Figura 1: “As Almas de Ra e Osíris encontram-se em Busiris”.
Africa is the cradle of our humanity. The civilization which blossomed at the crown of Africa is the prototype of all humanity's struggles to be civilized. The nation that once flourished along the Nile River was named "Egypt" only after her actual civilization had been destroyed. There is still much debate over exactly how and why Egypt went from being the land of "The Children of the Sun," to "Egypt," which is the misspelling of a mispronunciation of Hikuptah,) the native name of a Temple of Ptah. [1]
O historiador egípcio Manetho referiu Memphis como sendo Hi-Ku-P'tah (“Lugar do Ka de Ptah”), nome que ele soletrou em grego como Aί γυ πτoς (Ai-gy-ptos), nos dando o Aegyptvs latino e o Egito moderno. O termo copta também é considerado etimologicamente derivado deste nome a partir do radical K(a)u-P'tah / Cópta. Assim, e quase seguro que desde os tempos antigos até aos de Maneto alguém se enganou a copier os textos anteriores e onde estava o ka de Ptá colocou o Ku do deus.
K(a)u-P'tah, Kauphta > Cópta
«Egipto» < Lat. Aegyptus < Grec. Aígyptos < Hikuptah
< Kiki-Ptah, lit. “dupla-terra de Ptah”
< H.(wt)k3pth < 8wtk3pt8???
That was from, via Coptic, the Greek name for Egypt, Aigyptos, which was probably derived from an Egyptian name for Memphis, H.wtk3pth (8wtk3pt8), the "House of the Soul [K3] of Ptah." Ptah was the patron god of Memphis.
Não será fácil ir de Hikuptah ao Egipto mas, se fossemos forçados a tanto é difícil saber se lá chegaríamos, tendo que prosseguir por caminhos étmicos que passam por vias de nomes tão inefáveis quão inelegíveis como H.wtk3pth ou 8wtk3pt8 (???)!
No entanto, uma tradução literal do nome do Egipto deste tipo, com todos os riscos inerentes às traduções literais de nomes próprios sobretudo a partir de línguas mortas cuja fonologia ainda desconhecemos em grande parte, é mesmo assim impressionante, porque, já antes de encontrar estas informações seríamos tentados a colocar idêntica hipótese mas apenas com base no pressuposto intuitivo de que o nome do Egipto teria estado escrito em Acádico, antes de chegar pelos fenícios aos gregos, que haviam esquecido todo o saber dos cretenses, e seria uma homenagem aos deuses mais arcaicos e omnipresentes na iconografia ortográfica do Egipto antiga que são as cobras da Deusa Mãe. Então,
Aί γυ πτoς < A-E-*Ky-Phit < *Ki-Phi-at > Kauphit => «ofídeo», Lit. “Aí (é o templo) da cobra (d´ água)”!
Pelo menos salva-se a ideia de o Egipto ser um templo de cobras, no fonema sumério E, e na evidência da multiplicidade de cobras e simbolos de cobras adorados peloas Egipsios.
In the Indian Epic, "Puru (< Phuru < Kur-u) had by his wife Paushti (< Phaushki < Kaushka < *Ki-Ash-Ki > Ishat) three sons: Pra-Vira (Puru II), Ishwara and Raudr-ashwa, whom were mighty charioteers. Then Pra-Vira (Sumerian Sargon) had by his wife Acchura Seni (< Haka-Kura < Ishkura > Ishtar, => Sumerian Ash-nar, Ash-lal, The Lady Ash) a son named Manasyu (< *Min Ashi < Ama-An-Shu) of the line of the Prabhu [< "Pharaoh"), the royal eye of Gopta [Kopt or Egypt, Aigyptos, ancient Egyptian Gebt or Gabt, cognate with the Greek Kopt-os or Copt]. Pra-Vira bears the title of Vira which equates to his Pir title in the Old Isin Sumerian king list. [2]
Geb, o deus da terra > *Geb-at lit, «a esposa de Geb» > Gabt
< Ga-Wit < Kaphita > *Ki-Phi-at > Kauphit > «ofídeo».
