulcão ainda activo na época antiga porque então, seriam estranhos os cultos apolíneos que, de modo particular, se praticavam nesta ilha. E digo estranho porque, se bem que Apolo e os cultos órficos e divinatórios se praticassem junto de estâncias termais, particularmente no caso de fontes fumegantes de água quente ou fumarolas, os vulcões activos nunca poderiam ser confundidos senão com o seu deus que era Hefesto / Vulcano! Pois bem, filha amada deste velho deus dos infernos terá sido Afrodite que os mitos fizeram esposa, vá-se lá saber porque estranho viés das genealogias míticas que despromoveram Hefesto em detrimento de Poseidon.
Thalea, Lacon. sal- (v. infr.),=  good cheer, happy thoughts. (…) -- In form and accent pl. of thalos, in meaning closer to thaleia, thalia. <= Thaleia, rich, plentiful. => Thalia, Ion. -iê, hê, (< thallô) = abundance, good cheer, (…), festivities, (….), of a funeral-feast. --- Liddell-Scott-Jones Lexicon of Classical Greek.
 
Ver: HADES (***), FORTUNA (***) & ABUNDANCIA (***)
 
A semântica da abundância, já se viu noutros pontos destas análises, está relacionada com os deuses dos infernos do Kur enquanto domínio do deus Enki patrono dos comerciantes, porquanto foi deus dos mares. Ora, já o facto de ao lado de thálassa ter existido a forma Att. Thalamtta e o termo kata-thalattoô (= throw into the sea) permite-nos a suspeita de que a verdadeira raiz nuclear do termo thálassa é thala- o que significa que na origem da raiz étmica de tala- não deve ter estado um termo primitivo do tipo *ta-laca, por intermédio de thálassa, mas devem ter sido todos estes termos a derivar, com o étimo –thala, dum conceito mítico relacionado com o deus do da talassocracia cretense!
Thálassa < *Thala-ash, lit. «Tallya / Tellus», a filha de *Thala- (!
Talo-isha > Tala-ash-a, lit. «a água (= Sumer. a) filha de Talo > Grec. Talassa.              > Tala-ush > Talaus > Talos.
< Talo / Tália < Tera < Hera < Kali < Kar < Kur
Tália, irmaã de Talos, terá sido uma variante de Istar e por isso uma filha da deusa mãe, como a hitita Tellus.
 
Ver: TALOS (***) & TALASSA (***)
 

TELLUS

No entanto, a actividade telúrica da ilha seria patente para justificar uma relação mais do que evidente da ilha com a Deusa Mãe logo a começar pelo facto de Leto parecer uma variante anagramático do nome de Tellus, a Deusa Mãe dos Romanos, uma variante em dialecto Hitita do nome da deusa mãe dos cretenses *Kertu, de que Leto é quase de certeza uma variante grega, se pensarmos que Hera e Thera o poderão ter sido também.
*Kertu < *Kur-at > Urash > *Ur-at > *Ra-tu > Reto > Leto.
    Hera < Thera <= Urash > Ther-(lu-)ush > Telus.
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Figura 3: Tellus e as três estações. (Munish Praehistoriches Museum).
Telus, deusa da terra, muitas vezes tomada pela própria Terra, é chamada pelos poetas a Mãe dos Deuses. Ela representa o solo fértil, e também o fundamento sobre que repousam os elementos que se geram entre si.
Diziam-na mulher do Sol ou do Céu, porque tanto a um como ao outro deve a sua fertilidade. Era representada como uma mulher corpulenta, com uma grande quantidade de peitos. Frequentemente Telus e Terra confundem-se com Cibele.
 

TERRA

clip_image005Figura 4: Telus da Ara pacis Augusta.
 
Ver: CIBEL (***)
 
A Terra, mãe universal de todos os seres, nasceu imediatamente depois do Caos. Desposou Urano ou o Céu, foi a mãe dos deuses e dos gigantes, dos bens e dos males, das virtudes e dos vícios. Fazem-na unir-se com o Tártaro e Ponto, ou o mar, de cujas uniões nascem os monstros que encerram todos os elementos. A terra lamacenta foi seguramente o protótipo do caos primordial de que se supunha nascerem por geração espontânea todo o tipo de animais primitivos, tais como cobras e lagartos quase sempre identificados pelos povos primitivos com dragões e monstros sobretudo quando repelentes como as salamandras e certas metamorfoses de batráquios!
A Terra, às vezes tomada por Natureza, tinha vários nomes:
Titéia, ó Tetis. Geia ou Gaia, Ops, Telus, Vesta e mesmo Cibele.
Dizia-se que o homem nascera da terra embebida d´água e aquecida pelos raios do Sol; assim, a sua natureza participa de todos os elementos, e quando morre, sua mãe venerável o recolhe e o guarda no seu seio. Na Mitologia, muitas vezes é considerado entre os filhos da Terra; geralmente, quando não se sabia a origem, quer de um homem, quer de um povo célebre, dava-se-lhe o nome de filho da Terra.
Algumas vezes a Terra é representada pela figura de uma mulher sentada num rochedo; as alegorias modernas descrevem-na sob os traços de uma venerável matrona, sentada sobre um globo, coroada de torres, empunhando uma cornucópia cheia de frutos. Outras vezes aparece coroada de flores, tendo a seu lado o boi que lavra a terra, o carneiro que se ceva e o mesmo leão que está aos pés de Cibele.
 

