Figura 1: Inanna/Ishtar depicted on the "Ishtar vase", Larsa, early 2. millenium BCE, Louvre AO 6501 Inanna era a deusa (dingir) do amor, do erotismo, da fecundidade e da fertilidade, entre os antigos Sumérios, sendo associada ao planeta Vénus. Era especialmente cultuada em Ur, mas era alvo de culto em todas as cidades sumérias. Surge em praticamente todos os mitos, sobretudo pelo seu carácter de deusa do amor (embora seja sempre referida como a virgem Inanna); por exemplo, como a deusa se tivesse apaixonado pelo jovem Dumuzi, tendo este morrido, a deusa desceu aos Infernos para o resgatar dos mortos, para que este pudesse dar vida à humanidade, agora transformado em deus da agricultura e da vegetação. É cognata das deusas semitas da Mesopotâmia (Ishtar) e de Canaã (Asterote e Anat), tanto em termos de mitologia como de significado. Comme elle s'ennuyait la déesse Inanna se rendit parée de ses plus beaux bijoux au royaume des morts, où régnait sa soeur la terrible Ereshkigal. Elle traversa les sept portes qui gardent le pays de non-retour en acceptant de déposer à chaque porte un bijou et même ses vêtements royaux pour payer son droit de passage. |
C'est donc, toute nue qu'elle se présenta devant le trône de sa soeur entourée des sept juges des morts. Sans complexe elle déposa sa soeur de son titre et s'installa sur son trône. Mais les sept juges la condamnèrent à mort et la firent pendre à un crochet où son corps se décomposa rapidement. Après trois jours et trois nuits, la servante d'Inanna, Nin Shubur, alla se plaindre en pleurs à Enlil qui déclara que les enfers n'étaient pas de sa compétence. Sans se décourager Ninshubur demanda audience à Enkil qui ne put supporter l'idée de voir sa soeur finir sa vie comme un vulgaire morceau de viande. Il créa donc deux êtres sans sexe à qui on ne pourrait pas empêcher l'entrée au pays de la stérilité et leur remit les herbes et l'eau de la vie éternelle qui seules pourront la faire renaître. Figura 2: Inana a deusa da fertilidade despida no Kur por Ereshkigal para lhe roubar as joias da fertilidade e as roupagens da juventude! |
Nin Shubur < Sr.ª | Chu-wur > Kubul > Kubile > Cíbele.
< *Shuphur, lit. «a que transporta Chu, o deus da atmosfera (como o enxôfre transporta o fogo invisível da cobra *Kiphura)!
< *Kiki-Kur, a Deusa Mãe da aurora que transportava ao colo, de horizonte a horizonte do céu, o seu filho solar
> Ishkur/Ishtar!
Obviamente que estamos diante de uma interpretação mística de fenómenos naturais que iam desde a astrologia relativa às fases lunares até às estações do ano, passando também plas tempestades sazonais! Neste caso, Nin Shubur teria começado por ser um mero epíteto de Inana que veio a transformar-se, mais tradiamente, numa companheira tão fiel como a sombra ou espectro do próprio nome. Ela era uma deusa agrícola que terá feito parte do divino casal responsável pelo crescimento da natureza com o nome Ishkur & Ishtar, o mesmo que seria, muito mais tarde e entre os latinos, Fauna & Flora os deuses específicos da Fortuna e da fertilidade humana no âmbito da grande fartura natural, e depois as deusas da infidelidade conjugal dum patriarcado de zelosos pastores, Vénus e Afrodite.
Sendo assim Inana seria também a deusa da “Chuva e da Tempestade” como seu irmão Ishkur que foi também conhecido na Caldeia como Ninurta e, mais explicitamente relacionado com Nin Shubur, como Chu no Egipto. Por ter sido irmã de Ishkur veio a ser um seu paredro fonetco com o conhecido nome de (> Ishtaur >) Ishtar dos babilónios.
A sua apresentação como deusa da tempestade parece ser resultante de uma tradição que a ligava ao deus dos céus, An, como seu esposo, a ponto de a identificarem com Antu, o céu visto como feminino e parideiro, sendo as nuvens os seios geradores da água da vida vegetal.