A relação dos deuses das cobras com a terra foi iniludível. Sendo o Egipto a mais prolixa das mais antigas e arcaicas civilizações do mundo de estranhar seria que os nomes que a ela se referem não tivessem sido controladas por si própria, razão pela qual não pode espantar que o Egipto e o Copta tenham a mesma raiz étmica e tanto pelo conceito primário da Terra Mãe como do culto das cobras que precocemente com ela veio a enlear.
Ver: PTAH (***)
Egypt ("The Black Land") - Kemet (km.t, fem.)
Egypt ("The Two Lands") - tawey (tA.wy, masc.)
Seria inusitado que um nome de baptismo fosse atribuido pela própria entidade nomeada. Geralmente são os outros que nos nomeiam sempre que necessitam de nos interpelar e é sabido o quanto os Egipcios defendiam a filosofia política do “orgolhosamente sós” mas, no caso destes com alguma propriedade, dado a sua espantosa e criativida longevidade! Quer dizer que não fere a inteligência saber que o ocidente greco-romano quando deu pelo Egipto se portou delicadamente tendo inquirido pelo seu nome junto dos seus vizinhos. Ora, também nada obsta a que um povo possa ter mais do que um nome pois não seria nisso que seria menos do que uma qualquer outra pessoa juridica. Os franceses são galos, os portugueseslusos ou lusitanos e os ingleses britânicos, etc. Assim sendo, os vizinhos do Egipto não iriam ensinar aos greco-latinos o nome que os egípcios davam a si mesmos de forma que nem sequer pode ser considerada presunçosa pois qualquer povo chama a sua pátria de “terra amada”, ou mais corectamente, “terra Mãe”. Porém, Ta-mari seria “terra amada” apenas paras os Egípsios que ja se tinham esquecido da etimologia do nome pois que Ta-mari ou teria um significado mais prosaico tal como “pantano, terras baixas, praia” com a conotação de “terra-mar” ou seria epenas evolução dos priemiros colonizadores neolíticos deste fértil vale, os Ki-mar-ish!
Marea and Mareôta, ae, f., a lake and city of Lower Egypt, not far from Alexandria (called in Gr. Marea.)
Meri < Maru < Ma Urash, a mãe que recebe o sol-posto no seu seio = variante maternal de Isis enquanto deusa do mar.
The Greeks and Romans who were the nation's destroyers gave us this name for her as well as their own view of what she had been. Just as we know Egypt by a name that she did not give herself, we are each seeing her from our own point of view. The ancient Egyptians saw themselves as "The Children of the Sun," and the nation was often referred to as Ta Meri, meaning both "Land of Love" and "Beloved Land." Ta Khemmt, the riverbanks and rich fields of the Delta, was "The Black Land," and from this name, we derive the modern term "chemistry." Ta Deshert, "The Red Land," was the name for the sandstone desolation that surrounded them, a region called "desert" to this day. [3]
E bom de ver que Ta Meri > «Tamar» deveria ser entendido na Fenícia pois o rancho de Tamar da cidade portuguessa da Nazaré faz homenagem a um toponímico que foi seguramente herança fenícia como o povo e o nome desta cidade[4]!
«Química» < Lat. chimia < Gr. chymia ou chemeía < Ar. kimiya, pedra filosofal < Egíp. Kemi ou Kimi > Copt. Kemi, negro.
< Khemmt < Kima-mut < *Kime + mut < Ki-ama, lit. «Terra Mãe».
Por sua vez, não deixa de ser surpreendente que o nome do deserto se revele um termo de fácil edentificação na cultura mediterânica sobreviente na latinidade.
«Deserto» < Deshert < Dis-Ker-et < Deus *Kertu ou deusa mãe Taveret dos mortos e da desolação. *Kertu seria a forma cretense de Korê, e por isso mesmo, a Europa, enquanto outra Korê, seria uma mera variante destas a acrescentar a Atena / Afrodite / Proserpina e esposa de Dis Pater, ou seja, do deus dos infernos.
A relação desta deusa com o vermelho pode ser encontrada no facto de os infernos serem sempre vermelhos!
