Figura 1: Marduque
ao lado do seu dragão totémico recamado de escudos, possivelmente
oferendas de troféus de guerra! O sopé da figura é um óbvio mar
primordial sobre o qual emerge vitorioso da guerra com sua avó Tiamat!
En -1894, un prince amorite Sumu-Abum profite de l’anarchie et s’installe dans un bourg sans importance politique "Babilim" nom akkadien qui signifie "la porte du dieu" (et qui se dit en grec "Babylon") alors pour ne pas attirer l’attention des grands, il maintient le culte du petit dieu local, une divinité secondaire de la famille d’Enki, nommée Marduk (ou Amar Utu) humble serviteur du dieu soleil Shamash protecteur de Sippar. Marduk allait bientôt remplacer le grand dieu Enlil et devenir le dieu du pouvoir, de la guerre, du sexe et de la domination ![1]
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Marduk (Sumerian spelling in Akkadian: AMAR. UTU "solar calf"; perhaps from MERI.DUG; Biblical Hebrew Merodach; Greek Mardochaios)
According
to The Encyclopedia of Religion, the name Marduk was probably
pronounced Marutuk. The etymology of the name Marduk is conjectured as
derived from amar-Utu ("bull calf of the sun god Utu").
Amaru [FLOOD] (100x: Lagash II, Ur III, Old Babylonian) wr. a-ma-ru; a-ma-ru12; e-ma-ru "flood; emergency".
Amar
[YOUNG] (2771x: ED IIIa, ED IIIb, Old Akkadian, Lagash II, Ur III,
Early Old Babylonian, Old Babylonian, 1st millennium) wr. amar "calf;
young, youngster, chick; son, descendant" Akk. būru; māru.
Amarga [CALF] (5x: Old Akkadian, Ur III) wr. amar-ga "suckling calf".
Amurru
= Oeste > Amurrita. <= martu [WESTERNER] (2454x: ED IIIb, Old
Akkadian, Ur III, Early Old Babylonian, Old Babylonian) wr. mar-tu
"westerner; west wind" Akk. Amurru.
Marduk = Amar Uto < *Ama-Ur-Kiku < Maruk(i)ka.
*Murkitu > Marthiku > (Hid.) Marthu–Ki > Marutuk > Marduk.
Marthihu > Martish > Martis > «Marte» > Mar-tu > Amurru.
Existem autores que referem que Marduk significava:
"Bull-calf of the sun" and / or "son of Duku" –– Mesopotamian Mythology.
Então seria uma variante de Hermes.
Marduk < Mar-Duko < Marukka > Ma-Ur Kiko => Hermes.
Durmah < Thurmash < Kurmash > Turmes > Hermes
Quer dizer que se não fora a perversão político ideológica que a chefia do império babilónico introduziu na mitologia de Marduque, seria este, e não Enki, o deus paralelo de Hermes, tal como parece confirmar-se pelo arcaísmo do epíteto 40: Lugal-Durmah.
Um bezerro do sol na forma de dragão era seguramente um filho de Enki = Duko < Kauko < Kiko ou Kako. Porém, o deus que tinha o touro como totem era Adad/Iscur, deus das tempestades.
Na verdade o seu animal totémico era o Dragão pois que o deus que tinha o touro como totem era Adad/Iscur, deus das tempestades. Na realidade, Marduk (< Mart(e) uk) era um deus marcial que, só por ter conquistado o primeiro grande império da civilização para a Babilónia, é que suplantou Enlil na chefia do panteão mesopotâmico.
Um dos nomes epítetos de Marduk era Asharu > Sharuan > Kauran que deve derivar de Kar / Kur / Kaur.
Interessantes são, no entanto, as diferentes derivações possíveis a
partir da ladainha de nomes litúrgicos com que os sacerdotes babilónios
se engrandeciam com a multiplicidade de teónimos acumulados pelo império
Babilónico em torno de Marduk!