Assim os sumérios se referiam à guerra como «a dança de Inana». Ora bem,
Ninurta = Sr. | Hurta < Ki-Urash > Kur-ish = | Ishkur.
Oh, destruidora de montanhas, Que solta as asas da tempestade! Oh, a mais amada de Enlil, Que veio voando sobre os campos, atendendo às instruções de An. Oh, minha senhora, ao seu rugido Vos fazeis ajoelharem-se os reinos. "Caminho pelos céus, e a chuva cai; Eu caminho sobre a terra e a relva e as ervas germinam." | |
Figura 3: A dança de Inana! Inana é representada como a deusa da guerra, em resultado de uma tendência a comparar o fragor do acto de dirigir os carros de guerra com a trovoada. |
A dissimilitude entre os ciclos astrais da lua e do sol deveria ser estranha aos olhos dos agentes culturais dos primórdios da história mais esclarecidos, sobretudo supondo-se que estes dois grandes astros seriam o casal divino primordial e numa época em que a igualdade entre sexos, no essencial, já deveria começar a ser intuída.
Alternative Sumerian names include Innin, Ennin, Ninnin, Ninni, Ninanna, Ninnar, Innina, Ennina, Irnina, Innini, Nana and Nin, commonly derived from an earlier Nin-ana "lady of the sky", although Gelb (1960) presented the suggestion that the oldest form is Innin (DINNIN) and that Ninni, Nin-anna and Irnina are independent goddesses in origin.[1] Her Akkadian counterpart is Ishtar.
Inanna's name is commonly derived from Nin-anna "Queen of Heaven" (from Sumerian NIN "lady", AN "sky")[3], although the cuneiform sign for her name (Borger 2003 nr. 153, U+12239 ?) is not historically a ligature of the two. In some traditions Inanna was said to be a granddaughter of the creator goddess Nammu or Namma.
Ishtar = Ishhara = Irnini = Inanna - She Anu's Lady. Anu's second consort, daughter of Anu & Antum, (sometimes daughter of Sin), and sometimes the sister of Ereshkigal. -- The Assyro-Babylonian Mythology FAQ version
Innini < In-nin < In-nina < En-nin < En-nina <= |. In < En-| Nin < *Nina.
En + *Anna > Inanna > Nana ó **Anina > *Nina > Nin > Nin-Nin > Ninni.
Nin + *Anna > Ninanna.
Irnina < Ir-*Nina < Ur-Nin = Nin-Ur > Ninn-ar.
Assim, os núcleos semanticos do nome de Inana eram *Ana, enquanto parédro feminino de Anu. Não será então por mero acaso que o nome do seu templo em Uruk se chamou E-Anna, literalmente “a casa de Anna”. Nin não seria senão uma mera curruptela carinhosa e diminutiva de Inana, a Senhora por exelência.
Cunina = Deusa romana das crianças < Cu-nin-a = N.ª Sr.ª dos Meninos.
Irnini e Ninar iriam ser associação da Senhora do céu ao culto da cidade de Uruki que acabaria no nome de Istar, enquanto mãe, esposa ou filha do touro celeste que foi Iskur, o deus “manda chuva” da fertilidade e das tempestades!
Inanna est considérée tantôt comme la fille du dieu-Lune Nanna, tantôt d’Ishkur (en akkadien Adad), dieu de la pluie.
Elle fait partie de la triade des dieux planétaires. Elle est la déesse de l’étoile Vénus et de l’amour, et est la déesse tutélaire D’Uruk (dans la bible, Erech). Le sanctuaire d’Inanna à Uruk s’appelle l’E-anna.
Hija de Sin, dios de la Luna, y Nannar, la Luna. Hermana menor de Ereshkigal y hermana gemela de Shamash, en sumerio Utu, dios del Sol. Compañera de Tammuz, en sumerio Dumuzi.
In alcuni racconti è figlia di Sin, dio della luna, e sorella di Shamash, dio del sole mentre in altri è descritta come figlia di Anu, dio del cielo.
Inana < *Ninanna = Nin + Ana, «Sr.ª do Céu»!