Ver: MIRTILO (***)
Sendo então uma expressão comum não seria propriamente um toponímico mas uma expressão que os Egípcios usavam dentro de casa, com carinhoso e patriótico afecto, facto tanto mais natural quanto é sabido o quanto este povo era vaidoso da sua originalidade cultural. A expressão “Filhos do sol” seria ainda mais presunçosa senão mesmo agressiva para um estrangeiro! Assim sendo, restava a alternativa dum nome que seria quase uma alcunha deste povo mas que, apesar de tudo deveria ser consensualmente aceite, pelo menos na vizinhança, tanto mais que não estava fora do que era habitual em toponímias da época. Correspondia ao culto mais comum deste povo, que aliás nem era característica única deste, já que o culto da cobra que transparece neste nome era comum ao corredor Sírio.
"At a period approximately 3,400 years before Christ, a great change took place in Egypt, and the country passed rapidly from a state of Neolithic culture with a complex tribal character to [one of] will-organized monarchy... "At the same time the art of writing appears, monumental architecture and the arts and crafts develop to an astonishing degree, and all the evidence points to the existence of a luxurious civilization. All this was achieved within a comparatively short period of time, for there appears to be little or no background to these fundamental developments in writing and architecture." - Walter B. Emery, Archaic Egypt
É no Egipto que os cultos fálicos, da mais antiga tradição mágico-religiosa, de que os obeliscos eram a mais refinada das sublimações estéticas, se mantiveram, ocultos na simbologia dos deuses serpentes e no culto do sol. Esta relação entre os cultos matriarcais e as serpentes corresponde sem dúvida a uma herança das culturas megalíticas mediterrânicas de que as ilhas do mar Egeu, centradas em Creta, eram a principal expressão civilizacional, no começo da história. Se de facto a civilização Egípcia não começou em Creta muito a esta ilha ficou a dever restando apenas excluir que se não venha a provar que foi do Egipto que a civilização se espalhou pelo mediterrânico. Como é óbvio, embora o sentido comum da história apontasse para que a civilização das ilhas mediterrânicas tivesse saído do Egipto, parece até agora que os dados arqueológicos apontam no sentido da evolução anterior autónoma destas civilizações insulares (particularmente no caso das ilhas de Malta).
Esta origem parece ser portanto anterior ao início da história e pode corresponder à mundialização da estranha cultura megalítica que teve particular expressão e desenvolvimento na Europa neolítica supostamente já muito depois do início da civilização Egípcia! Obviamente que nada obsta a que este fenómeno do megalitismo europeu tenha surgido de forma tardia em relação à cultura Egípcia como uma forma tardia de transferência cultural pois, na pré-história, o que os meios técnicos não permitiam conseguia-o a persistência no tempo da lentidão do desenvolvimento. Que existiu uma lenta e continua progressão em mancha de óleo da cultura neolítica pelo mundo, pudemos confirma-lo com alguns marcadores semânticos. Assim, é quase seguro que o megalitismo significou uma forma particular de civilização centrada na explosão súbita dum culto de morte e ressurreição solar de tipo fálico em que as antas eram templos na forma de grutas artificiais dedicados à vagina da deusa mãe e os menhires falos gigantes representando o seu filho primogénito Min-Kaur ou Minotauro! E do Minotauro terá derivvado o nome do primeiro rei e da primeira cidade do Egipto.
O nome egípcio Antigo de Mênfis era Ineb Hedj (literalmente “Brancas Paredes”) por causa de suas majestosas fortificações e canais. O nome "Memphis" (Μέμφις) é suspostamente a corruptela grega do nome egípcio da pirâmide de Pepi I (6ª dinastia), Men-nefer que se teria tornado no Menfe em cópta. No entanto, mais uma vez, chamar parvos ou duros de ouvido aos gregos que invadiram o Egipto é lógica um pouco terrorista. Na verdade, teria sido do copta Menfe que os gregos retiram o nome e não o inverso.
Menfe < Men-phi, litralmente a “terra de Men-es, o seu fundador. Segundo a fonte histórica da lista de Maneto, no seu livro sobre a história do Egipto, o fundador da primeira dinastia é Menés.
Ver: MINOTAURO (***) & FAMOIROS (***)
ETIÓPIA
De qualquer modo, do Egipto à Etiópia encontramos nome de terras que terão tido a mesmo origem, provavelmente eteocretense.
Dans la mythologie grecque, on appelle le plus souvent Éthiopiens les peuples noirs d'Afrique au sud de l'Égypte.