Marduk had them create Babylon building the Esagalia temple and a high ziggurat. Anshar gave him many new names: 1. Asarluhi, 2. Marduk, 3. The Son, The Majesty of the Gods, 4. Marukka, 5. Mershakushu, 6. Lugal-dimmer-ankia (King of heaven and earth), 7. Bel, 8. Nari-lugal-dimmer-ankia, 9. Asarluhi, (repetido no 1?) 10. Namtila, 11. Namru, 12. Asare, 13. Asar-alim, 14. Asar-alim-nuna, 15. Tutu, 16. Zi-ukkina, 17. Ziku, 18. Agaku, 19. Shazu, 20. Zisi, 21. Suhrim, 22. Suhgurim, 23. Zahrim, 24. Zahgurim, 25. Enbilulu, 26. Epadun, 27. Gugal, 28. Hegal, 29. Sirsir, 30. Malah,
31. Gil, 32. Gilima, 33. Agilima, 34. Zulum, 35. Mummu, 36. Zulum-ummu,
37. Gizh-numun-ab, 38. Lugal-ab-dubur, 39. Pagal-guena, 40. Lugal-Durmah, 41. Aranuna, 42. Dumu-duku, 43. Lugal-duku, 44. Lugal-shuanna, 45. Iruga, 46. Irqingu, 47. Kinma, 48. Kinma, 49. E-sizkur, 50. Addu, 51. Asharu, 52. Neberu, 53. Enkukur.
1. Asarluhi, < A(n)shar-Luki, Lit. «homem da terra (Luki) de Anshar ???»! Do epíteto Luki teria surgido Loxias, epíteto de Apolo o nome do deus celta Lugo.
2. Marduk, < Marthuk < *Mar-Kuka >
4. Marukka, «The Son, The Majesty of the Gods > *Mar-Kuka + Ki > *Mar kikus >
5. Mershakushu. Deste modo, *Mar-Kuka seria o nome virtual de transição para Marte.
Ver: DEUSES DO FOGO I (***)
6. Lugal-dimmer-ankia = "King of heaven and earth". Bom,
pode bem ser que se trate duma invocação de que se possa supor uma
tradução literal deste tipo mas, para ser assim, bastaria Lugal-ankia. Quanto a mim, é quase certo que a expressão «Lugal-dimmer» seria uma expressão majestática em acádico relativa ao príncipe herdeiro o que, neste caso, faria de Lugal-dimmer-ankia uma referência encoberta do nome de Enki, suposto pai de Marduk.
7. Bel, de que o deus celta Belenus (< Bel-Anu) seria oriundo, nada tem de surpreendente a não a revelação de que o aparecimento de El/Al, para evolução de Abel < Aba-El > Ba El > Baal > Bel, foi manifestamente precoce, ainda do período babilónico.
8. Nari-lugal-dimmer–ankia reporta-nos para o nº 6 (tal como 9. Asarluhi, para o nº 1?) e indicia-nos um teónimo Nari (< Anuru, lit. «guerreiro do céu»!) de que terá derivado > Urano e o nome latino Nério, que era, nem de propósito, esposa de Marte, ou seja uma prova de que este deus latino seria um equivalente evolutivo de Marduque!
Ver VÉNUS/NÉRIO (***)
10. Namtila e 11. Namru, indiciam nomes compostos a partir de Nam- (< An Ma, < Ana-ama, literalmente «a mãe do céu»?) como em Nammu.
Nammu: Sumerian birth-goddess mother of Ea, associated with fresh water. Goddess of the sea who created heavens and earth.
Ver: NAM-MU & INANA (***)
Namtila < Nam-Tyra lit. «o vitelo-neto de Nammu?» < Nam-Kur(a) o que prova que esta variante de Kur já era comum no período babilónico.
Namru < Mam Uru lit. «o guerreiro-neto de Nammu?»
12. Asare, 13. Asar-alim, => 14. Asar-alim-nuna, são de novo uma homenagem a Anshar, pai dos deuses, os Alim (< El im > eloim) ou (a)nuna(ki).
15. Tutu,
só pode ser uma fórmula muito arcaica infantil e carinhosa de dar nome
ao «deus menino» o deus do divino «tutu» (= «cu» de criança em língua
lusa!)
16. Zi-ukkina, < Ziku + *Kina
17. Ziku < Kiku
18. Agaku < Há-Kaku Ka-kaku < *Kakiku, seguramente um arcaico nome para o deus menino filho do deus Caco, o deus do fogo primordial.