Figura 4: Estrela de 8 pontas de Inana ou “Estrela da Manhã”. Embora fosse representada pela "estrela da manhã", como se viu no mito do «Decesso de Inana», esta deusa desce por sua própria vontade ao reino dos mortos, onde morre e renasce como a primavera. Nas tradições mais antigas Inana é filha do deus do céu, An, e da Terra, Ki formando assim a tríade da cidade de Uruk, (a bíblica Eresh e hoje Warka). |
Nesta cidade ela teria sido Ana, porque o seu templo era E-Anna.
Ningal ("Grande Senhorinha"), na mitologia suméria era a deusa da cana, irmã de Enki e Ningikurga e cônjuge do deus da lua Nanna, com quem gerou Utu, o deus filho, Inanna, e em alguns textos, Ishkur. Ningal era cultuada principalmente em Ur, e provavelmente foi primeiro venerada pelos pastores das terras pantanosas do sul da Mesopotâmia.
Na cidade rival de Ur a deusa mãe seria adorada como Nin-Gal, literalmente apenas a “grande Senhora” que poderia ser uma deusa qualquer se não fosse suspeito de ser um epiteito de Eresh-Ki-gal. Os molhos de canas eram um símbolo de Inana, o que deixa a suspeita de a deusa deste culto da cana ter sido na origem relativo a Inana que poderia ter sido também genericamente uma “Grande Senhorinha”.
No entanto, por razões de pressedencia e para marcar a diferença com a cidade rival de Uruk o culto desta cidade desviou-se da deusa filha para a deusa mãe de Inana adorada em em Uruk como Ki-(gal). Isto significa que a tríade de Ur seria inicialmente a mesma de Uruk tendo divergido com o tempo por mera rivalidade entre cidades estado. Assim, fica já a suspeita de que Nanna seria uma corruptela foneticamente equívoca e infeliz de Nin-An, “Senhor do céu”, que teria passado a deus da lua por ser esposa da deusa Ningal, essa sim uma deusa lunar por ser a virgem deusa mãe primordial, adorada em Eresh como esposa de Nergal.
In later Sumerian traditions, she is the daughter of Nanna (Narrar), the Moon God and Ningal, the Moon Goddess (both of Ur). [1]
A dificuldade em saber se Nanna seria também Na®-rar ou Nan-nar implica que poderia ter sido Negral.
Sabemos por outros contextos que Inana era neta de Enki, logo, Anu teria sido filho de Enki, filho primogénito autogerado pela Deusa Mãe primordial.
Dating back to 3800 B. C., Inanna was seen as the third child of the goddess Ningal, and the moon god An (Wakeman, Sacred 24; Jacobsen, Treasure 135). Unfortunately, that in itself is uncertain as that her parents are also thought to be the sky god, An, and the moon goddess, Nanna (note that the change of lunar deities is not a mistake) (Lurker 165). To confuse the matter even more, Inanna has also been said to be the consort and occasionally the wife of An, thus making her officially the "Queen of Heaven," and the goddess of the morning and evening star, Venus, signalling the beginning and end of the day (Albright 190; Fontaine 87; Jacobsen Treasure 137; Eliade 459). Other consorts/husbands included Zababa of Kish, Dumuzi, and Ashur (Eliade 145). Her elder siblings were her sister, Ishkur, and her sun-brother Utu, and her grandfather was Enki, the god of wisdom (Fontaine 87). -- In the Eyes of Inanna: The Aspects of a Goddess in Literature, Mary Lynn Schroeder. Anthropology 207:001 Ancient Civilizations of the Old World. Mr. Mike Fuller. April 19, 1993.
NANA
Figura 5: Inana, a deusa da lua aproxima-se de Anu acompamhado de Geshtinanna? Inana completa o seu ciclo menstrual como «Lua Nova», emergindo como uma deusa do pleniluneo, dona dos mistérios da vida e da morte representados nas fases da lua Cheia.
En la mitología mesopotámica, Sin, Zuen o Nannar (es el dios masculino de la Luna. Sin era su nombre en acadio. Para los sumerios era conocido como Nannar. Es representado como un anciano con cuernos y barba, aunque principalmente con el símbolo de un creciente lunar. También se describía como el padre de la Inanna sumeria (la Ishtar semita) que, posteriormente, heredaría el cetro lunar. Su padre era Enlil y su número mágico era el 30. Junto con Shamash e Ishtar, miembro de la "Tríada semita" de dioses con relaciones celestes que se incorporó al panteón mesopotámico desde el Periodo Acadio (2200 - 2100 a. C.).