Pliny the Elder described Adulis, which port he said was the Ethiopians' principal trading town. He also stated that the term "Ethiopia" was derived from an individual named Aethiops, said to be the son of Hephaestus (aka Vulcan). This etymology was followed by all authorities, until around 1600, when Jacob Salianus in Tome I of his Annales first proposed an alternate hypothesis deriving it from the Greek words aitho "I burn" and ops "face".
Ce nom signifie «visage brûlé» (Αἰθιοπία / Aithiopía, de αἴθω / aíthô «brûler» et ὤψ / ốps, «visage») et fait référence à la légende de Phaéton, né de l'union d'Hélios et de Clymène, épouse de Mérops, roi des Éthiopiens. Dans sa folle course à travers le ciel sur le char de son père, il s'approcha trop près du sol de la Terre. Les populations qui vivaient dans ces régions près du royaume d'Océan Ὠκεανός / Ôkeanós, furent alors brûlées et marquées ainsi que leur descendance, ce qui expliquait leur teint foncé, et la Libye transformée en désert.
Les Éthiopiens apparaissent dès les plus anciens textes mythologiques grecs, ils figurent en effet aussi bien dans l’Iliade que dans l’Odyssée. Ils apparaissent alors comme un peuple éloigné, aux limites du monde, près de l'Océan, un peuple sans reproche chez qui les dieux - Zeus et les autres dieux dans l’Iliade, Poséidon dans l’Odyssée - vont banqueter, se trouvant alors momentanément coupés des autres mortels.
«On soutient que les Éthiopiens sont les premiers de tous les hommes, et que les preuves en sont évidentes. D'abord, tout le monde étant à peu près d'accord qu'ils ne sont pas venus de l'étranger, et qu'ils sont nés dans le pays même, on peut, à juste titre, les appeler Autochtones; ensuite il paraît manifeste pour tous que les hommes qui habitent le Midi sont probablement sortis les premiers du sein de la terre. Car la chaleur du soleil séchant la terre humide et la rendant propre à la génération des animaux, il est vraisemblable que la région la plus voisine du soleil a été la première peuplée d'êtres vivants. On prétend aussi que les Éthiopiens ont les premiers enseigné aux hommes à vénérer les dieux, à leur offrir des sacrifices, à faire des pompes, des solennités sacrées et d'autres cérémonies, par lesquelles les hommes pratiquent le culte divin. Aussi sont-ils partout célèbres pour leur piété ; et leurs sacrifices paraissent être les plus agréables à la divinité. — Diodore de Sicile, Bibliothèque historique, III, 2.
«Ils disent, en outre, que la plupart des coutumes égyptiennes sont d'origine éthiopienne, en tant que les colonies conservent les traditions de la métropole; que le respect pour les rois, considérés comme des dieux, le rite des funérailles et beaucoup d'autres usages, sont des institutions éthiopiennes ; enfin, que les types de la sculpture et les caractères de l'écriture sont également empruntés aux Éthiopiens. Les Égyptiens ont en effet deux sortes d'écritures particulières, l'une, appelée vulgaire, qui est apprise par tout le monde ; l'autre, appelée sacrée, connue des prêtres seuls, et qui leur est enseignée de père en fils, parmi les choses secrètes. Or, les Éthiopiens font indifféremment usage de l'une et de l'autre écriture.» — Diodore de Sicile, Bibliothèque historique, III, 3
«Etiópia» < E-thiopia < Aethiops > Copt. Ītyōṗṗyā
A Etiópia seria, como o Egipto, apenas a “antiga (ou templo da deusa) cobra” Tia-mat, de que se teriam gerado todas as coisas.
Notar que a etimologia fantasiosa de que a Etiópia deve o nome ao mito de Faetonte por analogia com os termos gregos αἴθω / aíthô «queimar» et ὤψ / ốps, «face», e uma fantasia barroca sem credibilidade mítica mas que ficou como plausível até hoje. Por outro lado, notar que em Plínio, Aethiops, seria filho de Hephaestus, o que já faz algum sentido etimológico.
Aethiops < E-Ti- | ops < ophis < Kaukis ó Keka-es- | tus > Hephaestus.