19. Shazu, < Ash-Zu, lit. «filho de Zu, uma das forma de Enki enquanto pássaro do divino Espírito Santo < *Kaki-ku[2].
20. Zisi < Zu-shi < Ish-Zu < Ash-Zu.
21. Suhrim < Ku kur im) = 22. Suhgurim, =>
23. Zahrim, (Ka Kur im) =
24. Zahgurim <= Ki-kur > Sakar.
25. Enbilulu, = Enki
lulu, homens, humana criação de Enki? Muito mais seguramente estamos
perante uma variante arcaica do nome de Apolo. como Enki foi Apzu então Enbilulu = Apzullu < Apkallu > Aphallo > Apollo!
26. Epadun, < Epatan < Apat An, pai do céu! => Hebat dos hititas?
27. Gugal,
28. Hegal, (< Kigal, rei da terra)
29. Sirsir, (< Kur-kur => Hercules)
30. Malah, < Marak < Marduk => Molok
31. Gil, 32. Gilima, 33. Agilima, ( Enki Ur im) => Kurum > 34. Zulum, => Karum.
35. Mummu, o grande «mamão? Neto de Mammu?
36. Zulum-ummu, 37. Gizh-numun-ab, 38. Lugal-ab-dubur,
39. Pagal-guena, 40. Lugal-Durmah,
41. Aranuna, < Haranuna < Ka(u)ran
42. Dumu-duku, (< Dumu = «damo», masculino de dama? Duku < Thuku < Kuku) 43. Lugal-duku, 44. Lugal-shuanna, < Ku Anna.
Se Ku
= «cu» e se foi tido como o equivalente masculino de «cona» (e se de
facto o não o foi sempre foi-o virtualmente na maledicência comum) então
<= Ku-Anna, lit, marido da deusa Anna.
45. Iruga, (Uruka < Kaur) 46. Irqingu, (Urkianku < Kaur Enkio)
47. Kinma, 48. Kinma, (ver E- 16)
49. E-sizkur = da casa de Kiz-Kur, filho de Kikur => Iskur???
50. Addu => Addad
51. Asharu < *Askaru (> «ácaro) < Sakaru > Sakar!
52. Neberu (< *Nepher) < Ampheru (> «Amper») < An-Kur , Sr. dos infernos.
53. Enkukur. < Enki Kur, deus do céu, da terra e dos infernos!
Esta lista de teónimos e epítetos sumptuários e pomposos do deus Marduque exemplifica
à saciedade o papel político e social, que a semântica litúrgica tinha
nas épocas antigas. Ao mesmo tempo, este repertório do tesouro de nomes
de deuses usurpados a outros povos e cidades pelo império babilónio
revela uma das fontes da teonomia politeísta. Variantes linguísticas do
mesmo nome de Deus ao lado de uma ladainha sumptuária de epítetos e
eufemismos poderiam com o tempo, resultar numa corte de deuses de que
derivaria espontânea, intuitiva e naturalmente uma rica ladainha de
teónimos e, destes, um vasto vocabulário teológico e metafísicos pronto a
ser utilizado pela filosofia e pela ciência emergente.
Marduk (< Mart(h)e uk) era um deus marcial que, só por ter conquistado o primeiro grande império da civilização para a Babilónia, é que suplantou Enlil na chefia do panteão mesopotâmico. Em contrapartida, o lugar do deus do humanismo cultura e da sabedoria de vida que foi o Divino Espírito Santo
esteve sempre presente no coração da humanidade, ainda que na forma
abstracta duma pomba mística e quase que relegado para a posição de
terceira pessoa da Santíssima Trindade.
Ushmu, Usmu, Ismud: Sumerian god, two-faced vizier of Absu. Perhaps known in Akkadian as Muhra (< Makura[3]).
Um deus, tão poderoso e tão popular como foi Enki, deve ter tido múltiplos epítetos! Porém, são pouco conhecidos os epítetos de Enki para além de Abzu, Ea e Nussiku, Kur e Nergal, quiçá porque, por
ser suficientemente universal, era facilmente reconhecido em todo o
lado pelo mesmo nome e não foram assim registados muitos mais. No entanto, Ismud deve ser um deles, tal e qual como o mesmo Muhra, sobretudo porque foi considerado tardiamente como seu vizir!
= Mu-ush > Sum. Muš = Serpente.
«-Ismo» < Usmu < Ush-Mu < Ishmut < Is-mud, o cervejeiro.
Muhra < Mu-Kur, lit. o “Mu” (de grande nomeada) das cavernas do Kur!
Figura 2: Dragon of Marduk.