Sus dos grandes lugares de culto fueron el templo E-kishnugal en Ur en el sur y Harrán en el norte. El culto a Sin se extendió a otros lugares en una época temprana y en todas las grandes ciudades de Babilonia y Asiria se construyeron templos al dios lunar.
También es el nombre de la diosa lunar en el sintoísmo.
Nana é uma deusa na mitologia nórdica, filha de Nep e esposa de Balder. Ela e Balder são ambos Æsir e vivem juntos em Breidablik, no mundo de Asgard. Com seu esposo, ela é mãe de Forsetes. Quando Balder é assassinado por Hod, ela fica tão desesperada na sua tristeza, que se joga na pira funerária de seu marido, que queimava no seu navio, Hringhorn.
Obviamente que só por razões políticas relacionadas com o protagonismo da cidade de Ur poderiam ter transformado um deus feminino em toda a parte num deus masculino patriarcal.
A Ur, le nom du dieu qui était lu Nanna s'écrivait en fait avec des sumérogrammes signifiant «dieu du Lieu du Frère», la ville d'Ur étant quant à elle appelée la «Maison du Frère». Vers -2150, les Sumériens eux-mêmes n'étaient plus certains de la véritable origine du nom de Nanna, bien qu'ils se soient expliqués son étymologie en le décomposant en NA.AN.NA, «pierre du ciel» ou «homme du ciel». Plus tard, les populations de langue akkadienne le prononcèrent Nannaru, signifiant «brillant» dans ces anciennes langues sémitiques. Vers -2150 Gudea de Lagash louait aussi le dieu Lune sous le nom de Zu-en, étrangement écrit dingirEN.ZU, littéralement «Seigneur du Savoir», sur le modèle de Enki et de Enlil. Dans un de ces jeux de mots purement graphiques courants dans l'écriture cunéiforme, il lui accolait aussi l'épithète Enzi, EN.ZI: «Seigneur de la Vie». Les peuples de langue akkadienne (Babyloniens et Assyriens principalement), prononçaient ce nom Sîn.
The original meaning of the name Nanna is unknown. The earliest spelling found in Ur and Uruk is D.LAK-32.NA (where NA is to be understood as a phonetic complement). The name of Ur, spelled LAK-32.UNUG.KI=URIM2KI is itself in origin derived from the theonym, the abode (UNUG) of Nanna (LAK-32).
LAK-32 = SU6 (KA×SA)
LAK-58 = variant of n32 = KA×"EŠ"
The pre-classical sign LAK-32 later collapses with ŠEŠ (the ideogram for "brother"), and the classical Sumerian spelling is DŠEŠ.KI, with the phonetic reading na-an-na. The technical term for the cresent moon could also refer to the deity, DU4.SAKAR.
Later, the name is spelled logographically, as D.NANNA.
The Semitic moon god is in origin a separate deity from Sumerian Nanna, but from the Akkadian Empire period, the two naturally undergo syncretization and are identified. The occasional Assyrian spelling of D.NANNA-ar DSu'en-e is due to association with Akkadian na-an-na-ru "illuminatior, lamp", an epitheton of the moon god. The Assyrian moon god Su'en/Sîn is usually spelled as DEN.ZU, or simply with the numeral 30, DXXX.[1]
Notar que o nome de Uruk em sumério era Unug, ou seja, *Unuki, “a terra de Unu” o único e indivisível senhor do céu, U-Anu. Mas também foi chamada Eresh ou Ur-esh. Então, o primeiro nome de Ur teria sido um pouco complicado pois seria algo como *Esh-Uruki-ki, razão porque teria sido simplificada para a cidade por exelência, ou Ur. A aceitar as informaçãoes dos investigadores em cuneoforme o nome de Nanna teria sido originalmente o que foi a maioria das vezes, Esh-na / Su-na / Zu-na. Se nem os sumérios estavam seguros da origem do nome de Nanna é porque de facto nunca ninguém esteve tratando-se quase seguramente de um dos primeiros equívocos da história por erro ortográfico e por causa da necessidade de a cidade de Ur se afirmar como cidade da lua por ser este astro considerado mais importante do que o sol quiçá porque para os semitas seria preferível andar nos desertos do médio Oriente à luz dócil do luar do que ao sol escaldante do meio-dia.