A etimologia da Etiópia seria assim paralela ao de Antioquia < Antakya, túmulo da cobra (kaukia) da terra mãe. Os cristão não colocaram ali o Túmulo da Bem-aventurada Virgem Maria mas foram coloca-lo logo ali ao lado, em Éfeso, no templo de Artemisa!
EGIPTO, TERRA DE DEUSES.
RA
No Egipto, a evolução da importância histórica do deus supremo e «criador» foi mais ou menos a que se segue:
Atum/Ptah => RA => Amon
Como noutros impérios antigos, o deus supremo moldava o seu nome conforme o deus do reino vitorioso. No entanto, ao contrário de outros impérios avassaladores, o centralismo político no Egipto permaneceu sempre de carácter mais político do que cultural ao ponto de os faraós se continuarem a considerar os soberanos de “Duas Casas” e os reis de “Dois Egipto” tanto mais que a origem étnica das dinastias era, ora do alto, ora do baixo Egipto. A unidade cultural egípcia que, apesar de tudo, sempre existiu e perdurou de forma secular por mais de 4 mil anos, resultou em parte duma estratégia cultural baseada numa grande tolerância e capacidade de aceitação das diferenças acessórias em prol da permanência e defesa intransigente dos aspectos da pureza doutrinária considerados essenciais.
Assim sendo, natural será que sejam as algumas das seguintes características básicas da mitologia egípcia:
1- É fortemente compósita, sendo frequentes as tríades divinas.
2- A pluralidade divina resulta sobretudo das vicissitudes da política local.
3- Existiram apesar de tudo tentativas de uniformização que não tiveram grande sucesso para além da ordenação por famílias trinitárias pelo que manifesta evidentes sinais de ter estado fortemente sujeita a múltiplas manipulações teológicas.
4- Altamente defensiva, conservadora, e aglutinante.
5- Os seus aspectos mais conservadores e arcaicos manifestam-se no seu frequente zoomorfismo, particularmente na forma da cobra solar alada e do boi Apis.
6- Em contrate com este evidente arcaísmo politeísta, herdado da arcaica época do predomínio da caça (e a que se dava pouco valor especulativo), manifestava um dos aspectos mais revolucionários e actuais centrando-se os seus esforços teológicos nos cultos de fertilidade agrícola nas suas variantes diurnas dos cultos solares e nas forma nocturna dos cultos dos mortos, centrados na mumificação e nos mistérios de morte e ressureição de Osíris.
7- São frequentes os deuses compósitos tais como: Amon-Rá. Ra-Horus. Apis/Ptah, etc.
8- São óbvias as analogias formais de tríades de deuses compósitos tais como:
1º – Tríade dos «deuses Ofídios»: Ptah º Toth º Nef.
2º – Tríade dos «deuses dos Mortos»: Socar º Ptah º Osiris.
3º – Tríade dos «deuses Falcões»: Ra º Horus º Socar.
Qualquer raciocínio elementar permite concluir que todos estes nomes de deuses podem corresponder ao mesmo deus ou ao conceito de um deus original, fonética e doutrinariamente comum. Dito de outro modo, estas tríades correspondem a tês estratos de manipulação teológica (para uniformização doutrinária e pacificadora) de que os deuses afídeos são a sobrevivência mais arcaica do período primitivo da Deusa mãe.
Estas três tríadas poderiam corresponder a estruturas da trifuncionalidade Dumezeliana se esta não passasse duma virtualidade lapaliciana de funcionalidade meramente teórica e de veracidade prática pouco sustentável. Mesmo assim, a tríade dos deuses «Falcões solares» poderia corresponder à função da chefia guerreira, a tríade dos «deuses Ofídios», à função mágico-religiosa, e tríade dos «deuses dos cultos dos mortos», até por serem os mais populares, corresponderiam à função do povo.