604-562 B.C.; Mesopotamian, Neo-Babylonian Period; Ishtar Gate,
Babylon; Molded, glazed bricks; 1.2 x 1.7 m (45 1/2 x 65 3/4 in.);
Founders Society Purchase; 31.25.
Sumer. Mu name; fame; year; line (of writing).
Enki = Nudim-mud: nu, likeness, dim mud, make beer.
O
facto de ter dupla face só condiz com o facto de ser um deus da
duplicidade própria à sagacidade da prestidigitação mágica que deu fama a
Merlim e das trapaças que permitiram a Hermes ser deus dos comerciantes e ladrões e de todos simpáticos espertalhões do género!
O animal totémico de Marduque era o «dragão», tal como se comprova na figura anexa em tijolos esmaltados das portas de Istar na Babilónia, o «dragão» era um animal quimérico com características de serpente, leão, águia!
The Akkadian mušhuššu derives from the Sumerian muš-huš,
“fearsome serpent,” or “snake-dragon,” an apotropaic “companion of
certain gods and their ally against evil.” F.A.M. Wiggermann, Mušhuššu,
Reallexikon der Assyriologie (RLA), 1989, p. 456.
Akkad. Mushussu: "Red/furious snake" A dragon or composite monster. Symbol of Marduk. Previously read "sirrus."
Sumer: Muš snake, serpent. Huš fierce, furious, terrifying, terrible; fiery, red-yellow.
Sumer. Sir; Shi(r)ttu = cobra.
Mushussu < Sumer. muš-| huš < ku(r)-ush | < | Mu-ush < Ma-ush|
= a cobra, (a famosa) filho/a da mãe!!!
*Ki-ur-ush, selvagem, agreste, furiosa e terrível > Ker-(ti)-tu
> sirrus (> serrana) > Shi(r)-t(i)tu > Sir!
O elemento maligno só pode ser uma evolução do carácter leonino, tal como o de cuspidor de fogo
deriva do aspecto serpentino relativo às cobras cuspideiras. Ambos
estes animais são símbolos arquétipos da Deusa Mãe pelo que as asas da
águia só podem ser também uma homenagem à rapacidade da águia fêmea que
alimenta e protege os seus filhotes nas escarpas dos montes, que lhe são
dedicados enquanto Sr.ª da aurora! A águia deve ter sido um animal
totémico da deusa mãe muito antes de se ter tornado em Anzu e uma manifestação enquiana do Abzu de que derivou o tema da águia de Zeus! Ora, o carácter alado de Ishtar é recorrente e as representações arcaicas de Artemisa e, mais raramente, de Atena dos antigos gregos eram aladas. E aladas eram as cobras dos carros alegóricos das festas de Demetre.
The anatomical components that go to make up a dragon are highly varied; but the basic serpentine element
is so constant that one cannot help wondering if the various types do
not have a common ancestor in the remote past. Since dragons are
reptilian, their fire-breathing may have its origin in the venom of poisonous reptiles in the dragon “family tree.” The dragons of Europe and the Near East are usually malign, fire-breathing, and winged.
É
evidente que a metáfora do veneno das cascavéis e das víboras cornudas
poderia ser um suporte analógico de semântica aceitável para justificar o
mito do dragão. No entanto, este suporte deve ter sido muito
contingente e secundário, obviamente que facilmente implícito mas, mais
dedutível do que indutor, uma vez que a analogia metafórica decisiva
deve ter sido um fenómeno de vulcanismo comum no mar Egeu, muito mais
evidente e aterrador do que o veneno das áspides, ainda que bem menos
universal. A relação entre os vulcões e as cobras deve ter tido uma
origem semântica diversificada mas não deve ter andado longe dos
seguintes factores etiológicos:
O
«cone vulcânico» pode ser em si mesmo morfologicamente aparentado com a
cabeça duma cobra gigante (e secundariamente ter contribuído para a
criação do «mito do gigantismo» e dos Titãs).
Os
«rios de lava» que escorem serpenteando da caldeira de alguns vulcões
podem ser morfologicamente descritos como «cobras de fogo».
Os
vulcões antigos eram quase todos na zona do mar Egeu, relacionados
portanto com a talassocracia cretense que tinha por patrono Enki/*Pot, deus que por ser dos mares teria tido um peixe por animal totémico.
As cobras das esposas deste *Pot virtual, as Potinijas, tiveram uma importância tremenda nos cultos telúricos da Deusa Mãe dos cretenses.
