Figura 1: Shamaz surgindo do submundo no seio da dupla montanha da aurora entre as colunas das portas do mundo guardadas pelos leões Aker e atendido por dois deuses gémeos masculinos que seriam os Lamaços na presença de Enki. Esta mitologia era já uma óbvia subversão revisionista patriarcal dum mito que tem todos os ingredientes duma cena de parto matriarcal ainda conservada na mitologia egípcia.
Então, estamos perante uma variante do mito dos «gémeos» primordiais, Apolo & Hermes ou Caim & Abel, que não eram senão os montes machu dos sumérios...ou seja, as montanhas da aurora! Por outro lado este gémeos não eram senão os leões da Deusa Mãe, variantes leoninas dos montes da aurora e que evoluções mais modernizadas transformaram nos lobos dos mortos (Anpu & Apuat) e nos pares de gémeos humanizados detentores duma carga mítica de conotação ora atractiva ora repulsiva!
Como seria de esperar este mito teve equivalentes na Caldeia associados sobretudo com o mito da “arvore da vida” e das “portas do paraíso”!
na suméria como se comprova num selo caldeu da Figura 1 onde os leões alados eram os lamassos.
Figura 2: Selo caldeu representando Enki como senhor das portas do Kur (infernos) ladeado por dois guardiães, em tudo equivalentes dos Aker do Egipto. O facto de neste caso não terem sequer aspecto leonino em nada obsta a que se refiram à mesma mitologia. Afinal, os Akeru seriam lit. “aqueles que transportam a vida”, que era a luz do sol.
Nota: A legenda official deste selo era esta: Akkadian seal impression (2340-2180 BC) depicting Gilgamesh’s journey beyond the gates at the end of the Earth guarded by doorkeepers tending ringed (or ringing) posts. He met Utnapishtim (the Sumerian Noah) at the source of the waters of immortality. British Museum.
No entanto, outros autores consideram, com mais propriedade, que se trata de Enki enquanto senhor dos abismos do Kur. De resto, o selo seguinte não deixa dúvida de que Enki era o deus das portas do inferno de que eram também as portas dos abismos do Abssu.
Na mitologia caldeia, os lamachos eram criaturas míticas que tinham face humana, corpos de leões, e as asas de águia. Dizia-se que eles vigiavam os templos e atacariam todos menos os seres de mais puro bem ou de mais puro mal.[1]
Figura 3: Lamacho de Persépolis. | |
Figura 4: Gilgamés com os dois leões da deusa mãe em cima de dois lamachos. |
No entanto, a visão assíria e persa dos lamachos era já uma forma purificada duma monstruosidade primordial que na visão babilónica seria bem mais terrível e companheiro de monstruosidade bem mais variadas e que, seriam afinal, sobrevivências de entidade muito mais arcaicas e que a cultura suméria teria reportado para a condição de deuses secundários, mas que na cultura minóica poderiam ter sido entidades protectoras da deusa mãe na sua função telúrica de parideira selvática e de devoradora voraz!
Ver: QUERUBIM (***)
Figura 5: selo Hitita. Winged standard of the Sun-god. The two dieties might be the Nasatyas in the Treaty of Mitanni.
The Ashvins (asvin- "possessor of horses", "horse tamer", "cavalier", dual asvinau) are divine twin horsemen in the Rigveda, sons of Saranya, a goddess of the clouds and wife of either Surya in his form as Vivasvat. They are Vedic gods symbolising the shining of sunrise and sunset, appearing in the sky before the dawn in a golden chariot, bringing treasures to men and averting misfortune and sickness. They can be compared with the Dioscuri (the twins Castor and Pollux) of Greco-Roman mythology. They are the doctors of gods and are devas of Ayurvedic medicine. They are called Nasatya (dual nasatyau "kind, helpful" in the Rigveda; later, Nasatya is the name of one twin, while the other is called Dasra. By popular etymology, the name nasatya was analysed as na+asatya "not untrue"="true".
Ashvins < Ash-Win-Ush > Atwins > Engl. Twins.
Nasatya < Na-astija
Dasra < Dashura < Te-Ashur-ash
Ver: TTANOMAQUIA (***)
[1] Lammasu: winged lions. In Mesopotamian mythology, the lammasu were legendary creatures which had the faces of men, the bodies of lions, and the wings of an eagle. They were said to guard temples and would attack all but the purest good or the purest evil. Compare with the Sphinx.
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