Figura 3: Maat. | De facto, ao lado de deuses animistas antiquíssimos apareceram deuses de tipo abstracto, tal como foi Maat, de pendor monoteísta, como Amom e artificialmente modernos, qual Aton. Na verdade, a manipulação teológica egípcia tinha-se especializado na teogonia que é provável que este último tenha sido uma mera variante encomendada de propósito por Akineton para destronar o poderio dos sacerdotes de Amon numa das primeiras manifestações da história de rebeldia política do poder temporal contra o papado de Tebas. De todos os deuses supremos das terras do Nilo o mais tipicamente Egípcio, pelo menos foneticamente, é Ra/e. Não é fácil descortinar, nem de propor uma origem étmica segura para este deus! |
Que de Ra veio «raio» < ra ti um, lit. «Ra é o deus», dos raios solares > é obvio! Re é o étimo latino da repitição circular, da revolução renovadora de tudo que que regularmente se repete como o movimento quaotidiano do Sol / Rá.
De Re se diz que disse: «Eu sou Khepri, o escaravelho sagrado, de manhã, Re ao meio-dia e Atum à tarde» para passar a ser Osíris, o sol morto, à noite. Uma das variantes do seu nome era Ra-Harachete, o deus-Sol adorado em On, cujo símbolo era o obelisco. Esta variante apenas nos dá pistas sobre a relação de Rá com Horus como adiante se verá a respeito do comportamento leonino dum Horus solar enquanto vingador da morte de seu pai, Osíris, e herói de aventuras lendárias como as de Hércules. Figura 4: Horus-Ra. |
Sumer. Urash < lit. «filho do guerreiro». Este guerreiro seria o Sol e teria surgido do inverso de Kar > *Rak > Urash?
Eis uma via étmica pouco provável porque Urash já era conhecido como deus do solstício pascoal na suméria. Horus era no antigo deus Egipto apenas Hor < Kor, nome de um deus grego primitivo relacionado com a iniciação dos «cauretas» < *Kaur < Kur, o deus do fogo dos infernos sumério > *Kar.
Ou seria o Nilo, acabando este nome por se revelar uma das poucas provas étmicas da existência, desconhecido de Heródoto, de Urano (= An-Ur > Anyro > Niro > Nilo) no Egipto? Só uma prova circunstancial nos poderia livrar da indefinição de tanta hipótese. Quanto a mim, existem pelo menos duas, uma das quais bastante substancial, o que nos deixa na suspeita duma geração ao contrário de Crono para Urano! De facto:
But it must never be forgotten that the vocalizations thus provided are purely artificial makeshifts and bear little or no relation, so far as the vowels are concerned, to the unknown original pronunciations as heard and spoken by the Egyptians themselves. [p. 28]
Some words, of course, can be restored. For an example, one of the names of Amenhotep III was Nbm39tr9 (a tongue-twister if there ever was one), meaning "Rê is the Lord of Truth." But we have the whole name in Akkadian from the Amarna archive: Nimmuarîa or Nibmuarîa. (...) Egyptian may seem more guttural than the reader expects, but that is characteristic of the group of languages to which Egyptian belongs. Only Arabic still preserves all the sounds, but even Hebrew still writes them in the traditional spelling.
The last part of Amenhotep III's name is the name of the sun god, R9. R9 itself we know from Coptic as Rê. This comes out in Akkadian as Rîa. Thus the central vowel is a long "i." It is the general impression that long "e's" in Coptic come from long "i's" in Egyptian. The Akkadian version doesn't show us the 'ayn, but it does throw in an extra "a." Such an "a," however, is a familiar phenomenon from Hebrew and Arabic. Guttural consonants are hard to pronounce at the end of words. The word "Messiah" in Hebrew is actually written as though it were pronounced Mâshîcha, but this is a convention to indicate that it is really pronounced Mâshîach, with the "a" inserted to ease the transition from the long "i" to the "ch."
No such writings occur in Arabic, but in spoken Arabic it is clear that a transitional "a" is frequently inserted in words like rûh., "spirit," or the imperative verb "go!" That comes out as rûah.. |
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Egyptian certainly did the same thing. Rî9 would have been difficult enough to pronounce that it became Rîa9 in speech, which is what got picked up in the Akkadian transcription. The accompanying diagram shows the difference between an ideographic and a phonetic writing for r9. Note that the difference between the word rî9 meaning "sun" and Rî9 meaning the "sun god" is the generic determinative for "god."
Urash > Rûah > Ruha > Rê > Rha > Ra[5].
Tratando-se de uma evolução em língua lusa poderia imaginar-se que seria:
Urash = *Urax > *rauz > *raz > Rá!