As
chaminés de fumo vulcânico eram seguramente uma analogia fantástica das
fogueiras da deusa mãe que apareceriam como «colunas de fumo» durante o
dia e como «colunas de fogo» durante a noite tal qual como o Deus de
Moisés no Êxodo dos judeus!
Como se poderia ver no capítulo sobre o étimo *Ashma, existiu
uma incontornável relação do fumo com o espectro dos fantasmas e dos
espíritos com os seres voláteis de que, como se referiu já, a pomba do Espírito Santo teria sido um paradigma mítico duma mística tão poderosa que resistiu até aos nossos tempos
Ver KIMA/ASHMA (**)
Combinando
o fogo expelido pela «boca dos vulcões» com as «cobras de fogo» dos
seus rios de magma incandescente, os monstruosos peixes de Enki e o seu
fantástica pássaro Anzu com os cultos infernais e serpentinos dos
duplos pilares da Deusa Mãe dos montes da aurora, teremos semântica
quanto baste para criar o mito dos dragões.
Mas, Enki
sempre foi o «pai, o amante e o filho» amados da Deusa Mãe pelo que
todos os elementos que a esta lhe eram dedicados acabam por andar
relacionados com a mitologia de Enki. Assim, o «dragão» foi muitas vezes confundido com Dago, uma variante cerealífera do nome de Enki. Ora, o dragão faz parte da mesma geração dos monstros criados por Tiamat, mãe de Enki o senhor do Abzu, para guardar os extremos do mundo.
Ver: GIGANTOMAQUIA (***)
A verdade é que Enki era o mesmo que o Poseidon dos Atlantes, ou seja, o deus marítimo supremo dos cretenses, enquanto Marduque foi tido por filho deste, numa típica relação mítica El & Baal! Na verdade, quando se refere que Tiamat "gave Qingu the Tablet of Destinies to facilitate his command and attack" esta-se apenas a encobri a verdade de que Qingu era *Ki-Enki-u, literalmente o esposo da deusa mãe da terra, o tradicional detentor das tábuas das leis do destino. Ora, "another important Babylonian deity is sometimes represented as being human to the waist only, with a fish’s tail below. This is Ea, god of the waters".
Quando o mito de Tiamat fala do herói Lahmu está a falar no filho da deusa mãe, o divino e sábio Enki, que a tradição clássica identificou com Hermes, pelos vistos muito bem pois Lahmu < Rashmu < Urashm < *Kur-Ama-ash => Hermes. Dito de outro modo, este deus da magia e dos disfraces, seria o responsável por todos os monstros antigos pelo que o guerreiro Lahmu seria ele próprio!
Ver: GÉMEOS / LAHMU & LAHAMU (***)
DRAGÃO PERSA
Zahhak is an evil figure in Iranian mythology, evident in ancient Iranian folklore as Aži Dahāka,
the name by which he also appears in the texts of the Avesta. In Middle
Persian he is called Dahāg or Bēvar-Asp, the latter meaning “[he who
has] 10,000 horses”. Within Zoroastrianism, Zahhak (going under the name
Aži Dahāka) is considered the son of Angra Mainyu, the foe of Ahura Mazda.
Figura 3:Illustration
of Timurid Soldiers, 1430. Zahhak is nailed to the walls of a cave in
Mount Damavand, from the Shahnama of Bayasanghor (grandson of Timur).
Aži (nominative ažiš) is the Avestan word for “serpent” or “dragon.” It is cognate to the Vedic Sanskrit word ahi, “snake,” and without a sinister implication. Azi and Ahi are distantly related to Greek ophis, Latin anguis, Russian and Old Church Slavonic уж (UZ grass-snake), all meaning “snake”.
Prot. *Ki-ur-ush > Kush < Ka-kiki > Kaki.
Sum. Kaka < Sum. Kakika < Kaki > Lat. Cacu(s).
Uz < Aži < ahi < Haki < Kaki > Hauphi > Grec. Ophis.
Sumerian god Kak(i)-ka, Minister to Anu and Anšar. => Kaka, Gaga: messenger of Anchar.
De
facto se repararmos na descrição que Virgílio fez de Caco, damos conta
de que este era um Titan, logo deveria ter membros de serpente, e
expirava o fogo de seu pai Vulcano e era por isso um autêntico dragão!