Inana é não só a deusa da terra e do céu, como do mundo do luar, da escuridão da noite e dos subterrâneos. Esta faceta telúrica duma Duesa Mãe tão universal como foi Inana teria que ter percorrido os mesmos passos de Isis. Ter roubado os segredos do nome de (u)Ra(no) que eram os mesh escritos nas “tábuas dos destino” guardados por Enki.
Se Inana foi filha de Nana, consensualmente suposto pelos sumeriologistas como deus Lua tal terá acontecido como resultado de um dos muitos equívocos possíveis num domínio puramente virtual, e por isso instável, como era o da especulação mítica. A verdade é que, no puro plano da lógica mítica e da etimologia, seria quanto muito *Ninanu, o Sr. Anu, o deus ocioso e primordial do céu! Saber como foi possiível confundir *Ninanu, que enquanto deus do ceú lunar teve o nome de Narrar, com Nana não será fácil, por enquanto! A verdade porém, é que algumas fontes referem que Nana foi um dos nomes da esposa de Anu, e por ora tanto basta para aceitar a plausibilidade do equívoco inerente ao complexo e incipiente sistema de escrita sumério.
In such a case, no recourse is to be had untill the light of the moon shines upon the Earth, for the moon is the Eldest among the Zonei, and is the starry symbol of our pact. NANNA, Father of the Gods, Remember! -- The Necronomicon
*Ninanu / Nanina seria então uma variante de Nuno Egípcio!
De facto, faz muito mais sentido que Nana tenha sido um dos nomes da esposa do céu do que dum deus lunar. Ainda hoje no alto douro uma «nana» é uma matrafona ou boneca de farrapos o que significa o quanto este nome é arcaico e arreigado nas tradições orais das culturas com forte tradição paelolítica como é o caso da ibérica...ou pelo menos com reconhecida a prolongada presença de culturas orientais como a fenícia, primeiro, e depois a arábica!
É pouco credível que tenha havido um deus lLunar autonomo já que parece que Enki teve sempre as funções que são próprias destes deuses: as artes mágica, a estratégia militar, o saber curativo, as artes e ofícos!
Se Inana foi filha de Ningal, a deusa lua que foi esposa dum suposto (Ba)Nana, este seria Anu e aquela Antu e esposa deste. Como a primeira esposa de Anu foi Ki, Ningal foi a segunda esposa de Anu e então... Ningal teria sido mãe de si própria o que só pode corresponder a um insuperável paradoxo mítico que, ou foi um dógma de fé que em nada contraria a identidade entre Ningal e Inana (pois que, enquanto deusa autogerada foi mãe de si própria) ou foi alvo de um equívoco mitográfico, enevitável nesta questão de parentescos divinos de realidade virtual imcomprovável!
NINEGALA
Ninegalla - Outro nome de Inanna que quer dizer "A Rainha do Palácio".
Ninegala = < | Nin (= «celestial senhora») < Nini < nani < anin < An-en |
+ E (= casa) + Gal(la) ó Ningal.
Sendo um facto que Inana tinha o epíteto de Ninegalla esta era literalmente a “Celestial Senhora da Casa Grande”, ou seja, rainha. Quer dizer que, talvez nem se tivesse chegado a tantos equívicos se se tivesse reparado na elementaridade do facto de que pelas regras da língua sumeria se a mãe de Inana era Ningal etãoe era também outra “senhora grande” ou “senhora do rei”.
Ninegala não é homógrafa nem homófona de Ningal mas, seria inevitável que com o uso e com os séculos da cultura oral em que se desenvolveu a maior parte da civilização suméria, acabassem por vir a ser confundidas! Mas, se os séculos e as divagações geográficas acabam por gerar equívocos linguísticos a verdade é que a persistência de várias coincidências míticas não deixa de ser tão estranha quão mais significativas são estas mesmas condições.