Quanto a Ruha, que é o deus da criação nos textos mandaitas, é a prova decisiva. Ou seja, o deus criador do homem foi Ruha > Ra e Phtail > El Phta. Assim, os mandaenos remanescentes da actualidade se não comprovam a adoração de Pan comprovam o seu homónomo étmico Ptha. A adoração do carneiro transparece no facto de o animal que antecedeu a criação do homem balir como uma ovelha. Quanto ao deus Mendes de Heródoto, pelo menos está presente no nome deste povo que deixa assim de ser fantasma e salva a veracidade do pai da história. Do símbolo da roda solar veio o nome da «rota» < Lat. rota < raut < ruat < Rûah!
“According to the Egyptian account of creation, only the ocean existed at first. Then Ra, the sun, came out of an egg (a flower, in some versions) that appeared on the surface of the water. Ra brought forth four children, the gods Shu and Geb and the goddesses Tefnut and Nut. Shu and Tefnut became the atmosphere. They stood on Geb, who became the earth, and raised up Nut, who became the sky. Ra ruled over all. Geb and Nut later had two sons, Set and Osiris, and two daughters, Isis and Nephthys. Osiris succeeded Ra as king of the earth, helped by Isis, his sister-wife. Set, however, hated his brother and killed him. Isis then embalmed her husband's body with the help of the god Anubis, who thus became the god of embalming. The powerful charms of Isis resurrected Osiris, who became king of the netherworld, the land of the dead. Horus, who was the son of Osiris and Isis, later defeated Set in a great battle and became king of the earth.”
Figurativamente Rá faz parte do grupo dos «deuses-Falcão».
Figura 5: Rá, o deus falcão ou Horus! “Ra was the god of the sun during dynastic Egypt; the name is thought to have meant "creative power", and as a proper name "Creator", similar to English Christian usage of the term "Creator" to signify the "almighty God." Very early in Egyptian history Ra was identified with Horus, who as a hawk or falon-god represented the loftiness of the skies.” Na verdade, “Ra is represented either as a hawk-headed man or as a hawk.” |
GENEALOGIA DOS DEUSES EGÍPSIOS por RA (Menfítico) | |||
1º geração => | RA | < (Atu > Aton > Atum > Aten) | |
2º geração => | Chu + Tefnut | Ptah + Sekhmet | |
3º geração => | Nut + Geb |
| |
4º geração => | Osiris + Isis | Nephthys + Set | Neith |
5º geração => | Horus | Anubis | Sobek |
6º geração => | Horus => Amset + Hapi + Duamutef + Qebhsenuef |
GENEALOGIA DOS DEUSES DA TRIADE DE MEMPHIS
1º ger. => | Ptah + Sekhmet |
2º ger. => | Nefertem (= Nefer-Atum) |
“In order to travel through the waters of Heaven and the Underworld, Ra was depicted as traveling in a boat”.
Mas, quem era suposto fazer o memo era o deus Atum, também solar,
Uto + Anu > Utuano > Auton < Aton < Atum > Aten!
Figura 6: Ra na barca solar.
“In later periods (about Dynasty 18 on) Osiris and Isis superceded him in popularity, but he remained Ra netjer-aa neb-pet ("Ra, the great God, Lord of Heaven") whether worshiped in his own right or, in later times, as one aspect of the Lord of the Universe, Amen-Ra.[6]”
Figura 7: Hórus. | Das afirmações anteriores acerca de Ra desatasca-se: “During dynastic Egypt Ra's cult center was Annu (Hebrew "On", Greek "Heliopolis", modern-day "Cairo")”. Annu é uma óbvia homofonia do deus do céu sumério An/Anu resultante de importação missionária neolítica por via cretense ou de colonização semita durante as emigrações dos Hicsos. Que de An se tenha chegado ao Hebreu On só reforça a ideia de que foi deste antiquíssimo nome de Deus que derivou o OM, o som mais sagrado dos Hidus, semente de todas as mantras (< Ama + An + Kaur) ou orações. Mas, que o nome desta cidade seja hoge Cairo< Kauro levanta a suspeita de que o verdadeiro nome da cidade (ou do seu deus principal) tenha sido Kauran. O facto de serem vários os epónimos de Hórus que podem ser considerados como origem do nome do Deus grego Hércules só prova que todos eles tiveram a mesma origem. |
A aparente origem compósita pode ser mesmo aparencia resultado de deficiente tradução da época vitoriana como a investigação moderna parece admitir.