Virgílio,
Eneida 8. 195 ff (trans Day-Lewis.) (épico romano 1º sec. aC): "[Rei
Evandro do Lácio conta a Eeneas a história de Hércules e Caco:]. (…)
Veja a ampla dispersão dos pedregulhos! Como fica desolado morar na
montanha, com os rochedos que derrubaram detritos gigantescos. Em tempos
houve ali uma caverna, no recesso profundo da encosta do monte,
impermeável aos raios do sol; O seu ocupante era um semi-humano,
criatura horrível, Caco. O seu solo era seu chão estava sempre quente
com sangue recém-derramado pregado à suas portas insolentes você poderia
ver as cabeça dos homens que ele degolou, seus rostos pálidos,
medonhos, decadentes. Este Ogro era o filho de Vulcano [Hefesto]; quando
se movia como massivo Titan ele expirava chamas mortais de seu pai.[4]
A descrição que os persas nos fazem do mito de Zahhak não é muito mais clara da que nos fez Virgílio de Caco.
Na descrição pictográfica dos persas as cobras aparecem em volta da cabeça e o aspecto compassivo de Zahhak parece mistura a crucificação de Cristo com o mito de Ixião. Seguramente que à primeira vista o dragão persa Zahhak já quase nada tinha de draconiano.
O
filho do diabo Ahriman, o homem serpente do mal Zahhak, matou Jamshid e
tornou-se o novo rei. Ahriman beijou os ombros de Zahhāk e dos seus
ombros, cresceram duas cobras. Zahhak bem tentou cortar as cobras, mas
elas voltavam a crecer como excrescências malditas. As cobras deviam ser
alimentadas com miolos frescos de crianças todos os dias. Assim, Zahhak
cumpria as solicitações das cobras com medo de ser morto por elas. Isto
levou à revolta do ferreiro Kaveh que se recusou a sacrificar o
seu último filho. Kaveh começou a revolta e fez uma bandeira de seu
avental de couro, colocando-o em cima da ponta de uma lança. Com a ajuda
do povo e dum príncipe chamado Fereydun que se tornou rei, eles
capturaram Zahhak e acorrentou no monte Damavand no norte do Irã, o
vulcão mais alto em toda a Ásia e o pico mais alto no Oriente Médio[5]. – Retirado de Shahnameh – The Epic.
De
qualquer dos modos o mito Persa confirma a natureza vulcânica deste
monstro que ficou acorrentado no vulcão mais alto da Ásia e revela
outros aspectos que Virgílio já não sabia: Havia mesmo duas serpentes no
monstro ainda que deslocadas do pés para os ombros e a ele eram feitos
sacrifícios de cérebros de crianças levantando-nos a suspeita de que na
civilização Egeia se faziam sacrifícios humanos aos deuses dos vulcões
que eram afinal os dragões deste mundo!
Zahhak < Až(i-Da)hāka < Aži | Dahāka < Mid. Pers. D®ahāg
< Ter (besta) Kako.
Bēvar-Asp, lit. áspide Bēvar < Dekar < Te-Kur > Dreka > Grec. Drako.
DRAGÃO CHINÊS
The
Celestial Chinese Dragon is comparable as the symbol of the Chinese
race itself. Chinese around the world, proudly proclaim themselves "Lung
Tik Chuan Ren" (Descendents of the Dragon).
Chin. Lung = Viet. Long < Ronk < Raunki < Uranki => Kiuran, lit. “o guerreiro de sua mãe, a terra”, senhor dos «longos» «roncos» atmosféricos, Enki, o deus da sabedoria e dos oceanos, deus dos marinheiros e comerciantes, senhor da cornucópia e da fortuna!
Dragons are referred to as the divine mythical creature that brings with it ultimate abundance, prosperity and good fortune.
As
the emblem of the Emperor and the Imperial command, the legend of the
Chinese Dragon permeates the ancient Chinese civilization and shaped
their culture until today. Its benevolence signifies greatness, goodness and blessings. The Chinese Dragon, or Lung , symbolizes power and excellence,
valiancy and boldness, heroism and perseverance, nobility and divinity.
A dragon overcomes obstacles until success is his. He is energetic,
decisive, optimistic, intelligent and ambitious.
Unlike the the negative energies associated with Western Dragons, most Eastern Dragons are beautiful, friendly, and wise.