TARA

Tara seria a mesma que Hera não apenas no plano da lógica simples e linear da derivação étmica mas também sob o ponto de vista semântico, enquanto esposa do planeta Brihaspati º Júpiter / Zeus.
Assim, a verdade é que este deus seria uma mera corruptela duma invocação guerreira do nome do deus hitita Techup (> Chupte > Chupat), esposo de Hebat / Hecat.
Brihaspati < Bruxas-pat, [1] < War-Chupat > Wer-Chupat.
                         Terra < Tella < Talas < Kar-la < Kal-la > Kal-lu > Kali.
     Hind. Tara < Grec. Thera < Nor. Hela < Ker(-la) > Hera.
                                                                      > Ker > Phere
> Mic. PE-RE > Haw. Pele.
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Figura 5: Tara
Pre-Vedic Savior Goddess, known from India to Ireland. Indo-European primal Goddess Earth. An extremely ancient festival held annually at Athens was named after Her, Taramata (Mother Tara) nicknamed The Rioting because of its wild orgiastic customs. The sacred grove of Tara in Ireland was the Goddess’s genital shrine. In India, Tara is called The Most Revered of the old pre-vedic Goddesses. Wine is sacred to Her. Goddess of Compassion, The Diamond Sow. Diamonds are Her sacred stone. Tibetan Buddhist Great Mother. She is a Boddhisattva, an enlightened One who has vowed to incarnate until all beings have attained enlightenment. She also vowed to incarnate only as a female. She governs the Underworld, the Earth and the Heavens, birth, death and regeneration, love and war, the seasons, all that lives and grows, the Moon cycles. Green Tara is Her Nature-related aspect. Typically She is seen as a slender and beautiful woman of white complexion, long golden hair and blue eyes.
She can also appear as red, black or dark blue. Her animals are the sow, mare, owl and raven. Goddess of spiritual transformation.
Talas, a constellation rising with Sagittarius, ó talas = suffering, wretched.
Tellus e Talo eram a “Sr.ª do monte” da Aurora variante da montanha cósmica primordial que deu origem ao mundo e no seio cavernoso da qual perecia o sol todos os dias, mitologia tão primordial e arcaicas que nela seria fundada toda a civilização e dela terão emergido as origens dos cultos aos lugares altos bem como os cultos funerários piramidais!
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Figura 6: Tara Hill was one of the most venerated religious spots in early Ireland and the seat of the High Kings of Ireland from 3rd century until 1022. Despite its importance, the superficial visitor may be disappointed in what he sees. At Tara there are no signs of regal past, nor impressive remains, only simple earthworks. (…). On excavation, it proved to be a small passage grave dating to around 2000 BC.
 
Ver: CAVERNAS & PERAMIDES (***)
 
Kur > *Kaur > Taura > Tara > Tala > Talo.
Sendo assim, existem fortes suspeitas de que os micénicos tenham sido arcaicos povos Ibéricos que fizeram a primeira circum-navegação do mundo durante o neolítico tendo chegado até ao Hawai e à ilha de Páscoa!
 