Ver: HORUS O HERCULES DO EGIPTO
GENEALOGIA DOS DEUSES EGÍPSIOS por Amom (Tebano) | ||||||
1º ger. => | Thoth + Maat | |||||
2º ger. => | Amom + Amenet | Heq + Heqet | Nun + Naunet | Kau + Kauket | ||
3º ger. => | Khons |
| ||||
Figura 8: Triade tebana, Khonsu, Mut e Amon. Mut (Golden Dawn, Auramooth) -The wife of Amen in Theban tradition; the word mut in Egyptian means "mother", and she was the mother of Khonsu, the moon god, seems to have been the Egyptian equivalent of the "Great Mother" archetype. The Ogdoad was a group of eight deities whom the priest at Hermopolis Magna, the principal cult of Thoth, associated with the creation myth. The Ogdoad comprised of four frog-gods and four snake-goddesses, paired and symbolizing aspects of the chaos before creation. |
| |||||
These eight deities brought into being the original Primeval Mound on which the egg of the sun-god was placed.
AMON
Esta etimologia teológica é seguramente muito mais obscura ainda que a que veio de Menfis. No entanto é inevitavel não ouvir no nome de Amom ressonâncias sumérias. Amom < Amen > Anen < Anan, óbvia redundância enfática do nome do deus do céu sumério, An ou um plural magestático do tipo do nome do deus judeu Eloim e que seria um tique da escola tebaica visto ser recorrente nos deuses que se seguem:
Heq/Heqet < Kiki-at do deus sumério da terra;
Nun (Anun < Anan)/Naunet < Anu/Inanna/Annet;
Kau®/Kauket < Kaur.
= AMON < Amen, Amun, Ammon, Amoun < *Ama Anu, lit. “o senhor (macho dominande) da (Deus) Mãe”!
“Amen was self-created, according to later traditions; according to the older Theban traditions, Amen was created by Thoth as one of the eight primordial deities of creation (Amen, Amenet, Heq, Heqet, Nun, Naunet, Kau, Kauket).
Symbols: ram, goose, bull. Cult Center: Thebes, Hermopolis.
Khons (Chons) - The third member (with his parents Amen and Mut) of the great triad of Thebes. Khons was the god of the moon. The best-known story about him tells of him playing the ancient game senet ("passage") against Thoth, and wagering a portion of his light. Thoth won, and because of losing some of his light, Khons cannot show his whole glory for the entire month, but must wax and wane.[7]” Khons (< Chons) > Cron. O ser este deus egípsio lunar torna-o de facto num deus infernal e, por isso, numa nítida epifania étmica do deus grego Crono e do Centauro Quiron que com eles terá a mesma etimologia a partir da Kaur. O jogo senet = «passagem» estaria relacionado com os ritos de passagem a que Quiron também estava ligado na Grécia clássica. |
[1] WALK LIKE AN EGYPTIAN A Modern Guide to The Religion and Philosophy of Ancient Egypt by Ramona Louise Wheeler
[2] From The Alpha and the Omega - Volume I, Chapter Four, with Volume III updates,by Jim A. Cornwell, Copyright © 1995, all rights reserved, "Scorpion – at 3200 B.C. and Sargon the Great and Ka-Ap in Egypt".
[3] WALK LIKE AN EGYPTIAN A Modern Guide to The Religion and Philosophy of Ancient Egypt by Ramona Louise Wheeler
[4] (< Gr. Anaxareth < Fen. Ana Astart, a deusa semita Astoreth)
[5] De facto, Ruha > Ruca, alcunha dum colega meu de escola > Raca, das fórmulas encantatórias usadas por Jesus na cura do cego.
[6] "F. A. Q. and Information about Egyptian Mythology", 8 May 1994 revision, by Shawn C. Knight."
[7] "F. A. Q. and Information about Egyptian Mythology", 8 May 1994 revision, by Shawn C. Knight."
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