domingo, 8 de setembro de 2013

HETERÓNIMOS DE ATENA III - PALADIUM, por arturjotaef.

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Figura 1: Diomedes with the Palladium approaches an altar on which a fire burns. Diomedes Painter (c. 380 BCE)

Palladion = A small wooden figure of Pallas-Athene, which was supposed to have fallen from heaven to land on the citadel of Troy, and was carried thereafter to Greece, and then to Rome. The possession of the Palladium was supposed to ensure the safety and prosperity of the city that held it, and for this reason there was outcry and horror when Diomedes and Odysseus stole the figure from the city of Troy, and indeed shortly afterwards the city fell to the Greek forces.

É obvio que estamos em presença de uma mera reminiscência do mito minóico transferido para o enquadramento da guerra de Tróia, típica dum estudante que decorou mal a lição e se pôs a divagar. É possível que Pallas fosse adorada em Tróia, onde imperava a cultura hitita, que se sabe ter tido ligações com a tradição minóica, mas, na variante Tellus (> Tella > Terra) de deusa Terra Mãe, com o nome a tradução latina refere.

According to the unanimous testimony of the Greeks themselves, the palladium was an image of the goddess as warrior (the word palladium is the diminutive of Pallas) said to have fallen from heaven as a meteor-like object. Palladia formed sacred objects in various ancient cities, their presence allegedly vouchsafing the security of the city, as in the famous legend surrounding Troy. (...) What is implicit in the Greek legend of the fall of the sacred image of Athena is here made explicit: it is the goddess herself who falls from the sky as a comet-like object.

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Figura 2: Representação romana do paladium na forma de Atena taurina.

 

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Nor is Astarte the only goddess about whom such traditions are preserved. On the other side of the Atlantic the Iroquois reported that the goddess Nokomis the famed grandmother of Hiawatha likewise fell from heaven as a comet.

Figura 3: Moeda romana em que Vesta, a deusa do fogo sagrado, é representada segurando o paladium.

No-komis < Nau | < Anu-| Kom-ish > Komet, lit. “Srª. do cometa” | < Ka-Kima-ish.

Hia-watha < Kia-Katha ó *Kaphiat ó Hekat ó Vesta.

(...) The fall of the goddess from heaven, in fact, is a widespread mythological motive. In Mesoamerica, for example, it was reported that Xochiquetzal - the Aztec Aphrodite - was expelled from heaven and fell to earth in demon-like form.

The Phrygians, similarly, related the fall of Semele. In India it was the fall of Durga/Kali that occurred under cataclysmic circumstances.

 

Ver: TANIT (***) & XOANA, AS ARCAICAS IMAGENS ANICÓNICAS DA DEUSA MÃE (***)

 

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Figura 4: Ajax violando a sacerdotisa Cassandra diante do Palladion, que era, afinal, uma estátua de madeira, bem explicitamente de Atena!

(...) Athena's appearance as a comet-like body, moreover, is inherent in the imagery of the goddess as warrior. Consider Athena's debut epiphany in the Iliad:

Like a blazing star which the lord of heaven shoots forth, bright and scattering sparks all around,

to be a portent for sailors or for some great army of men, so Pallas Athena shot down to earth and leapt into the throng.

Tratando-se duma figurinha de madeira é bem provável que estejamos perante a representação ritual do «pau de fogo», o «falo» de madeira de Ashera e dos cultos ígneos de Anat com os quais que Atenas se teria outrora relacionado e de que guardava a memória no culto da oliveira.

 

ÉGIDE DE ATENA

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Figura 1: Atena e Hermes, «juízes dos mortos», presentes no combate de morte entre Aquiles & Heitor, presidem à eterna luta entre os «bons e os maus», porque são promessas seguras de almas valorosas no outro mundo. Que Hermes era um deus infernal já o sabíamos pelo seu epíteto de Hermes Psicopompo. Nesta cena dum vaso grego do pintor Andokides do museu do Luvre, Atena, ***

Como se verá noutros pontos deste estudo a deusa Atena seria uma reformulação micénica desta antiquíssima Deusa Mãe cretense, onde o culto à Deusa Mãe e senhora das cobras era hegemónico. A égide usada por Zeus passava por ser a pele da divina cabra Amalteia, que o amamentou. A verdade é que tal suposição parece ter-se apoiar numa má tradução de Homero. Pelo menos Heródoto tem outra opinião mais racionalizada, o que não deixa de ser, por isso mesmo, um tanto suspeita de ingenuidade extemporânea. Mas há tradições diferentes em torno da égide de Atena.

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Figura 3: Palas Atena com o Aegis ao pescoço, o seu típico e simbólico colar da cabeça da Medusa.

Amalteia < Amar- | < Harma-Theia < Kar-Ama-Kekiha, => a deusa Artemisa|

A deusa matara o monstro Ágis, filho da Terra, que vomitava chamas com uma fumaça negra e espessa.

CLXXXIX. It would seem that the robe and aegis of the images of Athena were copied by the Greeks from the Libyan women; for except that Libyan women dress in leather, and that the tassels of their goatskin cloaks are not snakes but thongs of hide, in everything else their equipment is the same. And in fact, the very name betrays that the attire of the statues of Pallas has come from Libya; for Libyan women wear the hairless tasselled “aegea” over their dress, colored with madder, and the Greeks have changed the name of these aegeae into their “aegides.” Furthermore, in my opinion the ceremonial chant first originated in Libya: for the women of that country chant very tunefully. And it is from the Libyans that the Greeks have learned to drive four-horse chariots. Herodotus, The Histories (ed. A. D. Godley)

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Figura 2: Égide de Atena. Esta Atena arcaica ainda conserva as cobras dos caracóis dos cabelos das gorgonias cretenses.