They are the angels of the Orient. Instead of being hated, they are
loved and worshipped. Temples and shrines have been built to honor them,
for they control the rain, rivers, lakes, and seas. Many Chinese
cities have pagodas where people used to burn incense and pray to
dragons. The Black Dragon Pool Chapel, near Peking, was reserved for the
Empress and her court.
Figura 4: Emperor KanXi of Ching Dynasty. This is his favorite location to pose for a portrait. Peking Museum, Beijing.
Além de confirmar o dragão como emblema racico esta
pintura exemplifica o impasse cultural a que tinha chegado a cultura
arcaica na refinada cultura imperial oriental. Embora quase moderna no
requinte a que tinha chegado no máximo refinamento de todas as
potencialidades da cultura antiga, esta imagem revela que esta cultura
era ainda suficientemente atávica para não conseguir superar os
preconceitos míticos que a impediam de conquistar a plenitude duma
correcta «perspectiva» do mundo.
|
Na
verdade, ainda que as «leis da perspectiva» já transpareçam como
intuitivas neste quadro ela encontra-se espantosamente invertida o que
só pode resultar do princípio ideológico de que as coisas diminuíam a
partir do centro da figura mítica do poder imperial.
Special
worship services took place there on the first and fifteenth of every
month. Dragon shrines and altars can still be seen in many parts of the
Far East. They are usually along seashores and riverbanks, because most
Eastern Dragons live in water. The Isle of the Temple, in Japan’s Inland
Sea, has become a famous stopover for pilgrims who meditate and pray to
dragons. Both male and female dragons have mated with humans. Their
descendants became great rulers. The Japanese Emperor Hirohito traced
his ancestry back 125 generations to Princess Fruitful Jewel, daughter
of a Dragon King of the Sea. (…)
O
dragão oriental parece ser uma comprovação mitológica de que a
civilização antiga derivou do mesmo centro cultural comum que teria sido
uma arcaica civilização de povos marinheiros adoradores do mesmo deus
serpentino dos mares, Enki e o seu filho dragão!
Dragons
are so wise that they have been royal advisors. A thirteenth-century
Cambodian king spent his nights in a golden tower, where he consulted
with the real ruler of the land a nine-headed dragon. Eastern Dragons
are vain, even though they are wise. They are insulted when a ruler
doesn’t follow their advice, or when people don’t honor their
importance. Then, by thrashing about, dragons either stop making rain
and cause water shortages, or they breathe black clouds that bring
storms and floods. Small dragons do minor mischief, such as making roofs
leak, or causing rice to be sticky. People set off firecrackers and
carry immense paper dragons in special parades. They also race
dragon-shaped boats in water all to please and appease their dragons.
The
Dragon brings upon the essence of life, in the form of its celestial
breath, known to many as sheng chi. He yields life and bestows its power
in the form of the seasons, bringing water from rain, warmth from the
sunshine, wind from the seas and soil from the earth. The Dragon is the ultimate representation of the forces of Mother Nature. The greatest divine force on Earth. (…).
Figura 5: Dragões do Parque Beihai,
a noroeste da Cidade Proibida em Pequim. Esta imagem kitsh do «dragão
chinês» tem o mérito de conseguir resumir a essência de toda a mitologia
mais arcaica dos dragões. Na verdade eles seriam um par de gémeos
guardiães da montanha cósmica da aurora original de que se formou o
mundo, ou seja, os equivalentes dos Aker egípcios, dos gémeos maias e de todas as figuras quiméricas e leonina da Deusa Terra-Mãe!
Formalmente eles mais não seriam do que a mítica imagem metafórica das
terríficas figuras serpentinas dos raios e relâmpagos celestes e, por
ventura, dos cometas e estrelas cadentes! No caso presente a imagem
gravada na memória colectiva do povo chinês parece revelar a
reminiscência da destruição catastrófica da Atlântida por um gigantesco
megálito celeste causador dum gigantesco dilúvio universal!
De
qualquer modo o formalismo destes dragões chineses não parece
afastar-se muito do que seria possível inferir dos dragões acádicos de
Marduque.
«Suástica» < Chu-ast, lit. «o fogo (= ast) draconiano de Chu
(> Shiwa), o deus atmosférico da guerra!