DELFOS
Ora, o que deve ter acontecido é que, tal como Delfos veio a ser o “umbigo do mundo” (omphalos) por ter sido outrora um santuário da “Deusa Mãe Terra”, posteriormente usurpado por seu filho Apolo que ali matou a sagrada Piton, a cobra do defunto “sol-posto” da Deusa Mãe, também Delos teria sido originariamente apenas um ilha onde se celebravam de forma particular cultos telúricos à Terra Mãe e deusa da aurora em relação com fenómenos de vulcanismo mais do que prováveis em Delos, dado tratar-se, como se disse, de uma ilha de origem vulcânica, e reconhecidos nos fenómenos de cura e nebulosa obscuridade dos oráculo do santuários de Apolo em Delfos!
Sendo assim, estamos aptos para entender então a semântica dos nomes duas seguintes localidades.
Delfos < Thel-Phi-us < Tel-Ki-ush > Thel-(Ki-)ush > Thellus > Delos.
                                                          > Hit. Tella uris > Lat. Tellus.
O panteão hitita não regista o nome da antecessora de Tellus mas regista o nome de um touro celeste que, quase seguramente, andou relacionado com esta.
Pois bem, tal como o mosaico da figura anterior o atesta, Tellus foi mãe das Horas, que eram as três estações mediterrânicas do ano.
                      *Kur > Grec. Ker =>
                                         < *Her- > Grec. Hera > Horai
                         Teut. Hel < *Hel > Helena.
                   (Prima)vera < *Wer > *Bel- > Lat. Belona.
                     Lat. Cer(es) > Etrusc. Cel > (Deia) Cel(estis)
  Tara < Grec. Ther(a) > Tel(lus) *Tel- < Thel-< Del- > Delos.
                     Epérides < *Pher- > *Phel- > Fel(icitas)
                                        «Gelo» < *Gel- > Grec. Gello etc.
Gello's name and character is pretty ancient. She was mentioned by Greek poetess Sappho, who commented on one of her rivals that she was more fond of children (lit. more pedophilic) than Gello (fr. 168A Voigt). Indeed Gello was a maiden from Lesbos who died leaving no descendants, and who came back every night from death to play with the children she had not brought up, and taking them in her arms into the darkness. The belief in this child-stealing maiden lives on in Byzantine period, with some morphological transformations: Gello becomes Gylu, and becomes a demoness instead of a phantom. [2]
A pedofilia maligna desta deusa do Gelo esteve seguramente relacionada com a reminiscência de arcaicos sacrifícios humanos a que as arcaicas deusas mães se dedicavam particularmente os ritos de sacrifício de primogénitos a Tanit e os rituais de capacocha dos Incas.
 
Ver: CANIBAL (***)
 
Entre os etruscos esta Deusa Mãe teria os nomes Tluscva e Cel / Cilens:
Tluscva (Tellus and Tellumo) = Etruscan Tellus and Tellumo, Earth mother and father. Cel, Cilens = Equivalent of Greek Gaia. Ati/Apa Cel: Mother/ Father Earth.
Lat. Cere < Etrusc. Cel ó Cilens < Shil-en < Shiul-en < Kiwel-an
=> Cibel                                                         > Selene < Kirene > Helena.
Etrusc. Tluscva < Telu-| < Ther < Ker | -Kiva ó Kur-Kiwa = Ki(er-kiw) ´
=> *Kiwer > Cibel:
Tellus. Goddess of the earth. The Roman goddess of the earth, equated with the Greek goddess Gaia (Terra Mater) and also with the fertility goddess Ceres.
Este par deve corresponder ao mesmo par latino Tellus & Ceres.
O mais interessante é verificar que se encontra nesta mistura mitológica o mesmo contexto de Deusa Mãe da terra, da fertilidade agrícola e das estações do ano! O marido de Tellus supunha-se chamar-se Telmo.
A relação desta mitologia com o Egipto de Atum é sobretudo evidente no nome seguinte:
Thethlumth < The-telu-mita = Etruscan Underworld deity, fate.
The-Telumita < Thethlumth < Te-Tela-Mut < Tawer-Mut
< *Kiwer –Meat.
Sabendo-se que Taweret / Mut foi esposa de Amon / Min, imediatamente se entende a origem minoica de toda esta trama mítica.
«Telmo» < Tellumo < Ter-Humo < Tellumno < *Ter-Chu-Mino.
                                                        ó Wer-Thumno > Vertumno.
Este Tellumo era seguramente uma variante de Vertumno, o deus latino das estações do ano, facto que nos confirma estarmos na pista certa da relação de Talo com as Horas. Por mais estranho que pareça Talo era assim uma das Horai ou Horas porque plural de Hora de que derivou o respectivo termo português para a subdivisão dos dias e que não era senão uma variante do nome de Korê (> Gorete) a filha da Deusa Mãe, Deméter.
 
Ver: VÉNUS (***) & HORAS (***)
         O MISTÉRIO DAS TALÁBRIGAS LUSITANAS – I / TALA/TALLA E A SEMÂNTICA DE TALÁBRIGA (***)
 


[1] lit. «pai das bruxas», e porque não? Nos tempos arcaicos estas entidades seriam tanto ou mais respeitáveis do que as santas da cristandade uma vez que acabavam divinizadas.
[2] Isis, Lilith, Gello: Three Ladies of Darkness, Alejandro Arturo González Terriza.

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