Claro que a tradução de “rainha do palácio” pode não ser a mais correcta já que princesa, cortesã ou concubina poderiam corresponder à mesma conotação de “mulher da casa do rei” mas...isso seria fazer eurística da linguagem comum e não do nome da Virgem Mãe! Estes epítetos reais derivados da linguagem religiosa viriam a ser herdados por Pallas Atena, a “rainha do céu do palathium” pelo lado «vitorioso» de Nikê, a fenícia Nikkal (< Nin-ki-kal)!
Pallas < Phalla < *Kalla > Galla
Como se vê, o mito fenício, embora pareça reforçar a complexidade e redundâncias politeista, não varia muito do mito sumério pois a a verdade é que, sendo Dagon equivalente de Enki e Yarikh o deus do mar, Nikkal acaba por ser esposa do próprio pai! De resto, se Nikkal foi filha de Dagon como Enki, um deus dos mares, é porque estamos na pista certa.
Ningal: The 'great queen' of ancient Sumer, and consort of the moon-god Nanna. She is the mother of the sun-god Utu. In Ur, she and Sin were regarded as the parents of Shamash and Ishtar. The Phoenicians called her Nikkal.
Se Ningal deve ser identificada com a Nikkal dos fenícios e esta foi “a grande deusa da fruta” estranho seria que Ningal não o fora também, tanto mais que como Inana / Istar seria tudo como Deusa Mãe promordial! O facto de entre os sumério este papel ter cabido a Ninanna, enquanto forma de Inana, nada espanta, visto estarmos diante da “deusa dos sete ofícios”, que embriagou o próprio (irmão?), o deus Enki da sabedoria, para lhe roubar as tábuas das leis e do destino.
Inana colocou a shugurra, a coroa da estepe na cabeça
Ela foi até os rebanhos de ovelhas, Ela foi até ao pastor
Ela se encostou à macieira.
Quando Ela se encostou à macieira, sua vulva era coisa linda de se ver.
Regozijando-se com sua vulva maravilhosa, a jovem se aplaudiu e disse:
- Eu, a Rainha dos Céus, irei visitar o Deus da Sabedoria.
Eu irei ao Abzu, o local sagrado em Eridu.
Em Eridu, eu prestarei homenagens a Enki, o deus da Sabedoria.
Eu farei uma prece para Enki, o deus das doces águas.
Quando Ela estava a uma curta distância do Abzu, o local sagrado de Eridu,
Ele, cujos ouvidos estão [sempre] abertos,
Ele, que conhece os ME, as leis sagradas do céu e da terra,
Ele, que conhece o coração dos deuses,
Enki, o deus da Sabedoria, que tudo sabe,
Chamou seu servo Isimud.
- Ouça, meu sukkal, a jovem está prestes a entrar no Abzu
Quando Inana entrar no altar sagrado
Dê-lhe bolo amanteigado para Ela comer
Dê-lhe água para refrescar suas orelhas
Ofereça-lhe cerveja ante a estátua do leão
Trate-a como uma igual
Dê as boas-vindas a Inana na mesa sagrada, a mesa dos céus.
Isimud prestou ciosamente atenção às palavras de Enki.
Quando Inana entrou no Abzu
Ele deu-lhe bolo amanteigado para comer
Ele deu-lhe água para beber
Ele ofereceu-lhe cerveja ante a estátua do leão
Ele tratou-a respeitosamente
Ele deu as boas-vindas a Inana à mesa sagrada dos céus…
Enki e Inana beberam cerveja juntos
Eles beberam mais cerveja juntos.
Eles beberam mais e mais cerveja juntos.
Com as taças de bronze da Deusa Mãe Urash cheias até transbordar
Eles brindaram um ao outro
Eles desafiaram um ao outro.