The colors of Chinese dragons are evidently quite variable, but in the case of the chiao type its back is striped with green, its sides are yellow, and it is crimson underneath. The nine major characteristics of a lung type
dragon include a head like a camel’s, horns like a deer’s, eyes like a
hare’s, ears like a bull’s, a neck like an iguana’s, a belly like a
frog’s, scales like a carp’s, paws like a tiger’s, and claws like an
eagle’s. It has a pair of large canine teeth in its upper jaw The long,
tendril-like whiskers extending from either side of its mouth are
probably used for feeling its way along the bottom of muddy ponds. In
color it varies from greenish to golden, with a series of alternating
short and long spines extending down the back and along the tail, where
they become longer. One specimen had wings at its side, and walked on
top of the water. Another tossed its mane back and forth making noises
that sounded like a flute.
Figura 6:
Esta imagem, bem mais clássica, dos «dragões chineses» repetem e
confirmam a mitologia cosmológica da imagem anterior embora pareça neste
caso transparecer uma variante de esfíngicos guardiães da «árvore do
paraíso»! Por outro lado parece inferir-se que, afinal, a «suástica»,
que se sabia ser uma evolução estilística das «gregas», enquanto frisos
decorativos serpentinos de tradição muito arcaica, seriam também uma
espécie de ideograma universal do dragão.
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Cow-heads
are also common. A ten-footer, found lying on the banks of China’s
Yangtze River, was different from most because of its long, thick
eyebrows. A Yellow River variety, seen on shore in the 1920s by a
Chinese teacher, was bright blue, and as big as five cows. Both dragons
crawled into the water as soon as it started to rain.
A
few dragons begin life as fish. Carp, who successfully jump rapids and
leap over waterfalls, change into fish-dragons. A popular saying, "The
carp has leaped through the dragon’s gate," means success, especially
for students who have passed their exams.
Male
dragons sometimes mate with other kinds of animals. A dragon fathers an
elephant when he mates with a pig, and he sires a racehorse, after
mating with a mare. — Crystalinks was created in August 1995, Created and designed by Ellie Crystal, Copyright 2000
DRAGÃO MAIA
O dragão ameríndio era a deusa Cipatli
que os maias relacionaram com a via láctea porque esta lhe parecia ser
um gigantesco animal quimérico, meio crocodilo e meio cobra.
Na mitologia asteca, Cipactli é a deusa da astrologia e do calendário, o qual inventou junto com seu marido Oxomoco.
Era
una voraz, primitiva y monstruosa criatura marina, mitad cocodrilo y
mitad pez. Estaba siempre hambrienta y en cada junta que unía sus 18
cuerpos había una boca adornándola.
Esta deusa Tinha equivalências monstruosas na egípcia Taveret e em Tiamat que os caldeus consideravam a mãe de todos os dragões.
Ver: TLALTECUHTLI A “RAINHA DA NOITE” DOS AZETECAS (…)
[2] > «Chacho», um apelido ou alcunha que existia na minha aldeia natal!
[3]> Makula > «mágua de má cara»!
[4] Virgil,
Aeneid 8. 195 ff (trans. Day-Lewis) (Roman epic C1st B.C.): "[King
Evander of Latium tells Aeneas the story of Heracles and Cacus:] (…) See
the wide scatter of boulders! How desolate stands the mountain abode,
with the crags that have toppled down, gigantic debris! Once a cavern
there, deeply recessed in the hill-side, impervious to the sun’s rays;
its occupant was a half-human, horrible creature, Cacus; its floor was
for ever warm with new-spilt blood, and nailed to its insolent doors you
could see men’s heads hung up, their faces pallid, ghastly, decaying.
This ogre was the son of Vulcanus [Hephaistos]; as he moved in titan
bulk, he breathed out his father’s deadly flame.
[5]
Zahhak therefore fulfilled their requests in fear of being killed by
the snakes. This led to the uprising of the blacksmith Kaveh who refused
to sacrifice his last son. Kaveh started the uprising and made a banner
out of his leather apron by putting it on top of a spearhead. With the
help of the people and a prince named Fereydun who eventually became
king, they captured Zahhak and chained him to mount Damavand in northern
Iran, the highest volcano in all of Asia and the highest peak in the
Middle East. There are stories about king Fereydun and his three sons
Salm, Tur and the youngest Iraj. They inherited the three corners of the
world after their father died and Iraj inherited the empire of Persia.
This resulted in jealousy of the two older brothers towards their
younger brother Iraj and stories about epic wars between the brothers
are told. Iraj was killed by Tur and Iraj’s grandson Manuchehr became
the king of Persia to avenge his grandfather’s death.
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