Atena, depois de o ter derrubado, trespassou-o com a lança e da sua pele fez uma couraça, sobre a qual colocou posteriormente a cabeça de Gorgona que usava como troféu.

Não é muito claro que o monstro Agis seja aquilo que não pode ter sido de forma tão apocalíptica!

Evidentemente que o fenómeno apocalíptico descrito como mostro que desolou, a princípio, a Frígia, em seguida o monte Cáucaso, cujas florestas queimou até a Índia. Depois foi incendiar o monte Líbano e devastou sucessivamente o Egito e a Líbia.

Ágis < Ha-Kis ó Caco, o filho de Deus, «o fogo» telúrico e vulcânico primordial! ó Palas Atena ó Pall-Agis > «Pelágicos», lit. “os filhos de deus do fogo” tal como teria sido adorado pelos cretenses nos cultos telúricos das sacerdotisas da Deusa mãe das cobras!

O mar Egeu, dominado pelo farol natural que seria o monte Ágis, derivaria assim o seu nome, não como se supões a uma cabra, mas a este vulcão que veio a destruir a civilização cretense.

Este mito parece esconder os terríveis acontecimentos que marcaram o fim do império minóico com a destruição da ilha de Terá. Agis seria então o nome do vulcão de Santorini e deve corresponder à mesma catástrofe telúrica que motivou o mito de Sodoma & Gomorra e, sobretudo, com os dados arqueológicos seguintes:

Um argumento convincente da chegada dos Hititas à Anatólia, procedentes de uma direcção nordeste, baseia-se no incêndio ou abandono, durante o século xx a. C., de uma serie de povoados que constituíam os acessos a Capadócia naquela direcção. Tomou-se já este argumento para explicar um movimento de povos a caminho do ocidente nessa época através das regiões setentrionais da península e acabando com uma mudança da população na Troade e com a invasão da Grécia durante o Heládico Médio. Contudo, os testemunhos de que dispomos, das cidades do Halis e da Capadócia, não se coadunam com este quadro de um exército invasor a destruir os povoados à sua passagem e a desalojar os seus habitantes. A impressão com que se fica é, pelo contrario, de ter ocorrido uma infiltração pacifica que gradualmente conduziu a um monopólio do poder político. -- ( Povos Antigos da Anatólia por Seton LLoyd).

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Figura 4: Égide de cobras poderia ser o que aqui parece, uma cota de malha de metal?

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Figura 5: O Escudo de Atena deveria ser reluzente como um espelho e, portanto reflectir a “face oculta da lua” que esta deusa era!

O mito das gorgónias com cobras na cabeça deriva seguramente da relação metafórica das cobras com os caracóis dos cabelos encrespados.

A estes mesmos factos se devem referir os modernos estudos, mais ou menos suspeitos de sensacionalismo neo-esotérico, sobre a mitologia das catástrofes.

The account in the Homeric Hymn of Athena is of a comparable nature: And before Zeus the aegis-holder she sprang swiftly from his immortal head, brandishing a sharp-pointed spear. Great Olympos quaked dreadfully under the might of the gray-eyed goddess, as the earth all about resounded awesomely, and the sea moved and heaved with purple waves.

Assim, este núcleo semântico permite comprovar o que já se suspeitava.

A saber: que Apolo foi também um *Karlu-Kaki (= Kaki karlu = Akakarlu) = Apkallu, literalmente um «príncipe e delfim», porque «filho de deus pai do céu», Kur/Kar!

Por outro lado se explica que, sendo Pallas Atena uma variante de Artemisa sejam ambas avatares da mesma Deusa Mãe dos cretenses, Hera Afrodite, Anfitrite e Perséfone, três irmãs divinas que seria a mesma entidade e logo irmãs e esposas concubinas de Apolo.

 

Ver. TRIDIVAS (***)

 

The Aegis and Aja Ekapad

The association of the goat with the Devil is too well known to require elaboration. The Aegis — the shield of Zeus and Minerva — was fashioned by Hephaistos from the unpierceable skin of the she-goat Amalthea. The word "aegis" derives from the Greek aigis ("goat skin"), related to the Sanskrit aja and to the name of the Aegean Sea.

Allegedly the name Aegean derives from Aegeus, the father of Theseus, who drowned there. Aegeus, the father of Theseus, was deemed to be a son of Poseidon. He is indeed the same as Poseidon, who was so named in Euboea.

According to Homer, the submarine golden palace of Poseidon — the very archetype of the Eldorado and of the sunken Atlantis — was called Aigaia, meaning the same as "Aegaea" or "Aegea". What these legends are hinting at is that Aegeus — who was a marine god himself — is the same as Poseidon or Neptune and, more exactly, as Atlas, the son of that god that personifies Atlantis and Poseidon, the Lord of the Earthquake is, again, an alias of Varuna, also called Apam-Napat (that is, Napat-Am = Neptune).

More likely the name of the Aegean sea has to do with the legend of the Golden Fleece and the drowning of Helle. Helle drowned there when she fell off the Golden Lamb while flying over that sea with her brother Phrixus, mounted on it. This lamb seems to be the same as the she-goat Amalthea. Its skin is also the Golden Fleece quested by the Argonauts, itself an allegory of Atlantis. [1]

 

 



[1] Copyright © 1997 Arysio Nunes dos Santos. Fair quotation and teaching usage is allowed, as long as full credit is given to this source, and its home address is given in full.

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