Enki, alto de cerveja, brindou Inana: - Em nome do meu poder! Em nome do meu altar sagrado! Para minha filha Inana, eu darei o Alto Sacerdócio! A Divindade! A coroa nobre e duradoura! O trono da realeza! Inana replicou: - Eu os aceito! - Verdade! A descida para o Mundo Subterrâneo! Ascenção do Mundo Subterrâneo! A arte de fazer amor! O beijo do falo! Inana replicou: - Eu os aceito! Enki ergueu sua taça e brindou Inana pela terceira vez: Em nome do meu poder! Em nome do meu altar sagrado! - Para minha filha Inana eu darei o Alto Sacerdócio dos Céus! O poder de fazer lamentações! O regozijar dos corações! O poder de fazer julgamentos! O poder de tomar decisões! |
(14 vezes Enki ergueu sua taça à Inana
14 vezes ele ofereceu à sua filha os MÊS
14 vezes Inana aceitou os sagrados MÊS)
Nikkal-and-Ib "great lady and clear/bright/fruit" ([2]) or "Great goddess of fruit" (< Ningal)
- She is possibly the daughter of Dagon of Tuttul (< Thuth Thur < Kuk kur < *Kur Kiko), or else of Khirkhib (< Kur Kiw < *Kur Kiko).
- She is romanced by Yarikh (< Kariko < Karkiko < *Kur-kiko) and marries him after Yarikh aranges a brideprice with Khirkhib and pays it to her parents.
Ora, sendo...
Ninanna = Inana = Ninegalla = “deusa da fruta”
=> Nikkal(-and-Ib) = Ningal
Inana = Ningal ¹ mãe de Inana.
Pois bem, não menos surpreendente é ter sido Ningal esposa de Nana, o deus da lua, suposto pai de Uto, o sol. Se este foi irmão de Inana como Apolo de Artemisa então... só seria possível que Ningal fosse mãe de si própria enquanto Ninegalla se fose um referência implícita à Deusa Mãe do caos prmordial autogerado. Assim sendo, o mais surpreendente do mito de Inana é termos de concluir que Inana foi a deusa tão poderosa que foi mãe de si própria, ou seja, Ki, a Terra Mãe!
Though the cosmogonies presented in these texts are subject to some variation, distinct patterns can be grasped which give important insight into the Sumerian beliefs regarding the creation of the cosmos. Two fairly dissimilar approaches can be seen in Sumerian texts. The first, called the Eridu Model, relates to the beliefs of those situated in the southern regions of the country. The realm of the primal divine here is neither heaven, nor earth, but water. This realm is defined by the term Engur. This term is synonymous with Abzu, the "sweet waters of the deep," and is defined as the subterranean source of the waters which emerge from beneath the ground. This water was believed to be the source of the fertile marshes which gave life to this region of the country. The sign used for Engur can also be used for Nammu, the Mother Goddess prevalent in early Mesopotamian theology. Texts describe Engur/Nammu as 'the mother, first one, who gave birth to the gods of the universe. "She is a goddess without a spouse, the self-procreating womb, the primal matter, the inherently female and fertilizing waters of the abzu."{1[3]}
Engur <= *An-ki-Ur, lit. a trindade primordial, An, o céu; Ki, a terra e Ur, os grandes astros guerreiros, o sol e a lua e as estrelas, os principes e «deuses meninos» «os Eloim, os filhos primordiais de deus = Nammu < An-am-u, a mãe fértil das águas do céu! = Ki-Ama-Ash, lit. “a Terra Mãe do fogo (dos astros céu?)” > Tiamat.
Enkur, um dos nomes de Enki, seguramente o filho amado da Deusa Virgem Mãe primordial e autogerada Nin-| Kur > Kaur > *Kar > | Ningal.
[1] http://www.crystalinks.com/ancient.html.
[2] "a grande deusa da fruta luzidia"
[3] ADAPA'S TREATISE ON SUMERIAN RELIGION, From TWIN RIVERS RISING.
Parabéns! Estou no aguardo sobre um aprofundamento do Hiero Gamos na parte social.
ResponderEliminarMuito bom... origem do povo hebreu..
ResponderEliminarLógico, haja vista terá pai de Abraão ter moto do em harã dos caldeus..
E Abrão ter vindo de lá.. Uz dos caldeus....
Pergunta???
É possível que o Deus de Abrão. Isaque e Jacó... tenha esta origem...???
Seja um dos deuses do pantenom... da mesopotâmica... babilônia... suméria..
Atual Síria.. Iraque... turqui...???
É possível...???
É possível que o Deus de Abrão... Isaque e Jacó seja de origem mesopotâmica... babilônia ou suméria...
...da Mesopotâmia,Babilônia,...
EliminarSim religiões evoluindo e uma influência outras .
ResponderEliminar